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COMUNIDADE EVANGÉLICA PENTECOSTAL

SARANDO A TERRA FERIDA

SEMINÁRIO

A ARTE DE SERVIR
COM EXCELÊNCIA

Preletores:
Pr. Nilson
Pb. Sergio Augusto

Realizado em 15/01/2005.
SEMINÁRIO – A ARTE DE SERVIR COM EXCELÊNCIA
Pb. Sergio Augusto P. da Silva

“Sua atitude determina sua


altitude.”

“O modo como você pensa, sente


e olha o outro é no que consiste
sua atitude.”

“O que está diante de você e o


que está por trás de você é muito
pequeno comparado ao que está
dentro de você.”

Pr. Renam Santiago


Ministério Terra Fértil

Comunidade Evangélica Pentecostal


Sarando a Terra Ferida 2
SEMINÁRIO – A ARTE DE SERVIR COM EXCELÊNCIA
Pb. Sergio Augusto P. da Silva

ÍNDICE

PROGRAMAÇÃO ..................................................................................... 4
.
5
INTRODUÇÃO ........................................................................................
.. 6

1. ATITUDES VENCEDORAS DE UM OBREIRO .........................................


6
2. ANULANDO ATITUDES QUE DEVEM SER
EVITADAS POR UM 7
OBREIRO ..................................................................
9
3. FORMÚLA DO SUCESSO MINISTERIAL ................................................ 9
9
4. HUMILDADE - DESCENDO PARA 9
CIMA ................................................. 10
4.1. Humildade é o nosso
dever ............................................................... 12
4.2. Humildade na obra de 12
Deus ............................................................... 13
4.3. O exemplo de 14
Paulo ........................................................................... 14
4.4. A importância da 15
humildade .............................................................. 15
16
5. INTRODUÇÃO SOBRE 16
MINISTÉRIO ...................................................... 17
5.1. Definindo 17
ministério ................................................................. 17
5.2. 18
Apóstolos ................................................................................ 18
5.3. 18
Bispo ....................................................................................... 18
5.4. 19
Pastores .................................................................................. 20
5.5. 21
Presbítero ................................................................................ 21
5.6.
Profetas ...................................................................................
5.7.
Evangelista ..............................................................................
5.8. Mestre
(Doutores) ....................................................................
5.9.
Diácono ...................................................................................

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SEMINÁRIO – A ARTE DE SERVIR COM EXCELÊNCIA
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5.9.1. O modelo do diácono em


Atos .....................................
5.9.2. O modelo do diácono em 1
Timotéo .............................
5.9.3. Quero ser um diácono . O que
fazer? ...........................
5.9.4. Serviços do
diácono ....................................................
5.10.
Obreiro ..................................................................................
5.10.1. Quem é o
obreiro? .....................................................
5.10.2. Responsabilidades do
Obreiro ...................................
5.10.3. Comportamento dos
obreiros .................................... 23
5.10.4. Cuidados que o obreiro deve 23
ter ................................ 23
5.11. 24
Intercessor ............................................................................ 25

26
26

28

28

29

6. O PREGADOR E O 30
SERMÃO .................................................................
6.1. Qualidades do pregador do 33
evangelho ..................................... 33
6.2. Preparo individual do 33
pregador ...............................................
6.3. Preparo espiritual do 35
pregador ................................................ 35
6.4. As dificuldades na vida do
pregador ........................................ 36

7. QUAL A FUNÇÃO DA PREGAÇÃO? ......................................................


7.1. Princípios
básicos ...................................................................

8. PIRÂMIDE DO
CONHECIMENTO ...........................................................

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9. ESTRUTURA DE UMA
MENSAGEM .......................................................

10. DESCRIÇÃO DE UMA


MENSAGEM ......................................................

11. TIPOS DE
PREGAÇÃO ........................................................................

12. O
PÚLPITO .........................................................................................
12.1. O púlpito não
é .......................................................................
12.2. O púlpito
é .............................................................................

13. O
CULTO ...........................................................................................
13.1. Tipos de
cultos ......................................................................

14.
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................

PROGRAMAÇÃO:

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09:00 – INÍCIO

Pb. Sergio Augusto

12:00 – ALMOÇO
14:00 – RETORNO

Pr. Nilson

17:00 – ENCERRAMENTO

INTRODUÇÃO - Obreiro por excelência

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Um obreiro precisa dar prioridade às coisas espirituais, olhar para as


coisas que são de cima e entender que esta trabalhando na igreja para o
Senhor.
Um obreiro é um homem espiritual (1Co 2.15), que entende os
ensinamentos bíblicos e sabe que esses ensinamentos vem do Senhor (1 Co
14.37).
Um obreiro deve entender as coisas espiritualmente, não de maneira
natural (Cl 1.9) e buscá-las ardentemente (1Pe 2.2) e nesta busca incessante
pelo conhecimento de Deus, oferecer a Ele, um sacrifício aceitável (1 Pe 2.5) e
ser exemplo na comunidade em que vive.
Um obreiro tem no seu caráter a humildade (Mt 5.3) refletida em suas
atitudes. Um verdadeiro obreiro é um autêntico exemplo de homem de Deus
(Lc 1.17). Sua vida precisa engrandecer a Deus (Lc 1.46,47) e adorá-lo na
beleza da Sua santidade (Jo 4.23) e ser uma pessoa fervorosa (Rm 12.11).
Ainda que seja alvo de Satanás (1Co 5.5), sabe que Deus supri as suas
necessidades (Fp 4.13) e que está ligado em Deus (1 Co 6.17) e nada e
ninguém pode impedi-lo de vencer; pois Deus derrama da Sua graça (Fp 4.23;2
Tm 4.22) e o capacita-o a vencer.

1. ATITUDES VENCEDORAS DE UM OBREIRO1.

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• Ser um entusiasta - 2Co 8.17.

• Demonstrar sinceridade – At 2.46

• Ter iniciativa – Mt 14.28

• Exibir Flexibilidade – At 10.28-29

• Ter uma perspectiva POSITIVA - Fp 4.8.

• Mostrar preocupação pelos outros – Mc 8.3-4.

• Possuir um espírito ENSINÁVEL. Mc 14.4-6,10.

• Ter um coração sacrifical – 1Cr 29.2-3.

2. ANULANDO ATITUDES QUE DEVEM SER EVITADAS


POR UM OBREIRO1.
• Abrigar RESSENTIMENTOS - O Semeador que está lutando com o
ressentimento pode sentir que não está sendo reconhecido, que ele está
sendo usado, ou que ele não é apreciado.

• Desencorajamento – Isto pode ocorrer quando você não vê nenhum


fruto no seu ministério. Cada um pode pescar quando os peixes estão
mordendo a isca, mas algumas vezes você vai pescar e nada morde a
isca.

• Autopiedade – Muitas vezes os Semeadores pensarão, “Senhor, eu


estou sozinho!” Eles pensarão: “Por que me chamou e depois me deixou
sozinho?”

• Auto-rejeição – Quando você sente que todos estão contra você, você
está sendo tentado a rejeitar a si mesmo e seu autovalor.

1
– Cedido cordialmente do Curso “I Formação de Semeadores” – Igreja Terra Fértil – Pr. Renam Santiago.

