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INTRODUÇÃO

A palavra choque deriva do francês choc: parada e scoc: sacudida. É um


distúrbio caracterizado pelo insuficiente suprimento sangüíneo para os tecidos
e células do corpo. Pode - se dizer que é a perfusão e oxigenação inadequada
dos órgãos e tecidos. O estado de choque é uma situação na qual existe uma

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desproporção entre a quantidade de sangue circulante e a capacidade do
sistema.
Tem como causas:
• Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração);
• Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede
vascular);
• Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais).

CHOQUE HIPOVOLÊMICO

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Definição
É o tipo mais comum de choque, e deve-se a redução absoluta e geralmente
súbita do volume sangüíneo circulante em relação à capacidade do sistema
vascular. A hipovolemia pode ocorrer como resultado da perda sangüínea
secundária a hemorragia (interna ou externa) ou pode advir da perda de
líquidos e eletrólitos. Esta última forma de hipovolemia pode seguir-se a perda
significativa de líquidos gastrintestinais (por exemplo, diarréia, vômito), perdas
renais (por exemplo, poliúria), que pode ocorrer em Diabetes mellitus e
insípidus, perdas externas secundárias ou quebra da integridade da superfície
tecidual (por exemplo, queimaduras), ou perdas internas de líquidos sem
alteração na água corporal total (por exemplo, seqüestro de líquidos para o
terceiro espaço-ascite).

Fisiopatologia
O corpo humano responde a hemorragia aguda ativando quatro
sistemas fisiológicos principais: sistema hematológico, sistema cardiovascular,
sistema renal e sistema neuroendócrino.
O sistema hematológico responde a uma perda de sangue severa,
ativando a cascata de coagulação contraindo os vasos da hemorragia e
ativando as plaquetas.
O sistema cardiovascular devido à diminuição do volume sangüíneo e
conseqüente diminuição do oxigênio estimularão o SNC, liberando as
catecolaminas que provocam o aumento da freqüência cardíaca e
vasoconstricção periférica.
Os rins respondem a hemorragia estimulando um aumento da secreção
de renina, que converte o angiotensinogênio em angiotensina I que é
convertida subseqüentemente em angiotensina II pelos pulmões e fígado. A
angiotensina II promove secreção de aldosterona e é esta responsável pela
reabsorção de sódio e conservação de água.
O sistema neuroendócrino aumenta o hormônio antidiurético circulante
(ADH), que promoverá um aumento de reabsorção de água e sal (NaCl).

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Todos estes sistemas agem na tentativa de evitar uma maior perda de
líquidos, tentando reverter o processo hipovolêmico.

Diagnóstico
O diagnóstico deste tipo de choque pode ser rápido e fácil se o doente
apresentar sinais clínicos de instabilidade hemodinâmica e se a fonte da perda
de volume for evidente. No entanto, há situações em que esta fonte de perda é
oculta, pelo que o diagnóstico se prefigura mais difícil.

Manifestações Clínicas
• Hipotensão
• Taquicardia
• Pulso fino e taquicárdico
• Pele fria e pegajosa
• Sudorese abundante
• Mucosas descoradas e secas
• Palidez
• Cianose
• Resfriamento das extremidades
• Hipotermia
• Respiração superficial, rápida e irregular (O aspecto hemodinâmico aos
clássicos desse tipo de choque inclui taquicardia, hipotensão, redução
das pressões de enchimento cardíaco e vasoconstricção periférica).
• Sede
• Náuseas e vômitos
• Alterações neurossensoriais
Pode ocorrer também: Psiquismo: o doente em geral fica imóvel, apático, mas
consciente. A apatia é precedida de angústia e agitação.

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Exames laboratoriais e estudo de imagens

• Testes laboratoriais incluindo um hemograma completo; outros exames


podem ser realizados dependendo da suspeita da causa para a perda
de volume
• Exames podem ser solicitados para determinar o local e a causa da
depleção do volume, incluindo TC , RM, ou raio X das áreas sob
suspeita
• Angiografia / cateterização do coração pode mostrar baixo débito
cardíaco (bombeamento), confirmando o choque
• Ecografía pélvica sem demora e pode ser levada a uma operação
exploratoria.

Tratamento

Visa restaurar o volume intravascular, redistribuir o volume hídrico e


corrigir a causa básica.
Tratamento da causa básica: se o paciente estiver num processo de
hemorragia, esta deve ser interrompida o mais rápido possível, através da
pressão sobre o local do sangramento ou pode ser necessário uma cirurgia
para estancar o sangramento intenso. Se a causa da hipovolemia for diarréia
ou vômito, devem ser administrados medicamentos.
Reposição hídrica e sangüínea: primeiramente, devem ser instalados dois
acessos intravenosos que permitem a administração simultânea de líquidos e
derivados do sangue. É necessário administrar líquidos que permaneçam
dentro do compartimento intravascular, evitando assim, criação de
deslocamento de líquidos do compartimento intravascular para o
compartimento intracelular.
 Ringer lactado e cloreto de sódio: são líquidos cristalóides,
isotônicos, que se deslocam livremente entre os compartimentos
líquidos do corpo, não permanecendo no sistema vascular.
 Colóides: albumina e dextran a 6 %. O dextran não é indicado se a
causa do choque hipovolêmico for hemorragia, pois ele interfere com

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a agregação plaquetária. E a albumina, expande rapidamente o
volume plasmático, porém depende de doadores humanos.
 Derivados do sangue: só podem ser usados se a causa do choque
for uma hemorragia. A papa de hemácia é dada para melhorar a
capacidade de transporte de oxigênio do paciente e juntamente com
outros líquidos que irão expandir o volume.
 Autotransfusão: coleta e retransfusão do próprio sangue do paciente,
e pode ser realizada quando o paciente está sangrando para dentro
de uma cavidade fechada, como tórax ou abdome.
Redistribuição de líquidos: o posicionamento do paciente,
corretamente, ajuda na redistribuição hídrica (posição de Trendelemburg
modificada - elevam-se as pernas do paciente e o retorno venoso é
favorecido pela gravidade.

As calças militares anti choque (CMAC) podem ser usadas nas


situações de extrema emergência, quando o sangramento não
pode ser controlado, como nos casos de traumatismo ou
sangramento retro peritoneal. Este dispositivo é um torniquete
de três câmaras, que é enrolado nas pernas e tronco do
paciente, e depois inflado no sentido de forçar o sangue das
extremidades inferiores para a circulação superior. O
dispositivo ajuda a controlar a hemorragia, aplicando pressão
sobre o local do sangramento.
Obs.: Uma vez inflada, as CMAC não devem ser esvaziadas bruscamente por
causa do risco de uma queda rápida e grave da pressão arterial. Devem ser
esvaziadas lentamente (durante 30 a 60 minutos) ao mesmo tempo em que se
administram líquidos.
Medicamentos: Caso a administração líquida falhar na reversão do choque,
deve-se fazer uso dos mesmos medicamentos dados no choque cardiogênico ,
porque o choque hipovolêmico ao não revertido evolui para o choque
cardiogênico (o "círculo vicioso).
Se a causa clássica da hipovolemia tiver sido desidratação serão prescritos
medicamentos como insulina que será administrada aos pacientes com

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desidratação secundária a hiperglicemia, desmopressina (DDVP) para diabetes
insípidus, agentes anti-diarréicos para diarréia e anti-eméticos para vômito.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

 Débito cardíaco diminuído caracterizado por agitação, cianose, dispnéia,


angina, oligúria, relacionado a perfusão e oxigenação inadequadas dos
órgãos e tecidos.
 Fadiga caracterizada por incapacidade de manter as rotinas usuais,
irritabilidade, inquietação, relacionada à oxigenação inadequada do
tecido, secundária a disfunção miocárdica.
 Intolerância à atividade caracterizada por dispnéia, taquicardia,
taquisfigmia, fadiga, fraqueza, relacionada ao comprometimento do
sistema de transporte do oxigênio.
 Ansiedade caracterizada por insônia, fadiga, fraqueza, sudorese,
inquietação, irritabilidade relacionada a modificação do ambiente
secundário à hospitalização.
 Perfusão tissular ineficaz caracterizada por oligúria, estado mental
alterado, pressão sangüínea alterada relacionada a diminuição da
oxigenação dos órgãos e tecidos.
 Baixa auto- estima situacional caracterizado por verbalizações auto
negativas, avaliação de si mesmo com incapaz de lidar com as
situações relacionadas a prejuízo funcional do sistema circulatório.
 Risco para constipação relacionado à mudanças ambientais recentes,
confusão, ingestão de fibras insuficiente e mudanças nos padrões
habituais de comida e alimentação.
 Síndrome do estresse por mudança caracterizada por preocupação,
medo, sentimento de impotência relacionado a estado de saúde
alterado.
 Risco para tensão devida ao papel de cuidador relacionado a prejuízo na
saúde do cuidador.

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 Ansiedade caracterizado por aumento da freqüência cardíaca, fadiga e
fraqueza, freqüência respiratória aumentada relacionada a diminuição do
volume de líquido.
 Confusão caracterizada por distúrbios flutuantes de orientação e
raciocínio relacionado à hipovolemia.
 Déficit do volume de líquido caracterizado por pele e mucosas secas,
diminuição da turgidez da pele relacionada a náuseas, vômitos.
 Fadiga caracterizada por letargia ou inquietação, aumento das queixas
físicas relacionado a náuseas, vômitos e diarréia.
 Intolerância à atividade caracterizada por pulso com aumento de
freqüência, fraqueza, fadiga relacionado à hipovolemia.
 Medo caracterizado por falta de ar, náuseas, vômitos, boca seca
relacionado a falta de conhecimento.
 Risco para disfunção neurovascular periférico relacionado a
sangramento, traumatismo, reação alérgica.
 Risco para alteração de temperatura corporal relacionado ao choque.

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

 É um tratamento de emergência, devendo o paciente ser encaminhado


para a UTI.
 Recepcionar o paciente, avaliando o tipo de choque que está
apresentando.
 Colocá-lo em repouso em DDH com MMII elevados.
 Instalar monitor cardíaco.
 Avaliar padrão respiratório.
 Instalar oxigênio cateter nasal (2L/min) ou máscara de Venturi.
 Puncionar acesso venoso.
 Administrar medicação prescrita ou de acordo com o protocolo da
instituição.
 Colher material para exames laboratoriais.
 Avaliar o estado de consciência.

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 Aferir sinais vitais.
 Medir PVC.
 Caso necessário auxiliar na intubação e ligar ventilador mecânico.
 Demais cuidado como higienização e mudança de decúbito, serão
realizadas após a estabilidade hemodinâmica.

Se choque hipovolêmico:
 Remover imediata da causa determinante do estado de hipovolemia.
 Estancamento do processo hemorrágico (por exemplo, compressão).
 Repor o volume de líquidos de acordo com a necessidade
 Administração de transfusões de sangue em caso de hemorragia
excessivas.
 Fornecer aporte calórico.
 Fazer reposição hídrica via- oral.
 Observar a pressão venosa jugular.

CONCLUSÃO
O choque é um distúrbio caracterizado pela oxigenação inadequada dos
órgãos e tecidos. Este distúrbio não é causado somente por causa clínica, mas
de uma doença ou de causa preexistente. Por exemplo, o infarto agudo do
miocárdio pode levar ao choque cardiogênico.
O passo inicial na abordagem do choque é reconhecer sua presença, seu
diagnóstico é feito exclusivamente através do exame físico, que deve ser
dirigido aos sinais vitais, ou seja, à freqüência cardíaca, freqüência respiratória,
perfusão cutânea e pressão do pulso; nenhum teste laboratorial identifica
imediatamente o choque. A determinação do hematócritos ou de concentração
da hemoglobina, por exemplo, não diagnostica perdas sangüíneas
agudamente. O segundo passo na abordagem do choque é identificar sua
provável etiologia, ou seja, identificar o tipo de choque; se é devido a perda de
sangue apresentando componente de hipovolemia, chamado de choque
hemorrágico, ou se é devido a causas não hemorrágicas como choque
cardiogênico, choque neurogênico ou choque séptico.

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Bibliografia

BRUNNER, L. S.; Suddarth, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico.


10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

CECIL, R. L. Tratado de Medicina Interna. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 1996.

http://www.ebah.com.br

http://fisiologia.med.up.pt/Textos_Apoio/cardiaco/Choque.pdf

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