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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

BÁRBARA MELLO
DIEGO GONÇALVES PEREIRA
JOSILENE MOURÃO
YURI FURMAN
SILVANIA SOUZA LIMA

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Boa Vista-RR
2011
BÁRBARA MELLO
DIEGO GONÇALVES PEREIRA
JOSILENE MOURÃO
YURI FURMAN
SILVANIA SOUZA LIMA

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Trabalho sobre a História e Evolução da


Contabilidade, da disciplina de Núcleo
Fundamental da Contabilidade, do Curso de
Ciências Contábeis.

Boa Vista-RR
2011
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Inventário dos bens associado a ovelhas..............................................................6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE.......................................................5
2.1 ALGUNS FATOS QUE MARCARAM A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE..........7
2.2 DIVISÃO DA HISTÓRIA CONTÁBIL.............................................................................9
2.3 PERÍODO ANTIGO..........................................................................................................10
2.3.1 Na Bíblia........................................................................................................................12
2.4 PERÍODO MEDIEVAL....................................................................................................13
2.5 PERÍODO MODERNO.....................................................................................................14
2.5.1 Frei Luca Pacioli...........................................................................................................14
2.6 PERÍODO CIENTÍFICO...................................................................................................15
2.6.1 Escola Norte Americana...............................................................................................16
2.6.2 No Brasil........................................................................................................................17
3 EXERCÍCIOS.....................................................................................................................18
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................................21
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................22

1. INTRODUÇÃO

O estudo da nossa História é fundamental para que possamos compreender quem


somos e para onde estamos caminhando com o nosso futuro. Assim, acreditamos que o
conhecimento dos principais acontecimentos históricos da contabilidade é fundamental para
qualquer pessoa que trabalhe na área financeira, especialmente os contabilistas e estudantes de
ciências contábeis.
Apesar de ter se estruturado como Ciência moderna apenas em meados do século
XIX, como veremos mais adiante no decorrer do trabalho, sabe-se hoje que os primeiros
registros contábeis primitivos foram realizados há cerca de 200 séculos e, portanto, ainda na
Pré-história.
Nesse trabalho, apresentaremos em detalhes os principais fatos históricos que
marcaram esses séculos de contabilidade.

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

A Contabilidade tem vivido nos últimos anos uma revolução em termos de sua
história, visto que recentes trabalhos arqueológicos encontraram vestígios da utilização de
sistemas contábeis na pré-história, durante o período Mesolítico.
O período pré-histórico Mesolítico foi compreendido entre 10.000 e 5.000 a.c. e
foi marcado pelo aquecimento do clima da Terra, que pôs fim ao período glacial. Sua
caracterização como período pré-histórico deve-se ao fato de situar-se antes do aparecimento
da escrita, fato que marcou o fim da pré-história.
Essa mudança no clima da Terra favoreceu o aparecimento das primeiras grandes
comunidades junto às terras baixas do Oriente Próximo, especialmente onde abundantes
nascentes tomavam essas áreas privilegiadas para o cultivo agrícola e para a criação de
animais.
No início dos tempos da humanidade, o homem não tinha moradia fixa e andava
de terra em terra, tirando o seu sustento da natureza, apenas para garantir a sobrevivência, sem
a preocupação de acumular riquezas. O tempo foi passando e o homem sentiu a necessidade
de ter um lugar fixo para viver, passando assim a ser sedentário, e conseqüentemente a
cultivar os seus alimentos (praticar a agricultura) e a domesticar os animais (atividades de
pastoreio, ou seja, a pecuária).
A partir daí, o homem sentiu a necessidade de controlar o seu rebanho, que
representava o patrimônio à sua disposição. E como ele iria fazer isso em uma época na qual
não existia moeda, escrita e números? Mas, como o homem é um ser racional, ele sempre
chegava a uma solução.
Ou então ele poderia fazer o inventário dos seus bens associando cada ovelha a
objetos que ele tinha a sua disposição na natureza, como: pedras, galhos, sementes de frutas,
entre outros.
Vamos supor que o patrimônio de uma pessoa era constituído de 4 ovelhas e
passado um determinado tempo esse rebanho cresceu, com o nascimento de duas ovelhinhas.
Vejamos na figura a seguir como esse homem iria contabilizar o aumento do seu patrimônio.