3. FÓRMULA DO SUCESSO MINISTERIAL2.

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2 Timóteo 2.14-25

1 Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não


4 tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para
perversão dos ouvintes.
1 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de
5 que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
1 Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
6
1 E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e
7 Fileto;
1 Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já
8 feita, e perverteram a fé de alguns.
1 Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor
9 conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-
se da iniqüidade.
2 Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas
0 também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra.
2 De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra,
1 santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.
2 Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a
2 paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.
2 E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem
3 contendas.
2 E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para
4 com todos, apto para ensinar, sofredor;
2 Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes
5 dará arrependimento para conhecerem a verdade,

2
– Fonte: Estudo para Professores do IBARDEJ (Instituto Bíblico das Assembléias de Deus do Estado do
Rio de Janeiro – 09/2004).

a) v.14

• Traze estas coisas à memória

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• contendas de palavras
• perversão

b) v.15

• Procura apresentar-te
• obreiro
• se envergonhar
• maneja bem

c) v.16

• evita

d) v.17

• roerá como gangrena

e) v.18

• se desviaram da verdade

f) v.19

• o fundamento

g) v.20

• vasos

h) v.21

• se purificar

i) v.22

• foge

j) v.24

• não convém contender


• apto para ensinar

l) v.25

• Instruindo com mansidão

4. HUMILDADE – DESCENDO PARA CIMA.

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“PARA SUBIR EM UM DEGRAU NA IGREJA, O CRISTÃO PRECISA


DESCER O DEGRAU DA HUMILDADE.”

A palavra ‘humildade’ e as suas formas (humilhado, humilhação,


humildemente, humilha, etc.) é usada mais que 70 vezes pela Bíblia (Strongs).
O uso numeroso desta palavra pela Bíblia nos dá uma idéia da sua importância
para nós.
Pode ser que a humildade signifique: qualidades diferentes para pessoas
diferentes. Olhando no dicionário entendemos que essa virtude que nos dá o
sentimento da nossa fraqueza (Aurélio) é uma qualidade boa na vida de
qualquer pessoa. O humilde é comparado a uma pessoa respeitosa, reverente
e submissa.
Como uma pessoa pobre não pode se gloriar de grandes posses, uma
pessoa humilde não se gloria de grandes qualidades.

4.1. Humildade é o nosso dever.

Temos que ter a atitudes iguais, não desprezando nossos irmãos. Assim
como desejamos receber um bom tratamento, devemos fazer o mesmo com
todos, sem distinção (Mt 7.12); pois devemos amar o nosso próximo como nós
mesmos (Tg 2.8). Tiago cita que devemos visitar os órfãos e as viúvas, ou seja,
não devemos ter pretensões superiores aos nossos semelhantes. Devemos
ajudar como se tivéssemos ajudando um membro de nossa família. Jesus em
Mt 20.20-28 diz que “não veio para ser servido, mas para servir”, isso
exemplifica a nossa obrigação em servir nossos irmãos e principalmente, os
novos convertidos para que os mesmos sintam que a igreja é a extensão do
seu lar.

4.2. Humildade na obra de Deus.

Em 1Pe 5.5 lemos: "Deus dá graça aos humildes" . Somente um coração


voluntário podemos ter êxito na obra que Deus coloca em nossas mãos.
Os que se julgam auto-suficiente, não precisam de ajuda e não terão êxito
na “empreitada” eclesiástica. Deus honra os humildes.
O obreiro que se julga poderoso, não precisam de graça. A graça de Deus
sempre está ao lado dos humildes e carentes de auxílio para concluir aquilo
que lhe foi entregue.

4.3. O exemplo de Paulo.

Em 2Co 10.1 encontramos o apóstolo Paulo dizendo: "...quando


presente ... sou humilde". Em nenhuma ocasião Paulo se vangloria ou acha-se
auto-suficiente. Depois de sua conversão a Cristo, Paulo despiu-se de todo
orgulho carnal e de todas as vantagens que possuía em sua vida religiosa.
Antes de aceitar Cristo, Paulo usufruía de muitas vantagens e prestígios em
sua vida religiosa. Veja o que ele mesmo disse: "Mas o que para mim era
ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda
todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu
Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como
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escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a
minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a
justiça que vem de Deus pela fé..." (Gl 3.7-9). Depois de convertido Paulo tinha
as provações e sofrimentos que eram marcas de um discípulo sincero, no qual
ele sentia as suas próprias fraquezas (2Co 11.23-30; Gl 6.17).
Conforme acabamos de ver, o apóstolo Paulo poderia confiar muito na
carne. Vantagens ele possuía (humanamente falando).
Ele era circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de
Benjamin, hebreu de hebreus; segundo a lei, foi fariseu; segundo o zelo,
perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível (Fl. 3:4-6).
Todavia, no seu ministério, ele não usou sublimidade de palavras ou de
sabedoria, mas, sentiu-se em fraqueza, e em temor e em grande tremor. A sua
palavra, e a sua pregação, não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder (1 Co 2.1-5).
Paulo se considerava crucificado com Cristo (Gl 2.20). A sua glória era na cruz
de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo estava crucificado para ele e
ele para o mundo (Gl 6.14; 1Co 2.2, "Porque nada me propus saber entre vós,
senão a Jesus Cristo, e Este crucificado.").
Paulo sentia-se humilde para consigo mesmo, mas ousado com a verdade
(2Co 10.1, "ousado para convosco").
A atitude de Paulo para com as fraquezas, injurias, as perseguições e as
angustias, é uma lição para o Cristão. Se essas fraquezas ensinam a nós
obreiros e demais convertidos em Cristo a se aperfeiçoar no poder de Deus
mediante a fé no Senhor Jesus, então ele pode sentir prazer nelas (2Co 12.5-
10). E ele nos ensina que todo o resultado do nosso ministério é para a glória
de Deus.

4.4. A Importância da humildade.

Quando somos humildes somos semelhantes a Cristo (Mt 11.29). Nosso


dever é servir, é para isso que fomos chamados (Mt 21.5;Lc 22.27).
Jesus se esvaziou (da forma divina), tomando a forma de servo (Fp 2.7).
Experimentou os mais diversos sentimentos: cansaço (Jo 4.6), fome (Mt 4.2),
sede (Jo 19.28), chorou (Jo 11.35) e experimentou a morte (Jo 19.30).
Sabendo o que Jesus, sendo o eterno Deus se fez pecado por nós, nós
também devemos suportar as fraquezas e sabendo que não importa o que
acontecer Ele sempre estará conosco, nos auxiliando e nos encorajando a
vencer.
Quando somos humildes tornamo-nos como os santos homens de Deus.
Em Gn. 39.19-23, José achou "graça aos olhos do carcereiro-mor";pois o
Senhor "estendeu sobre ele a Sua benignidade"; Moisés, "era o homem Moisés
mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra." (Nm 12.3);
Jó, o homem que deu o grande exemplo de paciência e sofrimento, falou: "me
abomino e me arrependo no pó e na cinza." (Jó 42:6). O grande rei e profeta
Davi disse: "SENHOR, Tu me sondaste, e me conheces", Sl 139.1. Eis as
estupendas palavras do profeta Isaias: "...Ai de mim! Pois estou perdido;
porque eu sou um homem de lábios impuros...", (Is 6.5). Em Jeremias 1:6
lemos: "...ainda sou menino.". Foi dito do grande homem de Deus, Daniel, que
superou pela fé vários obstáculos que ele tinha "espírito excelente" (Dn
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5.12;6.3). Paulo, o apóstolo dos gentios humildemente disse em sua primeira


carta aos Coríntios: "...quando fui ter convosco, ... não fui com sublimidade de
palavras ou de sabedoria" (1Co 2.1) e Gl 6.14 ele confessou: "...o mundo está
crucificado para mim e eu para o mundo". Ainda este mesmo Paulo falou aos
Efésios (3.8) o seguinte: "A mim, o mínimo de todos os santos".O apóstolo
Pedro, dando testemunho das mulheres do Antigo Testamento, disse: "...um
espírito manso e quieto ... assim se adornavam as santas mulheres que
esperavam em Deus" (1 Pe 3.4-6). Quando sabemos da importância da
humildade, livramo-nos daquelas tristezas que vêm por não conhecer as obras
de Deus. Ignorância é tolice. A Bíblia diz claramente que: "...não é bom ficar a
alma sem conhecimento" (Pv 19.2). O próprio Senhor Jesus disse: "Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus" Mt 22.29. Tolice é resmungar
por aquilo que é para nosso bem e para a glória do nosso Senhor Jesus (Jó
2.10). Em Romanos 8.28 está escrito: "...todas as coisas contribuem
juntamente para o bem..." Ainda em Romanos 11.36: "...para Ele são todas as
coisas, glória, pois, a Ele eternamente...". Às vezes para nossa humilhação é
necessário um "espinho na carne" (2 Co 12.7-9). Quando nos tornamos
humildes livramo-nos do maldito orgulho e as desastrosas conseqüências que
a falta dela traz para alma.

