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Definição de Mutualismo
Sistema privado de protecção social que visa o auxilio mútuo em situações de carência ou
de melhoramento das condições de vida dos associados, como forma voluntária de
realização do ideal da solidariedade. Estes objectivos genéricos de protecção social
solidarista são promovidos por instituições mutualistas, geralmente de tipo associativo e
inscrição facultativa, ditas Mutualidades ou Associações de Socorros Mútuos, que se
especializam consoante as modalidades de protecção a realizar. Este sistema é
fundamentalmente caracterizado pela ausência de espirito lucrativo.
1 – Antecedentes
Remontam à mais Longínqua Antiguidade as raízes históricas do Mutualismo. Podemos
mesmo afirmar que a necessidade humana da entreajuda nasce com os primórdios do
sedentarismo, desenvolvendo embriões de verdadeiras práticas mutualistas, especialmente
na defesa dos seus burgos contra os ataques de outras tribos ou de outros animais
fisicamente mais poderosos.
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▪ As “Ghildas”, modalidade de associativismo com origem nos países escandinavos, e
introduzida pelos Francos cerca do século VIII, praticando a solidariedade perante a
insegurança pecuniária e tendo por objectivo a entreajuda entre os seus membros,
constituídos principalmente por mercadores e camponeses. Teve particular influência
no norte de França.
▪ As confrarias, que resultam dos esforços do Cristianismo para assimilar as correntes
associativas da Antiguidade e as dos povos pagãos.
Incitavam o homem da Idade Média a praticar actos de previdência para salvação da
sua alma. Através de associações, criadas sob égide do Clero, tinham o cuidado de
manter ritos e cerimónias religiosas, e, suplementarmente, impunham como deveres de
caridade, auxiliar os doentes, viúvas, órfãos e idosos. Constituíram agrupamentos
característicos da Idade Média e sobreviveram durante muito tempo, mantendo sempre
de forma dominante o carácter religioso. Havia três tipos de confrarias: as confrarias
das profissões, em que se encontravam reunidos mestres e aprendizes; confrarias gerais
de caridade, tendo uma base social diversificada, mas profundamente dominada pelo
poder religioso, pelo que a sua acção no campo da solidariedade e entreajuda foi
relegada para plano secundário; confrarias com finalidades diversas e que, a titulo
acessório, praticavam a entreajuda.
▪ Associações de companheiros (compagnonnage): forma de associativismo iniciada com
a construção de catedrais no século XII, em que o convívio prolongado de artesãos,
empregados e companheiros de vários misteres conduziu à necessidade de se
agruparem numa base social próxima da organização mutualista de solidariedade,
estabelecendo como dever a entreajuda em caso de doença, velhice e morte.
Ainda em plena Idade Média, surgem nos Países Baixos os primeiros Montepios,
confirmados pela autoridade papal, tendo como principal iniciador o Arquiduque Alberto
que sentiu a imperiosa necessidade de modificar o ambiente indecoroso que ali se vivia
com usurários explorando os necessitados a taxas elevadíssimas. O Arquiduque lançou a a
ideia da Criação dos Montepios cuja prática teve nos Franciscanos seus principais
propagadores, que fundaram em Perugia, por iniciativa do frade Miguel de Milão e
coadjuvado por Barnabé de Ferni, o mais antigo Montepio.
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A partir do século XVIII, em resultado das lutas iniciadas pelas associações de
companheiros e certas confrarias de ofícios, nas quais surgiram de forma embrionária, as
principais manifestações de acção socialista, assiste-se especialmente em França ao inicio de
um profundo interesse dos filósofos e pensadores pelas concepções mutualistas. Este
movimento deu origem ao nascimento de sociedades de previdência ostentando os
princípios da liberdade e da democracia. Data desta época (1780) a criação em França da
“Sociedade Filantrópica” que foi extinta e, mais tarde, em 1802, restaurada, começando,
então, nesse país, o desenvolvimento do associativismo mutualista a tomar forma, mais
incentivado ainda com a Revolução de 1848, até que em 15 de Junho de 1850 as sociedades
de socorros mútuos consagradas pelo primeiro texto legal.
Deve, ainda, referenciar-se, que alguns dos sistemas adoptados tiveram como modelo as
sociedades já existentes na Grã-Bretanha a partir da segunda metade do século XVIII, com
base em sentimentos de amizade e de fraternidade pelo que eram comumente conhecidas
por “Friendly Societies”.
