Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
BÁRBARA MELLO
DIEGO GONÇALVES PEREIRA
JOSILENE MOURÃO
YURI FURMAN
SILVANIA SOUZA LIMA
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
Boa Vista-RR
2011
BÁRBARA MELLO
DIEGO GONÇALVES PEREIRA
JOSILENE MOURÃO
YURI FURMAN
SILVANIA SOUZA LIMA
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
Boa Vista-RR
2011
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Inventário dos bens associado a ovelhas..............................................................6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE.......................................................5
2.1 ALGUNS FATOS QUE MARCARAM A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE..........7
2.2 DIVISÃO DA HISTÓRIA CONTÁBIL.............................................................................9
2.3 PERÍODO ANTIGO..........................................................................................................10
2.3.1 Na Bíblia........................................................................................................................12
2.4 PERÍODO MEDIEVAL....................................................................................................13
2.5 PERÍODO MODERNO.....................................................................................................14
2.5.1 Frei Luca Pacioli...........................................................................................................14
2.6 PERÍODO CIENTÍFICO...................................................................................................15
2.6.1 Escola Norte Americana...............................................................................................16
2.6.2 No Brasil........................................................................................................................17
3 EXERCÍCIOS.....................................................................................................................18
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................................21
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................22
1. INTRODUÇÃO
A Contabilidade tem vivido nos últimos anos uma revolução em termos de sua
história, visto que recentes trabalhos arqueológicos encontraram vestígios da utilização de
sistemas contábeis na pré-história, durante o período Mesolítico.
O período pré-histórico Mesolítico foi compreendido entre 10.000 e 5.000 a.c. e
foi marcado pelo aquecimento do clima da Terra, que pôs fim ao período glacial. Sua
caracterização como período pré-histórico deve-se ao fato de situar-se antes do aparecimento
da escrita, fato que marcou o fim da pré-história.
Essa mudança no clima da Terra favoreceu o aparecimento das primeiras grandes
comunidades junto às terras baixas do Oriente Próximo, especialmente onde abundantes
nascentes tomavam essas áreas privilegiadas para o cultivo agrícola e para a criação de
animais.
No início dos tempos da humanidade, o homem não tinha moradia fixa e andava
de terra em terra, tirando o seu sustento da natureza, apenas para garantir a sobrevivência, sem
a preocupação de acumular riquezas. O tempo foi passando e o homem sentiu a necessidade
de ter um lugar fixo para viver, passando assim a ser sedentário, e conseqüentemente a
cultivar os seus alimentos (praticar a agricultura) e a domesticar os animais (atividades de
pastoreio, ou seja, a pecuária).
A partir daí, o homem sentiu a necessidade de controlar o seu rebanho, que
representava o patrimônio à sua disposição. E como ele iria fazer isso em uma época na qual
não existia moeda, escrita e números? Mas, como o homem é um ser racional, ele sempre
chegava a uma solução.
Ou então ele poderia fazer o inventário dos seus bens associando cada ovelha a
objetos que ele tinha a sua disposição na natureza, como: pedras, galhos, sementes de frutas,
entre outros.
Vamos supor que o patrimônio de uma pessoa era constituído de 4 ovelhas e
passado um determinado tempo esse rebanho cresceu, com o nascimento de duas ovelhinhas.
Vejamos na figura a seguir como esse homem iria contabilizar o aumento do seu patrimônio.
Figura 1
Procedimento idêntico seria adotado se, ao invés de terem nascido duas ovelhas,
tivesse sido sacrificada uma. Só que em razão inversa, isto é, ao invés de ter acrescentado
duas pedrinhas, teríamos tirado uma pedrinha. Vamos ver como fi caria então o nosso
inventário?
Essa forma rudimentar de praticar a contabilidade tem embasamento em trabalhos
de vários pesquisadores, e Santos et al (2007) vão mais além, quando afirmam que a
contabilidade tem vivido nos últimos anos uma revolução em termos de sua história, visto que
recentes trabalhos arqueológicos encontraram vestígios da utilização de sistemas contábeis na
pré-história, em forma de fichas de barro.
Os estudos arqueológicos da contabilidade, citados por Santos et al (2007) e
Schmidt e Santos (2008), entre outros fatores, revelaram que:
• As primeiras fichas de barro foram encontradas em 8000 a.C., em Uruk,
antiga cidade da mesopotâmia e centro importante da civilização sumeriana;
• Em sítios arqueológicos do Oriente próximo foram encontrados materiais que
caracterizaram um sistema contábil utilizado entre 8000 e 3000 a. C.,
constituído de pequenas fichas de barro;
• Em sítios arqueológicos sem Israel, Síria, Iraque, Turquia e Irã foram
encontradas fichas de barro datadas de 8000 a 3000 a.C.;
• Escavações também revelaram a existência de outros artefatos de barro
assemelhados a caixas que continham fichas no seu interior e impressões
externas, que datavam os mais antigos, de aproximadamente 3250 a.C.,
denominados envelopes.