5. INTRODUÇÃO SOBRE MINISTÉRIO

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“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e


outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres (doutores),
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério”
(Ef. 4.11,12)

Todo templo tem um líder, sendo que o líder da igreja é , em última


instância, o Senhor Jesus. Ele é a cabeça da igreja. (Ef.1.20-23). Entretanto, os
homens ainda precisam de líderes visíveis; precisam de modelos humanos e
direção humana, uma vez que nem sempre estão aptos a ouvir a ordem direta
de Deus. Por isso, Deus instituiu ministérios e homens capazes para exercer
tais funções assim dadas por Deus.

5.1. DEFININDO MINISTÉRIO.

Ministério, segundo o dicionário (Aurélio) tem a seguinte definição: “cargo


ou incumbência”. Biblicamente entendemos que todo serviço executado de
forma contínua é um ministério.
Existe uma diferença muito grande (um abismo) entre ministério e dons
espirituais. Existe uma grande confusão no meio da igreja.
Existem quatro termos gregos que relacionam as palavras: ministério e
ministro:

− ηυ π ε ρ ε τ α ι ( huperetai)

−λε ι τ ο υ ρ γ ο σ ( leitourgos)

− συ ν ε ρ γ ο ν ( sunergon)

−διακ ο ν ο σ ( diakonos)

Paulo emprega quase que invariavelmente, diakonos. O termo aparece,


nas quatro formas, 25 vezes no Novo Testamento.
A forma “diakonia” aparece 24 vezes, sendo traduzida por :
- Distribuição de serviço, socorro, serviço, ministério ou administração.

Os ministérios de liderança apresentados no Novo Testamento são :

- Apóstolos
- Profetas
- Evangelistas
- Pastores (bispos, presbíteros)
- Mestres (Efésios 4:11)

Ministério é serviço. Logo, o ministro é um servo. Algumas vezes, o


apóstolo Paulo usou o termo doulos, que significa escravo. “Onde está pois a
jactância ?” O Verdadeiro espírito do ministro, não deve ser a ambição carnal
de mandar ou ser servido, mas encarnar o que Jesus sempre fez no seu
ministério terreno, que foi “não ser servido, mas servir”. (Mc 10.45).
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Quando os discípulos disputavam entre si para saber quem era o maior,


Jesus “os chamou para junto de si e disse-lhes : sabeis que os que são
considerados governadores dos povos, têm-nos sob seu domínio, e sobre eles
seus maiores exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário,
quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; quem
quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos.” (Mc.10.41-44).

Apesar das especificações bíblicas, as igrejas e denominações


estabelecem alguns ministros e desprezam ou ignoram os demais.

• Os Metodistas têm bispos e pastores.

• Os Presbiterianos, Assembléia de Deus e outras igrejas pentecostais


têm pastores, diáconos e presbíteros.

• Os Batistas têm somente pastores e diáconos.

• Nosso ministério possui: pastores, presbíteros, evangelistas, diáconos,


obreiro, intercessores.

5.2. Apótolos

O nome que designa o primeiro ministério estabelecido na igreja (I


Co12.28) é de origem grega (α π ο σ τ ο λ ο σ ) e significa “enviado”, ou
seja, um indivíduo que executa serviço especial, agindo em nome e pela
autoridade de quem o enviou.
O maior de todos os apóstolos é o próprio Senhor Jesus, que foi enviado
pelo Pai para executar sua obra na terra. (Hb.3.1 Jo 4.34). Para que essa obra
fosse continuada após sua ascensão, Jesus escolheu doze homens. (Mt10.1-2
Jo.20:21). Um deles, Judas Iscariotes, o traiu e foi substituído por Matias.
(At.1.16-26). Tais homens foram equipados pelo Senhor com autoridade, poder
para operar milagres, ousadia para pregar, etc. Tudo isso, mediante a
operação do Espírito Santo que lhes fora dado (At 1.8). Toda essa “munição”
tinha por objetivo capacitá-los a desbravar todas as frentes por aonde iam e aí
estabelecerem a igreja de Jesus Cristo. Muitos cristãos afirmam que o
ministério apostólico não existe mais. Entretanto, observamos que, além dos
doze, o Senhor levantou outros apóstolos no período do Novo Testamento,
como, por exemplo, Paulo e Barnabé. (At14.14). Por que ele não o faria ainda
hoje, quando muitos povos estão ainda por serem alcançados pelo evangelho ?
Esse ministério pode ser definido como se todos outros ministérios fossem
reunidos em uma só pessoa.
Assim, ele participava da inspiração do profeta, fazia a obra de um
evangelista, conhecia o pastoral “cuidado de todas as igrejas”, devia ser apto
para ensinar, ao passo que, atendendo à administração de negócio, seguia o
exemplo do Senhor em não se esquivar dos deveres de um diácono, quando
fosse necessário.”
Possivelmente, muitos dos missionários da atualidade sejam, de fato,
apóstolos de Jesus. Outros há que, por não terem ido a terras distantes, não
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são assim reconhecidos, mas estão desempenhando esse ministério em sua


própria “Jerusalém” (At 1.8), e receberão do Senhor o devido galardão.

5.3. Bispo

Vem do grego ε π ι σ κ ο π ο σ (episkopos). Indica, não ofício, mas


função, o trabalho específico de um pastor dotado de visão administrativa, um
superintendente. Ele não faz todo o trabalho, mas organiza, providencia tudo e
depois supervisiona. O termo episkopos era dado àquele que tinha a função de
vigiar, fiscalizar, principalmente às embarcações. Os gregos e os romanos
usavam este termo para designar superintendentes de obras profanas ou
sagradas. O bispo como pastor tem a responsabilidade de ver que o serviço
seja bem feito. Não se encontra no Novo Testamento o uso do vocábulo bispo
no sentido de um oficial eclesiástico que tem autoridade sobre os outros
ministros do evangelho.

5.4. Pastores

Se o dom de evangelista é o de reunir ovelhas, o dom do pastorado é o de


aperfeiçoar as tais ovelhas. O pastor é aquele que fica com o rebanho, que
convive com as ovelhas e, portanto, cabe a ele aperfeiçoar esses crentes para
a obra do ministério. Tornar os crentes idôneos, capazes e bem equipados
para o serviço é tarefa do pastor; esse trabalho muitas vezes é feito
individualmente, no sentido de que cada um desenvolva o seu próprio dom.
Paulo se esforçou para ensinar individualmente a Timóteo e torná-lo equipado
para o ministério, e ordenou que Timóteo fizesse o mesmo com outros homens
fiéis, para também equipá-los (2Tm 2.2). Se os crentes não forem capacitados
e treinados, eles serão infrutíferos. Jesus aperfeiçoou os seus discípulos
dando-lhes aulas teóricas e praticas por mais ou menos três anos. É um
trabalho difícil e leva tempo, mas é de grande recompensa. Jesus iniciou seu
ministério sozinho; mais tarde ele já pôde enviar os doze e depois mais
setenta; assim os trabalhadores do reino foram aumentando e o Evangelho do
reino foi se espalhando por toda a terra.

