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Número
de células
ou
Esporos
A B C D
Resistência Térmica
A - B: Baixa resistência
B - C: Média resistência
C - D: Alta resistência
2
3.3. Fase de crescimento ou idade:
Células → Final da Fase LAG → Maior resistência.
Fase Estacionária → Grande resistência
Fase LOG → Menor resistência
Esporos Imaturos (jovens) - Menor resistência
Maduros - Maior resistência
3.4. Desidratação: Para algumas bactérias
Esporos secos → maior resistência
4. Composição do substrato no qual as células ou esporos são aquecidos.
4.1. Umidade: Calor úmido é mais eficaz que o seco.
Exemplos: Tubos em autoclave - 10 mL de meio: 15-30 min a 121
°C
Vidraria em estufa - 3-4 h a 160-180 °C
4.2. pH: maior resistência térmica de células e esporos próximo da
neutralidade.
Acidez e alcalinidade → redução
Acidez → maior redução.
Cameron (1940):
a) Alimentos de baixa acidez - pH > 5,3
Ervilhas, milho, feijões, carnes, peixes, aves, leite.
b) Alimentos de média acidez - 4,5 < pH < 5,3
Espinafre, aspargos, beterrabas, abóboras.
c) Alimentos ácidos - 3,7 < pH < 4,5
Tomates, pêras, abacaxis.
d) Alimentos de alta acidez - pH ≤ 3,7
Algumas frutas, chucrute.
5. Outros constituintes do substrato:
Sal → em baixas concentrações - protege esporos
Açúcar → protege alguns organismos ou esporos
Concentração depende do organismo
Proteção relacionada com ↓ Aw.
3
Material coloidal → principalmente proteínas e gorduras protegem do
calor.
Anti-sépticos e germicidas → auxiliam o calor
RESISTÊNCIA TÉRMICA DE MICRORGANISMOS E SEUS ESPOROS
4
Espécies mais resistentes: Aspergillus, Penicillium e Mucor.
Muito resistentes: Byssochlamys fulva (ascosporos)
Frutas → sucos de frutas
Pasteurização do Leite: normalmente EFICAZ para a destruição do
micélio e esporos.
3. Resistência de bactérias e seus esporos
Células vegetativas
Varia muito - patogênicas frágeis
termófilas - vários minutos a 80-90 °C.
Regras gerais:
1) cocos mais resistentes que bacilos (com exceções);
2) quanto mais alta a T ótima e a T máxima de crescimento,
provavelmente maior resistência;
3) formadoras de grumos ou cápsulas - mais resistentes;
4) células com alto teor de lipídios - maior resistência.
Esporos - a 100 °C - de menos de 1 minuto até mais de 20 horas.
4. Resistência Térmica de Enzimas
- Maioria das enzimas microbianas e dos alimentos são destruídas a
79,4 °C. Normalmente: Tratamento Térmico destrói.
- Exceções: algumas proteinases e lipases sofrem apenas redução de
atividade em processos. HTST – causam deterioração dos alimentos
pela sua atividade.
- Fosfatase bovina – indicadora de pasteurização falha
5
CURVAS DE TEMPO DE MORTE TÉRMICA (TDT)
→θ 1
Xo → T1
Tempos
→θ 2 diferentes
→θ 3
....
Incubação do conjunto
_ _ _ _ _ +
→θ i
Positivos =
Incubação:
pelo menos
do conjunto
um tubo
aquecido na _ _ _ _ _ _
→θ j
Positivos =
temperatura
zero
Tk
6
TABELA 6-9 FRAZIER (4 ed)
T Amostras
θ
(ºC) (min) Aquecimento (+)
110ºC 80 6 5 TDT deve ser
110 6 0 um valor
115,6ºC 22 6 2 intermediário
28 6 0
121ºC 5,5 6 2
7,5 6 0
1000
Tempo
(min)
100
+
Escala
logarítmica
10
+
LINHA
MÉDIA
+
1 FIGURA 6.2
Temperatura
(Escala Aritmética)
A linha média é traçada entre os pontos que indicam o tempo em que pelo
menos um tubo deu crescimento positivo e o tempo seguinte, onde todos
os tubos não acusaram crescimento.
7
MÉTODO DA "CURVA DE SOBREVIVENTES
Sobreviventes/mL
Tempo Sobreviventes
(min) (UFC/mL)
0 106
5 2,8 x 105
10 7,8 x 104 107
15 2,2 x 104
20 6,1 x 103 106
25 1,7 x 103 105
α
104
←D→(min)
Tempo
log Ni − log Nj ∆log N 103 116,7ºC
tg α = =
ti − tj ∆t = 9 min
102
Fixando 1 ciclo Logarítmico → ∆ t = D 101
0 10 20 30
1 1
tg α = → D= Na Temperatur a do Ensaio
D tg α
8
Variação de D com a Temperatura
Para uma T1 temos D1
Para T2>T1 temos D2<D1
Para T3>T2 temos D3<D2
Para T4>T3 temos D4<D3 (e assim por diante)
Número de
..... .. .. . A linha reta indica
Sobreviventes/mL
. . .... T1
que o fenômeno de
destruição térmica
. . . T2 obedece uma lei
(escala logarítmica)
. .. D2 logarítmica.
←→. T3
D4
. T4
Tempo (min)
0 10 20 30
D
(minutos) 10 D1
D2
α
1,0 D3
D4
0,1
100 110 120 130
Temperatura °C
9
log Di − log Dj ∆log D
tg α = =
Ti −Tj ∆T
Fixando 1 ciclo logarítmic o → ∆T = Ζ
(log Di − log Dj =1)
e fica
1
tg α =
Ζ
Expressão geral:
log D1 − log D2 1
tgα = =−
T1 − T2 Ζ
pois T2 > T1
1 2
1
log D − log D = − T −T
Ζ 1 2
( )
1
log D − log D = − (T2 −T1 )
2 1 Ζ
T −T
− 2 1
Ζ
D2 = D1 ⋅ 10
10
Probabilidade de Falha
11
tratamento. O nível de segurança é estabelecido com o tipo de perigo
microbiológico existente.
