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PREPARATÓRIO PARA OAB

DISCIPLINA: DIREITO CIVIL


Professora: Dra. Claudia Tristão

Capítulo 5 Aula 1
DIREITO DOS CONTRATOS

Coordenação: Dr. Flávio Tartuce


Aula 1

Teoria Geral dos Contratos

- Noções Introdutórias

- Princípios regedores dos contratos


Princípio da autonomia da vontade
Princípio do consensualismo
Princípio da força obrigatória
Princípio da boa-fé

- Requisitos de validade
Capacidade dos contratantes
Objeto do contrato
Consentimento
Forma

- Prova dos contratos

- Noções introdutórias

Atualmente os contratos têm desempenhado grande força e importância nas relações sociais, e isto se
justifica em razão do constante crescimento dos negócios econômicos, políticos e sociais. Em contrapartida,
não é raro nos deparamos com o desequilíbrio nas cláusulas contratuais onerando mais uma parte à outra,
principalmente nas relações de consumo, o que acaba por gerar um entravamento de ações judiciais na
tentativa de buscar o equilíbrio na prestação e na contraprestação desses negócios jurídicos.

Neste seguimento veremos que o contrato tem suas raízes no instituto do Direito Privado e aplica-se em todas
as ramificações do Direito Civil originadas no acordo de vontades.

O novo Código Civil, no artigo 421, menciona que a "liberdade de contratar será exercida em razão dos
limites da função social do contrato", o que força os contratantes a agirem com probidade e boa-fé. Isto quer
dizer, como esclarece Sílvio Venosa, que o controle judicial não se manifestará apenas no exame das
cláusulas contratuais, mas desde a raiz do negócio jurídico. Indo mais além, o contrato deve ser cumprido
não unicamente em prol do credor, mas em benefício de toda uma comunidade. Podemos citar como
exemplo a inserção do nome do mau pagador no cadastro dos órgãos de proteção ao crédito.

Em princípio, o contrato é negócio jurídico bilateral que se apresenta no Direito das Obrigações, no Direito
de Família, no Direito das Coisas e no Direito das Sucessões.

Podemos citar como exemplo de contratos o de compra e venda, de doação, de mandato, de seguro, de
fiança, de locação, contratos bancários, de leasing, entre tantos outros.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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A palavra "contrato" tanto pode ser usada para designar o negócio jurídico bilateral gerador de obrigações
como, para a formalização do instrumento, seja ele por escritura pública ou particular.

Muitas pessoas pensam que o contrato somente existirá se ele for por escrito. Mas, na verdade, o simples ato
de comprar um refrigerante na lanchonete já configura a existência do contrato de compra e venda, por
exemplo. Portanto, podemos afirmar que o contrato também pode ser celebrado oralmente.

Para que possamos adentrar no estudo dos contratos, primeiramente, temos que falar sobre os princípios que
os regem. Segundo Orlando Gomes, os principais princípios são o da autonomia da vontade, o do
consensualismo, o da força obrigatória e o da boa-fé.

Princípios regedores dos contratos

Princípio da autonomia da vontade: É prerrogativa das pessoas, mediante declaração de vontade, a


liberdade de contratar, estipular o tipo e determinar o conteúdo do contrato. Toda pessoa capaz tem aptidão
para provocar o nascimento de um direito ou obrigar-se. O contrato, considerado individualmente, é lei
entre as partes, desde que não infrinja norma de ordem pública, sob pena de ser declarado nulo.

Os contratos, nos dias atuais, visam mais o interesse coletivo. É a chamada função social do contrato,
prevista no artigo 421 do C.C.. Isto não quer dizer que a manifestação de vontade, como requisito
contratual, tenha sido excluída mas, deixou de ser o centro de todas as avenças.

Assim, podemos concluir que há limitações não só de ordem pública, como também impedimentos de
cláusulas contratuais excessivamente onerosas a uma das partes, fato que justificou a publicação de leis
especiais como, por exemplo, a do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) e a Lei do Inquilinato
(Lei nº 8.245/91).

Princípio do consensualismo: Segundo esse princípio, o contrato se aperfeiçoa pelo acordo de vontades.

Contudo, não podem ser considerados existentes todos os contratos simplesmente pela formação
congruente de vontades, haja visto alguns estarem condicionados à realização de solenidades estabelecidas
na lei, como, por exemplo: o casamento, outros só se concretizam se determinada exigência for cumprida,
como ocorre nos contratos de corretagem.