Considerando que o aperfeiçoamento da igreja não tem limites, o pastor


precisa estar sempre se aperfeiçoando. À medida que for o aperfeiçoamento do
pastor, assim será o aperfeiçoamento da igreja. Paulo, na qualidade de pastor,
disse com respeito à igreja dos colossenses: “a quem anunciamos,
admoestando a todo homem, ensinando a todo o homem em toda a sabedoria;
para que apresentemos a todo o homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl 1.28).
Com respeito aos crentes da Galácia, Paulo disse: “meus filhinhos, por quem
de novo sofro dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).
Por isso se vê que é um trabalho difícil o de aperfeiçoar uma igreja e torná-la
equipada para o ministério. Contudo, o pastor foi aperfeiçoado para
aperfeiçoar; ele foi equipado para equipar.
5.5. Presbítero

Significa velho, ancião. Na primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé,


na ida fizeram trabalho evangelístico e público; no retorno, em cada cidade por
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onde passaram reuniram os convertidos, organizaram igrejas e ordenaram


presbíteros (At 14.21-23). Deveriam ser homens de certa idade, firmes na fé,
inabaláveis no amor e constantes na obra do Senhor. Eles foram eleitos pela
igreja para desempenhar funções pastorais na palavra, nos batismos, na
celebração das ceias, etc.
O ministério pastoral surgiu no livro de Atos. Em Jerusalém surgiu o
primeiro rebanho pela obra do Espírito Santo. Constituído de 120 pessoas, no
princípio, aumentou para 3.120; foi crescendo sempre até chegar a “dezenas
de milhares” (At 21.20). No princípio, os doze cuidavam de tudo. Houve
problemas e os doze cuidaram da oração e da palavra e outros homens
passaram a ser designados para outras tarefas. O trabalho do Senhor foi além
de Jerusalém e chegou até Antioquia da Síria. Antioquia organizou trabalhos no
continente. Em cada cidade havia presbíteros. Na era apostólica encontramos
pluralidade de pastores em cada igreja (Fp 1.1). Os presbíteros recrutados
entre os convertidos das igrejas, deveriam ser homens de negócios e de
trabalho. Alguns se dedicaram grandemente ao trabalho do Senhor e passaram
a dar tempo integral ao ministério e o apóstolo Paulo mandou dar a esses
homens, salários dobrados (1Tm 5.17). Pelo retrato que a Bíblia guarda de
alguns pastores, homens transformados pelo Espírito Santo, cheios da graça
do Senhor, revestidos de poder, conduta exemplar, irrepreensíveis,
consagrados, dedicados exclusivamente ao ministério da palavra, bons chefes
de família, sérios, operosos e humildes, encontramos reprodução perfeita hoje
em muitos obreiros que se sacrificam por Cristo, colocam o Reino de Deus
acima de tudo e constituem a galeria daqueles que vivem para glorificar o
Senhor. A Bíblia alinha nessa imortal galeria de pastores reais, Tiago, o irmão
do Senhor que foi pastor da igreja em Jerusalém. Paulo e Barnabé somaram
ao dom apostolar o dom pastoral. Um modelo de pastor nos tempos modernos
foi no século passado Charles H. Spurgeon, do famoso Tabernáculo de
Londres e milhares de outros famosos ou que viveram na sombra do
anonimato, mas realizaram o imortal trabalho de conduzir almas a Cristo e
apascentá-las com paciência e amor.

5.6. Profetas

O profeta é a pessoa que recebe a mensagem diretamente de Deus e a


transmite ao povo. Esse anúncio pode ser uma revelação, uma admoestação,
ou uma predição.
Muitos profetas existiram na história de Israel. Sua presença é constante
no antigo Testamento, apontando o caminho para o povo de Deus. Sua
importância era grande; pois, como afirmou Salomão, “Sem profecia o povo se
corrompe”. (Pv 29.18). No Novo Testamento, Deus continuou levantando
profetas. O primeiro foi João Batista, que veio no estilo dos profetas antigos,
assemelhando-se , sobretudo, a Elias. (Lc.1.76 Mt 11.9-14 Mc 11.32). Seu
papel foi preparar o caminho para o profeta maior - Jesus, que, por sua vez,
levantou outros profetas para orientar a igreja que surgia. No Novo
Testamento, existem menções a esse ministério, havendo muitos deles em
Jerusalém, Antioquia, Corinto, e outras cidades. (At 13.1 At 11.27; 1Co14.29).

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O profeta não é um mero pregador da palavra, um mestre da Bíblia, nem


um preditor de futuro. O profeta é um ministro de Cristo. Não apela para os
poderes da lógica, erudição, oratória, psicologia, ignorância ou misticismo. Sua
mensagem pode vir através de uma pregação, mas não necessariamente.

5.7. Evangelista

É uma pessoa dotada de capacidade especial para pregar o evangelho.


Alguns usam esse título apenas em relação aos escritores dos quatro
evangelhos. A Bíblia, no entanto, cita ainda Filipe e Timóteo como
evangelistas. (At 21.8 2 Tm 4.5).

Todos os cristãos podem e devem anunciar o evangelho. Todavia, a


maioria não é capaz de fazer uma pregação propriamente dita. O evangelista é
um pregador, e faz isso com maestria, habilidade, e poder que lhe são
conferidos pelo Espírito Santo especialmente para esse fim. Evidentemente,
nem todo pregador é evangelista. É bom frisarmos também que o trabalho do
evangelista não se restringe à pregação, mas abrange também o evangelismo
pessoal. Este também é responsável pela abertura de trabalho, conhecidos
como “ponto-de-pregação”.

5.8. Mestres (doutores)

O último dom com vistas ao aperfeiçoamento da igreja, conforme está


relacionado em Efésios 4.11, é o dom de “mestre”. Embora alguns estudiosos
da Bíblia defendam que esse dom é associado ao do pastorado, ou seja, que
todo pastor deve ser também um mestre da Palavra, que deve ter o dom do
ensino; outros, contudo, defendem que são dois dons distintos. Entre os que
defendem esse ponto de vista encontra-se João Calvino. Para ele, esse é o
dom que serve à preparação de pastores e outros líderes. São os que vivem do
ensino e para o ensino. Assim Calvino expôs sobre esse dom: “Pastores, ao
meu ver, são aqueles a quem é confiada a responsabilidade de um rebanho
particular. Não faço objeção a que recebam o título de mestres (doutores),
desde que compreendamos que existe outra classe de doutores que
superintendem tanto a educação de pastores como a instrução de toda a igreja.
É possível que um homem seja ao mesmo tempo pastor e doutor, mas os
deveres são diferentes.O apóstolo Paulo diz ter recebido da parte de Deus,
entre outros dons, o de “doutor (mestre) dos gentios” (1 Tm 2.7). Deus pode
capacitar seus servos com vários dons, como fez com Paulo. Ele era apóstolo,
evangelista, pastor e mestre dos gentios. Assim ele foi um instrumento nas
mãos de Deus para a edificação da igreja, tanto na qualidade de vida cristã,
quanto na quantidade de novas almas acrescentadas ao povo de Cristo. O dom
de mestre está relacionado na lista de dons da Primeira Carta aos Coríntios,
capítulo 12.
Atualmente, o nome que damos a quem exerce esta função é o de
“professor”. Entretanto, o professor não é tratado com a mesma importância,
honra e respeito que o mestre recebia nos tempos bíblicos. Provavelmente,
trata-se de um problema ligado à conjuntura político-social do nosso tempo, ou,
especificamente, da nossa nação, onde a educação é relegada a último plano.
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A Bíblia valoriza o mestre, como acontecia na comunidade judaica. Acima de


tudo, vemos que Deus os valoriza e os estabeleceu na igreja. Esse homens
desempenharam uma nobre função, carregam uma grande responsabilidade
(Tg 3.1), que só não é maior do que o galardão que os aguarda na eternidade .
(Dn 12.3).

