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MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS

Este curso destina-se a todos os trabalhadores que realizem qualquer tipo de movimentação
de cargas (independentemente do peso), pontuais ou repetitivas, no desempenho das suas
funções.

Movimentação manual de cargas

Entende-se como Movimentação manual de cargas toda e qualquer operação de transporte


ou sujeição de cargas, por parte de um ou mais trabalhadores, como o levantamento, a
colocação, a tracção ou o deslocamento, que, devido às características da carga ou às
condições de trabalho, possa implicar risco, particularmente ao nível das lesões dorso-
lombares, aos trabalhadores envolvidos.

As lesões dorso-lombares podem ir desde uma simples lombalgia a lesões nos discos
intervertebrais, também conhecidas como “hérnias discais”, ou mesmo fracturas da coluna
vertebral provocadas por esforço excessivo.

• Cargas

Entende-se como carga qualquer objecto susceptível de ser deslocado.


A movimentação, em condições desfavoráveis, de uma carga com mais de 3 Kg pode
comportar riscos de lesão para o trabalhador que a realiza.
Além do peso, também o carácter persistente das movimentações pode constituir um factor de
risco de aparecimento de lesões músculo-esqueléticas, em consequência da repetição do
esforço.

• Normativa

Além da Lei-Quadro de enquadramento da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, nº


441/91 de 14 de Novembro, a movimentação manual de cargas é especificamente
regulamentada pelo Decreto-Lei nº 330/93 de 25 de Setembro, que contém as prescrições de
segurança e saúde no desempenho desse tipo de actividade.

• Prevenção

A melhor forma de prevenção consiste em adoptar um tipo de mecanização na movimentação


de cargas que elimine a necessidade de intervenção do trabalhador.
Estes tipos de mecanização poderão passar por calhas transportadores, rampas, gruas,
diferenciais, carros e porta-paletas, pela paletização, pelo uso de plataformas elevatórias,
empilhadores elevadores, etc.

• Informação e formação

A movimentação manual de cargas comporta um risco para a pessoa que a realiza, sendo,
por isso, necessário fornecer a todos os que desempenham este tipo de tarefa, a formação
adequada sobre os riscos e as medidas de prevenção e de protecção que evitem os possíveis
danos.
A informação e a formação são direitos dos trabalhadores que a entidade patronal está
obrigada a satisfazer.

• Situações especiais
As mulheres grávidas e os trabalhadores particularmente sensíveis a lesões na coluna
vertebral supõem situações aumentadas de risco que devem ser tidas em conta, pelo que
deve, nestes casos, evitar-se a movimentação manual de cargas.

Factores gerais de risco na movimentação manual de cargas

Os vários factores de risco subjacentes a qualquer trabalho de movimentação manual de


cargas podem ser organizados em dois grupos:
Factores de risco associados à carga
Factores de risco associados às condições de movimentação da carga
De seguida, analisaremos cada um destes grupos em mais detalhe.

• Riscos associados à carga

Se entendermos carga como qualquer objecto susceptível de ser movido, não é apenas o seu
peso que constitui um risco para a saúde do trabalhador que a movimenta, mas também as
outras características física como o tamanho, a natureza e o centro de gravidade.
Vejamos agora qual a influência de cada uma destas características.

O peso da carga

O peso da carga é um factor significativo e condicionante que pode comportar risco de lesão,
especialmente ao nível dorso-lombar, para o trabalhador que movimenta a carga.
Podemos identificar dois grandes tipos de lesão:
Lesões músculo-esqueléticas
Contusões por esmagamento

Recomendações
Em condições ideais, os pesos máximos recomendados são:
Em geral, 25 Kg.
Mulheres, jovens e idosos, 15 Kg.
Trabalhadores preparados e experimentados, 40 Kg.

Do conjunto das condições ideais fazem parte a adopção de uma postura corporal ideal
(carga junto do corpo, costas direitas, sem rotações nem inclinações do tronco, etc.), uma fácil
sujeição da carga, elevações suaves e não repetitivas (espaçados no tempo) e condições
ambientais favoráveis.

Lesões músculo-esqueléticas
A movimentação manual de cargas pode originar lesões músculo-esqueléticas em qualquer
parte do corpo do trabalhador, ainda que, normalmente, estas lesões tendam a aparecer nas
extremidades superiores e, sobretudo, nas costas, especialmente na zona dorso-lombar.
Medidas de prevenção
Partindo da base de uma movimentação manual de cargas em condições ideais, a prevenção
passa pela adopção de uma postura correcta que inclui:
1. Aproximação à carga
2. Rodear a carga com os pés
3. Flectir as pernas
4. Manter sempre as costas direitas
5. Manter sempre os braços esticados

1.- Medidas de prevenção: Aproximação à carga


Evitar sempre a separação entre o corpo e a carga movimentada. Quanto maior for esta
distância, maior será o esforço necessário na movimentação.

