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Material organizado para o Seminário de Formação Continuada de Professores: Desafios e

Perspectivas da Secretaria Municipal de Educação de Fazenda Rio Grande.


Realização ICEET- Instituto de Ciência, Educação e Tecnologia

A leitura é uma atividade inerente à condição humana. Paulo


Freire (FREIRE, 2005; p.11) p. afirma que a leitura de mundo
antecede a de palavra, ou seja, desde que nascemos já somos leitores
do mundo e nossas ações decorrem dessa leitura. Ela é muito
importantee para inspirar sentimentos, valores, condutas e a celebração
da própria vida.
Apesar disso, o prazer da leitura não constitui um hábito para
grande parte dos brasileiros. Não se vê pessoaspes lendo. Na maioria das
vezes, o único contato que se tem com os livros l é nas escolas, cuja
leitura é obrigatória e não voluntária. Os jovens têm atravessado os
portões das escolas sem ler e têm tê chegado às universidades tendo lido
apenas resumos dos livros solicitados para o vestibular.
Porém, enquanto professores e formadores
fo de leitores que
somos, é possível acreditar na mudança desse protótipo de leitor.
Se a leitura for trabalhada de uma forma diferente nas escolas,
transformando-aa em momentos agradáveis, nutridos de motivação e
curiosidade, teremos uma prática transformadora e a leitura se
Em plena virada de
tornará imprescindível. milênio, quando o pro-
Para isso, os professores de Língua Portuguesa devem fessor se senta no meio
de um círculo de alunos
trabalhar diariamente
iamente com a literatura,
literatu é através dela que o aluno e narra uma história, na
verdade cumpre um de-
sente, vive e descobre emoções que nem sempre podem ser vividas na sígnio ancestral. Nesse
momento, ocupa o lugar
realidade. A literatura é a ponte entre o real e o imaginário. As do xamã, do bardo celta,
histórias auxiliam as crianças na elaboração
elab de seus sentimentos, já do cigano, do mestre
oriental, daquele que de-
que as emoções experienciadas por meio das narrativas preparam-nas
preparam tém a sabedoria e o
encanto, do porta-voz da
para vivenciarem essas emoções no mundo real, de forma mais ancestralidade e da
sabedoria. Nesse mo-
racional e equilibrada. Ou seja, o ficcional prepara para o real. A mento ele exerce a arte
literatura suscita o imaginário, encanta e deleita o espírito. da memória.
Heloísa Prieto
Nesse sentido, o projeto “Contação de Histórias” H se faz
necessário para estimular a sensibilidade e a imaginação. Numa
sociedade
edade tecnicista, contar histórias é a possibilidade mais libertária
da aprendizagem, por essa razão, como educadores, o ato de contar
histórias é uma postura a assumir.
As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo
e o hábito de ouvi-las las e de contá-las
contá tem inúmeros significados, está Objetivos:
Ampliar o repertório de
interligado ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir histórias;
Construir o hábito de
o outro e de se expressar, à construção de identidade e aos cuidados ouvir e contar histórias;
Experienciar leituras de
afetivos.
fetivos. Assim, além de o professor promover a recuperação das diferentes gêneros
narrativas populares, a contação de histórias assume a literários;
Apropriar-se dos livros
responsabilidade de transmitir a memória coletiva. como objetos culturais.
] Por isso, a proposta desta unidade é a de demonstrar o valor
da contação de histórias, como uma das possibilidades de atuação em
sala de aula, para a formação do leitor.
Cabe, a você, professor, com sua capacidade, experiência e
entusiasmo, dar vida a esse material, enriquecendo e construindo
uma nova realidade escolar.

A importância da leitura
A leitura exerce um importante papel no desenvolvimento
intelectual, crítico e criativo do aluno, promovendo as suas
potencialidades, tanto no que se refere ao rendimento escolar,
quanto no que tange à construção de sua personalidade. Sobre isso,
Bamberger afirma que a “leitura é um dos meios mais eficazes de
desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.
Trabalhar com a linguagem é trabalhar com o homem. ” 1
Quando o ser humano experimenta a leitura, ele executa um
ato de compreender o mundo, pois ler é, antes de tudo,
compreender e compreender é ser. Portanto, ler o mundo é
assumir-se como sujeito da própria história. É ter consciência dos
processos que interferem na sua existência como ser social e
político. É imprescindível, portanto, que os diversos segmentos da
sociedade convençam-se da importância da leitura e,
conseqüentemente, da escrita, conforme Gadotti:
o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir
sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a
vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita
são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome
ou assiná-lo na Carteira Profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros
na fábrica como ‘perigo’, ‘atenção’ , ‘cuidado’, para que ele não
provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão, não é
suficiente.2