Princípio da força obrigatória: Um contrato válido e eficaz é lei entre as partes e assim considerado deve ser
cumprido por elas (pacta sunt servanda). Isto porque o contrato obriga os contratantes, sejam quais forem as
circunstâncias em que tenha de ser cumprido. A própria lei confere à parte lesada instrumentos para obrigar
o contratante inadimplente a cumprir o contrato ou indenizar pelas perdas e danos.

Uma vez estipulado validamente o seu conteúdo, ou seja, sopesados os direitos e obrigações de cada parte,
as respectivas cláusulas têm força obrigatória.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Como regra geral, vale dizer que ninguém pode alterar unilateralmente o conteúdo do contrato, nem mesmo
o juiz. Se ocorrer alguma situação que justifique a intervenção judicial, esta será realizada para declaração
de nulidade ou resolução do contrato, nunca para alterar seu conteúdo.

As partes contrataram de livre e espontânea vontade e submeteram essa mesma vontade ao cumprimento
contratual porque tal situação foi desejada. Cada qual que suporte os prejuízos provenientes dessa vontade.

No direito atual passou-se a aceitar, em caráter excepcional, a possibilidade de intervenção judicial no


conteúdo de certos contratos, emprestando-lhe significado menos rígido mas sem alterar sua função de
segurança e sobrevivência, pois, se não tivesse o contrato força obrigatória estaria estabelecido o caos. Essa
atenuação na execução contratual somente é possível na impossibilidade de prever a mudança desse
estado.

Geralmente é aceita aplicação da teoria da imprevisão (cláusula rebus sic stantibus), nos contratos de
duração e nos de execução diferida, como ocorre no reescalonamento de contratos bancários que se tornam
excessivamente onerosos ao consumidor, impossibilitando o cumprimento da obrigação inicialmente
assumida.

Principio da boa-fé: Esse princípio se estampa pelo dever de agir corretamente das partes, ou seja, com
lealdade e confiança recíprocas, já que não se pode aceitar que um contratante tenha firmado o pacto de
má-fé, visando locupletar-se injustamente à custa do prejuízo do outro.

Também deve ser considerada a condição sócio-cultural dos contratantes para a devida interpretação do
conteúdo das cláusulas contratuais.

Requisitos de validade

O contrato é derivado de um ato jurídico que pressupõe vontade das partes, agente capaz, objeto lícito e
forma prescrita em lei. Esses elementos devem estar presentes no momento da formação do contrato.

Assim temos que o ato jurídico é fato decorrente da ação humana, voluntária e lícita, praticada com a
intenção de obter um resultado jurídico. Para o ato jurídico ser considerado válido ele requer vontade livre,
agente capaz, objeto lícito e forma não proibida em lei.

Capacidade dos contratantes: Todo negócio jurídico pressupõe agente capaz. Agente capaz para o contrato
é, em geral, aquela pessoa, física ou jurídica, apta para a realização do negócio jurídico.

Porém, há necessidade de diferenciarmos a capacidade para prática dos atos da vida civil, da capacidade
para prática de determinados atos, ou seja, legitimação. Podemos citar como exemplo o casamento entre
irmãos. Ambos são pessoas maiores e capazes para os atos da vida civil, mas, há a incapacidade específica
para contrair casamento entre eles, isto é, há impedimento legal.

"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
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Trata-se, no caso, não de incapacidade genérica, mas de uma inaptidão específica que mantém o agente
incapaz neste tipo de contrato (casamento é contrato de natureza familiar).

Orlando Gomes diz que a pessoa pode ser plenamente capaz de exercer os atos da vida civil, mas está
proibida de praticar alguns atos em virtude da posição em que se encontra relativamente ao objeto.

Objeto do contrato: Todo negócio jurídico há de ter um objeto que é prestação, que não deve ser confundida
com a coisa em que a prestação se especializa. Essa prestação, ou objeto, é constituído por fato humano,
uma atuação do sujeito passivo em contrapartida com a atuação do sujeito ativo, ou seja, quem compra
deve pagar o preço e quem vende deve entregar a coisa. Esta é a ação humana.

Pode acontecer dessa atividade humana se materializar na coisa em si, como ocorre nos contratos de
compra e venda de bem imóvel, por exemplo, mas mesmo nessa hipótese não deve ser confundido o objeto
da obrigação contratual com a coisa sobre a qual incide a obrigação.

Necessário também que o objeto seja lícito, possível e determinável.

