Módulo IV - Atividade 3 - Dir.

Penal e Processual Penal

Aluno: Katia de J. Cavalcante
Garantias Constitucionais e a CIDH
O advento da concepção contemporânea de direitos humanos teve início através da Declaração Universal de
1848, a qual possibilitou o desenvolvimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos. A concepção
contemporânea dos direitos humanos é caracterizada pela universalidade porque confere aos indivíduos a
proteção dos seus direitos em qualquer lugar em que se encontre, como também pela indivisibilidade, pelo
fato de não haver prevalência entre os direitos existentes.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, sendo
somente um reconhecimento universal dos direitos humanos fundamentais que devem ser seguidos por
todos, transcendendo os limites domésticos pelo consentimento e submissão dos Estados ao controle da
Comunidade Internacional. No Ocidente foram constituídos sistemas regionais de proteção dos direitos
humanos, sendo os mais evoluídos o sistema europeu e o interamericano.
O sistema interamericano compõe-se basicamente por quatro principais instrumentos que são: a Carta da
OEA (1948); a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948); a Convenção Americana
sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de São José da Costa Rica (1969); e o Protocolo Adicional à
Convenção Americana em Matéria de Direitos Econômicos Sociais e Culturais, conhecido como Protocolo
de San Salvador (1988). A Comissão Interamericana de Direitos Humanos foi criada em 1959, antes da
Convenção, como alternativa de cunho transitório para suprir a inexistência de um tratado efetivo na
proteção regional dos Direitos Humanos.
A competência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos abrange todos os Estados-partes da
Convenção Americana em relação aos Direitos Humanos nela situados. Assim como todos os Estados
membros da OEA em relação aos direitos elencados na Declaração Americana de 1848. A CIDH é composta
por sete membros eleitos pela Assembléia Geral através de lista tríplice indicada pelos Estados partes da
OEA, por um período de quatro anos, podendo ser eleito por mais um período subsequente, sendo uma das
principais competências a de examinar as comunicações de indivíduos ou grupos de indivíduos ou ainda, de
entidade não-governamental concernentes a violação de Direitos Humanos constantes na Convenção
Americana por Estado que dela seja parte.