Figura 1

Procedimento idêntico seria adotado se, ao invés de terem nascido duas ovelhas,
tivesse sido sacrificada uma. Só que em razão inversa, isto é, ao invés de ter acrescentado
duas pedrinhas, teríamos tirado uma pedrinha. Vamos ver como fi caria então o nosso
inventário?
Essa forma rudimentar de praticar a contabilidade tem embasamento em trabalhos
de vários pesquisadores, e Santos et al (2007) vão mais além, quando afirmam que a
contabilidade tem vivido nos últimos anos uma revolução em termos de sua história, visto que
recentes trabalhos arqueológicos encontraram vestígios da utilização de sistemas contábeis na
pré-história, em forma de fichas de barro.
Os estudos arqueológicos da contabilidade, citados por Santos et al (2007) e
Schmidt e Santos (2008), entre outros fatores, revelaram que:
• As primeiras fichas de barro foram encontradas em 8000 a.C., em Uruk,
antiga cidade da mesopotâmia e centro importante da civilização sumeriana;
• Em sítios arqueológicos do Oriente próximo foram encontrados materiais que
caracterizaram um sistema contábil utilizado entre 8000 e 3000 a. C.,
constituído de pequenas fichas de barro;
• Em sítios arqueológicos sem Israel, Síria, Iraque, Turquia e Irã foram
encontradas fichas de barro datadas de 8000 a 3000 a.C.;
• Escavações também revelaram a existência de outros artefatos de barro
assemelhados a caixas que continham fichas no seu interior e impressões
externas, que datavam os mais antigos, de aproximadamente 3250 a.C.,
denominados envelopes.
Essas fichas de barro poderiam ser comparadas ao que temos hoje como o sistema
de partidas dobradas; e os envelopes, descobertos posteriormente, serviam para acomodar no
seu interior essas fichas, trazendo como detalhamento na sua parte externa a identificação dos
devedores ou credores de cada ficha, podendo estar aí a origem de cada conta.
Fica claro que desde o início da civilização conseguimos ver vestígios da função
da contabilidade: avaliar a riqueza do homem, assim como verificar e analisar os acréscimos e
decréscimos no seu patrimônio. A partir daí a contabilidade foi só evoluindo até chegar à
estrutura que temos hoje, que é um pontapé para a contabilidade do futuro.
As fichas de barro representavam as mercadorias e as entradas e saídas de ativos
nas transações comerciais eram representadas pela transferência de uma ficha de barro de um
envelope para o outro.
Exemplo: O Sr. Eutrópio transfere um carneiro para o Sr. Herodes. Como fi caria
esse lançamento em fichas de barro?
Sabemos que o envelope representa o devedor ou o credor e as fichas, a
mercadoria (carneiro). Portanto, é retirada uma ficha do envelope do Sr. Eutrópio e colocada
no envelope do Sr. Herodes.
Nota-se a dupla utilidade das fichas e do envelope?
• A realidade social – o direito do proprietário em relação ao ativo
transacionado.
• A realidade física – o registro da movimentação da mercadoria.

De acordo com Schmidt e Santos (2008), a criação dos numerais e a revolução na


contagem e na manipulação de dados podem ser creditadas aos contadores de Uruk, que
inventaram dois sinais: os numerais e os pictogramas.

2.1 ALGUNS FATOS QUE MARCARAM A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

A contabilidade, assim como qualquer ramo do conhecimento, evolui junto com a


evolução da humanidade. A seguir iremos listar alguns eventos históricos que contribuíram
significativamente para o desenvolvimento da ciência contábil.