Dessa forma, faz-se necessário que nos conscientizemos,


enquanto educadores, da responsabilidade diante da importância
da leitura para a vida individual, social e cultural do educando. A
escola deve valorizar o livro, não como algo para ser guardado na
estante, mas para ser lido. É também dever da escola indicar
diretrizes e incentivar a prática da leitura. Segundo Ziraldo: “... a
tônica da escola deveria ser a leitura, num trabalho que fizesse do
hábito de ler uma coisa tão importante quanto respirar.” 3
1
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Abril, 1995. p.13.
2
GADOTTI, Moacir. O que é ler? Leitura: teoria e prática. Porto Alegre: Mercado
Aberto, p.17, nov.1982.
3
ZIRALDO. A escola não está preparada para a mágica da leitura. Nova Escola,
/fundação Victor Civita, nº. 25, p.27, out. 1988.
A Contação de histórias como promoção de leitura
Ouvir alguém contar histórias na infância é muito
importante para a formação do homem, é o início da
aprendizagem de ser leitor, e ser leitor é compreender não só as
histórias escritas como os acontecimentos do seu cotidiano.
Inicialmente, o contato da criança com o texto acontece
oralmente, através da voz de algum familiar contando histórias,
pois, historicamente, as crianças e jovens aprendiam com as
histórias vividas e contadas por seus pais, avós e parentes que
compartilhavam suas experiências pela coletividade.
Mudam os tempos, mudam os costumes. Atualmente,
poucas famílias têm o hábito de contar histórias para as crianças
na hora de dormir, essa atividade foi dando lugar a outros
interesses. Para quem ficou, então, a função de provocar a
imaginação infantil? Acreditamos que cabe à escola tomar para si a
função de resgatar esses momentos tão importantes na vida do ser
humano, a prática mais prazerosa e usada entre as pessoas: o ato ... como é importante para a
formação de qualquer cri-
de contar e ouvir histórias. ança ouvir muitas histórias.
Escutá-las é o início da
Contar histórias lidas, ouvidas, imaginadas, histórias de aprendizagem para ser leitor
é ter um caminho abso-
contos de fada, de terror, de suspense etc. Enfim, todas essas lutamente infinito de desço-
formas de comunicação sempre estiveram presentes na vida e na bertas e de compreensão do
mundo.
lembrança de qualquer pessoa, e nas crianças, mais ainda, pois para Fanny Abramovich

elas é imprescindível contar suas descobertas.


Ao contar histórias o professor estabelece com o aluno um
clima de cumplicidade que os remete à época dos antigos
contadores que, ao redor do fogo, contavam a uma platéia atenta
as histórias, costumes e valores do seu povo. A platéia não se reúne
mais em volta do fogo e do contador de histórias, mas, nas escolas,
esse papel é dos professores, elos entre o aluno e o livro. A
contação de histórias é um momento mágico, que envolve a todos
que participam desse instante de fantasia.
Depois de ouvir uma história, o aluno quer prolongar o
prazer e a reação dele é de pedir para ver o livro, momento
propício para a promoção do encontro que conduzirá o aluno ao
prazer da leitura.
O ato de contar histórias é próprio do ser humano, e o
professor pode apropriar-se dessas características e transformar a
contação em um importantíssimo recurso de formação do leitor.
A contação de histórias
histórias na escola
A arte de contar histórias desperta no ouvinte a imaginação,
a emoção e o fascínio da escrita e da leitura. Contar histórias em
sala de aula é o laço que une o aluno ao livro, é através da narração
que podemos fazer nascer no ouvinte o desejo de ouvir, ler e
descobrir outras histórias.
Apesar disso, há uma ausência total ou quase total da
prática de contar histórias na sala de aula ou na escola. Talvez essa
ausência seja característica da idéia de que na escola a leitura deva
ser somente aquela capaz de instrumentalizar o aluno para a vida
futura, oferecendo-lhes condições de lutar por condições mais
dignas. Com esse caráter utilitário, a escola exige uma leitura com
vistas quase sempre à avaliação.
Se, por um lado, a escola lança mão de várias estratégias
para fazer o aluno ler e escrever – provas, testes, questionários,
interpretações de textos – por outro despreza a contação de
histórias como uma ferramenta valiosa no estímulo à leitura e à
escrita. Bajard diz que: “às vezes, a expressão escrita da criança é
alimentada pelas histórias contadas sistematicamente pelo
professor”. 4
O professor pode até saber disso, mas ao analisarmos o
espaço que a narrativa ocupa na sala de aula, como fonte de prazer
e troca de experiências na vida dos alunos, é necessário considerar
que o professor não pode se constituir narrador se ele próprio não
encontra prazer em narrar. Para isso, ele deve reconhecer a
importância de trocar as suas experiências com as dos alunos, já
que narrar é disponibilizar experiências. Benjamin salienta que ”O
narrador retira da experiência o que ele conta: sua própria
experiência ou a relatada pelos outros. E incorpora as coisas
narradas à experiência dos seus ouvintes.” 5
Outro ponto importante sobre o porquê dessa prática não
ser comum na sala de aula são as condições institucionais que
podem impedir um trabalho diferenciado com a leitura, visto que a
contação de histórias foge ao padrão das avaliações.
Não se podem mensurar notas, conceitos quando contamos
ou ouvimos uma história, e a escola tem dificuldades em trabalhar
com aquilo que não se pode avaliar. Tal dificuldade é apresentada
até mesmo com a literatura que perde o seu caráter estético, pois o
livro de literatura se transforma em uma ferramenta de avaliação,
fazendo com que o prazer e o deleite da leitura se evaporem com a
avaliação.
Assim, é evidente que o fracasso escolar referente ao
desenvolvimento pelo gosto da leitura e formação de leitores recai
sobre a forma como o professor está trabalhando a relação do livro
com o aluno, visto a literatura não estar recebendo o estímulo
adequado. A contação de histórias deve ser uma alternativa para
que os alunos tenham uma experiência positiva com a leitura, e não
uma tarefa rotineira escolar que transforma a leitura e a literatura
em simples instrumentos de avaliação, afastando o aluno do prazer
de ler. "Porque para formar grandes leitores, leitores críticos, não
4
BAJARD, Elie. Afinal, onde está a leitura? Cadernos de Pesquisa. São Paulo. Nº33,
novembro 1992.p.13.
5
BENJAMIN, Walter. O Narrador. In: Magia e Técnica, arte e política. Ensaios sobre
Literatura e histórias da cultura. Obras escolhidas, v.1. São Paulo: Brasiliense, 1994. Pg.
201.
basta ensinar a ler. É preciso ensinar a gostar de ler. [...] com
prazer, isto é possível, e mais fácil do que parece."6 (VILLARDI)
Por isso, a contação de histórias surge como uma fonte
inesgotável de prazer, conhecimento e emoção; orientando
educadores para o desenvolvimento de uma prática pedagógica
transformadora no ambiente escolar, onde o lúdico e o prazer
sejam eixos condutores no estímulo à leitura e na formação de
alunos leitores.
Além disso, contar histórias é revelar segredos, é seduzir o
ouvinte e convidá-lo a se apaixonar... pela história... pela leitura.
Contar histórias é a mais antiga das artes
Contar histórias é a mais antiga das artes. Nas sociedades
primitivas esta atividade tinha um caráter funcional decisivo,os Ao contar histórias atingimos
não apenas o plano prático,
contadores eram os que conservavam e difundiam a história e o mas também o nível do
pensa-mento, e, sobretudo,
conhecimento acumulado pelas gerações. Durante séculos, essa as dimensões do mítico-
cultura se manteve sem a escrita, mas na memória viva. simbólico e do mistério.
Assim, conto histórias para
Transmitidos de geração em geração, os contos de tradição oral formar leitores; para fazer da
diversidade cultural um fato;
viajaram do oriente para o ocidente. valorizar as etnias; manter a
Com a invenção da imprensa, os livros e jornais se História viva; para se sentir
vivo; para encantar e
tornaram grandes agentes culturais dos povos. Os velhos sensibilizar o ouvinte; para
estimular o imaginário;
contadores ficaram para trás, mas os contos tradicionais se articular o sensível; tocar o
coração; alimentar o espírito;
incorporaram definitivamente em nossa cultura. Os Irmãos Grimm resgatar significados para
e Perrault coletaram e registraram os contos colhidos da boca do nossa existência e reativar o
sagrado.
povo, permitindo que chegassem até nossos dias. Assim, as
Cléo Busatto
histórias ganharam a nossa casa, através da agradável voz de nossa
avó ou mãe.
Atualmente, muita coisa mudou. Os valores não são mais os
mesmos. Com os avanços tecnológicos da sociedade
contemporânea, as pessoas preferem a televisão, o vídeo game e o
computador ao livro. Mas o fascínio que as histórias exercem
sobre o homem não mudou, pois quando se conta uma história Funções da Contação
lança-se um fio invisível que vai enredando o narrador ao ouvinte,
- desenvolver o imaginá-
pelas tênues tramas da narração. rio do ouvinte;
Dessa forma, utilizar a contação em sala de aula faz com - transmitir e preservar a
narração;
que todos saiam ganhando, seja aluno, que será instigado a - incentivar a leitura;
- provocar a interação
imaginar e criar, seja o professor, que ministrará uma aula muito entre pessoas;
- ensinar;
mais agradável e produtiva e alcançará o objetivo pretendido: a - entreter o contador e o
aprendizagem significativa. ouvinte;
- desenvolver a oralidade.
Além disso, é possível acreditar que a contação de
Marta Morais da Costa
histórias é um importante instrumento para formar leitores. Daniel
Pennac7, no livro Como um romance, salienta suas próprias
convicções de professor que sabe formar leitores:

