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crises-de-divida_1476962

Global Financial Stability Report


FMI avisa que EUA e Japão também podem ter crises de dívida
25.01.2011 - 07:53 Por Ana Rita Faria

Não é só a zona euro que está vulnerável aos mercados internacionais. Os EUA e o Japão
também podem vir a ter problemas de dívida, o que ameaçaria a economia mundial, avisa o
FMI.
O problema da dívida também poderá afectar os norte-americanos (Chip East/ Reuters)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou hoje uma actualização do seu Global
Financial Stability Report, onde começa por dizer que, “quase quatro anos após o início da
maior crise financeira desde a Grande Depressão, a estabilidade financeira mundial não está
assegurada e é preciso dar resposta a desafios políticos significativos”.

O fundo considera que a reestruturação dos balanços dos Governos, das empresas e dos
bancos prossegue a passo de caracol e que o nível de endividamento é ainda muito elevado.
“Os níveis elevados de dívida no sector privado em vários países deverão continuar a
enfraquecer a procura interna por crédito e a capacidade de os bancos emprestarem, o que
terá impacto na economia”, salienta a instituição.

A agravar o cenário, o sector bancário não conseguiu resolver as suas vulnerabilidades e tem
dificuldades em financiar-se, o que deixa o sistema financeiro “frágil e altamente vulnerável à
deterioração do sentimento dos mercados”.

Neste contexto, e numa Europa a braços com uma crise da dívida, há o risco de novos países
serem arrastados no turbilhão. “Nos EUA, o atraso na definição de uma estratégia credível de
consolidação orçamental de médio prazo pode, eventualmente, levar a um aumento das taxas
de juro, o que teria efeitos colaterais nos custos de financiamento em outras economias”,
salienta o FMI.

De acordo com a instituição, quanto mais tempo demorar a estabilização orçamental, mais
provável é começar a assistir-se a um aumento dos juros das Obrigações do Tesouro norte-
americanas, “o que teria um efeito disruptivo nos mercados financeiros internacionais e na
economia mundial”.

O mesmo pode acontecer no Japão, que tem de “continuar a trabalhar para reduzir os
elevados níveis de dívida e assegurar a sustentabilidade fiscal no contexto de uma população
cada vez mais envelhecida”.

Mesmo durante a crise económica e financeira mundial, as taxas de juro das obrigações
norte-americanas e japonesas não sofreram grandes oscilações, mantendo-se em níveis
baixos. Aparentemente, a imagem de grandes potências económicas mundiais tem sido o
suficiente para que os mercados desvalorizem os números do défice e da dívida, que são, em
muitos casos, piores do que dos países periféricos do euro.

Nos EUA, as previsões feitas pelo FMI em Outubro apontam para que a dívida pública atinja
este ano os 92,7 por cento do PIB, enquanto o défice deverá chegar aos 11 por cento. No
Japão, esses números disparam para 226 por cento e para 9,6, respectivamente. Em
Portugal, por exemplo, o cenário não é tão negro: a dívida pública deverá chegar este ano
aos 78,9 por cento, ao passo que o défice ficará pelos 7,3 por cento ou, nas previsões do
Governo, abaixo disso.

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