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Ao longo dos anos foram sendo criadas instituições de beneficência de inspiração régia ou
religiosa enquanto classes laboriosas procuravam criar outras instituições para ir ao
encontro das necessidades de assistência dos artesãos.
Ainda na Idade Média, e como consequência de grande odisseia marítima, foram criadas
associações mutualistas a que se dava a designação de “compromissos”, de grande tradição
no nosso país, destinadas a levar socorros às famílias das vítimas de naufrágios; pelas
mesmas razões, foi criada a “Bolsa de Comércio Marítimo de Lisboa e Porto”, fundada por
D. Dinis ou D. Fernando, que igualmente cria a Companhia das Naus.
Com características de socorro mútuo, e na área agrícola, surgiram em Évora e Beja, cerca
de 1570, os denominados “celeiros comuns”, instituições de crédito agrícola que, mediante
fundos comum dos constituídos por colectas lançadas sobre os lavradores, faziam face às
dificuldades dos agricultores vítimas de crises financeiras. Curiosamente, só dois séculos
depois foi criada na Alemanha a primeira Caixa de Crédito Agrícola Rural, com objectivos
semelhantes.
As confrarias e irmandades perduraram ao longo dos séculos, envolvidas, na sua acção, por
sentimentos de profunda fé religiosa e por princípios da caridade cristã, que sofreram
grande contestação e foram postos em causa com o advento do chamado “Século das
Luzes”, em que sobressaem as teorias de um liberalismo exacerbado e começam a estar em
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voga termos de filantropia e fraternidade dando origem ao aparecimento de sociedades de
previdência inspiradas nos princípios da liberdade individual e da democracia.
Muitas destas associações soçobraram ao longo dos tempos, umas porque as suas débeis
estruturas não suportaram as várias vicissitudes que tiveram que enfrentar; outras, porque
os seus objectivos foram ultrapassados pela criação da Segurança Social. Contudo, muitas
outras conseguiram vencer problemas de todas a ordem e perdurar ainda hoje, mais que
centenárias, mas dando um extraordinário contributos à acção da previdência oficial na sua
função de complementaridade.
Outro aspecto a revelar é o projecto de Pinheiro Ferreira, que viveu muitos anos em Paris,
procurando assegura um espaço autónomo para a força do trabalho sem recurso ao
centralismo governativo ou à acção monopolizadora dos sindicatos laborais.
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confraria, visto que era obrigatório o culto religioso. No entanto, a maioria dos Montepios
eram associações de classe, à semelhança das associações corporativas de artes e ofícios,
que foram suprimidas por Decreto de 7 de Maio de 1834 e que procuravam abranger
apenas os membros da mesma profissão.
É nessa época (1840) que Álvaro Botelho, antigo professor do Colégio dos Nobres, num
congregar de esforços e vontades promove a fundação Montepio Geral, instituição que
viria a prestar auxilio a tantas famílias em risco de soçobrar quando desaparecia o “homem
da casa”. E os fundadores da associação bem sabiam das dificuldades em subsistir se não
conseguissem autorização para fundar uma Caixa Económica.
E foi necessário aguardar quatro anos para obter autorização Régia de instalação da
primeira Caixa Económica em Portugal (24/03/1844), instrumento inovador que granjeou
um capital de confiança e simpatia junto das populações criando hábitos de poupança.
Sede :
Praça Pasteur nº. 3 – 2º Esq.
1000-238 Lisboa
Telefone: + 351 21 844 61 70
Fax: + 351 21 844 61 76
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E-mail: uniao@mutualismo.com
www.mutualismo.com
Regem-se pelo Código das Associações Mutualistas, aprovado pelo Decreto-lei n.º. 72/90
de 3 de Março, e supletivamente, pelo Estatuto das Instituições Particulares de
Solidariedade Social, aprovado pelo Decreto-lei n.º. 119/83, de 25 de Fevereiro.
5 – Associações Mutualistas
Associações Mutualistas são Associações sem fins lucrativos que desenvolvem acções
complementares de segurança social, saúde, acção social e promoção da qualidade de vida,
preferencialmente para os seus associados e famílias.