6
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler - formando leitores para a vida
inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1997. Pg. 2
7
PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
Mas ler em voz alta não é suficiente, é preciso contar também,
oferecer nossos tesouros, desembrulhá-los na praia ignorante.
Escutem, escutem e vejam como é bom ouvir uma história. Não há
melhor maneira de abrir o apetite de um leitor do que lhe dar de
farejar uma orgia de leitura.

Inúmeras são as possibilidades que o uso da contação de


histórias em sala de aula propicia. Além de as histórias divertirem,
elas atingem outros objetivos, como educar, instruir, socializar,
desenvolver a inteligência e a sensibilidade.
Portanto, contar histórias é saber criar um ambiente de
encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e
personagens ganham vida transformando tanto narrador como
ouvinte.
O ato de contar histórias deve impregnar todos os
sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo na
trajetória de cada um.
Para ser um contador de histórias, não é necessário ter
dom, mas é necessário ter sensibilidade e poder de encantamento. O bom contador deve:
Dessa forma, a grande dica para ser um bom contador é ler - manter o rumo da história;
muito (livros, pessoas, acontecimentos, o mundo). O contador - manter fidelidade ao tex to
na reprodução;
tem que ter paixão ao contar e, para isso, é necessário escolher - evitar o moralismo explí-
cito;
histórias de que realmente gostou, a fim de transmiti-la com - usar e fazer usar a sensibi-
prazer, já que só haverá sucesso na contação com aquela história dade e a razão;
- aprimorar as técnicas de
que amou e que despertou a sensibilidade. contação (voz, gestos,
entonação, dicção, res-
E não se pode contar de qualquer jeito, pegando um livro piração, ritmo e postura
corporal)
qualquer, sem conhecê-lo. É preciso conhecer muito bem a - ler, ler e ler.
história, pois só se conta uma história depois de tê-la estudado e Marta Morais da Costa

ter domínio completo sobre o texto, sem tropeçar nas palavras ou


esquecer acontecimentos importantes. Isso não significa apenas
decorar a história, é preciso memorizá-la, compreendê-la, guardar
a seqüência dos fatos e saber transmitir toda emoção no momento
exato, tornando-a apaixonante.
O contador tem que fazer o ouvinte acreditar naquilo que
está sendo contado, por mais irreal que pareça, tem que passar 1. Escolher histórias que gos-
te muito e desejar contar.
credibilidade.
Assim, o narrador não pode contar uma história de forma 2. Leia essa história muitas
vezes.
mecânica, apenas repetindo-a, sem emoção. Os fatos têm que
3. Feche os olhos, imagine o
brotar dos lábios com convicção, expressividade e naturalidade. cenário, os personagens e
o tempo.
Contar com naturalidade é contar sem afetação, de forma
clara, audível e agradável, sem impostar a voz ou falar em falsetes. 4. Pense na voz escolhida pa-
ra o narrador e persona-
É saber dar as pausas, o tempo para o imaginário de cada pessoa gens da história

construir um cenário, visualizar os seus monstros, criar os seus 5. Execute o seu poder de
concentração.
dragões. Implica também em usar gestos comedidos, equilibrados,
sem exagerá-los. O contador não é um ator teatral. Ele não se 6. Escolha a sua forma de
memorizar.
agita, não fica balançando ou andando de um lado para outro,
7.Conte para alguém antes de
senão os ouvintes não saberão em que prestar a atenção, se ao contar pra todo mundo.
contador que se movimenta de um lado para outro, se à história 8. Cuidado com sua postura
que está sendo narrada. Afinal, o uso da palavra é que deve seduzir E vício de linguagem.

o ouvinte. 9- Olhe para todos. O olho


diz muita coisa.
Além da palavra, o olhar é um vínculo fundamental de
ligação entre o narrador e o público. O contador deve sempre Lúcia Fidalgo

estabelecer contato visual com o ouvinte, pois isso cria uma


cumplicidade entre eles e uma certa naturalidade na emissão da
voz, além de auxiliá-lo a perceber se a história está agradando ou
não.
O critério de escolher uma história também é importante,
tem que se levar em conta a qualidade literária do texto, pois
somente uma boa história agradará a todos. Faz-se necessário,
ainda, variar o repertório, abrir espaço para o humor, o suspense,
o lúdico, o poético, etc. E nunca escolher uma história como
forma de pretexto para estudo de determinados conteúdos, lições
de moral ou para correção de comportamentos. A contação ocupa
na escola um espaço lúdico, de encantamento e de prazer, e nesse
espaço não pode haver cobranças, notas ou didatismo.
Estratégias para a contação:
1- ENVOLVIMENTO DO LEITOR

Para se contar uma história em sala de aula é necessário que


o professor conte-a de uma forma especial, com uma postura
diferente de como os alunos o vêem diariamente. Se for contá-la
de memória, tanto melhor, mas se optar por usar o livro na mão, a
história tem que ser conhecida, demonstrando que está
familiarizado com ela, que a estudou para que a narrativa não fique
comprometida.
Seleção de Textos

2 - CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE TEXTOS - escolher com conhecimento;


- escolher com sensibilidade;
- adequar às circunstâncias
(ambiente, público, momento,
A história escolhida deve despertar a sensibilidade de quem condição física);
conta. É importante também escolher uma história de acordo com - evitar o preconceito e o
moralismo;
os interesses do aluno ou que desperte a sua curiosidade, sem - buscar o olhar e a perspectiva
do ouvinte;
deixar de observar a construção do texto e se ele apresenta - apresentar-se com naturalidade.
características que o tornam um texto literário. O repertório deverá Marta Morais da Costa
ser formado por diferentes histórias, populares ou autorais, que
deverão ser escolhidas entre os diversos gêneros literários, como o
conto, as fábulas, os mitos, as lendas, os poemas narrativos etc.
3 - ESTUDOS DA HISTÓRIA

Após ter escolhido a história, é hora de prepará-la. Isso


significa ler, ler e ler muitas vezes o texto, observando seus
detalhes, compreendendo o texto, para transmitir tudo isso ao
ouvinte.
Mas também é necessário que o contador identifique os
elementos essenciais que compõem o texto - a introdução, o
desenvolvimento, o clímax e o desfecho -, a fim de poder revelar
O professor poderá também
seus pontos emocionantes na narrativa, destacando o suspense com utilizar “senhas” para iniciar
pausas, sabendo utilizar adequadamente o silêncio, colocando o ou terminar a história. Como
por exemplo:
ritmo adequado a cada uma das partes de forma que a narrativa Início:
“ Era uma vez...”
não se torne enfadonha, cansativa ou rápida demais. “ Há muito tempo atrás...”
“Num reino muito distante...
Não se pode esquecer que a voz é um dos itens
fundamentais do contador, por isso deve-se falar com clareza, Término:
“ Entrou por uma porta
tornando expressivo o que se diz, sem impostação de voz, a não ser Saiu pela outra
Quem quiser que conte ou-
que seja bem ensaiado e o professor esteja seguro para fazê-lo. tra”
Assim como a voz, a postura do corpo e os gestos devem “Entrou por um pé de pinto
ser equilibrados. Se exagerar nos gestos, sem um objetivo definido, Saiu por um pé de pato
Quem quiser que conte
quando precisar fazê-lo para enfatizar algo, não será notado. Os quatro.”
gestos, quando introduzidos no momento certo, enriquecem a
narrativa, tornando-a mais dinâmica.
4- A CONTAÇÃO

Depois de ter estudado a história, preparado-a, finalmente é


o momento de contá-la. É a hora de presentear os alunos com a
magia que as histórias têm. Mas, não se pode esquecer nesse
momento que, além da voz, dos gestos e da postura, o olhar é
essencial. O olhar é o elo de ligação entre contador e ouvinte.
Porém, esse olhar tem que ser “olho no olho”, sem artificialismo,
sem fingir que está olhando, senão isso em vez de aproximar o
ouvinte, vai afastá-lo. Também é necessário que o contador não
fixe o olhar apenas em um expectador, isso pode deixá-lo
incomodado e dar a impressão que você está contando a história
apenas a essa pessoa, deve-se distribuir o olhar para todos
igualmente.
Deve-se também manter a tranqüilidade, nervosismo não
ajuda em nada, por isso respire fundo e concentre-se. Afinal, tudo
foi planejado e você está fazendo algo que te dá prazer.
Não caia no erro de tentar explicar uma palavra durante a
narrativa, ou sentir-se obrigado em facilitar a linguagem, ou trocá-
la porque acha que os seus alunos não entenderam esta ou aquela.
Também não é necessário explicar uma história. Uma O conto de fadas jamais
deverá ser explicado ou
história não se explica, sente-se. Não quebre essa magia tentando compreendido pelo adulto,
em relação à criança,
transformar a contação em uma interpretação textual. posto que isto o destruiria na
imaginação desta, impedin-
do a estória de efetivamen-
5- O DEPOIS te colaborar no seu desen-
volvimento.
Bruno Bettelheim

