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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

SÍNDROME DE PATAU
(TRANSPARÊNCIAS)

EVELISE LUCIANO
MAUREEN LIANA LADEHOFF
PRISCILA MARTINS
ROBERTA AGUIAR GOMES
ITAJAÍ (SC), novembro de 2000
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

SÍNDROME DE PATAU

EVELISE LUCIANO
MAUREEN LIANA LADEHOFF
PRISCILA MARTINS
ROBERTA AGUIAR GOMES

Seminário apresentado à disciplina de


Biologia II, sob a orientação do professor
Cícero José Marques de Farias.

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ITAJAÍ (SC), novembro de 2000
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

SÍNDROME DE PATAU (Trissomia do 13) ..............................................................5

HISTÓRICO MÉDICO
ETIOLOGIA ..............................................................................................................6

EVOLUÇÃO..............................................................................................................7

COMENTÁRIOS
PADRÕES BIOQUÍMICOS.......................................................................................8

CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS
OUTROS CARIÓTIPOS E SÍNDROME DE PATAU ................................................9

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO.......................................................................10

CURIOSIDADES ....................................................................................................11

ANEXOS.................................................................................................................12

CONCLUSÃO.........................................................................................................20

BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................21

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho será apresentado a Síndrome de Patau (trissomia do 13) a


qual é clinicamente grave e letal em quase todos os casos que sobrevivem até 6 meses de
idade. O cromossomo extra provém de não-disjunção da meiose I materna e cerca de 20%
dos casos resultam de uma translocação não-balanceada.

O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central como


arrinencefalia. Um retardamento mental acentuado está presente. Em geral há defeitos
cardíacos congênitos e defeitos urogenitais. Com freqüência encontram-se fendas labial e
palatina, anormalidades oculares, polidactilia, punhos cerrados e as plantas arqueadas.

4
SÍNDROME DE PATAU
(TRISSOMIA DO 13)

Os cromossomos humanos são agrupados conforme o seu tamanho e


morfologia. Os do grupo A são grandes e metacêntricos, exceto o nº 2, que é
submetacêntrico; os do grupo B são grandes e submetacêntricos; os do grupo C são médios
e submetacêntricos; os do grupo D são grandes e acrocêntricos; os do grupo E são
pequenos e submetacêntricos; os do grupo F são pequenos e metacêntricos; e os do grupo
G são pequenos e acrocêntricos.

A variação do número cromossômico, que no homem é 46, acarreta grandes


transtornos ao seu portador, podendo, inclusive, ser letal. Essas variações são classificadas
em vários tipos, conforme haja aumento ou diminuição no número cromossômico. Disse
que ocorre aneuploidia, quando a variação numérica é para mais ou para menos,
envolvendo apenas poucos cromossomos. Se for para mais, é chamada hiperdiploidia e
para menos, hipodiploidia. Assim, uma célula com 47 cromossomos é chamada
hiperdiplóide e uma com 45, de hipodiplóide. Ocorre trissomia de um dito cromossomo,
quando ele ocorre em número de três na célula.

A síndrome de Patau é causada pela trissomia de um cromossomo do grupo


D, de número 13. O termo trissomia D1 foi utilizado para indicar que esta era a primeira
entidade clinicamente reconhecida resultando em uma trissomia de um autossomo do
grupo D. De acordo com a conferência de Paris (1971), onde foram fixadas normas para os
registros das aberrações cromossômicas, a síndrome de Patau é caracterizada pela fórmula:
47, XX, + 13, conforme seja o indivíduo mulher ou homem.

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HISTÓRICO MÉDICO

Patau e colaboradores (1960) foram os primeiros a descrever a trissomia de


um acrocêntrico do grupo 13 – 15, tendo sido esta confirmada por diferentes autores em
vários outros casos similares (Smith e colaboradores, 1963).

Bartholin foi talvez o primeiro a descrever essa síndrome, em 1657


(Warburg e Mikelsen, 1963). Em 1882, o mesmo padrão de anomalias congênitas foi
descrito por Kundrat, sob o nome de poosencefalia.

A partir do trabalho de Patau e colaboradores (1960), a síndrome de


trissomia do cromossomo – 13 foi intensamente estudada por numerosos autores e,
presentemente, ela pode ser caracterizada clinicamente como razoável precisão.

ETIOLOGIA

Trissomia total ou de grande parte de um cromossomo específico do grupo


D (cromossomo 13 – 15), geralmente designado como sendo o de número 13. A idade
materna avançada tendo sido apontada como fator importante no aparecimento das
aneuploidias, sendo que a idade materna média para estes casos é de 30,9 anos.

A trissomia do 13 é letal em cerca de metade dos bebês nascidos vivos


durante o primeiro mês. É muito rara ou desconhecida em abortos no primeiro trimestre e
não é vista com freqüência no diagnóstico pré-natal, mesmo sendo avançada a idade
materna média.

Cerca de 20% dos casos são produzidos por translocação, bem acima da
freqüência de translocação na síndrome de down. Mesmo quando um dos pais é um

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portador de translocação, o risco empírico do mesmo defeito em um filho subseqüente
parece ser inferior a 2 %.

O fenótipo da trissomia do 13 inclui várias malformações do sistema


nervoso central, tais como arrinencefalia e holoprosencefalia. Estão presentes atraso de
crescimento e grave retardo mental. A testa é oblíqua, há hipertelorismo ocular e pode
haver microftalmia, coloboma da íris ou mesmo ausência dos olhos. As orelhas são mal
formadas. Lábios e palato fendidos estão freqüentemente presentes. As mãos e pés podem
exibir polidactilia pós-axial e as mãos se fecham com o segundo e o quinto dedo
encobrindo o terceiro e o quarto, como na trissomia do 18. Os pés são arqueados, como
“cadeira de balanço”. Os padrões dérmicos são incomuns, com pregas simiescas nas
palmas, trirrádios axiais distais e padrões halucais característicos. Internamente, em geral
há defeitos cardíacos congênitos ou tipos específicos de defeitos urogenitais que incluem
criptorquidismo em homens, útero bicórneo e ovários hipoplásicos em mulheres, além de
rins policísticos. Desta constelação de defeitos, o mais característico é o aspecto geral da
face, com lábio e palato fendidos e anormalidades oculares, mais polidactilia, mãos
fechadas e pés arqueados.

EVOLUÇÃO

Quarenta e quatro por cento destes recém-nascidos morrem durante o


primeiro mês de vida; 69% não ultrapassam os primeiros 6 meses e apenas 18%
conseguem ultrapassar o primeiro ano de vida. As crianças que sobrevivem apresentam
oligofrenia acentuada e não ganham peso; as convulsões são de observação freqüente. Foi
descrito um único paciente adulto, de 33 anos de idade. Em vista da elevada mortalidade
infantil, recomenda-se renunciar às correções cirúrgicas e ortopédicas durante os primeiros
meses, à espera da evolução.

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COMENTÁRIOS

As anomalias da linha mediana da face, dos olhos e dos lobos frontais do


cérebro, observadas em grau variável nos pacientes que apresentam esta síndrome,
parecem ser devidas a uma anomalia única que ocorre no início do desenvolvimento (três
semanas) do mesoderma pré-cordal. Este não é apenas necessário para a morfogênese da
porção mediana da face; é responsável também pela indução do desenvolvimento
subseqüente do prosencéfalo, ou seja, da parte anterior do cérebro. Esta variedade de
defeitos é conhecida como holoprosencefalia ou arrinencefalia; a sua gravidade varia desde
a ciclopia até a cebocefalia e às formas mais benignas.

PADRÕES BIOQUÍMICOS

Características bioquímicas anormais foram observadas por Huehns e outros


(1964). O estudo das hemoglobinas revelou a resistência de uma hemoglobina fetal,
anormal, chamada hemoglobina Gower-2, e crescentes quantidades da hemoglobina gama-
4, durante o período pré-natal. Crianças mais velhas, com esta síndrome, mostraram uma
quantidade maior de hemoglobina fetal, mais não a Gower-2 ou gama-4. Estas descobertas
sugerem que os genes, envolvendo a síntese destas proteínas, são localizados no
cromossomo triplicado.

Estas anormalidades químicas são de grande importância para o eventual


registro dos cromossomos (Patau, 1961).

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CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS

O Cariótipo mais freqüentemente achado, relacionado com a síndrome de


Patau:

47, XX, + 13- mulher;


47, XY, + 13- homem.

A origem destes cariótipos pode ser explicada como resultado da não


disjunção dos cromossomos – 13 durante a gametogênese. A célula que receber os dois
cromossomos – 13, ao ser fecundada, produzirá trissomia do dito cromossomo. A célula
que fica sem cromossomo – 13 é provavelmente inviável e degenera. Por isso, a freqüência
de filho com síndrome de Patau é mais freqüente em mães com idade superior a 35 anos. A
idade paterna não é importante, talvez devido à alta taxa de divisões celulares nos
testículos e a não paralisação na meiose.

Os estudos feitos ainda não permitem estabelecer uma pré-disposição


familiar. A freqüência de crianças com esta síndrome, nascidas vivas, é de 1/14.500. Entre
os abortos espontâneos, esta taxa é muito elevada, sendo da ordem de 1/33, segundo o Mc
Kusick (1964). A expressividade é variável.