5.9. Diácono
O diácono tem grande abordagem no Novo Testamento (At 6.1-6). Os
diáconos estão associados aos apóstolos. No início da igreja eles surgiram
como de obreiros- ajudantes. O termo é provindo da língua original do Novo
Testamento, "DIAKONOS" que significa: SERVO isto é, aquele que ministra,
aquele que serve. Esta ordem de servidores surgiu quando os apóstolos que
tinham total responsabilidade de Ministrar o que haviam aprendido do Mestre,
estavam de certa maneira impedidos de se dedicarem totalmente à pregação e
a oração, por serem obrigados a se preocupar ou se ocupar de outros afazeres
de ordem social e administrativa. Assim sendo, resolveram separar sete varões
(At 6.3) que foram apresentados pela Igreja para cuidarem dos trabalhos
seculares a fim de que melhor pudessem atender a parte propriamente
espiritual.
Em nossas igrejas é de grande importância esse cargo; pois como foi dito
acima, o diácono tem como função auxiliar seus líderes diretos, promover o
bem estar dos membros dentro da igreja e reforçar a liderança.

5.9.1. O modelo do diácono em Atos.

a) Boa reputação - conceituado, respeitado e respeitador, etc.


b) Cheio do Espírito Santo - Ef 5.18; Lc 4.1; Jo 1.14; At 11.24
c) Cheio de Sabedoria - Lc 2.52; 1Co 1.24; Tg 1.5 - Observe que homens de
muitas letras nem sempre são sábios.

5.9.2. O modelo do diácono em 1 Timóteo.

a) Honestos - Em que? - em tudo!


b) Não de língua dobre - Duas conversas, duas palavras, duas histórias.
Recomenda a Bíblia:
SIM, SIM e NÃO, NÃO - Mt 5.37; Tg 5.12.
c) Não dado a muito vinho - Bebendo, Negociando, Produzindo.
d) Não cobiçoso de torpe ganância - Ganho ilícito, indigno, etc.
e) Que guardam o mistério da fé - I Tm 3.9; I Tm 1.9
f) Primeiro provados - Testados em tudo.
g) Marido de uma só mulher - I Tm 3.12
h) Bom governante de seus filhos e da casa - I Tm 3.12.

5.9.3. Quero ser um diácono . O que fazer?

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Aqui não segue um regra e sim recomendações para os obreiros que almejam
o dioconato.O obreiro precisa:

a) Desejar ser tudo quanto Deus quer que ele seja;


b) Deve estar resolvido a ser o melhor homem possível;
c) Deve estar mal satisfeito (buscar algo mais) somente com o que é no
presente;
d) Deve compreender que existe em sua vida a necessidade de crescer na
graça e no conhecimento.

5.9.4. Serviços do diácono.

1 - Servir as mesas - At 6.2


a) Dos necessitados - pobres, viúvas, órfãos, etc.
b) Da Igreja - Ceia do Senhor
c) Dos obreiros.

2 - Servir à Igreja
a) Como porteiros (caso esteja escalado), sendo cortês, cuidadoso no trato,
manso, humilde.
b) Como acomodador, interessado, bondoso, delicado.
c) Como recepcionista, de traje e aspectos agradáveis, cumprimentando aos
visitantes.
d) Como Zelador, do patrimônio, da Igreja, da doutrina e dos costumes
e) Dirigindo filiais, com alto espírito de liderança, entusiasmo pregando,
cantando,instruindo, visitando, etc. At 6.10; 8.40.

5.10. Obreiro

5.10.1. Quem é o obreiro ?

O obreiro a princípio é alguém, como qualquer pessoa, que tem recebido


de Deus a dignidade do ministério e é também sujeito ao fracasso como
qualquer ser humano.

Para que um obreiro seja aprovado é preciso estar atento aos seguintes
princípios:

a) Estar sob constante dependência e proteção divina;


b) Orar sempre e vigiar para não cair em tentação;
c) Conter os impulsos carnais;
d) Ter cuidado com o próprio temperamento;
e) Ter cuidado com a língua;
f) Ser sincero, não se envergonhar de confessar em que falhou e corrigir onde
errou;
g) Lembrar sempre: que a igreja é propriedade exclusiva de Deus e que ela
não nos pertence, por isso, devemos cuidar da igreja.
É interessante que obreiro caso esteja no púlpito ou de frente para igreja tenha
os seguintes cuidados:
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a) Deve-se evitar as conversações entre si durante o culto.


b) Deve-se evitar as saídas desnecessárias.
c) Deve-se evitar no momento do culto, ficar folheando a Bíblia pôr longo tempo
(isto demonstra insegurança e despreparo do obreiro).

5.10.2. Responsabilidades do obreiro:

a) Verificar e acompanhar as necessidades do templo, tais como: visitas e


evangelismo; a organização dos trabalhos, convites, etc.

b) Cuidar da manutenção e administração da igreja (Ex.: iluminação, bancos,


som, etc.).

c) Procurar resolver os problemas locais, no entanto, os fatos que ultrapassam


a sua responsabilidade, deverá imediatamente levar ao conhecimento do
dirigente da igreja.

d) Nunca tome decisões que venham afetar a igreja e os interesses da obra de


Deus, sem prévio entendimento do seu dirigente.

e) Administrar e tomar providências para fazer chegar a tempo os


equipamentos de som (caixas e microfone), nos pontos de pregação em que
não houver equipamento próprio.

f) Verificar se a limpeza do templo, está sendo feita corretamente; caso


negativo: auxiliar a pessoa que efetuou a limpeza ou informar ao dirigente da
igreja.

g) Fazer chegar ao tesoureiro os dízimos e as ofertas.

h) Solicitar ao tesoureiro ou ao dirigente da igreja, dependendo do caso, os


materiais necessários à manutenção do templo.

5.10.3. Comportamento dos obreiros.

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A postura do obreiro deve ser exemplar.

a) Ser educado e amável no trato com o próximo.

b) Se posicionar corretamente, exercendo.

c) Caso esteja escalado manter-se no local e ao se deslocar do local , antes,


solicitar um substituto.

d) Não permitir a entrada de pessoas não-autorizadas (Ex: visitantes, etc.) em


reuniões ministeriais. Salvo com a autorização do Pastor.

e) O obreiro que ao exercer a sua função no culto, não deverá ter a sua
atenção tirada pela leitura de qualquer literatura.

f) O obreiro deve auxiliar os membros na travessia da rua.

g) O obreiro deve evitar transitar pelo púlpito (passar de um lado para outro);

h) O obreiro deve evitar gesticular (fazer gestos), colocar as mãos no bolso,


escorar (apoiar) no púlpito no momento em que estiver tendo oportunidade;

i) O obreiro deve ficar atento com relação à conversa na igreja.

j) O obreiro deve ter sabedoria ao entregar e permitir que sejam entregue as


visões e revelações, pois, há tempo e hora para tudo.

k) Evite criticar os demais obreiros.

l) Se, pôr algum motivo, você se aborreceu com um de seus colegas de


ministério, evite usar o púlpito para desabafos contra ele. Procure-o
pessoalmente e ponha fim ao problema.

m) O obreiro não deve evitar centralizar todo o trabalho em si mesmo. Lembre-


se: "A obra não é realizada pôr um só homem”.

n) Evite no final da oração, dizer: “Eu oro em nome do Pai e do Filho e do


Espírito Santo”. Pelas escrituras somos ensinados a orar em nome de Jesus.

o) Evite apontar o dedo em direção a pessoas na igreja, e daqueles que estão


assentados no púlpito e de utilizá-los como personagens das ilustrações,
quando estiver pregando. (em caso de oportunidade)

p) O obreiro deve participar ativamente de todos os momentos do culto, como


sejam: do cântico, do louvor, da oração, das ofertas.

q) Nunca saia do culto antes da oração final ou do “amém”.