Ao terminar a contação, o professor deverá mostrar o livro


onde se encontra a história, pois se o aluno gostou de ouvi-la, ele
irá querer prolongar esse prazer e a reação dele é de pedir para ver
o livro, esse é o instante de o professor promover o encontro entre
o aluno e o livro.
Em hipótese alguma transforme esse espaço, que é de
fruição, em cobrança de tarefa ou utilize a história como um
-Utilizar a contação de
pretexto para ensinar gramática ou outro conteúdo. histórias como valioso
Essas são algumas dicas para auxiliá-lo como contador de recurso na formação do ser
humano;
histórias, já que todo professor tem um contador dentro de si, é só -Formar professores
conta dores de histórias;
trazê-lo à tona, por isso a chave para descobrir isso é tentando! -Estabelecer critérios para
a seleção de um acervo de
textos e de livros que
6- PASSANDO A LIMPO primem
qualidade
pela
temática
boa
e
composicional exigida
pelos diferentes gêneros
A contação de histórias na sala de aula é uma ferramenta textuais;
-Contribuir com a amplia-
que o professor pode dispor para o estímulo à leitura e à ção do repertório de textos
aproximação do aluno com o livro de maneira prazerosa e e livros
professor;
literários do

eficiente. -Melhorar o desempenho


dos professores em sala de
Porém, vale lembrar que o professor é modelo para seus aula.
educandos. Por isso, só se conseguirá atingir o objetivo de formar
alunos leitores se o professor for realmente um leitor, se ele falar
constantemente de suas leituras com entusiasmo, dos livros que o
comoveram, indicar textos interessantes e que agucem a
curiosidade. Só assim, ele conseguirá tornar seus alunos
apaixonados pela leitura, em especial pela literatura.
O professor deve também valorizar a relação com o livro de
contos populares e autorais como fonte de inspiração que difunda,
pela prática, a leitura diária e, conseqüentemente, intimidade com
a literatura. É preciso, ainda, incentivar o uso de bibliotecas e,
sempre que possível, promover visitas a bibliotecas públicas e
organizar uma biblioteca de classe.
Além disso, os alunos devem estar envolvidos em situações
cotidianas de leitura de bons textos literários.

ATIVIDADESS
ATIVIDADE

1- História que a família conta


Organize um livro de contos com as história de famílias de seus
alunos.

2- A contação A Roda de História é


Selecione as histórias que seus alunos mais gostam de ouvir e uma atividade em que
sugere-se que os
ensine-os a contá-las. participantes sentem-se
em círculo e cada um
conta uma história ou faz
um relato pessoa.l

3- Roda d e História
Estabeleça a “Roda de Histórias” em sua classe.

4- Histórias de Tradição Oral


Pesquise diferentes histórias de tradição oral. Leia ou conte-as à
classe.

5- Salada de histórias:
Criar uma história em que entrem partes de três ou quatro
histórias diferentes. Ler o resultado para eles.
Exemplo de Passa e
Repassa
1º da roda: “Era uma vez
6- Passa e Repassa um rei que tinha uma
filha.”
Forma-se uma roda, o professor entra no meio com uma bolinha 2º da roda: “ filha do rei
na mão. O aluno a quem ele entregar a bolinha, deverá dizer uma era uma moça muito
esperta e geniosa. (e
frase para dar início a uma história. Passa a bolinha para outro assim sucessivamente)
colega e assim por diante, até que o final da história aconteça
quando o último da roda receber a bolinha.
7- Dia do Contador:
Programe o “Dia do Contador” em sua escola. Peça para alguém
da comunidade vir contar algumas histórias de tradição oral aos
seus alunos.

8- História dos Nomes:


Pedir para que cada aluno conte o porquê do seu nome. Qual é a
história dele? Ou, leve um dicionário de nomes e peça aos alunos
que pesquisem a origem de seu nome.