1) O surgimento da moeda
Comprovado historicamente as primeiras moedas foram criadas em 650 a.C.
em Lídia, na Ásia Menor e em 600 a.C., na Grécia tendo o seu surgimento
contribuído para que o sistema de contas da contabilidade fi casse completo,
pois se tornou possível determinar as contas contábeis que representavam o
patrimônio, bem como os seus respectivos valores.
2) A ascensão do Islamismo
A contabilidade está sempre presente quando há atividades de comércio, e a
ascensão do Islamismo contribui para o desenvolvimento do comércio. Aí
você pode estar se perguntando: de que maneira?
Voltando às aulas de História, você lembra que os cristãos do Ocidente
organizaram as cruzadas visando expulsar os mulçumanos da Terra Santa? Só
que para isso eles teriam que sair do Ocidente para o Oriente, contribuindo
para o renascimento do Mar Mediterrâneo como via marítima para o
desenvolvimento comercial das cidades italianas de Veneza, Florença, Pisa e
Gênova. Enfim, as Cruzadas contribuíram para a fundação e o crescimento de
cidades, mercados e feiras, ambientes propícios para o desenvolvimento da
contabilidade.

3) Surgimento da escrita
A escrita alfabética inventada pelos fenícios, em 1100 a.C., contribuiu
bastante para o desenvolvimento da contabilidade, pois, a partir de então, já
era possível documentar de forma escrita as transações ocorridas no
patrimônio das entidades.

4) Expansão do Comércio
A expansão do comércio gera, sem sombra de dúvidas, uma demanda mais
acentuada para o desenvolvimento e solidificação de sistemas contábeis, cada
vez mais eficazes para o controle do patrimônio.
A partir do crescimento dos mercados consumidores, iniciado com a ascensão
do islamismo, o comércio começa a expandir e a contabilidade já começa a
sentir a necessidade de aprimorar os seus sistemas. Foi então que começaram
a surgir as grandes obras da contabilidade.

5) Sistematização das partidas dobradas


Como você já deve ter notado, os sistemas contábeis de dupla entrada já
existiam desde os tempos primitivos. Fato esse comprovado pelos estudos da
arqueologia da contabilidade, certo?
Apesar de esse método estar sendo utilizado no controle do patrimônio,
faltava ainda a sua sistematização, sendo escrito pela primeira vez pelo Frei
Luca Pacioli no livro “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et
propornaliti”, em 1494. Essa obra serviu para difundir o método das partidas
dobradas.
“Existem indícios que apontam que o sistema das Partidas Dobradas data
desde 1330, sem esquecer que no período pré-histórico a utilização das fichas
de pedras mesmo de forma rudimentar já esboçavam esse sistema, entretanto
a divulgação para o mundo deu-se através do frade franciscano Lucca
Paccioli, matemático, que expôs o sistema de forma completa, evidenciando
seu mecanismo algébrico, quando da publicação do Tractatus de Computis et
Scripturis em 1494, sendo este fato considerado um marco para a
contabilidade, tendo atraído a atenção dos homens de negócios da época,
ávidos em mensurar e controlar suas riquezas a utilizarem este sistema”.
(MARTINS, 2001)
Os mais variados povos antigos contribuíram para o progresso histórico da
contabilidade, tais como: China, Egito, Grécia, Ilha de Creta, Índia, Israel,
Pérsia e Síria. O quadro a seguir apresenta algumas contribuições desses
povos, relacionadas à contabilidade.

6) A Revolução Industrial
A Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, na Inglaterra, foi a grande
responsável pela transformação do modo de produção naquela época, isto é, a
evolução da manufatura para a maquinofatura, foi um ambiente propício para
o nascimento da contabilidade de custos. Nesse ambiente também começou a
se desenvolver a auditoria.