12
Tempo de Tratamento Térmico (F)
Como
T −T
− 2 1
FT = n × DT e DT2 = DT1 × 10 z
então
T −T
− 2 1
FT2 = FT1 ×10 z
13
1 - objetivos:
• Bolores:
- Cladosporium e Sporotrichum: -6,7°C
- Penicillium e Monilia: -4°°C
- crescimento em carnes e vegetais a -7,8°C e em frutas a -6,7°C
14
• Leveduras:
- observado crescimento a -18°C e -34°C
- idem, em carnes a -5°C e em ostras a -17,8°C
• Bactérias:
- crescimento em carnes a -5°C; em carnes curadas a -10°C; em pescado
a -11°C; em vegetais a -12,2°C (ervilhas) e em sorvete a -10°C
3.1 - Em armazéns
3.2 - Refrigeração
• Objetivo: retardar as alterações enzimáticas e microbianas
consideravelmente
• Técnica: adição de gelo ou refrigeração mecânica
• Produtos: a maioria dos alimentos perecíveis (período limitado, poucas
alterações)
3.2.1 - Temperatura
• Melhor condição: um pouco acima do ponto de congelamento (maioria dos
alimentos)
• Quanto menor a temperatura maior o custo
• Critérios de seleção: tipo de alimento, tempo e condições da armazenagem
• Valores típicos: entre 0°C e 10°C
3.2.3 - Ventilação
15
• Função: manter a UR constante, remover odores e previnir o aparecimento
de odores e sabores de “alimentos guardados”
3.2.5 - Irradiação
3.3 - Congelamento
3.3.1 - Introdução
• Histórico:
método “natural” em regiões frias
refrigeração mecânica → indústria
congeladores domésticos
• Objetivos:
inibir o crescimento de microrganismos
retardar muito a ação enzimática ( inativação sempre que
possível nos vegetais)
Objetivos:
1. inativação da maioria da enzimas vegetais (endurecimento,
rancificação, alteração de cor, perda de sabor, amolecimento, perda
de valor nutritivo)
2. redução do número de microrganismos (de até 99%)
3. realçar a cor verde (ervilhas, brócolis, espinafre)
4. reduzir o volume (espinafre)
5. remover o ar
16
3.3.3 - Tipos de congelamento
17
• Flutuações de temperatura aumentam o tamanho dos cristais de gelo,
danificando o alimento
• Ressecamento da superfície provável
• Queimadura de congelamento : quando cristais de gelo evaporam de uma
região na superfície do alimento deixam uma marca seca, granulosa e
amarronzada e o tecido fica seco e duro
• Microrganismos - não se multiplicam e morrem com o tempo (lentamente),
duram meses e até anos
4.1 - Introdução
18
2. Resfriamento adicional com formação de cristais de gelo extra e,
possivelmente, intracelular
3. Concentração extra e intracelular de solutos
4. Conservação das células em estado congelado
5. Descongelamento das células e do substrato
• Porque alguns morrem, uns ficam injuriados e outros nada sofrem com o
congelamento ?
19
7. Congelamento e descongelamento alternados - em alguns casos acelera a
destruição
8. Possíveis fenômenos durante o congelamento da célula - concentração de
solutos, alteração do pH, alteração de colóides, desnaturação de proteínas,
aumento de viscosidade, formação de cristais intracelulares alterando a
permeabilidade da membrana e da parede celular
Exercícios:
10) Que são microrganismos “injuriados” e qual sua importância nas análises
microbiológicas?
20
13) A quantidade de organismos presentes no suco da questão 12 é
inaceitável para determinado cliente. Como resolver o problema? Lembre-se
que o suco de laranja não pode ser esterilizado.
CONSERVAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ALIMENTOS ATRAVÉS DA DESIDRATAÇÃO
1. GENERALIDADES
2. MÉTODOS DE SECAGEM
2.1 INTRODUÇÃO
21
geral, cereais matinais
Pasto, grãos, lactose, esterco de aves, Rotativo
turfa, amido (vácuo)
Café, leite, chá, purê de frutas Atomizador (spray)
Leite, amido, alimentos infantis pré- Tambor (rotativo)
digeridos, sopas, sub-produtos de
cervejarias e de destilarias
Amido, polpa de frutas, sub-produtos de Pneumático
destilarias, produtos agrícolas
Café, essências, extratos de carne, Liofilizadores e
produtos de confeitaria, malteados ou não secadores à vácuo
1.Temperatura
2.Umidade relativa do ar
3.Velocidade do ar
4.Tempo de secagem
22
4. TRATAMENTO DOS ALIMENTOS ANTES DA SECAGEM
5.2 EMBALAGEM
5.3 PASTEURIZAÇÃO
• Frutas e Vegetais
1.Contaminação: microrganismos do solo, da água, sua própria flora e
deteriorantes, nas partes onde houver deterioração
2.Perigo: vegetais empilhados produzem calor e este pode favorecer o
desenvolvimento na superfície de microrganismos formadores de
limo, de maus odores e até apodrecimento dos tecidos
23
• Carnes e frangos
1.Contaminação: solo, material intestinal, contato com manipuladores
e equipamentos
2.Perigo: desenvolvimento de patógenos e deterioradores
• Ovos
1.Contaminação: galinhas, ninhos, manipuladores
2.Perigo: pode ocorrer crescimento microbiano caso o manuseio não
seja rápido e bem feito
• Leite
1.Contaminação: desde sua secreção pela vaca até a chegada na
unidade (equipamentos, manipuladores)
2.Perigo: desenvolvimento de bactérias psicrotrófilas (algumas
patogênicas)
• Ovos
→ Lavagem
• Função: remoção de materiais e microrganismos
• Perigo: a umidade favorece a penetração dos microrganismos pela
casca, o ovo deve ser utilizado imediatamente após a lavagem
24
• Calor causa uma redução geral no número de microrganismos
• Destruídas:
Todas as leveduras
Maioria das bactérias
• Sobrevivem:
Esporos de bactérias e de bolores
Células vegetativas de algumas bactérias termorresistentes
6.5.3.Ovos Desidratados
25
• Quantidades típicas: 102 até mais de 108 por grama (ovos
quebrados, métodos de processamento)
• O conteúdo de ovos frescos e sadios é praticamente isento de
microrganismos
• Causas da contaminação: ovos mal lavados, quebrados, sujos, em
deterioração misturados com os sadios
• Risco de contaminação: quebra e manuseio
• Efeito da secagem: redução de 10 a 100 vezes (90 a 99%)
• Organismos predominantes: micrococos, estreptococos, coliformes,
formadores de esporos e bolores
• Gema e clara: a gema é melhor meio de cultura, é provável que
contenha mais microrganismos que a clara e propicie melhor o
crescimento após a secagem
6.5.4 Leite em Pó
26
8 EXERCÍCIOS
27
- Higiene relacionada com os manipuladores.
