O Século V a.C (conhecido como o século de Péricles),
constitui o período áureo da Grécia, quando a democracia em Atenas desenvolve intensa vida cultural e artística. Os sofistas vivem nessa época, e alguns são interlocutores de Sócrates. Os mais famosos sofistas foram: Protágoras (O homem é a medida de todas as coisas), de Abdera; Górgias de Leôncio, na Sicília; Híppias de Élis; e ainda Trasímaco, Pródico, Hipodamos, entre outros. Tal como ocorreu com os pré-socráticos, dos sofistas só nos restaram fragmentos de suas obras. Os Sofistas A palavra sofista, etimologicamente, vem de sophos, que significa “sábio”, ou melhor, “professor de sabedoria”. Posteriormente adquiriu o sentido pejorativo de “homem que emprega sofismas”, ou seja, alguém que usa de raciocínio capcioso, de má-fé, com intenção de enganar. Sóphisma significa “sutileza de sofista” Os Sofistas Há enorme diversidade teórica entre os pensadores reunidos sob a designação de sofistas. Talvez o que possa identificá-los é o fato de serem considerados sábios e pedagogos. Vindos de todas as partes do mundo grego, desenvolvem um ensino itinerante pelos locais em que passam, mas não se fixam em lugar algum. Deve-se a isso o gosto pela crítica, o exercício do pensar resultante da circulação de idéias diferentes. Os Sofistas Segundo Jaeger, historiador da filosofia, os sofistas exercem influência muito forte, vinculando-se à tradição educativa dos poetas Homero e Hesíodo. Os sofistas deram importante contribuição para o ensino. Formaram um currículo de estudos: gramática (da qual foram os iniciadores), retórica e dialética; por influência dos pitagóricos, desenvolveram a aritmética, a geometria, a astronomia e a música. Essa divisão será retomada na Idade Média, constituindo o trivium e o quadrivium. Os Sofistas Para escândalo de seus contemporâneos, costumavam cobrar por suas aulas e por esse motivo Sócrates os acusava de prostituição. Os sofistas elaboram o ideal teórico da democracia, valorizada pelos comerciantes em ascensão, cujos interesses se contrapõem aos da aristocracia rural. A exigência que os sofistas vêm satisfazer é de ordem essencialmente prática, voltada para a vida: iniciam os jovens na arte da retórica, instrumento indispensável na assembléia democrática, e os deslumbram com o brilhantismo no debate público. Os Sofistas Foram acusados de pronunciarem discursos vazios e promoverem o relativismo em matéria de conhecimento.