2.2 DIVISÃO DA HISTÓRIA CONTÁBIL

Já vimos que a história contábil é marcada pela sua evolução milenar. Portanto,
vários são os estudiosos que fazem essa divisão cronológica, e nós vamos utilizamos aquela
estabelecida por Zanluca (2007):

1) Contabilidade do Mundo Antigo


A contabilidade do mundo antigo compreende o período que se inicia com as
primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber
Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
2) Contabilidade do Mundo Medieval
Já a contabilidade do mundo medieval abrange o período que vai de 1202 da
Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis
(Contabilidade por Partidas Dobradas), de Frei Luca Paciolo, publicado em
1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à
teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a
contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

3) Contabilidade do Mundo Moderno


No que se refere à Contabilidade do mundo moderno, pode-se entender do
período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da obra “La
Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche” , de autoria
de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na
história da contabilidade.

4) Contabilidade do Mundo Científico


Por fim, tem-se a contabilidade do mundo científico, que é o período que se
inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

Já vimos como Zanluca divide a história da contabilidade, no entanto esse não é o


único autor que fala sobre essa divisão histórica ao longo dos tempos. Outros pesquisadores
contábeis também se dedicaram a esse estudo e usaram algumas nomenclaturas diferentes
para denominar cada época, portanto todas retratando a mesma realidade da contabilidade.

2.3 PERÍODO ANTIGO

A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o


Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do
homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de
processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado
para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais,
escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando
o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por
vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em
peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que
mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do
animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se
processa. O nome da conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o
aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao
quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse
demonstrar, também, a sua "Origem" .
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no
livro Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de
escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou
seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já
considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e
"Selos de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em
papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-
se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se,
empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada
com a despesa.
Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e
seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários
zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem
do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado.
Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva, controles
administrativos e financeiros.
As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o
registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais,
transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de
Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário
em seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada
"Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já
escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre
elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a
escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária.
2.3.1 Na Bíblia

Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio


Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor,
alterando os registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta
do que se tinha! (Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente
inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e
um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26
e 10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para
verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida
registrada (Mateus 18.23-27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática
comum.
2.4 PERÍODO MEDIEVAL

Em Itália, em 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci", de Leonardo Pisano.


Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc.,
tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a
regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da
Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de
vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como
Marco Pólo e outros.
A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de
mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos,
surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros
de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e
o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a
pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência
natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O
processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as
relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os
registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália,
transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" ,
representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa
precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem
mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.
No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos
comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos
tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte
e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que
representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de
hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser
agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases
separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

2.5 PERÍODO MODERNO

O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:
Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um
enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,
emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das
inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de
comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos
em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os
interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em
suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da
Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.

2.5.1 Frei Luca Pacioli

Escreveu Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas


Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contá bil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou
muitas obras, destacando-se a Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá , impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade
e Escrituração.
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das
Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o
Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e
razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas,
sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de
armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de
erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia
adaptada:
"Per ", mediante o qual se reconhece o devedor;
"A ", pelo qual se reconhece o credor.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se
usa até hoje.
A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu
precedente para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto.
2.6 PERÍODO CIENTÍFICO

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores


consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La
Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio
Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento
contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola
Toscana ou Personalista, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por
Fábio Bésta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade
começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre
Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal
do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os
quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para
ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento
patrimonialista.
Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus
ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto
de definir patrimônio como objeto da Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923,
definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como
elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de
chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um
instrumento básico de gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações
práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das
partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente,
na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era
uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.
A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-
americana dentro da Contabilidade.

2.6.1 Escola Norte Americana

Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas


com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla
estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos
associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de
extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias
associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados
Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o
que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades foram decrescendo em nível,
em importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por
exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do
estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das
informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado
ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de
desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta,
constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que
atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem
reflexos diretos nos países de economia.

2.6.2 No Brasil
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,
exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um
melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias
eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a
arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal,
tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais
precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem
ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um
profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em
virtude de planos de previdência privada.