9- Aulas do conto
Estabeleça uma aula no mês ou no bimestre, para os alunos que
desejam ler ou contar histórias.
A Colcha Colorida da Memória
Aspectos a serem trabalhados: expressão oral, expansão de idéias
Aulas nº. 1 - A colcha colorida da memória.
• Sentar com os alunos, formando um círculo;
• Contar a história: A moça tecelã, de Marina Colassanti;
• Comentar com os alunos, que as cores pode lembrar
emoções, fatos, cheiros...
• Perguntar aos alunos: Qual é a cor do cheiro da chuva?
Qual a cor do calor? Qual da cor da alegria? Qual a cor do
som de sinos bimbalhando? Qual a cor dos raios no céu de
chuva?...
• Colocar novelos de várias cores no centro do círculo e
pedir que peguem cores referentes a lembranças de coisas
acontecidas na vida deles.
• Pedir que contem as histórias que lembram e, ao final de
cada uma, amarrem o fio à história que será contada na
seqüência.
Nesse momento, você estará
observando as dificuldades dos alunos
com relação à oralidade.
oralidade Cores que remetem
A imagens, sons,
Aula nº. 2 – Tecendo a colcha. cheiros etc.
• Nessa aula, os alunos trazem escritas, as histórias que
contaram na sala e desenham, na folha, a emoção mais
forte da narrativa. Ao terminar o desenho, colocar o nome
da história e do autor.
• O professor estende papel tigre no chão da sala e os alunos
vão colando as histórias escritas e desenhadas, da forma
que acharem melhor.
• Ao final, a colcha da memória estará pronta para ser
exposta em uma das paredes da sala.
• Trabalhando com várias turmas, os alunos poderão trocar
visitas e lembranças, enriquecendo seu repertório e
coletivizando a emoção.
Essa criação deve ser apreciada pela
classe toda. Os alunos devem
analisar se as histórias e os desenhos
feitos para expressar este ou aquele
sentimento realmente provocaram
tal efeito.
Aspectos a serem trabalhados:
contos literário de tradição oral, expressão oral e técnicas de contação

1ª Aula - Envolvimento

• Converse com os alunos sobre o ato de ouvir e contar histórias e


explique o que é tradição oral. Fale sobre as histórias que são
transmitidas de pais para filhos, pela tradição oral.

• Desperte a curiosidade dos alunos, promovendo uma conversa


sobre histórias de pessoas que tentaram ludibriar a morte. Aguce
a curiosidade dos alunos falando sobre esse tema.

• Conte a história “O Compadre da Morte” de Câmara Cascudo.

• Estimule os alunos para que comentem sobre a história ouvida,


como a parte que mais chamou a atenção, que outro final dariam
a história, se já tinham ouvido uma história semelhante e
engraçada...

• Momento livre para que os alunos também tenham a


oportunidade de contar suas histórias.

Nesse momento, você estará observando


os conhecimentos dos alunos sobre as Sites:
narrativas de tradição oral por meio dos .Câmara Cascudo:
seus comentários. http://memoriaviva.
digi.com.br/cascudo/
2ª aula-
aula- Exploração .Ricardo Azevedo:
www.ricardoazevedo.
• Atividade complementar - trabalho na sala de informática. com.br/
Visitar os sites de Câmara Cascudo e do Ricardo Azevedo para
conhecer outros contos de enganar a morte.
Verifique se os alunos atenderam à
solicitação do professor, conhecendo
outros contos e outros escritores através
da internet.

3ª aula:-
aula:- Explicação

• Sente-se com os alunos, formando um círculo e proponha que


eles leiam um trecho do conto “O Compadre da Morte”. Em
seguida, mostre as partes essenciais do texto, aquelas que não
podem ser retiradas para que o texto tenha seqüência lógica.
O Compadre da Morte

Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos
que não achava mais quem fosse seu compadre. Nascendo mais um
filhinho, saiu procurar quem o apadrinhasse e, depois de muito
andar encontrou a Morte, a quem convidou. A Morte aceitou e
foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram
para casa e a madrinha disse ao compadre:
- Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e
penso que é melhor enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje
em diante e nunca errará no que disser. Quando for visitar um
doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do enfermo,
receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não
faça nada porque é um caso perdido.
O homem assim fez. [...]
CASCUDO, 2003, p.312.

• Solicite que um aluno fique no meio do círculo e, sem olhar o


texto, conte-o de memória. Esse momento é importante para Não é recomendável:

você dar algumas sugestões de técnica de contação de história a - Fingir que olha, olhar para
o chão, para o teto, por
eles. cima das cabeças;

- vícios de linguagem: aí,


 Observe e comente se o aprendiz está gesticulando né, então,...
demais, ou se a sua mão está presa em alguma coisa - expressar o erro pedindo
(mãos no bolso, braços cruzados etc) desculpas, fazendo comen-
tários acerca do erro da
 Peça ao aluno contar a história olhando para todos os troca ou falha de memória;
componentes do círculo, evitando olhar para o chão ou - andar sem parar, de um
outro ponto qualquer. lado para o outro, em
círculos etc;
 Chame a atenção para os vícios de linguagem que devem
ser evitados. - contar toda a história
com o mesmo tom;
 Diga que a voz deve ser clara, as palavras bem articuladas
- falar ininterruptamente;
e que ele não pode correr demais com a história ou falar - usar o mesmo ritmo do
muito devagar. início ao fim.