Construção do prédio
* O terreno da fábrica:
- Facilidade na obtenção de água potável;
- Impedir o acúmulo de lixo orgânico (pragas);
* O prédio pode ser:
- Vertical:
- Fluxo do produto por ação da gravidade.
- Horizontal:
- Facilita a instalação de equipamentos pesados.
Piso e paredes
* Devem ser de material claro, liso, lavável e impermeável;
* O ângulo entre o piso e as paredes deve ser arredondado dificultando o acúmulo
de sujeira;
* O piso deve ser antiderrapante e possuir inclinação em direção ao ralo;
* Entre as paredes e o teto não devem haver aberturas que facilitem a entrada de
pragas.
Janelas e portas
Janelas
Portas
Tubulações
- Afastadas das paredes;
- Cuidado com o descascamento da tinta;
- Não devem passar sobre as linhas de processamento;
- Quando aéreas, separadas da linha de produção por um forro falso.
Tubulações e estruturas
- Evitar perfis estruturais expostos;
- Se necessário, utiliza-los de forma a prevenir o depósito de resíduos e o
esconderijo de pragas;
28
Ar e ventilação
- Necessária para impedir a condensação de água e a proliferação de mofo nas
partes altas;
- O fluxo de ar deve ser da área limpa para a mais contaminada;
- É proibido varrer a seco.
Processamento
- Evitar contaminação cruzada;
- Controle dos pontos críticos;
- Manter a fábrica limpa;
- Materiais e utensílios devem sofrer o mínimo de manipulação.
Equipamentos
- Superfícies livres de poros;
- Evitar cantos mortos;
- Materiais de fácil limpeza e sanitização;
- Permitir fácil escoamento do produto;
- Fácil acesso a limpeza de partes internas;
- Fáceis de desmontar e montar.
Tanques e cubas
- Construídos de forma a facilitar a drenagem;
- Evitar a presença de cantos mortos;
- Distantes do solo, facilitando a limpeza.
29
Microrganismo
Alimentos
Alterações
Desejáveis Indesejáveis
Produtos Fermentados
Degradação de carbohidratos
presença de O2
Metabolismo oxidativo produção de CO2 e H2O
30
Metabolismo fermentativo ausência de O2
acúmulo de produtos
intermediários
1) Fermentação alcoólica
bactéria (Zymomonas)
2) Fermentação lática
Fermentação homolática
31
Glicose ácido lático
Fermentação heterolática
Microrganismos: Shigella
32
4) Fermentação Butírica
Microrganismo: Clostridium
5) Fermentação Propiônica
POLISSACARÍDEOS
produção de amilases
Bacillus e bolores
33
Celulose: microrganismos celulolíticos
produção de celulases
Ex: Erwinia
DECOMPOSIÇÃO DE ETANOL
DECOMPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS
Hidrólise de proteínas
Enzimas extracelulares
Peptídeos,
aminoácidos
34
Microrganismos proteolíticos, exemplos
Grupo Gênero
Aeróbio formador de Bacillus cereus
esporos
Anaeróbio formador de Clostridium
esporors
Facultativo não esporulado Pseudomonas, Proteus,
E. coli e vários outros
sulfeto de hidrogênio
Produção de mercaptanas
indol
ácido graxo
Decomposição de aminoácidos
Desaminação
R – CH – COOH
Descarboxilação
NH2
35
Exemplos:
lisina cadaverina
DECOMPOSIÇÃO DE GORDURA
36
Hidrólise
Pseudomonas
Alcaligenes
Staphylococcus
Serratia
37
ALTERAÇÃO DE COR
Produção de pigmentos
Exemplos:
Microrganismo Pigmento
Serratia vermelho
Halococcus e Halobacterium róseo a vermelho
Pseudomonas Verde, laranja,azul
ALTERAÇÃO DE VISCOSIDADE
Exemplos:
Leuconostoc mesenteroides
Bacillus subtilis
Escherichia coli
Unidade: Elaboração de Laudos de Análises Microbiológicas de Alimentos
38
Objetivos de ensino:
1. Conhecimentos
2. Habilidades
3. Atitudes
• Rigor científico
39
Folha para Apontamentos de Aula.
40
TIPOS DE LAUDOS DE ANÁLISES
Os laudos de análise emitidos por um laboratório ou técnicos na área de alimentos são dos seguintes tipos:
4. Carta explicativa, quando apresenta esclarecimentos sobre laudos emitidos ou informações nele contidos,
motivados pelo interessado ou pelo próprio técnico responsável.