Essas fichas de barro poderiam ser comparadas ao que temos hoje como o sistema
de partidas dobradas; e os envelopes, descobertos posteriormente, serviam para acomodar no
seu interior essas fichas, trazendo como detalhamento na sua parte externa a identificação dos
devedores ou credores de cada ficha, podendo estar aí a origem de cada conta.
Fica claro que desde o início da civilização conseguimos ver vestígios da função
da contabilidade: avaliar a riqueza do homem, assim como verificar e analisar os acréscimos e
decréscimos no seu patrimônio. A partir daí a contabilidade foi só evoluindo até chegar à
estrutura que temos hoje, que é um pontapé para a contabilidade do futuro.
As fichas de barro representavam as mercadorias e as entradas e saídas de ativos
nas transações comerciais eram representadas pela transferência de uma ficha de barro de um
envelope para o outro.
Exemplo: O Sr. Eutrópio transfere um carneiro para o Sr. Herodes. Como fi caria
esse lançamento em fichas de barro?
Sabemos que o envelope representa o devedor ou o credor e as fichas, a
mercadoria (carneiro). Portanto, é retirada uma ficha do envelope do Sr. Eutrópio e colocada
no envelope do Sr. Herodes.
Nota-se a dupla utilidade das fichas e do envelope?
• A realidade social – o direito do proprietário em relação ao ativo
transacionado.
• A realidade física – o registro da movimentação da mercadoria.
1) O surgimento da moeda
Comprovado historicamente as primeiras moedas foram criadas em 650 a.C.
em Lídia, na Ásia Menor e em 600 a.C., na Grécia tendo o seu surgimento
contribuído para que o sistema de contas da contabilidade fi casse completo,
pois se tornou possível determinar as contas contábeis que representavam o
patrimônio, bem como os seus respectivos valores.
2) A ascensão do Islamismo
A contabilidade está sempre presente quando há atividades de comércio, e a
ascensão do Islamismo contribui para o desenvolvimento do comércio. Aí
você pode estar se perguntando: de que maneira?
Voltando às aulas de História, você lembra que os cristãos do Ocidente
organizaram as cruzadas visando expulsar os mulçumanos da Terra Santa? Só
que para isso eles teriam que sair do Ocidente para o Oriente, contribuindo
para o renascimento do Mar Mediterrâneo como via marítima para o
desenvolvimento comercial das cidades italianas de Veneza, Florença, Pisa e
Gênova. Enfim, as Cruzadas contribuíram para a fundação e o crescimento de
cidades, mercados e feiras, ambientes propícios para o desenvolvimento da
contabilidade.
3) Surgimento da escrita
A escrita alfabética inventada pelos fenícios, em 1100 a.C., contribuiu
bastante para o desenvolvimento da contabilidade, pois, a partir de então, já
era possível documentar de forma escrita as transações ocorridas no
patrimônio das entidades.
4) Expansão do Comércio
A expansão do comércio gera, sem sombra de dúvidas, uma demanda mais
acentuada para o desenvolvimento e solidificação de sistemas contábeis, cada
vez mais eficazes para o controle do patrimônio.
A partir do crescimento dos mercados consumidores, iniciado com a ascensão
do islamismo, o comércio começa a expandir e a contabilidade já começa a
sentir a necessidade de aprimorar os seus sistemas. Foi então que começaram
a surgir as grandes obras da contabilidade.
6) A Revolução Industrial
A Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, na Inglaterra, foi a grande
responsável pela transformação do modo de produção naquela época, isto é, a
evolução da manufatura para a maquinofatura, foi um ambiente propício para
o nascimento da contabilidade de custos. Nesse ambiente também começou a
se desenvolver a auditoria.
Já vimos que a história contábil é marcada pela sua evolução milenar. Portanto,
vários são os estudiosos que fazem essa divisão cronológica, e nós vamos utilizamos aquela
estabelecida por Zanluca (2007):
O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:
Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um
enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,
emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das
inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de
comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos
em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os
interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em
suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da
Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
2.6.2 No Brasil
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,
exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um
melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias
eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a
arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal,
tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais
precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem
ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um
profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em
virtude de planos de previdência privada.
EXERCÍCIOS
2. Os contadores de Uruk foram responsáveis pela criação de dois sinais. Marque a opção
que corresponde esses sinais.
a) Pictográficos e letras
b) Letras e números
c) Números e pictográficos
d) Ficha de barro e partidas dobradas
e) Ossos com tintas e grãos
1. Os sistemas contábeis de dupla entrada já existiam desde os tempos primitivos. Fato esse
comprovado pelos estudos da arqueologia da contabilidade. Apesar de esse método estar
sendo utilizado no controle do patrimônio, faltava ainda a sua sistematização, sendo
escrito pela primeira vez pelo:
a) Frei Luca Pacioli
b) Fibonacci
c) Franscesco Villa
d) Leonardo Pisano
e) N.d.a.
MARTIBS, Eliseu & LOPES, Alexsandro Broedel. Teoria da Contabilidade: uma nova
abordagem. São Paulo: Atlas, 2005.
SITES: