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1. - DA REALIDADE FÁTICA:
A acusada foi denunciada e está sendo processada como incursa nas penas
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DEFENSORIA PÚBLICA D A UNIÃO
RUA QUITANDINHA, Nº 21 – SALA 11 – VILA GALVÃO – GUARULHOS/SP
FONE: (11)2455.2756 – E-MAIL: DPU.GUARULHOS@DEFENSORIAPUBLICA.GOV.BR
dos artigos 171, caput, e §3º do Código Penal. Narra a peça acusatória, em síntese, que a acusada, teria
obtido vantagens econômicas ilícitas, em prejuízo do Instituto Nacional de Seguridade
Social, mediante a utilização de dados falsos constantes da Carteira de Trabalho de
SATICO MIKUNO em relação a vínculo empregatício inexistente no sistema de
benefícios do INSS.
2.- DO MÉRITO:
Desta forma, não há nos autos qualquer prova ou mesmo indício que
demonstre que a ré desobedeceu o procedimento instituído pelo Instituto Nacional de Seguridade Social no
momento da concessão do benefício.
Como narrado pela ré em seu interrogatório, esta seguiu com extremo rigor a
orientação fornecida pela gerência da agência, seus superiores hierárquicos, agindo de acordo com a
orientação vigente à época dos fatos.
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documentação apresentada quando do requerimento do benefício, assim como a Carteira de Trabalho da co-
ré, informações esta que apresentavam a credibilidade necessária para a concessão do benefício.
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Isto posto, não há nos autos prova que demonstre dolo da acusada em
fraudar o INSS, assim como não há qualquer indício que haja recebimento de vantagem econômica indevida
por parte da ré SANDRA APARECIDA SOARES MARQUES.
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. BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2002.
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Refere-se ao grau de reprovabilidade da conduta, de acordo com as condições pessoais do agente e das
características do crime. Assim, torna-se viável a transcrição do entendimento jurisprudencial:
TJSC: “O grau de culpabilidade do agente deve ser aferido de acordo com o índice de
reprovabilidade, não só em razão de suas condições pessoais, como também em vista da
situação de fato em que ocorreu sua conduta” (JCAT 75/602) (grifo nosso).
Porém, tratar todos os agentes que cometem determinado crime como sendo
“iguais” também não deixa de ser uma injustiça.
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ADLER, ALFRED. A ciência da natureza humana. 6.ed. Trad. Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1967.
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No que tange aos motivos do crime, estes são normais à espécie e não há
nada relevante a influenciar negativamente no cálculo da pena.
3 - DO PEDIDO
Pelo exposto, requer-se, nos termos acima:
a) a absolvição da acusada;
b) a aplicação da pena-base no seu mínimo legal;
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Termos em que
Pede Deferimento.