41
QUADRO DE CONTEÚDOS DOS LAUDOS DE ANÁLISE
42
MODELO DE UM LAUDO DE ANÁLISE
Dados do Solicitante
Solicitante: (3)
Endereço: (4)
Responsável: (5)
Solicitação: (6)
Dados da amostra
Natureza:(7)
Data de entrada no laboratório: / / (8)
Hora: (9) Temperatura: (10)
Marca: (11)
Registro: (12) Lote/pilha: (13)
Data de fabricação: / / (14) Data de vencimento: / / (15)
Nome do fabricante: (16)
Endereço do fabricante: (17)
Características da embalagem: (18)
Responsável: (21)
Local: (22)
Data: / / (23) Hora: (24) Temperatura: (25)
Unidades amostradas: (26) Peso ou volume declarado: (27)
Pesos ou volumes encontrados: (28)
Observações: (29)
Características sensoriais
Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam exclusivamente à(s) amostra(s) e/ou lote(s)
analisado(s)
E somente poderão ser publicados na íntegra com autorização expressa do cliente
Características microbiológicas
43
Parâmetro Amostra (34) Legislação (35)
Contagem Padrão em Placas, UFC/g
Bactérias do grupo coliforme, NMP/g
Coliformes fecais, NMP/g
Salmonella spp em 25g
Staphylococcus aureus, UFC/g
Bolores e leveduras, UFC/g
Bacillus cereus, UFC/g
Clostrídios sulfito redutores (44 °C), UFC/g
Vibrio parahaemolyticus, UFC/g
Convenções: UFC: Unidades Formadoras de Colônias; NMP: Número Mais Provável
METODOLOGIA: (36)
Resultado (37)
Exemplo: Código Sanitário Federal - Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária - Divisão
Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos - Portaria número 01- DINAL/MS de 28 de janeiro de 1987.
Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam exclusivamente à(s) amostra(s) e/ou lote(s)
analisado(s)
E somente poderão ser publicados na íntegra com autorização expressa do cliente
44
Caso a amostra também tenha sido submetida a exames de microscopia e físico-químicos, esses resultados
também devem ser incorporados ao laudo, antes ou depois das análises microbiológicas, como mostra o exemplo
a seguir:
Características microscópicas
Elementos histológicos: presença de elementos histológicos de (nome do vegetal)
Sujidades, larvas e parasitas em (quantidade) g: presença de (descrição do que foi encontrado)
Pesquisa de amido: presença de amido de (nome do vegetal)
Etc.
Características físicas e químicas
Resíduo mineral fixo, % (em massa):
Extrato alcoólico, % (em massa):
Resíduo mineral fixo, solúvel em HCl a 10%, % (em massa):
pH:
Umidade, % (em massa):
Etc.
1. Laudo número: corresponde ao número do laudo expedido pelo laboratório. Esse número permite a
recuperação do documento a qualquer tempo, uma vez que o laboratório deve manter registros organizados
de todos os laudos emitidos.
2. Processo número: quando aplicável. Em repartições públicas, normalmente as solicitações de análises dão
origem a um processo, cuja numeração também permite a recuperação do documento, uma vez que a
Instituição deve mantê-los arquivados.
3. Solicitante: razão social, quando pessoa jurídica ou nome, quando pessoa física. O laudo emitido passará a
ser de uso exclusivo e confidencial do solicitante e somente poderá ser copiado com autorização explícita do
solicitante.
4. Endereço: completo, para envio de correspondência. Também anotar números de telefone, FAX e endereço
de correio eletrônico (e-mail).
5. Responsável: quando aplicável, nome da pessoa que está solicitando o serviço.
6. Solicitação: deve indicar claramente o que o solicitante deseja. Por exemplo, “análise em alimento” é uma
solicitação vaga e não deve ser usada; “pesquisa de coliformes totais e fecais em queijo ralado
industrializado” define claramente do que tratará o laudo.
7. Natureza (da amostra): deve-se procurar classificar a amostra em um dos dezenove grupos de alimentos
(subdivididos em subgrupos) descritos na portaria DINAL/MS 01/87.
8. Data de entrada no laboratório: corresponde à data em que o produto deu entrada no laboratório para
análise.
9. Hora: corresponde à hora em que o produto deu entrada no laboratório para análise. Essa informação é
importante, pois algumas vezes o horário de recebimento da amostra pode impedir que as análises sejam
iniciadas imediatamente.
10. Temperatura: indicar a condição de temperatura em que foi recebida a amostra. Normalmente, as seguintes
três indicações são suficientes: temperatura ambiente, refrigerado e congelado.
11. Marca: quando aplicável, indicar a marca comercial do produto.
12. Registo: quando aplicável, indicar o número do registro do produto e órgão onde foi registrado (Ministério
da Saúde ou Ministério da Agricultura).
13. Lote/pilha: indicar o lote de fabricação do produto ou a pilha onde o mesmo se encontrava no armazém, no
caso de uma inspeção.
14. Data de fabricação: quando aplicável, indicar a data de fabricação do produto.
45
15. Data de vencimento: quando aplicável, indicar a data de fabricação do produto.
16. Nome do fabricante: indicar, quando aplicável.
17. Endereço do fabricante: indicar, quando aplicável.
18. Características da embalagem: descrever o material, as condições de integridade mesma e outros detalhes
que possam auxiliar para a perfeita caracterização do material.
19. Data do início das análises: informar a data.
20. Data do término das análises: informar a data.
21. Responsável (pela colheita da amostra): indicar quem colheu a amostra. Quando o laboratório não for o
responsável pela colheita da amostra é muito importante que fique claro que o material foi amostrado pelo
solicitante.
22. Local: indicar o local onde foi colhida a amostra.
23. Data: indicar a data em que foi colhida a amostra.
24. Hora: indicar a hora em que foi colhida a amostra.
25. Temperatura: indicar a temperatura em que foi colhida a amostra. Na ausência de instrumento para verificar
a temperatura, indicá-la através de “temperatura ambiente”, “sob refrigeração”, etc.