AVEIRO
Espinho
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Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Assistência Médica Subsidio de funeral Centro de Convívio e Creche
Ovar
BRAGA
Braga
Guimarães
BRAGANÇA
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Bragança
Mirandela
CASTELO BRANCO
Covilhã
COIMBRA
Coimbra
ÉVORA
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Évora
FARO
Faro
Lagos
Tavira
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Ano de constituição: 1857
Rua Tenente Couto, 4
8800 Tavira
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares Outras
Saúde Acção Social
de Segurança Social
Assistência médica, clínica geral,
enfermagem, meios auxiliares de diagnóstico
e Farmácia
Silves
LEIRIA
Caldas da Rainha
LISBOA
Lisboa
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Praça Pasteur, nº. 3 – 6º Esq.
1000-238 Lisboa
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Protocolo e seguro de saúde mutualista Pensões de velhice, capitais de formação,
(complementar reembolso da ADSE e capitais de garantia e autonomia
complementar de saúde)
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Caixa Auxiliar dos Estivadores do Porto de Lisboa e Centro de Portugal Associação de Socorros Mútuos
NIPC: 500884781
Ano de constituição: 1914
Travessa da Ribeira Nova, 26 - 1º
1200 Lisboa
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Subsídio por morte e invalidez
Caixa Auxiliar de Socorros dos Operários da Cordoaria Nacional 2 de Maio de 1895 Associação de Socorros Mútuos
NIPC:
Ano de constituição: 1895
Rua da Junqueira, Edifício da Cordoaria Nacional
1300 Lisboa
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MUDIP Associação Mutualista Diplomática Portuguesa
NIPC: 503084735
Ano de constituição: 1997
Largo do Rilvas, 1
1350 Lisboa
Loures
PORTO
Gondomar
Maia
Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar para Ambos os Sexos em Moreira da Maia e Freguesias Circunvizinhas
NIPC: 501195521
Ano de constituição: 1897
Rua Conselheiro Luís de Magalhães, 214 Padrão Moreira da Maia
4470 Maia
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Assistência médica Subsídio de funeral
Matosinhos
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Paços de Ferreira
Penafiel
Porto
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Saúde Modalidades Complementares de Segurança Social Acção Social Outras
Assistência médica Subsídios de: morte, a prazo, prazo com pagamento antecipado,
capital popular
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Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Póvoa do Varzim
Valongo
Vila do Conde
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4400 Vila Nova de Gaia
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Assistência médica, enfermagem e Subsídio de funeral
meios auxiliares de diagnóstico
Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar para Ambos os Sexos em Grijó e Freguesias Circunvizinhas
NIPC: 501181938
Ano de constituição: 1892
Loureiro de Cima, Grijó
4400 Vila Nova de Gaia
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Clinica geral Subsídio de funeral
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Segurança Social
Enfermagem Subsídio de funeral
SANTARÉM
Abrantes
Benavente
Torres Novas
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2350 Torres Novas
Áreas onde desenvolve Actividade:
Modalidades Complementares de Outras
Saúde Acção Social
Segurança Social
Assistência medicamentosa
SETÚBAL
Alcácer do Sal
Almada
Grândola
Moita
Montijo
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Modalidades Complementares Outras
Saúde Acção Social
de Segurança Social
Assistência médica, meios Jardim de infância, lar, casa de abrigo
auxiliares de diagnóstico e (mulheres e crianças)
Farmácia
Sesimbra
Setúbal
VISEU
S. Pedro do Sul
Tondela
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Regiões Autónomas
Açores
Madeira
O movimento mutualista, não apenas pela longa e profunda tradição de participação cívica
e solidária que o sustenta, como pela solução de futuro que representa, é actor central
nestes processos.
O papel que ao longo da história tem desempenhado, dinamizando ao nível local e nacional
respostas e soluções no domínio da protecção social representando em muitas
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circunstâncias o único “abrigo” de pessoas e famílias de grande vulnerabilidade, tem que
ser a alavanca para novas e acrescidas responsabilidades e iniciativas.
O número de associados deste movimento, mais de 900.000, torna-o para além de uma
força indesmentível importância, um parceiro para o desenvolvimento com o qual é preciso
contar e, mais do que isso, que se torna indispensável ouvir e levar em linha de conta.
O Movimento Mutualista assume-se hoje por toda a Europa como o novo caminho da
protecção social para este milénio e parceiro fundamental no processo de reforma dos
sistemas de segurança social e saúde.
O Mutualismo, por constituir uma alternativa de carácter social, que não depende do
estado nem tem fins lucrativos, é uma solução indispensável para garantir uma auto-
protecção social de segurança social, saúde e acção social eficaz, com custos mais
baixos e cuja rentabilidade se distribui por todos os associados.
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