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5.10.4. Cuidados que o obreiro deve ter .

a) cuidados pessoais:

• Ter a roupa sempre limpa, bem passada, sem falta de botões ou


descosturadas;
• Ter os cabelos aparados e penteados;

b) cuidados ao receber oportunidades nos cultos:

Se a oportunidade que recebeu for para:

• cantar: que cante um hino e não pregue;


• pregar: que pregue e não cante (no máximo um hino);

• dar uma saudação: então, dê uma saudação (tempo máximo 3/5


minutos) e não cante e nem pregue.

Se não foi especificado pelo dirigente, ou seja, foi dito apenas “uma
oportunidade”; o mesmo deverá escolher e exercitar apenas uma das
alternativas acima.

5.11. Intercessor

Definindo o termo:

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se


fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu
lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a
vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais
simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16).

Adicionei propositalmente a intercessão como um ministério, porque


conforme aprendemos, um ministério é formado pelo serviço adotado na obra
do Senhor de forma contínua. Em nosso ministério temos esse ministério de
como de extrema importância. Trabalhamos na área de libertação e sabemos o
peso da responsabilidade diante de Deus e da igreja. A intercessão age no
mundo espiritual como uma “cobertura espiritual”, cobrindo a igreja e as
pessoas que foram libertadas dos demônios que foram expulsos pelo Nome de
Jesus,e que através dessa cobertura e pelo Poder de Deus retornem ao local
de origem, ou seja, o lugar de tormento.

Todo cristão é chamado a exercer intercessão. Interceder como foi dito é


se colocar diante de Deus no lugar do homem, levando suas necessidades à
presença Daquele que somente pode intervir miraculosamente na vida da raça
humana, 1Pe 2.9 declara:

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"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz."

"O sucesso do culto depende não apenas do que Deus pode fazer, mas
muitas vezes, depende também da maneira como nos comportamos
durante a realização do mesmo”

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6. O PREGADOR E O SERMÃO

6.1. Qualidades do pregador do evangelho.

Naturalmente para que alguém obtenha êxito como mensageiro da


Palavra de Deus deve possuir certas qualidades, ou satisfazer a determinadas
condições.
O fator essencial, a característica de maior importância, é a piedade, que,
no dizer do apóstolo, "para tudo é proveitosa", 1Timóteo 4.8. Só o crente
consagrado, verdadeiramente espiritual, alcançará grandes vitórias por Deus e
para Deus. O homem leviano, superficial, poderá ser notável orador político e
obterá, talvez o aplauso e admiração de muitos, porém jamais conseguirá
tornar-se um eficiente pregador ou um instrumento poderoso usado pelo
Senhor.
No mínimo três elementos são essenciais à eficiência do seu trabalho:
humildade (como já descrito anteriormente), para alcançar graça; oração, a fim
de conseguir poder; estudo da Bíblia, para obter sabedoria.

6.2. Preparo individual do pregador.

Antes mesmo de preocupar-se com a mensagem, deve o pregador cuidar


de si. É princípio inegável que aquilo que ele faz depende do que ele é. Daí as
recomendações de Paulo a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo (a pessoa) e
da doutrina" (o trabalho); e mais adiante: "Procura apresentar-te aprovado
perante Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar (o indivíduo) e
que maneja bem a palavra da verdade", (a ação) (2Tm 3.16 e 2Tm 2.15).
Para que o pregador seja bem sucedido em seu trabalho, é indispensável
uma preparação completa, a qual abrange três aspectos: físico, intelectual e
espiritual.

Preparação física: boa condição do organismo; saúde equilibrada. A Bíblia


fala muito a respeito do equilíbrio das refeições. Nunca devemos exagerar na
alimentação. Só recentemente que a ciência descobriu que a comida em
excesso, pode ser prejudicial. Porém, a Bíblia Sagrada ensinava essa verdade
há 3.500 anos atrás (Lv 7.22-24).

Preparação intelectual: É natural que o pregador seja amante dos livros.


Indispensável, pois, se torna que vá, aos poucos, formando a sua biblioteca.
Devido ao elevado custo atual dos livros, deve o pregador selecionar os
volumes que precisa adquirir, evitando gastar tempo e dinheiro com obras que
poderia dispensar.
O pregador compreensivo se dedicará às matérias essenciais, ao tipo de
estudo mais proveitoso para o seu ministério. Não perderá os seus momentos
preciosos com leituras supérfluas (mitologias por exemplo) ou que nada
edificam.
Além da Bíblia, que é o primordial, o português adequado. Sabemos da
dificuldade da nossa língua, mas precisamos nos esforçar. É lamentável o
pregador que comente erros repetitivos, tirando a atenção do povo da
mensagem. Não estamos dizendo que precisamos nos tornar um erudito, mas
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de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais
eficiente será o seu ministério. O pregador precisa conhecer bem o homem e a
cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus
recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode
contentar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem
de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o
pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.
O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu
povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa
conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas
aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que
pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a respeito do
povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e
integrar-se nela. Temos um exemplo de missões. A Assembléia de Deus teve
que mudar a seus “costumes” para pregar a palavra de Deus na África; pois os
primeiros missionários cometeram tantos erros ao ponto de índios se
suicidarem.
Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável
de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o
que não presta); estar se informando dos mais diversos noticiários do mundo.
Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo. Uma observação relacionada à
leitura de jornais é devido a quantidade de erros encontrado nos mesmos.
Devido à urgência de certas notícias ou matérias, a questão da revisão do
português por muitas vezes passa despercebida.
Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e
isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos
(2Tm 4.3). Portanto Paulo valorizava o preparo intelectual.

6.3. Preparo espiritual do pregador.

O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom


condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários,
mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da
santidade, (1Tm 4.13).

a) - Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das


Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o
pregador precisa desenvolver o hábito de estudar a Bíblia (Js 1.8).
A Bíblia é um instrumento poderosíssimo na vida de quem quer dedicar na
causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de
Cristo, disse: "Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do
grego" (Rm 1.16).

b) - Oração: Acredito ser o ponto fundamental do relacionamento do


pregador com Deus, a oração é o fator sem igual para o progresso do obreiro
Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a
primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador
que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.
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6.4. As dificuldades na vida do pregador.

