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O documento discute a abordagem centrada na pessoa e como ela representa uma mudança de paradigma nas relações de ajuda. A ACP prioriza o valor e a dignidade da pessoa, enxergando o ser humano como tendendo naturalmente ao crescimento. Ela representa mais uma ética do que uma técnica, baseada em valores como respeito pela autonomia e flexibilidade.
O documento discute a abordagem centrada na pessoa e como ela representa uma mudança de paradigma nas relações de ajuda. A ACP prioriza o valor e a dignidade da pessoa, enxergando o ser humano como tendendo naturalmente ao crescimento. Ela representa mais uma ética do que uma técnica, baseada em valores como respeito pela autonomia e flexibilidade.
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O documento discute a abordagem centrada na pessoa e como ela representa uma mudança de paradigma nas relações de ajuda. A ACP prioriza o valor e a dignidade da pessoa, enxergando o ser humano como tendendo naturalmente ao crescimento. Ela representa mais uma ética do que uma técnica, baseada em valores como respeito pela autonomia e flexibilidade.
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Mauro Martins Amatuzzi Ed. Alínea - 2001 Humanismo Movimento de retorno à cultura greco-latina clássica, surgido no período do Renascimento, nos séculos XV e XVI.
O humano concebido como fim último de uma
determinada teoria de conhecimento, abordagem ou postura ética é um denominador comum presente nas diversas acepções sobre o “Humanismo”.
“O humanismo surge então como um questionamento,
uma procura pelo sentido de ser deste homem. É um esforço contínuo pela compreensão de sua totalidade, pela sua consideração integral” (HOLANDA, 1998, p.21). Sentido do Humanismo na Psicologia
Reviravolta de perspectivas do homem-resultado para o
homem-atual (AMATUZZI, 2001);
O ser humano tem que ser captado no seu movimento;
só pode ser captado movimentando-se, inserindo-se num processo;
É o de nos colocarmos na postura do atual, do presente,
do atuante, do em curso. Psicologia Humanista Reação às faltas de respostas aos problemas vivenciais do ser humano, norte-americano, do pós- guerra (décadas 50-60) pelas psicologias dominantes. Crítica à atitude científica tradicional. Ponto em comum de diferentes teorias consideradas humanistas: uma atitude, com posicionamentos e compromissos. De acordo com Rogers (1983) a identificação da ACP com a psicologia humanista está baseada na sua advocacia pela dignidade e valor da pessoa na sua busca pelo crescimento. “(...) O que Rogers trouxe não foi uma nova técnica para a mesma finalidade. Ele trouxe outra finalidade. Ele não descobriu um procedimento mais eficaz para solucionar o problema das pessoas: ele mudou o modo de conceber os problemas e a relação de ajuda. Nesse sentido, sua contribuição não foi tecnológica, mas ética: ele não trouxe meios novos, mas fins novos. Mudança de paradigma” (AMATUZZI, 2010, p.13). Pressuposto determinista
- Ser humano pensado como algum tipo de mecanismo.
- Ações humanas determinadas por causas identificáveis e manipuláveis. - Referências: - Base do atendimento – diagnóstico – olhar analítico da situação; - Atendimento – estratégias de intervenção – visando direcionar a ação; os efeitos são esperados como consequências naturais; - Pesquisas – Ligações genéricas de causalidade; quantificação da distribuição de determinado fenômeno em determinado campo. (AMATUZZI, 2010, p. 16-17) Pressuposto de autonomia
- Ser humano possui algum poder sobre as
determinações que o afetam, que é mais relevante para o seu desenvolvimento do que essas determinações. - Ações humanas baseadas na autonomia crescente da pessoa e na fecundidade da relação inter-humana. - Referências: - Base do atendimento – tendência inata à atualização, ao crescimento (# Diagnóstico); - Atendimento – relação aberta e centrada na pessoa (# estratégias de intervenção); - Pesquisas – “... Qualitativas, descritivas de vivências subjetivas, buscando explicitar seus significados potenciais em relação a algum contexto”. (p.17-18) “Uma visão do ser humano, que se apoie na percepção de um valor original e único da pessoa, é uma visão ética e tem repercussões práticas na vida das relações pessoais, sociais e até políticas” (p.19).
“(...) A abordagem centrada na pessoa é muito mais uma
ética que uma técnica” (p.21).
“(...) As disposições [ou atitudes] são anteriores aos
comportamentos e, de certa forma, os determinam. Por uma disposição, uma atitude, um valor é que nos inclinamos numa determinada direção” (p.21).
“(...) A consistência última da ACP não está no nível de
sua utilidade ou mesmo de sua eficácia, mas no nível do seu valor. Se não tenho sensibilidade para valores, jamais entenderei a abordagem centrada na pessoa; a não ser que a entenda como técnica” (p.23). Modo de ser – valores, atitudes (ética)
Aspectos concretos das diferentes
situações (contexto)
Modo de fazer – procedimentos,
comportamentos (técnica) Características do modo de ser da ACP (WOOD,1994):
1. Uma perspectiva de vida de modo geral positiva –
Crença na vida, anterior à toda ciência e ideologia. 2. Uma crença numa tendência formativa direcional – Processo criativo e não desintegrativo que envolve todas as formas de vida, na qual o ser humano faz parte. Pode estar bloqueada, impedida de atuar conforme o contexto específico. 3. Uma intenção de ser eficaz – Compromisso com a mudança, com a ação eficaz. 4. Um respeito pelo indivíduo e por sua autonomia e dignidade – Disposição de atuar em conjunto com outro(s) ser(es) humano(s). Características do modo de ser da ACP (WOOD,1994):
5. Uma flexibilidade de pensamento e ação – Capacidade
de acolhimento do diferente, de se deixar transformar pelo convívio. 6. Uma tolerância quanto às incertezas ou ambiguidades – Capacidade de viver numa situação caótica até que fatos suficientes se acumulem para ser possível abstrair-se um sentido deles. 7. Senso de humor, humildade e curiosidade – Abertura ao desconhecido, capacidade de rir dos limites de si mesmo, disponibilidade a caminhos inesperados. (p.39-44) “... a ACP é uma maneira de ser que permite um determinado olhar e gera uma maneira de fazer. Só que esta maneira de fazer não está nela predefinida, a não ser quanto às orientações gerais. Cada maneira de fazer precisa ser gerada, sob a influência da abordagem, sim, mas considerando os aspectos concretos das diversas situações”. (p.58)