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desproporção entre a quantidade de sangue circulante e a capacidade do
sistema.
Tem como causas:
• Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração);
• Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede
vascular);
• Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais).
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
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Definição
É o tipo mais comum de choque, e deve-se a redução absoluta e geralmente
súbita do volume sangüíneo circulante em relação à capacidade do sistema
vascular. A hipovolemia pode ocorrer como resultado da perda sangüínea
secundária a hemorragia (interna ou externa) ou pode advir da perda de
líquidos e eletrólitos. Esta última forma de hipovolemia pode seguir-se a perda
significativa de líquidos gastrintestinais (por exemplo, diarréia, vômito), perdas
renais (por exemplo, poliúria), que pode ocorrer em Diabetes mellitus e
insípidus, perdas externas secundárias ou quebra da integridade da superfície
tecidual (por exemplo, queimaduras), ou perdas internas de líquidos sem
alteração na água corporal total (por exemplo, seqüestro de líquidos para o
terceiro espaço-ascite).
Fisiopatologia
O corpo humano responde a hemorragia aguda ativando quatro
sistemas fisiológicos principais: sistema hematológico, sistema cardiovascular,
sistema renal e sistema neuroendócrino.
O sistema hematológico responde a uma perda de sangue severa,
ativando a cascata de coagulação contraindo os vasos da hemorragia e
ativando as plaquetas.
O sistema cardiovascular devido à diminuição do volume sangüíneo e
conseqüente diminuição do oxigênio estimularão o SNC, liberando as
catecolaminas que provocam o aumento da freqüência cardíaca e
vasoconstricção periférica.
Os rins respondem a hemorragia estimulando um aumento da secreção
de renina, que converte o angiotensinogênio em angiotensina I que é
convertida subseqüentemente em angiotensina II pelos pulmões e fígado. A
angiotensina II promove secreção de aldosterona e é esta responsável pela
reabsorção de sódio e conservação de água.
O sistema neuroendócrino aumenta o hormônio antidiurético circulante
(ADH), que promoverá um aumento de reabsorção de água e sal (NaCl).
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Todos estes sistemas agem na tentativa de evitar uma maior perda de
líquidos, tentando reverter o processo hipovolêmico.
Diagnóstico
O diagnóstico deste tipo de choque pode ser rápido e fácil se o doente
apresentar sinais clínicos de instabilidade hemodinâmica e se a fonte da perda
de volume for evidente. No entanto, há situações em que esta fonte de perda é
oculta, pelo que o diagnóstico se prefigura mais difícil.
Manifestações Clínicas
• Hipotensão
• Taquicardia
• Pulso fino e taquicárdico
• Pele fria e pegajosa
• Sudorese abundante
• Mucosas descoradas e secas
• Palidez
• Cianose
• Resfriamento das extremidades
• Hipotermia
• Respiração superficial, rápida e irregular (O aspecto hemodinâmico aos
clássicos desse tipo de choque inclui taquicardia, hipotensão, redução
das pressões de enchimento cardíaco e vasoconstricção periférica).
• Sede
• Náuseas e vômitos
• Alterações neurossensoriais
Pode ocorrer também: Psiquismo: o doente em geral fica imóvel, apático, mas
consciente. A apatia é precedida de angústia e agitação.
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Exames laboratoriais e estudo de imagens
Tratamento
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a agregação plaquetária. E a albumina, expande rapidamente o
volume plasmático, porém depende de doadores humanos.
Derivados do sangue: só podem ser usados se a causa do choque
for uma hemorragia. A papa de hemácia é dada para melhorar a
capacidade de transporte de oxigênio do paciente e juntamente com
outros líquidos que irão expandir o volume.
Autotransfusão: coleta e retransfusão do próprio sangue do paciente,
e pode ser realizada quando o paciente está sangrando para dentro
de uma cavidade fechada, como tórax ou abdome.
Redistribuição de líquidos: o posicionamento do paciente,
corretamente, ajuda na redistribuição hídrica (posição de Trendelemburg
modificada - elevam-se as pernas do paciente e o retorno venoso é
favorecido pela gravidade.
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desidratação secundária a hiperglicemia, desmopressina (DDVP) para diabetes
insípidus, agentes anti-diarréicos para diarréia e anti-eméticos para vômito.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
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Ansiedade caracterizado por aumento da freqüência cardíaca, fadiga e
fraqueza, freqüência respiratória aumentada relacionada a diminuição do
volume de líquido.
Confusão caracterizada por distúrbios flutuantes de orientação e
raciocínio relacionado à hipovolemia.
Déficit do volume de líquido caracterizado por pele e mucosas secas,
diminuição da turgidez da pele relacionada a náuseas, vômitos.
Fadiga caracterizada por letargia ou inquietação, aumento das queixas
físicas relacionado a náuseas, vômitos e diarréia.
Intolerância à atividade caracterizada por pulso com aumento de
freqüência, fraqueza, fadiga relacionado à hipovolemia.
Medo caracterizado por falta de ar, náuseas, vômitos, boca seca
relacionado a falta de conhecimento.
Risco para disfunção neurovascular periférico relacionado a
sangramento, traumatismo, reação alérgica.
Risco para alteração de temperatura corporal relacionado ao choque.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
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Aferir sinais vitais.
Medir PVC.
Caso necessário auxiliar na intubação e ligar ventilador mecânico.
Demais cuidado como higienização e mudança de decúbito, serão
realizadas após a estabilidade hemodinâmica.
Se choque hipovolêmico:
Remover imediata da causa determinante do estado de hipovolemia.
Estancamento do processo hemorrágico (por exemplo, compressão).
Repor o volume de líquidos de acordo com a necessidade
Administração de transfusões de sangue em caso de hemorragia
excessivas.
Fornecer aporte calórico.
Fazer reposição hídrica via- oral.
Observar a pressão venosa jugular.
CONCLUSÃO
O choque é um distúrbio caracterizado pela oxigenação inadequada dos
órgãos e tecidos. Este distúrbio não é causado somente por causa clínica, mas
de uma doença ou de causa preexistente. Por exemplo, o infarto agudo do
miocárdio pode levar ao choque cardiogênico.
O passo inicial na abordagem do choque é reconhecer sua presença, seu
diagnóstico é feito exclusivamente através do exame físico, que deve ser
dirigido aos sinais vitais, ou seja, à freqüência cardíaca, freqüência respiratória,
perfusão cutânea e pressão do pulso; nenhum teste laboratorial identifica
imediatamente o choque. A determinação do hematócritos ou de concentração
da hemoglobina, por exemplo, não diagnostica perdas sangüíneas
agudamente. O segundo passo na abordagem do choque é identificar sua
provável etiologia, ou seja, identificar o tipo de choque; se é devido a perda de
sangue apresentando componente de hipovolemia, chamado de choque
hemorrágico, ou se é devido a causas não hemorrágicas como choque
cardiogênico, choque neurogênico ou choque séptico.
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Bibliografia
http://www.ebah.com.br
http://fisiologia.med.up.pt/Textos_Apoio/cardiaco/Choque.pdf
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