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PRONUNCIAMENTO DAS IGREJAS DE TRADIÇÃO WESLEYANA

EM 21 DE MAIO, NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA


DO ESTADO DE SÃO PAULO

“UNIDOS PELA VIDA”

João Wesley, com seu irmão Carlos Wesley e um grupo de


pessoas cristãs, revolucionaram o pensamento e a prática cristã
na Inglaterra no século XVIII

No contexto de um caos religioso, moral, social, econômico, no


princípio da industrialização, a partir de uma vital experiência
religiosa ocorrida em 24 de maio de 1738, surge um “movimento
denominado wesleyano” do qual de sua vertente fluem vários
grupos denominacionais cristãos, totalizando hoje no mundo
cerca de 100.000.000 (cem milhões) de fiéis, mais seus familiares
e seguidores.

Hoje, aqui, estamos com um contingente da Família Wesleyana


em momento celebrativo representando as Igrejas - Exército de
Salvação, Holiness, Metodista, Metodista Livre, Metodista
Wesleyana, Igreja do Nazareno , bem como outros segmentos da
tradição wesleyana expressando a nossa gratidão à Deus pela
visão e estilo de vida surgidos a partir do movimento no século
XVIII e as dimensões espirituais, éticas, morais, sociais que Ele
nos delegou.
A Vocação divina concedida ao Movimento Wesleyano se
fundamenta na Graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, sob a
dinâmica do Espírito Santo contempla a vitalidade de uma
espiritualidade profunda de comunhão com Cristo, através de
“uma experiência espiritual pessoal” progressiva, contínua
guiando-nos ao caminho da “perfeição cristã”, também chamado
de “santificação”.

Não é uma visão aparentemente “intimista”, mas tem os seus


reflexos pessoal, familiar, social em todos os seus aspectos.
Wesley pregou aos “mineiros”, nas prisões, lutou contra a
escravidão, à marginalização da mulher, abriu espaços
educacionais à uma multidão de crianças abandonas, dando uma
dimensão de “piedade” e de “atos de misericórdia” junto da
Comunidade.

São muitos os testemunhos históricos que afirmam que “esse


movimento” livrou a Inglaterra de uma revolução sangrenta,
proporcionando uma profunda reforma na vida da nação.

Cremos em nossa Vocação Cristã numa ação missionária que


atinge a vida humana em seus vários segmentos, em particular
numa responsabilidade cívica e social.

Nessa perspectiva, reafirmamos nesta Casa Legislativa o nosso


compromisso com a vida manifesta em Cristo Jesus em termos
de justiça, paz, reconciliação e integridade da criação.

Igualmente, assumimos o compromisso enquanto família


wesleyana, em terras brasileiras, de continuar a exercer o
ministério profético, de anúncio e edificação dos sinais do Reino
de Deus e de denúncia e erradicação de tudo quanto gera
injustiça e morte.

Fiéis à direção do Espírito Santo, sentimos que Ele nos leva ao


compromisso de anunciar o Evangelho em sua plenitude, a lutar
contra a injustiça sendo solidários com os pobres, oprimidos,
marginalizados e discriminados pela presente ordem política,
econômica, social, moral, ética e espiritual.

Desta forma, comprometemo-nos a deixar que Deus nos use,


como família cristã e wesleyana visando cumprir a nossa vocação
histórica que é: “reformar a nação, particularmente a Igreja, e
espalhar a santidade bíblica sobre toda a Terra” (João Wesley).

a. Respeito à liberdade de expressão e à separação entre o


Estado e a Igreja, não significa com isso ausência de diálogo
e de uma ação profética a favor dos valores maiores do
Reino de Deus fincados no amor, na reconciliação, na
presença da Justiça, da ética, da paz, do respeito humano,
da solidariedade e da tolerância.

b. Nossa preocupação com a tramitação no Senado Federal


da PL 122/2006 (Projeto de Lei número 5003/2001), que
criminaliza toda e qualquer manifestação contrária a
orientação sexual da homossexualidade. Compreendemos
que a PL fere à Constituição Brasileira que sublinha no
caput do Art. 5o: “todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza”, bem como, desrespeita a
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que no
Art. 18 afirma “que todo homem tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião”, e no Art. 19o
complementa: “que toda a pessoa tem direito à liberdade
de opinião e expressão”, o que inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios
independente de fronteiras. O PL discrimina a maioria do
povo brasileiro em favor de uma parcela dele.

c. A falta de uma ação mais efetiva que venha preservar o


meio ambiente, expressando cuidado para com ele através
da formação educativa de nossas crianças e jovens e de
ações e leis que defendam os mananciais, as matas e
florestas, os rios, as montanhas e tudo o mais que venha a
desequilibrar a harmonia da Criação.

d. Uma ação efetiva, contra todas as formas de violência


presente no tecido social afetando pessoas, famílias grupos
sociais os mais diversos. Nesse sentido, nos postamos a
favor do desarmamento, tão necessário em nosso país.

e. A cultura de uma ação cidadã responsável, através de uma


educação cívica fundada em valores universais básicos para
o respeito, o direito e a justiça sociais.

f. Preocupação e busca de ação concreta contra a presença


do “álcool, da droga, da liberação do sexo irresponsável”,
que traz como consequência a deteriorização da Pátria e de
seus cidadãos.
g. A contraposição aos valores da Pós-modernidade, a
exemplo: o individualismo, o egocentrismo, a busca do
prazer o domínio da força, o apogeu do nome da
autoridade, da posição, da busca do poder, do domínio, a
todo o custo com os valores do Evangelho do Reino e da
Ética Universal, respeitada por todos os que militam no
caminho da Justiça e da Paz.
h. Preocupa-nos uma “política” que estimula o “consumismo”
sob todas as formas como maneira de desenvolvimento
econômico, levando uma multidão de concidadãos à
dívidas impagáveis, em especial pela cobrança indevida de
alto juros nas transações efetuadas.
i. Não concordamos com os “meios” que tendo em vista os
“fins” a serem atingidos são usados de forma indevida e de
forma contraditória em qualquer nível e área do viver, da
vida nacional ou Internacional.

COM RESPEITO, consideração, orando ao Senhor a favor das


nossas autoridades constituídas aqui, na Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo, bem como pela presidência da
República, Congresso Nacional e demais autoridades nacionais.

Expressamos o nosso respeito e colocando-nos à disposição


através de nossas Igrejas aqui representadas.

São Paulo, 21 de maio de 2011.

Adriel de Souza Maia, Bispo-Presidente 3a.Região –Igreja


Metodista.

Anderson Soares de Almeida Caleb – Bispo-Presidente 3a. Região


– Igreja Metodista Wesleyana.
Eduardo Godoy- Pastor – Igreja Evangélica Holiness do Brasil.

José Ildo Mello – Bispo-Presidente da Igreja Metodista Livre.

Oscar Saches – Comissário Exército de Salvação.

L. Aguiar Valvassoura - Pastor-Presidente da Igreja do Nazareno.

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