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UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA CRÍTICA SOCIAL MOSTRADA ATRAVÉS DA


CANÇÃO “RODO COTIDIANO” DA BANDA “O RAPPA”

Markus Sócrates Ricardo Macêdo Cordovil da Gama 1

“Eu sou um simulacro! Você jamais vai me conhecer


como sou! Porque nem eu mesmo posso fazê-lo!
(Prf. Dr. Valdenildo dos Santos em 15 de março de
2011.)

Resumo: O presente trabalho elabora uma análise dos aspectos sociais diários
do cidadão comum, representado na canção “Rodo Cotidiano”, da banda de
pop rock brasileiro O Rappa, e para isso a ferramenta principal é a semiótica de
Greimas. A obra é uma narrativa de um dia comum de um sujeito e de seu
grupo social, dentro do fluxo humano nos transportes coletivos da capital do
estado do Rio de Janeiro. Da dinâmica desse mar de gente, da sua luta por um
lugar na comunidade da qual eles fazem parte, e a tentativa de produzir
simulacros aceitáveis por essa sociedade contemporânea e produtiva. Com a
segmentação da obra podemos construir os vários momentos do processo
comunicativo entre os autores e o público em geral. Com essa abordagem
teórica é trazido à superfície da compreensão os códigos implícitos em toda a
obra aqui tratada. É feito uma divisão da obra em segmentos para facilitar a
análise e perceber as características dos diferentes níveis de um texto da
semiótica de Greimas.

Palavras-chave: Semiótica, análise textual segmentada, nível narrativo,


fundamental, discursivo, critica social.

______________________________________________

1-Graduando do Ciclo de Formação Geral da Universidade Federal do Oeste do Pará


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1. Introdução

Neste trabalho a proposta é fazer uma análise semiótica da canção


“Rodo cotidiano” da banda “O Rappa” a partir do uso das expressões e das
idéias usadas pelos autores nessa composição.

Para tanto a obra será divida em pequenos segmentos, com o intuito de


facilitar a análise semiótica, e da compreensão da dela como um todo, e de
suas mensagens e da sua codificação textual, nessa narrativa do movimento
diário do homem urbano contemporâneo.

Levando em consideração a necessidade de falar do sujeito e de tudo o


mais que o cerca, incluindo ai a questão da subjetividade e da afetividade entre
ele e o mundo nos conceitos da semiótica greimasiana, a obra aqui tratada se
mostra de singular relevância, pois que trata em seus versos justamente dessa
igualdade de valores.

A oposição entre a liberdade de ir vir, e a opressão da sociedade sobre o


cidadão comum, em um nível fundamental da semiótica de Greimas, assim
como a percepção dos meandros do nível narrativo e discursivo por toda a
obra, além da manipulação por provocação, feita pelos autores, para instigar
toda a sociedade, a quebrar paradigmas e promover o bem comum, são as
principais características trazidas nesse singular trabalho.

2. Da análise segmentada da canção

2.1 Primeiro segmento: A transitividade entre o homem e as coisas


no Nível Narrativo.

A idéia lá

comia solta

Subia a manga
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amarrotada social

No calor alumínio

nem caneta,

nem papel

e uma idéia fugia

Era o rodo cotidiano

Nessa primeira parte da obra os autores fazem a inserção do sujeito em


um nível narrativo, onde poderia operar transformações, porém ele se exime de
qualquer atitude inicial devido estar desprovidos das ferramentas “caneta e
papel” com as quais ele poderia por em prática o seu anseio de compor. A
variedade de pensamentos que lhe provem e de que da mesma maneira
abandonam seu ser retratam a transição das coisas, entre ele o sujeito e o
objeto, suas idéias.

O calor demasiado dentro do coletivo no qual ele se encontra é


comparado com a própria matéria do qual seu transporte é feito, dando uma
pequena mostra das possíveis relações entre esse sujeito, um cidadão comum
usuário de transporte coletivo urbano que vai pro trabalho e que mesmo cedo
já se encontra em desalinho, com as coisas que o cercam, o que evidencia
ainda no nível narrativo de Greimas, a transitividade das coisas.

No próprio título e no verso final desse primeiro segmento a expressão


“rodo” remete ao movimento de limpeza, feito em uma superfície com fluidos
dispersos, e que aqui cabe como a incessante retirada das coisas do seu lugar
de origem, do repouso inicial em que se encontravam, e que começa a ser
percebido pelo sujeito. Onde ele de maneira breve pressupõe como algo
negativo, e oposto ao positivo, que seria a transformação operada por ele, já
que essa oportunidade se apresenta sempre, pois ela ocorre de modo
“cotidiano”. O que depende somente da aplicação prática da euforia
momentânea, também em oposição abstrata à disforia contínua dele.
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2.2 Segundo segmento: As relações conjuntivas e disjuntivas,


contratuais e polêmicas.