 Principalmente, que o contador demonstre aos ouvintes Celso Sisto


alegria e prazer na hora da contação.
• Após todas essas observações e comentários, peça que o aluno
reconte o trecho da história percebendo os seus avanços.
• Solicite a outro aluno que entre no círculo para recontar aquele
trecho da história ( assim, sucessivamente).
Esse momento é muito importante
para você observar a performance do
seu aluno, por isso dê dicas, corrija
seus erros e ajude-
ajude-os nas suas
dificuldades, mas sem constrangê-
constrangê-lo.
Apresente também
também os seus progressos,
progressos,
mesmo que sejam mínimos. Esse
estímulo é fundamental para
avançarem em sua aprendizagem.

4ª aula: Elaboração

• Organize os alunos em grupos.

• Distribua 3 ou 4 livros para cada equipe e peça que pesquisem e


selecione um conto de sua preferência.

Houve participação dos alunos?


Nota:
5ª aula: Avaliação Para que todos
tenham oportunidade
• Após a escolha e estudo do texto, um componente da equipe, de contar suas his-
tórias a 5º etapa po-
contará a história escolhida aos colegas da turma. derá se estender
pelo transcorrer do
semestre.
Houve avanço em relação à expressão
oral e leitura dos alunos?
Livros
BUSATTTO, Cléo. Contar
e encantar: pequenos segredos da
narrativa. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
COELHO, Betty. Contar histórias uma arte
sem idade.2ª ed.São Paulo: Ática, 1989. COSTA,
Marta M.Eu me lembro de outra.In:BAKKER FILHO,
Filmes
João P. (org.) É permitido colher flores? Curitiba:
Editora Champagnat, 2000. MACHADO, Regina.
Narradores de Javé,
Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de
um filme sobre memória, His-
contar histórias. II. Luiz Monforte. São Paulo:DCL,
tória e exclusão. Direção: Eliane
2004. MATOS, Gislayne Avelar & SORSY, Inno.
Caffé, 2004, Brasil.Forrest Gump-
O ofício do contador de histórias. São Paulo:
O contador de Histórias. Gênero
Martins Fontes, 2005. PRIETO, Heloísa.
drama. Direção: Robert Zemeckis,
Quer ouvir uma história? Lendas e mitos
1994, EUA. Peixe Grande e suas
do mundo da criança. São Paulo:
histórias maravlhosas. Gênero Co-
Angra, 1999.
média dramática. Direção: Tim
Burton, duração: 125 min.
2003, EUA.

Sites

www.canaldolivro.com.br

www.institutoletraviva.com.br

www.casadocontadordehistórias.or.br

www.sobresites.com/literaturajuvenil
www.casadaleitura.com.br

www.docedeletra.com.br

www.releituras.com
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil- Infantil- Gostosuras e Bobices.
São Paulo: Scipione, 1989.
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São
Paulo: Abril, 1995.
BENJAMIN, Walter. O Narrador. In: Magia e Técnica, arte e política.
Ensaios sobre Literatura e histórias da cultura.
cultura. Obras escolhidas, V.1.
São Paulo: Brasiliense, 1994.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo:
Paz e Terra, 1980.
BUSATTO, Cléo. Contar e Encantar: Pequenos segredos da narrativa.
São Paulo: Vozes, 2003.
CASCUDO, Luís da C. Contos Tradicionais do Brasil. 12. ed. São
Paulo: Global, 2003.
COELHO, Betty. Contar histórias; uma arte sem idade. idade. 10. ed. São
Paulo: Ática, 2006.
COSTA, Marta M. da. Literatura Infantil IESDE BRASIL S.A
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2005.
GADOTTI, Moacir. O que é ler? Leitura: teoria e prática. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1982.
MARIA, Luzia de. Leitura & Colheita: livros, leitura e formação de
leitores. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares
de Língua Portuguesa para
para a Educação Básica. Curitiba: Seed, 2006.
PRIETO, Heloísa. Quer ouvir uma história: Lendas e mitos no mundo
da criança. São Paulo: Angra, 1999. Col. Jovem Século XXI
SISTO, Celso. Texto e pretexto sobre a arte de contar histórias. 2. ed.
Curitiba: Positivo, 2005.
TAHAN, Malba. A arte de ler e de contar histórias.
histórias Rio de Janeiro:
Conquista, 1957.
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler - formando leitores
para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 8. ed. São
Paulo: Global, 1994.
ZILBERMAN, Regina. SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura -
Perspectivas Interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.
ZIRALDO. A escola não está preparada para a mágica da leitura. Nova
Escola, fundação Victor Civita, nº. 25, out. 1988.

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