26. Unidades amostradas: indicar a quantidade de unidades ou a massa ou o volume colhido de amostra.
27. Peso ou volume declarado: quando pertinente, indicar.
28. Pesos ou volumes medidos: quando pertinente, informar os valores obtidos no laboratório. Normalmente
esse procedimento e utilizado em inspeções de produtos.
29. Observações: outras informações a respeito da colheita da amostra que se julgarem pertinentes e necessárias
(primeira fila, pré-corte, pós-corte, etc.).
30. Aspecto: é uma avaliação visual do produto. O aspecto é “próprio” do produto ou não. Quando existirem
problemas, deve-se escrever “impróprio” juntamente com a respectiva descrição dos defeitos no laudo.
31. Cor: deve ser descrita como “própria” quando for a coloração normal do produto, caso contrário, deve-se
escrever “impróprio” e descrever as anormalidades observadas visualmente.
32. Odor: refere-se a uma observação olfativa do produto e deve ser considerado “próprio” quando for normal
ao produto; caso contrário, deve-se escrever “impróprio” e descrever a anormalidade observada como, por
exemplo, azedo, adocicado, pútrido, ácido, etc.
33. Sabor: somente é realizado após serem conhecidos os resultados das análises microbiológicas do produto e o
mesmo não oferecer risco à saúde. Deve ser considerado “próprio” quando for normal ao produto. Quando
houver alguma anormalidade, deve-se escrever “impróprio” e essa deverá ser descrita no laudo.
34. Amostra: transcrever os resultados obtidos para as análises realizadas com a amostra.
35. Legislação: transcrever os valores existentes na legislação que servirá de base interpretativa para os
resultados.
36. Metodologia: indicar a metodologia utilizada para a realização das análises, fazendo-se a referência
bibliográfica completa das obras de referência para os métodos de análise utilizados. Se forem métodos de
fontes diferentes para cada análise os mesmos devem ser citados especificamente.
37. Resultado: transcrever a(s) conclusão(ões) pertinente(s) ao caso prevista(s) na legislação.
38. Base Interpretativa: citar a legislação tomada como base para a interpretação dos resultados.
39. Localidade, data: informar a localidade e a data de emissão do laudo.
40. Responsável técnico: assinatura de profissional habilitado, com indicação do número de seu registro
profissional.
41. Responsável pela instituição: quando pertinente, a assinatura de um ou mais responsáveis pela instituição
também consta do laudo como, por exemplo, Chefe do Laboratório/Seção/Departamento,
Gerente/Diretor/Presidente.
46
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS EM MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
As análises quantitativas devem apresentar o valor encontrado referido à quantidade de amostra. Por exemplo,
para um alimento líquido (leite):
Quando o organismo pesquisado na amostra não é encontrado o resultado pode ser expresso como
“AUSÊNCIA” e referido à quantidade de amostra pesquisada. As formas mais comuns encontradas são:
1. AUSÊNCIA em 1 g: em um grama de produto não foi detectado o organismo pesquisado.
2. AUSÊNCIA em 0,1 g: em 1,0 mL da diluição 10-1 (10 vezes) da amostra não foi detectado o organismo
pesquisado.
3. AUSÊNCIA em 0,01 g: em 1,0 mL da diluição 10-2 (100 vezes) da amostra não foi detectado o organismo
pesquisado.
Exemplo (para o terceiro caso):
Uma maneira mais adequada de expressar esses resultados é através do limite inferior de detecção do método
utilizado. Por exemplo, no caso 3 acima: uma única colônia de S. aureus presente numa alíquota de 1,0 mL de
uma diluição centesimal (10-2) representaria 1 x 100 = 100 U.F.C./g de produto analisado. Dessa forma, se
nenhuma colônia foi identificada, não se pode garantir de forma absoluta, que nenhuma colônia exista no
produto, pois o mínimo que o método permite detectar nas condições desse ensaio são 100 U.F.C./g. Portanto,
nesse caso, a forma de expressar o resultado fica:
Essa maneira de expressar os resultados vem se impondo como a forma mais correta de expressão, pois está
fundamentalmente comprometida com a metodologia utilizada e com sua capacidade de detecção, o que acaba
sendo a melhor expressão da verdade experimental disponível. Em suma, métodos analíticos são ferramentas que
produzem resultados dentro de faixas características de detecção. Existem limites inferiores e superiores de
detecção, abaixo e acima dos quais um determinado método não tem capacidade de produzir resultados. Existem
faixas ótimas de detecção, onde um determinado método produz seus resultados com o melhor nível de
confiança (menores erros). Portanto, a possibilidade de se medir uma grandeza é função da capacidade de
detecção de um determinado método, e diferentes métodos normalmente apresentam diferentes limites. Assim,
dependendo do nível de confiança desejado para os resultados, devem ser estabelecidas as metodologias
analíticas.
A interpretação dos resultados analíticos está vinculada a uma legislação específica, que poderá ser do âmbito
estadual, federal e até internacional. A seguir serão apresentadas as interpretações que devem ser dadas aos
resultados, de acordo com a Portaria DINAL/MS 01/87.
47
Interpretação dos dados obtidos e conclusões possíveis para produtos para os quais EXISTEM padrões
microbiológicos:
1. “PRODUTO DE ACORDO COM OS PADRÕES LEGAIS VIGENTES”, quando os resultados obtidos estão
dentro dos limites estabelecidos.
5. “PRODUTO INACEITÁVEL PARA CONSUMO DIRETO”, quando o produto apresentar Contagem Padrão
em Placas, Coliformes totais, Coliformes fecais ou Bolores e leveduras acima de dez (10) vezes e até cem
(100) vezes os limites estabelecidos no padrão específico.