Se o objeto da prestação, recebido pelo credor, em virtude de contato comutativo (prestação e


contraprestação), tem defeito oculto (vício redibitório), que o torna impróprio ao uso a que é destinado ou lhe
diminui o valor, ou se dele vem a ser privado em virtude de sentença que reconheça o direito de outra pessoa
sobre esse bem, a eficácia do contrato estará comprometida.

Se o objeto for impossível, a obrigação não será suscetível de cumprimento. Essa impossibilidade pode ser
física ou jurídica. A impossibilidade é física quando o contratante não tem condições de realizá-la. Por
exemplo, contratar os serviços de cirurgia plástica com um engenheiro civil ou contratação de pessoa muda
para cantar. Será jurídica a impossibilidade se encontrar obstáculo no ordenamento jurídico, por exemplo,
contratar a transferência de herança de pessoa viva. Se o sujeito passivo deve o que é impossível de
realização, em verdade nada deve. É nula a obrigação.

E como saber da possibilidade material do objeto contratado? O requisito da possibilidade está no dar, fazer
e não fazer da obrigação pactuada. As prestações importarão na entrega de uma coisa, na efetivação de um
serviço, na abstenção de um fato expressamente descrito entre outros. O objeto do contrato recai sobre um
bem econômico, coisa ou serviço, o qual, por meio desse mesmo contrato torna-se matéria de aquisição,
alienação, fruição, garantia, etc.

Se esta impossibilidade for concomitante à formação do contrato, à constituição do vínculo, o negócio


jurídico nem se forma, ele é inexistente ou nulo.

Já, se for superveniente, gerará efeitos que variarão de acordo com o grau dessa impossibilidade. O credor
poderá exigir o cumprimento da obrigação por outra pessoa (impossibilidade relativa), salvo os casos de
obrigação personalíssima, ou, requerer desconto no preço, e por fim, resolver o contrato em perdas e danos
(impossibilidade absoluta).

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O objeto da obrigação contratual também deve ser lícito, tanto à vista do que a lei proíbe quanto ao que
repugna a moral e os bons costumes. Podemos citar como exemplo dívida contraída, no Brasil, em função
de jogo de pôquer em cassino, ou dívida constituída em aposta de rinha de galos. Esse tipo de prestação
contratual não pode ser exigida porque o objeto da prestação é considerado ilícito.

E por último, o objeto da obrigação deve ser determinável ou determinado pelo gênero, espécie, quantidade
e pelas características individuais. Caso não seja possível determinar o objeto no nascimento do contrato,
poderá ser determinável em seu curso, por ato dos sujeitos ou de terceiros, por exemplo, a contratação da
compra de cinco cavalos da raça Manga-larga, os quais poderão ser escolhidos pelo comprador, ou
vendedor, ou ainda, por uma terceira pessoa escolhida por eles. Nos contratos da Bolsa Mercantil de Futuros
também o objeto não é de pronto determinado, mas ao vencer o prazo poderá ser determinado. O que não
pode ocorrer é a indefinição definitiva, pois aí estaremos diante de um contrato sem objeto, o que torna a
obrigação contratual ineficaz.

Consentimento: O consentimento é um dos elementos constitutivos do contrato. A palavra consentimento


pode ser usada não só para exprimir o acordo de vontades na formação bilateral do negócio jurídico
contratual, como também sinônimo de vontade de cada parte do contrato.

Porém, não se deve esquecer que, com relação aos contratos, as vontades que o formam correspondem a
interesses contrapostos, um quer vender e outro quer comprar.

Forma: Muito embora para os contratos vigore o princípio da forma livre, em alguns casos é exigida por lei
certa formalidade e solenidade que é da substância do ato; se não cumprido esse requisito o contrato será
declarado nulo. Por exemplo, a celebração de escritura de compra e venda de imóvel de valor superior ao
legal, nos pactos antenupciais, nas adoções.

A forma determinada na lei existe para aqueles atos e negócios nos quais a lei, ou a vontade das partes,
queira imprimir maior respeito e garantia de validade. A manifestação da vontade contratual pode ocorrer
também na forma verbal ou até mesmo por gestos, como acontece nos leilões: o sinal do dedo levantado
pode significar o lanço no leilão.

Prova dos contratos: Segundo Sílvio Salvo Venosa, "prova é o meio de que o interessado se vale para
demonstrar legalmente a existência de um negócio jurídico". É mais utilizada no direito processual.

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