EXERCÍCIOS

1. Dos acontecimentos abaixo cite o que marcou o fim da pré-história.


a) O aquecimento da terra
b) O aparecimento da escrita
c) A expansão das fronteiras agrícolas
d) A descoberta do patrimônio pelo homem primitivo
e) A criação de animais

1. Como ficaram conhecidos os artefatos de barros que foram encontrados em escavações e


serviam como uma forma de contabilizar o patrimônio? Fichas de Barro

2. Os contadores de Uruk foram responsáveis pela criação de dois sinais. Marque a opção
que corresponde esses sinais.
a) Pictográficos e letras
b) Letras e números
c) Números e pictográficos
d) Ficha de barro e partidas dobradas
e) Ossos com tintas e grãos

1. Dentre as alternativas abaixo, qual marcou a evolução da contabilidade.


a) O surgimento da moeda
b) A ascensão do Islamismo
c) Surgimento da escrita
d) Expansão do comércio
e) Todas as alternativas.

1. Os sistemas contábeis de dupla entrada já existiam desde os tempos primitivos. Fato esse
comprovado pelos estudos da arqueologia da contabilidade. Apesar de esse método estar
sendo utilizado no controle do patrimônio, faltava ainda a sua sistematização, sendo
escrito pela primeira vez pelo:
a) Frei Luca Pacioli
b) Fibonacci
c) Franscesco Villa
d) Leonardo Pisano
e) N.d.a.

1. Relacione as colunas referentes à Divisão da História Contábil


a) Contabilidade do Mundo Antigo ( c ) aparecimento da obra “La Contabilità

b) Contabilidade do Mundo Medieval Applicatta alle Amministrazioni Private e

c) Contabilidade do Mundo Moderno Pubbliche” , de autoria de Franscesco Villa.

d) Contabilidade do Mundo Científico


( d ) é o período que se inicia em 1840 e
continua até os dias de hoje.

( a ) quando apareceu o Liber Abaci, da


autoria Leonardo Fibonaci

( b) quando apareceu Contabilidade por


Partidas Dobradas, de Frei Luca Paciolo.

1. Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil, a primeira foi a Escola Lombarda, chefiada por:
a) Luca Paccioli
b) Francisco Villa
c) Giusepe Cerboni
d) Fábio Bésta
e) N.d.a.

1. Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil, a segunda foi a Escola Toscana ou Personalista, chefiada por:
a) Luca Paccioli
b) Francisco Villa
c) Giusepe Cerboni
d) Fábio Bésta
e) N.d.a.

1. Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil, a terceira foi a Escola Veneziana, chefiada por:
a) Luca Paccioli
b) Francisco Villa
c) Giusepe Cerboni
d) Fábio Bésta
e) N.d.a.

1. No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo


– devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor
aparato fiscal. Como eram chamados os contadores até a primeira metade da década de
70 no Brasil? Guarda-livros
CONCLUSÃO

Durante os vários milênios que se passaram desde a sua


invenção (ainda que de forma empírica e primitiva) até atualidade, a
Contabilidade acompanhou o desenvolvimento das próprias civilizações
humanas, transformando-se em uma Ciência Moderna e estruturada pelo
trabalho dos seus ilustres doutrinadores e estudiosos.
Entretanto, a Ciência Contábil ainda tem muito a evoluir, o que
acontecerá através de nossos esforços, afinal, a cada dia que se passa
estamos escrevendo mais um capítulo na História da Contabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHMIDT, Paulo. História da contabilidade: foco na evolução das escolas do


pensamento contábil. São Paulo: Atlas. 2008.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teorias da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.

HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade. São Paulo:


Atlas, 1999.

MARTIBS, Eliseu & LOPES, Alexsandro Broedel. Teoria da Contabilidade: uma nova
abordagem. São Paulo: Atlas, 2005.

SITES:

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm. Acessado em 20 de maio de


2011.

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