SITUAÇÕES MICROBIOLÓGICAS
DETERMINAÇÕES Interpretações
48
Situação A Situação B Situação C
Salmonella em 25 g ausência ausência ausência
Staphylococcus aureus/g ou mL até 1.000 >1.000 até 10.000 >10.000 ou sua
toxina
Bacillus cereus/g ou mL até 1.000 >1.000 até 10.000 >10.000
Clostrídios Sulfito Redutores a 46 °C/g ou até 500 >500 até 10.000 >10.000
mL
Coliformes fecais/g ou mL até 100 >100 até 500 >500
“Produto impróprio
para consumo”
Produto acrescido do termo
aceitável “DETERIORA-DO”
Condições
para ou “POTENCIAL-
higiênicas
consumo MENTE CAPAZ
PARECER do
quanto DE CAUSAR
produto
a TOXINFECÇÃO
insatisfatórias
análise ALIMENTAR” ou
microbiológica “TÓXICO” de
acordo com os
conceitos
49
Fixando Conceitos - Roteiro de Estudo
1. Elabore um formulário para ser preenchido quando uma amostra for entregue pelo interessado ao laboratório
e sua solicitação for somente de análises microbiológicas.
2. Porque não é nada recomendável que os resultados de uma análise apareçam numa folha ou página e as
assinaturas dos responsáveis noutra?
3. Porque é necessário que se escreva com destaque no rodapé das páginas dos laudos o texto:
Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam exclusivamente à(s) amostra(s) e/ou lote(s)
analisado(s)
E somente poderão ser publicados na íntegra com autorização expressa do cliente
4. Porque é necessário que se indique claramente a metodologia utilizada para a realização das análises?
5. Porque nem sempre há concordância nos valores dos limites toleráveis de contaminação microbiana entre as
legislações internacionais, nacionais e estaduais? Qual delas deve ser seguida?
6. Indique os valores encontrados pelo seu grupo para a contagem de microrganismos aeróbios e anaeróbios
facultativos mesófilos e expresse o resultado final na forma de potências de dez de sua Contagem Padrão em
Placas para o leite pasteurizado tipo B.
7. Sabendo que o valor máximo tolerado para esse parâmetro microbiológico pela portaria MS/DINAL-01/87 é
de 8,0 x 104 UFC/mL, qual deve ser o resultado do laudo de análise desse produto.
8. Uma análise microbiológica em leite pasteurizado tipo B apresentou os seguintes resultados:
Replicatas -1 -2 -3 -4 -5
50
Folha para Apontamentos de Aula.
ALIMENTO
Substrato para os microrganismos
1) Prevenir a contaminação
51
Por que alguns alimentos se conservam por um longo
tempo?
Capacidade de sobrevivência
ou multiplicação
Fatores Fatores
intrínsecos extrínsecos
FATORES INTRÍNSECOS
1) pH
2) atividade de água (aw)
3) potencial de óxido-redução (Eh)
4) composição química
5) fatores antimicrobianos
6) estrutura biológica
FATORES EXTRÍNSECOS
1) temperatura
2) umidade
3) composição química da atmosfera
pH
52
- a maioria dos microrganismos crescem melhor em pH próximo da
neutralidade (6,5 a 7,5)
- os microrganismos apresentam valores de pH, mínimo, ótimo e máximo
para multiplicação.
53
pH dos alimentos
Alimento pH
54
Os microrganismos necessitam de água livre para suas atividades
metabólicas.
P
Aw =
Po
Grupo Aw
55
Aw dos alimentos
Alimento Aw
Oxidado Reduzido
56
Transferência de elétrons de um composto para outro gera
diferença de potencial (mV)
Microrganismo Eh
Aeróbio positivo
Anaeróbio menor que -150
Eh dos alimentos
Alimento Eh (mV)
Reduzem o Eh do alimento
Composição Química
57
Energia açúcar, álcool, aminoácido,
amido, celulose, gordura
Constituintes antimicrobianos
58
Naturais
Substância Alimento
eugenol cravo, canela
alicina alho
aldeído cinâmico canela
timol e isotimol orégano
clara de ovo lisozima
lactoferrina leite
Sistema lactoperoxidase
- lactoperoxidase leite
- tiocianato e H2O2
Produzida por microrganismos
Substância Microrganismo
ácido propiônico bactéria propiônica
ácido lático bactéria lática
álcool levedura
antibiótico bolores
bacteriocinas vários, especialmente bactérias
gram positivas
água oxigenada estreptococos e lactobacilos
- ácidos
- nitratos e nitritos
- dióxido de enxofre e sulfitos
- nisina
59
Estímulo do processo competitivo
Estrutura Biológica
Casca de frutas
Casca de nozes
Casca de ovo
Película que envolve sementes
FATORES EXTRÍNSECOS
Temperatura
PSICROTRÓFI 20 A 30 35 0A+5
COS
MESÓFILO 30 A 40 5 A 25 40 A 50
TERMÓFILO 45 A 65 60 A 90 35 A 45
Psicrotróficos
Exemplos:
Pseudomonas, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus.
Mesófilos
A maioria das espécies
60
Maior parte dos patógenos
Termófilos
Exemplo:
Algumas espécies de Bacillus e Clostridium
Bolores
- faixa ampla de temperatura
- crescem em temperatura de refrigeração
Leveduras
- crescem na temperatura de psicrotróficos e mesófilos
Aw = UR eq ⋅100
Composição gasosa
Atmosfera modificada
Substituição parcial ou total do O2 por outros gases
61
- CO2
- Nitrogênio
FILTROS
Filtro Clássico
Características:
- facilidade de uso
- evita contaminação cruzada
- evita falha de montagem
Carcaça:
Maior grau de polimento
Acabamento sanitário
Autoclavável
Exemplo (polipropileno)
MENOR CUSTO DE AQUISIÇÃO
62
Elemento Filtrante:
Filtros de profundidade
(camada fibrosa)
CONSTITUÍDO DE
Membrana
Filtros de profundidade
Estrutura fibrosa.