OUTROS CARIÓTIPOS DE SÍNDROME DE PATAU

Outras condições cromossômicas podem estar associadas à síndrome e


confere o fenótipo característico. Foram descritos casos em que havia cromossomos do
grupo D e três cromossomos –3 apresentando as características da síndrome de Patau. Em
estudos posteriores, verificou-se que o cromossomo supernumerário era na realidade um
9
isocromossomo do braço longo do cromossomo – 13. O indivíduo possuía, portanto, uma
trissomia parcial do cromossomo – 13.

Casos de mosaicismo também foram descritos, nos quais 55% das células
cultivadas de vários tecidos possuíam um isocromossomo de número 13 e 45% possuíam
um cromossomo – 13 anômalo, telocêntrico, devido à perda do braço curto, chamado telo –
D.

Noutro caso de mosaicismo, algumas células possuíam o braço curto de um


cromossomo – 13, translocado ao braço longo de um cromossomo – 16.

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

O diagnóstico é essencialmente dado pela inspeção do fenótipo, baseado nas


características da síndrome, já citadas. Para a confirmação, é essencial a requisição do
cariótipo e eletroforese para hemoglobinas.

O prognóstico é sempre ruim. O tempo de vida raramente atinge dois anos,


sendo a morte comum, logo após o nascimento ou dentro dos primeiros meses.

Aparentemente, esta síndrome só é encontrada em crianças. Em dezesseis


casos relatados na literatura, verifica-se que 69% morrem na idade de três meses. A
determinação da frequ6encia dessa trissomia é difícil, devido a letalidade precoce sem
identificação da síndrome. Segundo Marden e colaboradores (1964), ela é de 0,2 a 0,4 para
100. Cerca de 40% dos pacientes nasceram de mães com mais de 35 anos.

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CURIOSIDADES

Nos Estados Unidos da América, acredita-se que um em cada mil indivíduos


seja portador de uma translocação equilibrada comprometendo um cromossomo do grupo
D. Nestes casos, a freqüência de prole afetada seria suficientemente grande para justificar
determinação do cariótipo fetal nos países em que tal tipo de investigação é utilizado de
rotina, quando há indicação. A presença de mosaicismo para trissomia 13 já foi verificada
e, nestes casos, o prognóstico de sobrevida pode ser melhor.

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ANEXOS

DISTÚRBIOS DOS AUTOSSOMOS - Trissomia do 13

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Feto. Processo: Trissomia do cromossomo 13 ou
síndrome de
Patau (detalhe da face).

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SÍNDROME DE PATAU
FOTOS (TRANSPARÊNCIAS)

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FOTOS
(TRANSPARÊNCIAS)

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FOTOS
(TRANSPARÊNCIAS)

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FOTOS
(TRANSPARÊNCIAS)

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FOTOS
(TRANSPARÊNCIAS)

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CONCLUSÃO

Ao realizarmos esta pesquisa sobre a síndrome de Patau concluímos que o


fenótipo clínico depende dos pontos de ruptura. O gene do retinoblastoma está em 13q14, e
deleções distais a este ponto não estão sob risco. O diagnóstico não é possível apenas com
o exame fenotípico. A única pista para o diagnóstico numa criança dimórfica com retardo
do desenvolvimento e traços faciais inespecíficos, mas sugestivos de anormalidade
cromossômica, é a hipoclasia dos polegares (como mostra nas fotos em anexo). Os traços
faciais são: trigonocefalia, microcefalia, uma raiz nasal ampla, hipertelorismo e pregas
epicânticas. Está presente algum defeito cardíaco congênito em cerca de metade de todos
os casos, e ocasionalmente tem sido descrito um ânus imperfurado (como foto em anexo).
Comumente o retardo é severo.

Portanto para aspectos genéticos os casos são basicamente esporádicos,


sendo que sempre deverão ser examinados os cromossomos dos pais.

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BIBLIOGRAFIA

1. BARAITSER, Michel & WINTER, Robin M. Atlas colorido de síndrome da


malformação congênita. São Paulo: Manole LTDA, 1998.

2. BEIGUELMAN, Bernardo. Citogenética humana. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 1982.

3. BOLSANELLO, Aurélio. Genética médica prática: Livros técnicos e científicos.


Rio de Janeiro/São Paulo, 1978.

4. CARAKUSHANSKY, Gerson. Doenças genéticas na infância. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1979.

5. LIMA, Celso P. de. Genética humana. 3 ed. São Paulo: Harbra, 1996.

6. SMITH, David W. Síndromes de malformações congênitas. 3 ed. São Paulo:


Mande, 1989.

7. THOMPSON & THOMPSON. Genética médica. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,


1988.

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