O espaço é curto

quase um curral

Na mochila amassada

uma quentinha a bafada

(vidinha abafada)

Meu troco é pouco

é quase nada

Agora nesse segundo trecho, percebe-se que os autores fazem relações


polêmicas na narrativa, por que fogem do poderia ser oferecido dentro do
sistema publico de transporte, onde existe um contrato subentendido entre as
empresas e a sociedade e que não é cumprido por uma das partes, o que
rompe o caráter fiduciário desse acordo, já que ele percebe ser tratado como
um animal em sistema de confinamento “curral”.

Sem a oportunidade de fazer uma pausa prolongada para refeições ele o


sujeito, faz uso das marmitas com suprimento alimentar pro seu dia de
trabalho, e que vai amassada pelas outras pessoas dentro do coletivo dentro, e
que se compara a sua própria existência “abafada”. Nesse oportuno momento
ele descreve sua situação financeira, parecida com a dos demais, ali no ônibus,
uma relação disjuntiva, porém diferente do que ele se percebe como
merecedor, a relação conjuntiva dentro ainda do nível narrativo proposto por
Greimas.
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2.1 terceiro segmento: A relação entre os homens no Nível


Narrativo.

Não se anda

por onde gosta

mas aqui não tem jeito todo

mundo se encosta

Ela some no

ralo de gente

Ela é linda

mas não tem não tem nome

É comum

È normal

A falta de liberdade de se locomover como quer e por onde bem


entender se opõe de forma tácita a uma opressão exercida pelo sistema, e é
denunciada nos primeiros versos desse terceiro segmento. O que vai de
acordo com a proposta da semiótica greimasiana que articula uma categoria
semântica mínima, a partir da qual o sentido dessa opressão é percebido. A
sociedade poda e lapida o cidadão para que ele se encaixe dentro de conceitos
e moldes estabelecidos, sem muitas condições de reverter esse quadro que lhe
impuseram.

Quando os autores apresentam essa nova personagem que aparece e


desaparece todos os dias, no meio da multidão, e que faz parte do mesmo
nicho urbano que o sujeito e até mesmo os próprios autores se encontram, e
da qual ele não se dispões a provocar uma aproximação, e manter um dialogo,
notamos a relação entre os homens no nível narrativo, e entre esses sujeitos
uma relação confusa entre destinador e destinatário, já que em sua total apatia
a mensagem que poderia ser enviada fica presa a esse sujeito passivo e
observador. Conceitos também propostos por Greimas.
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2.3 Quarto segmento: A projeção do enunciado no Nível Discursivo

Sou mais um no Brasil da Central

Da minhoca de metal que entorta as ruas

como Concorde

apressado

cheio de força

Voa. Voa mais pesado

do que o ar

o avião do trabalhador

Nesse ultimo segmento podemos fazer uma análise colocamos os


autores como o destinador-manipulador de Greimas, por que são eles quem na
obra “Rodo Cotidiano” fazem uma manipulação por provocação da sociedade
em que os personagens da canção e o público co-existem para um fazer
interpretativo da obra, e ao mesmo tempo fazer um convite a saída da inércia,
e partir para as mudanças sociais necessárias.

Os autores colocam o personagem principal como podendo ser qualquer


cidadão urbano, “sou mais um no Brasil da central” um perfeito trocadilho com
a estação Central do Brasil, onde um grande número de linhas ônibus e de
metrôs se conecta, e compara esses meios de transporte terrestres, aos
concordes, onde os usuários eram pessoas de classes sociais elevada.

A sanção pragmática que se busca através da obra é positiva, onde o


bem comum é almejado, busca-se a percepção e o entendimento das
projeções da enunciação no nível discursivo, as debreagens e embreagens,
propostas por Greimas.
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Referências Bibliográficas
FIORIN, J. L. –Semiótica das Paixões: O ressentimento. 2008

MATTE, Ana C. Fricke; LARA, G. M. P. –Um panorama da semiótica


greimasiana. 2005

MONTES, Maria J. B. da S.-O videoclipe e a educação: Identidades


fragmentadas no conteporâneo.2009

SILVA, Maria Rita A.- Lado B lado A- Uma crônica social análise semiótica do
cd do rappa.2009

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