Menor custo
Membranas
63
• Hidrofílica: (celulose, nylon, PVDFmodificado)
filtração esterilizante de líquidos
Vazão: 1000 L/h
• Hidrofóbica:
PP (Polipropileno)
PTFE (Politetrafluoreto etileno)
Teflon
PVDFhidrof. (Fluoreto de
polivinilideno)
Filtração esterilizante de ar comprimido,
N2
Vazão: 200 a 500 m3/h
ENGENHARIA BIOQUÍMICA
Bioquímica, genética
Microbiologia
O que é Biotecnologia?
Ciências
Química
É o uso da microbiologia, da Bioquímica e da Engenharia de uma forma integrada, com o objetivo de utilizar os
microrganismos, as células e cultivos de células para se produtos obter bens e serviços.
Biológicas
A Biotecnologia é multidisciplinar
Biotecnologia
Engenharia química
Bioengenharia
Purificação de produtos
desenvolvimento de
processos Engenharia
64
Bio- reatores
Divisão da Biotecnologia
- alimentos
Tradicional - álcool
- antibióticos
- enzimas
- e outros
Engenharia genética
Nova Biotecnologia obtenção de organismos
capazes de fornecer produtos úteis
65
Histórico
Produção de:
⇒vitaminas B2 e B12
⇒aminoácidos (lisina e ácido glutâmico)
⇒Enzimas: proteases para uso em detergentes;
glicose-isomerase
66
⇒Singel Cell Protein (SCP) de bactérias, leveduras e
algas Fonte alternativa de proteína (1960)
⇒Produção de etanol (combustível, 1974)
⇒Polissacarídeo extracelular (goma xantana)
Produtos da Biotecnologia
ALIMENTOS E BEBIDAS
Bebidas alcóolicas
Ácido acético
Iogurte, leite fermentado
Queijos
Vegetais fermentados
ESPECIALIDADES QUÍMICAS
Vitaminas
Aminoácidos
67
Enzimas
Álcool
Polímeros (gomas)
SAÚDE HUMANA
Antibióticos
Vacinas
Insulina
Hormônios (Ex. hormônio do crescimento)
AGRICULTURA
Pesticidas, Fungicidas e herbicidas
Fixadores de nitrogênio
Lixiviação de minérios
Ensilagem
FERmentação
68
Significado Industrial
“Qualquer processo para produção de produto por ação
de microrganismo”
Significado Bioquímico
“Processo anaeróbio”
69
Processo Fermentativo genérico
Microrganismo Nutrientes
Preparo do meio
Preparo do
inóculo
Esterilização do meio
Fermentador Controles
Produto
Esterilização do Recuperação do
Ar
ar produto
Resíduo
Tratamento de
efluente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Borzani, W. et al. Biotecnologia. Engenharia Bioquímica. v.3. Edgard
Blücher, 1975.
Crueger, W. & Crueger, A. Biotecnología: Manual de Microbiologia
Industrial. Acribia S. A. Zaragoza. 1989.
Lima, U. A. et al. Biotecnologia. Tecnologia das Fermentações. v.1.
Edgard Blücher, 1975.
Stanbury, P. F. & Whitaker, A. Principles of Fermentation Technology.
Pergamon Press, São Paulo, 1987.
70
Isolamento e conservação de microrganismos
Isolar de onde?
. Do meio
ambiente
COleções de culturas
71
Conservam microrganismos com características
conhecidas.
Exemplos:
- American Type Culture Collection (ATCC), USA
- Northern Regional Research Laboratory (NRRL), USA
- Instituto Zimotécnico (IZ) da Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, USP, Piracicaba
Métodos de isolamento
72
Isolamento de Bacillus produtor de protease alcalina
Pasteurização, Isolamento em
eliminação de superfície pH
formas não 9 - 10 contendo
esporuladas dispersão de
proteína
Isolamento de
colônias com
halo claro
conservação de microrganismos
73
1. Conservar as características do microrganismo
2. Evitar contaminação
nitrogênio líquido
Congelamento
em ampolas
fechadas
terra
74
Armazenamento em geladeira
Secagem em
estufa por 2
semanas
Liofilização
- congelamento e desidratação
- a água é eliminada por sublimação
- armazenamento em geladeira
- conservação por até 10 anos
Preparo do inóculo
75
Características do inóculo
Levedura 100 mL
Saccharomyces 1000 mL 10 L
Reatores de
5000 L
50.000 L
76
Cada processo fermentativo necessita de um meio específico
Entretanto:
- crescimento do microrganismo
- produção de metabólitos
- manutenção da célula.
77
Estequiometria de crescimento e de formação de
produto:
78
Ferro 0,02 – 0,2 0,01 – 0,5 0,1 – 0,2
79
Qual a quantidade de glicose necessária para
produzir 30 g/L de célula?
1) ÁGUA
Componente utilizado em maior quantidade
Fatores que devem ser considerados:
• pH
• presença de sais
2) FONTE DE ENERGIA
80
A maioria dos microrganismos de interesse industrial
são quimiorganotrófico (utilizam a fonte de carbono
como fonte de energia).
2) FONTE DE CARBONO
Glicose e sacarose
Melaço
Amido hidrolisado
- Obtido a partir da hidrólise ácida ou enzimática de farinha de milho, batata ou mandioca.
81
- Hidrólise ácida pode gerar produtos tóxicos.
Amido e dextrinas
- Pode ser metabolizado por microrganismos produtores de dextrinas.
Extrato de Malte
- Uso limitado.
- Utilizado na produção de biomassa
- Utilizado na produção de lactato de amônia (ração
animal).