2.- Medidas de prevenção: Aproximação à carga: Rodear a carga com os pés


A melhor posição para elevar uma carga consiste em colocar cada um dos pés de cada lado
da mesma, ficando um deles mais adiantado que o outro.
Esta posição facilitará a aproximação do corpo à carga e proporcionará uma maior
estabilidade, reduzindo o esforço físico necessário.

Os pés demasiado juntos dão um equilíbrio instável, ao passo que os pés demasiado
separados podem comportar risco de aparecimento de hérnia inguinal.

3.- Medidas de prevenção: Aproximação à carga: Rodear a carga com os pés: Flectir as
pernas
Utilizar a força das pernas, flectindo-as, permitirá elevar a carga evitando esforços
desnecessários ao nível da zona dorso-lombar. Tenha em conta que as pernas são membros
preparados para suportar esforços físicos.

4.- Medidas de prevenção: Aproximação à carga: Rodear a carga com os pés: Flectir as
pernas: Manter as costas direitas
Manter as costas direitas durante o processo de elevação da carga é a melhor garantia de
que se evitam lesões, sobretudo, as da coluna vertebral e, muito em particular, as dos discos
intervertebrais.

Os discos intervertebrais são massas gelatinosas que separam cada vértebra das que lhe são
adjacentes. A movimentação manual de cargas pode provocar o esmagamento dos discos até
uma capacidade máxima, após a qual se dá a rotura.

4.- Costas direitas


Manter as costas direitas durante a movimentação manual de cargas proporciona a
compressão uniforme dos discos intervertebrais, ao passo que manter as costas dobradas
provoca uma compressão desigual, pressionando o disco contra a medula e aumentando o
risco de lesão da mesma. Neste caso, dá-se origem a uma hérnia discal, uma lesão dolorosa
que exige uma recuperação longa e difícil.
5.- Medidas de prevenção: Aproximação à carga: Rodear a carga com os pés: Flectir as
pernas: Manter as costas direitas: Manter os braços esticados
A movimentação manual de cargas também pode comportar riscos de lesão muscular nos
membros superiores e na zona cervical.
Manter os braços esticados durante o processo de elevar, suportar, deslocar, etc. reduzirá o
esforço efectuado e evitará lesões.

Medidas de protecção
Uma das medidas adequadas de protecção é a utilização de cintos ou faixas de protecção
para sujeitar a zona lombar.

Atenção!, o uso continuado de cintos e de faixas de protecção pode ter um efeito negativo
para o trabalhador, uma vez que debilita a musculatura dorso-lombar.
Por isso, deverão ser utilizados apenas durante o tempo necessário, nas situações que o
requeiram.

Contusões por esmagamento


A movimentação manual de cargas requer que a carga seja correctamente agarrada, para que
se evitem os riscos de lesão por esmagamento dos pés, em consequência da sua queda,
assim como os riscos de lesão por esmagamento das mãos, no momento de a depositar.
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• Preensão correcta
O tipo de preensão da carga é um factor importante a ter em conta.
Uma boa preensão, aliada a uma postura correcta, será benéfica por que permitira, por um
lado, reduzir o esforço necessário e, por outro, evitar que a carga escorregue das mãos e
caia.

Podem definir-se três tipos de preensão de cargas:


• Boa preensão
• Preensão regular
• Má preensão
Procure sempre exercer a melhor preensão possível.

Caso a carga não possibilite uma boa preensão, deverá primeiro solicitá-la aos produtores e
aos fornecedores e, enquanto esta não estiver disponível, assegurar-se de que sujeita a carga
com toda a palma da mão e a base dos dedos, ao contrário do que normalmente se faz, ou
seja, em vez de a sustentar apenas com a ponta dos dedos, uma vez que desta forma é
provável que a carga escorregue.

• Esmagamento dos pés

A movimentação manual de cargas comporta um risco de queda das mesmas sobre os pés de
quem está a efectuar o trabalho, assim como de terceiros, com a consequente contusão por
esmagamento.
Assim sendo, é necessário usar calçado de segurança com a biqueira reforçada.
• Esmagamento das mãos

A movimentação de cargas que implique a preensão do objecto por baixo pode provocar o
esmagamento dos dedos ou das mãos no momento de o pousar.

Protecção
A movimentação manual de cargas exige a utilização de calçado de segurança como medida
de protecção.
Por outro lado, a utilização de luvas adequadas durante a movimentação manual de cargas
evitará que estas escorreguem nas mãos e caiam.
PEÇA-OS E USE-OS SEMPRE
O calçado de segurança possui um reforço metálico na zona da biqueira, que protege os
dedos e os pés do trabalhador em caso de queda da carga.

• Riscos associados à carga

O tamanho da carga

As cargas de tamanho excessivo obrigam a posturas forçadas dos braços e das costas e
dificultam a preensão, facilitando o aparecimento de lesões no trabalhador.
Vejamos agora quais os comportamentos adequados neste tipo de movimentação.

Dimensões recomendadas para a carga


Recomenda-se que a carga não supere os 60 cm de largura (ideal será de 35 cm), 50 cm de
profundidade e 50 cm de altura.

Trabalho em equipa
Recomenda-se que a carga seja, o mais possível, acondicionada com as dimensões
recomendadas.
Caso tal não seja possível, deve proceder-se à movimentação da carga por dois ou mais
trabalhadores.
A movimentação manual de cargas realizada por mais de uma pessoa deve observar as
seguintes condições:
Não fazer improvisações
Deve ser nomeado um chefe de equipa. O comando deve ser de apenas uma pessoa.
Deve determinar-se o número de pessoas a realizar a movimentação em função do
peso e do tamanho da carga.
Deve determinar-se as fases e os movimentos relativos às operações de elevação.
Caso a carga seja transportada em ombros:
O trabalhador da frente deverá ser o mais baixo;
Trabalhadores que levem a carga no mesmo ombro deverão andar a contrapasso;
Trabalhadores que levem a carga em ombros contrários deverão andar com o
passo acertado.
Natureza da carga

A própria natureza da carga pode comportar um factor de risco.


Por exemplo, as arestas cortantes ou afiadas ou a existência de objectos perigosos (cravos,
pontas, etc.) podem provocar lesões como cortes, arranhões, etc.
É importante verificar a natureza da carga antes de iniciar a movimentação para, assim,
eliminar todos os factores de risco. Também é necessário proteger-se a si.

A utilização de luvas de protecção é a melhor medida de segurança para evitar lesões


produzidas pela natureza da carga.

Centro de gravidade da carga

Se o centro de gravidade da carga não corresponder ao seu centro geométrico, tal poderá ter
o mesmo efeito que o afastamento da carga em relação ao corpo de quem a movimenta,
aumentando o esforço necessário à deslocação.
Nestes casos, é necessário que a carga disponha de sinalização clara e conforme as
normativas em vigor, e que os trabalhadores recebam formação específica sobre a forma
correcta de a movimentar.

Nestes casos, a carga deve movimentar-se mantendo a parte mais pesada junto ao corpo.

Riscos associados às condições de movimentação

As condições de movimentação de cargas são outro dos factores que podem dar origem a
danos para a saúde de quem desempenha esta tarefa. Dentro destas condições, são de
destacar:
A distância vertical da carga
O equilíbrio instável
A torção do tronco
Os movimentos bruscos
O ambiente de trabalho
O transporte da carga afastada do corpo
A frequência da manipulação
O transporte da carga
Puxar ou empurrar a carga
O calçado inadequado
Em seguida, veremos cada uma destas condições em maior detalhe.

Distância Vertical da Carga


Quando são realizadas operação de elevação da carga é muito importante considerar quer a
altura da preensão, quer o deslocamento vertical da carga.
A correcta adequação destas condições evitará a fadiga e o risco de lesão.
Em seguida, veremos quais as diferentes medidas de prevenção a adoptar.
Distância Vertical da Carga: Altura de preensão da carga
A altura de preensão da carga (posição da carga relativamente ao corpo) tem uma grande
influência no esforço exigido ao trabalhador na sua movimentação.
A altura mais cómoda fica situada entre a altura dos cotovelos e os nós dos dedos.

Distância Vertical da Carga: Deslocamento vertical da carga


Convém evitar ao máximo a deslocação vertical da carga, devendo:
Reduzir ao máximo a distância, aproximando o mais possível os pontos de recolha e de
entrega;
Evitar a movimentação a alturas superiores à cabeça. Nesse caso, é necessário utilizar
escadas manuais;
Aproveitar a reacção dos corpos à gravidade.

Distância Vertical da Carga: Deslocamento vertical da carga: MEDIDAS DE


PREVENÇÃO: Reduzir as deslocações verticais
Quanto maiores forem as deslocações verticais, maiores serão os riscos de lesão para o
trabalhador.
É importante introduzir alterações nas condições de movimentação que permitam a maior
constância possível no plano de trabalho.

Distância Vertical da Carga: Deslocamento vertical da carga: MEDIDAS DE


PREVENÇÃO: Reduzir as deslocações verticais: Evitar a movimentação acima da
cabeça
A movimentação de cargas acima da cabeça não é recomendável.
Nestas situações, a solução poderá passar por uma redução da altura de colocação da carga
ou pela utilização de um elemento auxiliar como escadas, tarimbas, plataformas elevatórias,
etc.

Distância Vertical da Carga: Deslocamento vertical da carga: MEDIDAS DE


PREVENÇÃO: Reduzir as deslocações verticais: Evitar a movimentação acima da
cabeça: Aproveitar a reacção dos corpos à gravidade
Quando a movimentação de cargas se faz desde um ponto a outro num nível inferior, é
importante tirar partido da tendência de queda dos objectos.
Nestas situações, deverá agir da seguinte forma:
Empurrar a carga até à posição de queda;
Agarrar a carga com as duas mãos e deixá-la cair;
Colocá-la num plano inferior adoptando uma postura correcta.

Equilíbrio instável
Durante a movimentação manual de cargas é sempre de evitar um tipo de equilíbrio instável,
uma vez que isso exigiria um esforço exagerado aos músculos e articulações, dando lugar a
situações de risco de lesão.

Equilíbrio instável: Tenha um cuidado especial com:


Chão molhado ou escorregadio
Superfícies instáveis
Superfícies irregulares
Obstáculos no caminho
Calçado inadequado
Escadas, etc.

Se se encontrar em alguma destas situações, informe imediatamente o delegado de


prevenção e os seus superiores, para que se encontre uma solução o mais rapidamente
possível. A sua participação é importante.

Torção do tronco
A torção do tronco durante a movimentação manual de cargas constitui um dos maiores riscos
de lesão para o trabalhador, especialmente ao nível da coluna vertebral.
Para evitar este tipo de danos:
1. Devem ser introduzidas melhorias ao nível da organização do trabalho que evitem que
seja necessária a torção do tronco durante a movimentação.
2. Em caso de necessidade, devem mover-se os pés na direcção do movimento em vez
de rodar o tronco (ver desenho).
Prevenção: Substituir a rotação do tronco por movimentos dos pés.

Movimentos bruscos
Nunca devem realizar-se movimentos bruscos, uma vez que estes aumentam o risco de lesão
muscular grave.
O levantamento ou movimentação de cargas deve realizar-se fazendo uma aplicação gradual
da força necessária.

Ambiente de trabalho
O ambiente de trabalho pode aumentar o grau de risco para o trabalhador que movimenta
cargas. Por isso, devem evitar-se:
Espaços demasiado pequenos
Desníveis
Obstáculos no trajecto a percorrer
Iluminação insuficiente ou inadequada
Falta de visibilidade, etc.

A sua participação na informação sobre as deficiências do seu posto de trabalho e na


sugestão de melhorias é muito importante.

Distância do corpo
Nas situações em que a carga esteja a determinada distância do corpo de quem a movimenta,
deve proceder-se à sua aproximação antes de a elevar, seja puxando-a ou aproximando o
corpo dela, conforme as possibilidades disponíveis.
Elevar cargas afastadas do corpo implica a inclinação do tronco, com risco de lesão na zona
lombar, assim como esforços exagerados que poderão provocar lesões musculares nas
extremidades superiores e nos ombros.

Frequência da movimentação
A movimentação frequente de cargas em consequência do ritmo de trabalho exige a execução
de movimentos repetitivos que provocam fadiga ao trabalhador.
Esta fadiga poderá facilitar o aparecimento de pequenas lesões musculares que, a longo
prazo, poderão originar uma lesão crónica.
Entende-se como movimento repetitivo todo aquele que é executado com uma frequência
inferior a 30 segundos.
As consequências deste tipo de movimentos são a fadiga muscular provocada pela falta de
tempo de recuperação.

Frequência da movimentação: Prevenção


A lei de prevenção de riscos laborais exige que o trabalho monótono e repetitivo seja
atenuado.
A melhor medida preventiva consiste na regulação do ritmo de trabalho, estabelecendo
pequenas pausas e descansos que permitam a recuperação física do trabalhador, e na
rotação do pessoal.

Transporte da carga
Procure sempre organizar o trabalho reduzindo, tanto quanto possível, a distância de
transporte manual de cargas.
Você sabe, melhor do que ninguém, como melhorar o seu posto de trabalho. A sua
experiência é a melhor ferramenta de prevenção. É por isso que a sua participação é tão
importante na procura de soluções e de melhorias.

Empurrar e / ou puxar a carga


Empurrar uma carga deve fazer-se:
1. Mantendo os braços bem esticados
2. Com as mãos abaixo da altura dos ombros e nunca abaixo da altura da cintura.

Puxar uma carga deve fazer-se:


1. Mantendo os braços bem esticados
2. Aproveitando o peso do próprio corpo.

Calçado inadequado
Um tipo de calçado inadequado (socas, sapatos de salto, etc.) o que não possuam sola anti-
derrapante, poderão originar entorses, escorregadelas e quedas.

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