A vida de quem prega o Evangelho de Jesus Cristo é marcada de muitos


obstáculos e dificuldades. É lamentável que a maioria não compreende a vida
daquele que se entrega para o serviço de Deus. Aqueles que acham que a vida
do pregador, evangelista ou pastor é "moleza", são os que menos cooperam na
causa do Evangelho.
Todo pregador do Evangelho, mais cedo ou mais tarde, será criticado.
Porém, a crítica mais dolorida não é tanto dos descrentes, pois deles é de se
esperar qualquer tipo de crítica, mas as que mais ferem o pregador são
aquelas que vêm de pessoas que estão no rol da membros da igreja. Paulo
sofreu este ataque de alguns membros da Igreja de Corinto (1Co 4.3; 2 Co
10.10-13; 2 Co 11.6). Outro exemplo de crítica ferina que abala o pregador ou
dirigente encontra-se no livro de Números quando Arão e Míriam criticaram a
Moisés devido o seu casamento com a mulher cuhita (Nm 12.1-15). Deus,
entretanto, tomou as dores de Moisés e deu uma dura reprimenda em Arão e
Míriam por terem falado contra Moisés. Deus foi severo com Míriam, irmã de
Moisés, deixando-a leprosa (Nm 12.10). Outra dificuldade que o pregador,
evangelista, pastor ou qualquer dirigente de igreja depara em seu caminho, é
quando algumas pessoas o considera como um "superstar" ou "super-
espiritual". Há pessoas, por incrível que pareça, que consideram o pastor ou
dirigente de igreja um "semi-deus". É claro que o pastor ou pregador deve ser
exemplo em tudo, mas considerá-lo como alguém que tem a solução para
todos os tipos de problemas, é o cúmulo do absurdo. Creio que todo pregador
mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar esse tipo de problema. Então esteja
preparado. A nação de Israel caiu grave neste erro quando achou que seu líder
era um "super-homem". Moisés não agüentou a pressão de tanta reclamação
do povo e disse a Deus: "Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à
luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de
peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu
carne para dar a todo este povo? Porquanto choram diante de mim, dizendo:
Dá-nos carne a comer. Eu só não posso levar a todo este povo, porque me é
pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho
achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria" (Nm 11.12-
15). Quando o pregador é pressionado desta maneira, a sua reação é
semelhante à de Moisés. Mas com o tempo o pastor ou dirigente de uma igreja
aprende a se esquivar de tais problemas, mas naturalmente, isto se aprende
depois de muitos anos no "batente".

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7. QUAL A FUNÇÃO DA PREGAÇÃO?


A pregação está no coração do Cristianismo e está no centro de toda a
sua evangelização, doutrina e vida espiritual. Durante séculos a pregação tem
sido reconhecida como uma força poderosa na propagação do evangelho.
Toda a pregação deve ser centralizada na pessoa de Jesus Cristo. Ela deve
ensinar e levar os ouvintes ao conhecimento e compreensão da Palavra de
Deus e de suas verdades. Ao mesmo tempo ela deve ir ao encontro das
necessidades básicas dos seres humanos. Então, deve haver relevância nos
sermões, mas sem comprometer as doutrinas bíblicas. A pregação pode e
deve ter o propósito certo, deve ser profética, pessoal, poderosa, e persuasiva.
Enfim, deixar a marca do Mestre na vida dos ouvintes (crentes ou não-crentes).

7.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS.

7.1.1. Não se pode ensinar aquilo que não se tem aprendido.

A pregação deve funcionar no coração e vida do pregador antes que ele a


“transmita” para os outros. Ele deve ser aprendiz aos pés de Jesus Cristo antes
de ministrar a Palavra aos outros. Antes de encontrar os ouvintes a Palavra
deve encontrar o pregador. A pregação é transmitida com eficácia quando o
pregador não apenas compreende o Evangelho, mas também compreende as
pessoas com que ele lida.

7.1.2. Não se pode ensinar aquilo que não pode ser absorvido e aprendido
pelo ouvinte.

Às vezes o vocabulário usado pelos pregadores inclui palavras e


conceitos que os teólogos entendem mas que não são compreensíveis por
muitas pessoas. Também, às vezes há várias pessoas na igreja que conhecem
muito pouco da Bíblia. Nós que temos a incumbência de pregar nunca
devemos nos esquecer delas e como alcançá-las com as nossas mensagens.
Lembre-se: pregue para os leigos que os sábios compreenderão.

7.1.3. O ouvinte aprende melhor aquilo que lhe é transmitido quando ele o
coloca em prática.

É necessário que quem prega e ensina dê exemplos concretos e


aplicações certas de como as verdades mais importantes que são focalizadas
podem ser colocadas em prática no dia a dia do ouvinte (atualidade) . Mas
também é preciso lembrar que todos nós aprendemos com maior facilidade
quando somos levados a descobrir parte das verdades de Deus por nós
mesmos.
Através de perguntas feitas aos que ouvem, o pregador pode levá-los a
um conhecimento mais pleno dos ensinos de Deus.

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7.1.4. As verdades mais profundas de Deus somente podem ser


aprendidas com o auxílio e orientação do Espírito Santo. (1Co. 2.9-14).

A Bíblia declara que o Espírito de Deus penetra nos corações e vidas das
pessoas quando a Palavra é pregada e quando os ouvidos estão prontos para
ouvir e obedecer. O pregador não pode mover e transformar os corações.
Somente o Espírito Santo pode fazê-lo. Quem prega é apenas um porta-voz,
um instrumento nas mãos do Espírito Santo.

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8. PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO

9. ESTRUTURA DE UMA MENSAGEM

INÍCIO MEIO FIM

1- Tema 4-Explicação do texto 7-Conclusão


2- Leitura do texto bíblico 5-Explanação 8-Apelo
3- Introdução / Resumo 6-Atualidade

AT → NT

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SEMINÁRIO – A ARTE DE SERVIR COM EXCELÊNCIA
Pb. Sergio Augusto P. da Silva

10. DESCRIÇÃO DE UMA MENSAGEM.

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INTRODUÇÃO:

• TEMA
• BREVE & INTERESSANTE
• MOSTRAR O RUMO
• NÃO PROMETER DEMAIS
• NÃO PEDIR DESCULPAS
• NÃO CONTAR PIADAS
• EVITAR SENSACIONALISMO
• ILUSTRAÇÃO

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CORPO

• DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO


• APRESENTAÇÃO GRADUAL, LÓGICA, PROGRESSIVA, CRONOLÓGICA
• EVITE O EXCESSO (30 tipos de cristãos)
• UTILIZE ILUSTRAÇÕES: atuais, pessoais?
• TENHA A FONTE DAS INFORMAÇÕES
• PERSIGA O TEMA, NÃO DIVAGUE...
• PREPARE PARA A CONCLUSÃO

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CONCLUSÃO

• DEVE SER PREPARADA.


• RESPONDER A INTRODUÇAO.
• AMARRAR AS PARTES DO SERMAO. É O FECHAMENTO.
• TER UM APELO POSITIVO, OBJETIVO.
• DEVE SER PESSOAL.
• NÃO TRAZER NOVOS TÓPICOS.
• EVITE RODEIOS (E PARA TERMINAR...)

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11. TIPOS DE PREGAÇÃO


Todos apreciam a variedade. Em razão disso, o pregador deve esforçar-
se para não se escravizar a um só tipo de mensagem, o que prejudicaria o seu
trabalho. Porém, ele tem que expor ao povo do Senhor "...todo o conselho de
Deus" (At 20.27). Nunca esquecer que em determinadas ocasiões, o pregador
deve trazer uma mensagem apropriada.

EXEMPLO:
Num velório, a pregação deve ser mais séria; o pregador deve trazer uma
mensagem de esperança às pessoas que assistem. O servo de Deus deve ter
sempre em mente que numa ocasião desta, as pessoas estão mais receptivas
do que, quando assistem culto em uma festa de aniversário ou de casamento.
No livro de Eclesiastes encontramos as sábias palavras do rei Salomão:
"Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir a casa onde há banquete (festa);
porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que
estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Ec 7.2).

Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas


aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais
lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes
três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO.

Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos


de sermões:

11.1 Tópico: Quando um assunto se desenvolve através de


comparação de diversos trechos da Bíblia.

Muitos pregadores usam este tipo de sermão, pois a vantagem de ser


usado facilita com que o pregador apresente um assunto mais completo. Jesus
e seus apóstolos fizeram uso largamente deste tipo de sermão. Vamos ilustrar
aqui alguns sermões deste tipo:

I - Palavra da Cruz - I Coríntios 1:18-31.

1) Mensagem do amor divino;


2) Mensagem da dor ou do sofrimento;
3) Mensagem do perdão;
4) Mensagem da vitória.

II - "Vinde" - Lucas 14:15-24.

1) Uma necessidade (do homem);


2) um apelo (de Deus);
3) Uma oportunidade (para todos);
4) uma responsabilidade (dos que escutam o convite)

III - Símbolo e Realidade - Números 21:1-9.


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A serpente de metal como um perfeito tipo de Cristo:

1) Providenciada por Deus;


2) Para socorrer a um povo aflito;
3) Semelhante, mas distinta;
4) Levantada;
5) O alvo da fé;
6) O suficiente.

11.2. Textual: quando não apenas o assunto, mas de igual


modo os pontos ou divisões são extraídos do próprio
versículo. Assim, o pregador analisa mais minuciosamente o
conteúdo do texto, explicando as suas verdades, ou
salientando as suas frases. As divisões da mensagem
correspondem exatamente às cláusulas do versículo sobre o
qual está baseada. É de grande utilidade este método, pois
consiste na interpretação do texto da maneira mais completa.

Vejamos alguns exemplos de sermões textuais:

I - A Mensagem do Evangelho - Atos 17:30-31

1) Divina: "Deus";
2) Perdoadora: "Não tendo em conta os tempos da ignorância";
3) Urgente: "Agora";
4) Universal: "A todos os homens, em todo o lugar";
5) Definida: "Que se arrependam";
6) Responsabilidade dos que a ouvem ou perigo de desprezá-la: "Há de
julgar o mundo com justiça".

II - Os verdadeiros seguidores de Cristo - João 10:27-28.

1) Obedientes: "ouvem a minha voz";


2) Dedicados: "me seguem";
3) Salvos: "dou-lhes a vida eterna";
4) Seguros: "nunca perecerão";
5) Protegidos: "Ninguém as arrebatará das minhas mãos"

11.3. Expositivo: é uma exegese da Escritura, a análise de um


trecho da Bíblia, com maior número de pormenores. Tem sido,
por certo, o tipo menos popular. Sem dúvida alguma, esse tipo
de sermão exige um estudo sério, uma meditação profunda. A
essência do sermão expositivo é a explicação detalhada de um
trecho das Escrituras Sagradas escolhido pelo pregador. Para
este tipo de sermão, exige-se da parte do pregador um cuidado
especial, pois, se a exposição do trecho não for bem clara em
sua explanação, haverá da parte dos ouvintes uma
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interrogação ("no ar") pelo fato de não te entendidos a


mensagem. O sermão expositivo possibilita maior
conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os
ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou
edificação da igreja; dá mais honra a Palavra inspirada; a
interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não
tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da
imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso
torna-se uma grande bênção para o obreiro.

Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria:

I - A Mulher Cananéia - No trecho de Mateus 15:21-28.

1) Sua posição - estrangeira;


2) Sua necessidade - a filha enferma;
3) - Seu embaraço – aparente indiferença de Jesus e repreensão do povo;
4) - Sua humildade, perseverança e fé;
5) - Resultado: a cura.

II - Na história do cego de nascença - No capítulo 9 de João.

1) - Sua condição - cego, mendigo;


2) - Sua oportunidade: encontrar-se com Jesus;
3) - Sua atitude - obediência, fé, persistência;
4) - Sua cura - imediata, completa;
5) - Sua prova- as oposições;
6) – Seu testemunho corajoso - vs. 16, 33 e sobretudo o 25.

III - Podemos considerar na parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-24)


as diferentes atitudes do moço ou as suas várias situações.

1) - Arrogância - "dá-me";
2) - Dissipação - "gastou tudo";
3) - Ruína total - padecendo necessidade;
4) - Humilhação - procurando emprego; Despertamento - "caiu em si";
5) - Decisão - voltando ao lar;
6) - Recompensa - a recepção festiva.

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12. O PÚLPITO
12.1. O PÚLPITO NÃO É:

• Lugar para desfile de moda.


• Oportunidade para falar "bonito".
• Declamar poesia.
• Exibir qualidades ou exaltar o eu.
• Momento para desforra pessoal ou do grupo.
• Contar histórias gregas ou outras inventadas...
• Oportunidade para ganhar confiança das pessoas.
• Para promover atividades ou setores não evangelísticos.
• Palanque político.
• Local para tentar "enrolar".
• "Quebra-galho"
• Local para atitudes grosseiras ou palavras ásperas.
• Chance para contar uma piada interessante.
• Balcão de venda de mercadorias.

12.2. O PÚLPITO É:

• Um pão a ser repartido.


• Uma verdade preciosa da Bíblia para ser conhecida ou lembrada.
• Uma chance para revelar o GRANDE AMOR DE DEUS ao ser humano
em todos os tempos...
• Mostrar o interesse de Deus no homem, seu cuidado, seu plano
Redentor e restaurador para aquele que Nele crer.
• Servir espiritualidade, comunhão e consagração.
• Revelar a grande esperança da volta de Jesus.

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LEMBRE-SE :

Aprendemos:

• 11% ouvindo
• 83% vendo
• 8% com a voz
• 33% com o tom da voz

Lembramos:

• 55% com gestos


• 20% ouvimos expressões faciais
• 50% ouvimos e vimos

Cuide:

• Pontualidade
• Sua aparência
• Músicas certas (inicial, final, outras...)
• Público alvo
• Interrupções
• Evite solicitar respostas
• Sermões de outros (nunca faça igual)
• Exalte a Cristo!

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13. O CULTO
Todas os cultos precisam ter a mesma finalidade. Engrandecer o nome do
Senhor.
Trataremos agora cada um deles exemplificando.

13.1. TIPOS DE CULTO:

• Ceia do Senhor

• Adoração

• Libertação

• Consagração

• Ensino

• Lar

• Fúnebre

• Cerimônia de Casamento

• Oração

• Jovem

• Mulheres

• Adolecentes

• Aniversário

• De Ação de Graças

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14. BIBLIOGRAFIA:
• Concordância Fiel do Novo Testamento. GREGO – PORTUGUÊS.
Editora Fiel. 1994. Volume 1 e 2.
• Grudem, Wayne A. - Manual da Teologia Sistemática. Editora Vida.
2001
• Macartney. Clarence E. – Grandes Sermões do Mundo. Editora
CPAD.2001
• Cabral, Elienai – O Pregador Eficaz. Editora CPAD. 10º Edição.1999.
• Horton. Santaley H. – Teologia Sistemática.Editora CPAD. 1999.
• Hangraff. Hank – Cristianismo em Crise. Editora CPAD. 200.

BÍBLIAS CONSULTADAS:

• Bíblia on-line 2.0.


• Bíblia NT. Novo Testamento trilingue: grego, português e inglês.
• Bíblia THOMPSON. Edição Conteporânea.
• Bíblia de Jerusalém. Edições Paulinas
• Bíblia na linguagem de hoje.

SITES CONSULTADOS:

• http://www.ebdweb.com.br/
• http://www.biblianet.comS. Edmilson Soares; OBREIRO APROVADO ;
5/6/2004.
• www.searanews.com.br
• http://www.geocities.com/wbtbrazil/

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