Celulose
Metanol
82
- Utilizado para produção de proteína unicelular
(Pseudomonas, Torulopis)
Etanol
3) FONTE DE NITROGÊNIO
Extrato de levedura
- Obtido a partir de levedura de panificação
- Contém aminoácidos, peptídeos, vitaminas e carbohidratos.
Peptonas
- Hidrolisado de proteína
- Custo elevado (pouco usada industrialmente)
Farinha de soja
- Resíduo obtido após a extração de óleo de soja
- Contém 50 % de proteína e 30 % de carbohidrato
83
- Obtido durante a extração de amido do milho
- O extrato concentrado contém cerca de 4 % de nitrogênio
4) SAIS MINERAIS
84
Exemplo: ácido glutâmico, biotina
6) OXIGÊNIO
- Fundamental em processos aeróbios
- Introduzido através da injeção de ar.
RESLTADOS
Meio A Meio B
tempo final (h) 38 32
X final (g/L) 25,9 28,8
85
Glicerol 30 30
KH2PO4 0,71 0,71
NH4Cl 4,5 4,5
Na2SO4 0,26 0,26
ZnSO4.7H2O 0,021 0,021
MgCl2.6H2O 0,048 0,048
biotina 7,2.10-5 7,2.10-5
Ext. de levedura 2,0 0
RESULTADOS
Meio A
40 20
40 20
30 S 15
30 X 15
S (g/L)
X (g/L)
20 10
S (g/L)
X (g/L)
S
20 10
X
10 5
10 5
0 0
0 0 5 10 0 15
tempo (h)
0 5 10 15 20 25
tempo (h)
Meio B
86
Departamento de Engenharia de Alimentos
DAL 071 - MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
DOENÇAS BACTERIANAS
TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
Edison Tríboli
87
DOENÇAS BACTERIANAS TRANSMITIDAS
POR ALIMENTOS
1 - GENERALIDADES
2 - CONCEITOS
88
89
3 - DOENÇAS BACTERIANAS DE ORIGEM
ALIMENTAR: INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES
90
(enterovírus) e também pela ação de protozoários como a
Entamoeba histolytica e a Giardia lamblia.
5 - DOSES DE INFECÇÃO
91
TABELA 1 - Doses de infecção típicas de alguns
microrganismos
Microrganismo Dose de infecção
(UFC)
Shigella dysenteriae 10 a 200
Shigella flexneri 102 a 104
Vibrio cholerae 108
Salmonella typhi 104
Escherichia coli 106 a 108
Clostridium perfringens 109 a 1010
Yersinia enterocolitica 109
92
Notas de aula
93
AS SÍNDROMES DE SALMONELOSES EM
HUMANOS
1 - SALMONELOSE
94
calafrios, febre, vômitos, desidratação, prostração, anorexia,
dor de cabeça, mal estar; duração de vários dias; pode também
ocorrer enterite ou infecção local; mortalidade baixa.
95
no peito e no tronco, transpiração, calafrios, delírio, diminuição
da sensibilidade dos sentidos, diarréia, sangramento intestinal;
recaídas ocorrem; convalescência lenta de uma a oito semanas.
96
AGENTE ETIOLÓGICO: Vibrio parahaemolyticus
97
Notas de aula
98
2 - INFECÇÃO POR ESCHERICHIA COLI
ENTEROPATOGÊ-NICA
99
DOSE INFECTANTE E MECANISMO DE AÇÃO: de 106 a 109 UFC/g,
acredita-se que o mecanismo de patogenicidade seja devido à
produção de toxinas durante a fase logarítmica de crescimento
da bactéria e liberadas quando as células sofrem lise.
100
3.1 - SÍNDROME DIARRÉICA
101
NATUREZA DO ORGANISMO: enterobactéria, semelhante a
Salmonellas porém imóveis e anaeróbias, a temperatura ótima
de crescimento é de 37°C e crescem numa faixa de 10°C até
40°C. Toleram concentrações salinas de até 5-6%;. Baixa
resistência ao calor, destruídas facilmente por pasteurização.
São invasivas, multiplicam-se no epitélio e formam lesões
ulcerativas, a patogenicidade envolve a liberação de uma
endotoxina de natureza lipopolissacarídica que afeta a mucosa
intestinal.
102
5 - YERSINOSE
6 - INFECÇÃO DE ARIZONA
103
sanificar os equipamentos utilizados no preparo, reaquecer
muito bem e completamente restos de alimentos.
Notas de aula
105
ALIMENTOS ENVOLVIDOS: farinhas, amido, queijo frescal,
carnes moídas, lingüiças, produtos desidratados, pescados,
pratos a base de carnes em geral.
106
9 - INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA
107
média de 2 a 4 horas; náuseas, vômitos, diarréia, dores
abdominais, em alguns casos sudorese, salivação e
desidratação; duração de 24 horas, raramente fatal.
ALIMENTOS ENVOLVIDOS: carnes cozidas e de aves, queijos,
tortas cremosas, leite, salada de batatas, ovos, camarões,
alimentos onde houve manuseio excessivo e em condições
precárias de higiene.
108
- Grupo II: não proteinolíticos; produzem toxinas B, E e F;
crescem a 3,3°C; esporos termolábeis (80°C, 60 min);
temperatura ótima de crescimento: 28 a 32°C, temperatura
mínima de crescimento: 3,3°C;
- Grupo III: não proteinolíticos, produzem toxinas C1, C2 e D;
esporos com resistência térmica intermediária (100°C, 60 min);
temperatura ótima de crescimento: 40 a 42°C, temperatura
mínima de crescimento: 15°C;
- Grupo IV: proteinolíticos; produzem a toxina G; esporos
termorresistentes;
condição para a produção da toxina: germinação dos esporos
109
ambos, disfonia, tonturas, dores abdominais, diarréia, retenção
urinária, dor de garganta, constipação, parestesia.
110
Notas de aula
111
11 - LISTERIOSE
112
Notas de aula
113
114