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Meu Mestre Minha Vida

“Este lugar merece o que recebe.”

“Se vocês, estudantes, não tiverem sucesso na vida, eu


quero que culpem a si próprios.”

“Esqueçam o conceito de democracia. Estamos em um


estado de emergência.”

“O lugar das crianças é na escola, não nas ruas.” (Mãe


em assembléia)

“Respeito próprio permeia cada aspecto de suas


vidas.”

“Se não respeitam a vocês mesmos, ninguém os


respeitarão.”

“É hora de se envolver.”
Aspectos observados para discussão:

• A presença do lúdico e a preocupação com o


desempenho dos alunos

• Autonomia e postura do professor

• O papel social da escola para a prefeitura,


professores, pais e alunos

• Racismo

• Influência da política no contexto escolar

• Aspecto socioeconômico do corpo discente

• Autonomia e postura do diretor

• Ambientalismo x Inatismo

• Autoritarismo sim ou não? E por que ele o


utilizou?

• Cultura e desenvolvimento no ensino


Sinopse
O filme é baseado em uma história real, que mostra a triste realidade da escola Eastside
de New Jersey para negros em 1987, que passou por um processo de decadência após ser
considerada uma boa escola há vinte anos atrás.
A história destaca a vida do professor Joe Clark, transferido da escola em 1967, por
trabalhar com métodos inovadores que desagradavam à diretoria que considerava que o
sucesso da escola acontecia graças à existência de métodos conservadores de
aprendizagem, além da ideologia que Joe Clark seguia.
Após a saída de Joe Clark e, com o aparecimento de novas drogas e a aproximação da
população com a violência, a Eastside entra em um processo de decaimento na qualidade
do ensino prestado.
Em 1987, após inúmeras tentativas frustradas de recuperar o sistema do colégio, os
governantes se vêm obrigados a pedir pela volta de Joe Clark, mas dessa vez, com diretor
da escola.
O novo diretor entra no colégio e, junto com ele, uma metodologia totalmente contrária
da que ele pregava, pois, após sua volta, o diretor utiliza-se de métodos conservadores com
um forte autoritarismo, mas que visavam a recuperação da instituição.

Aspectos observados para discussão

• A presença do lúdico e a preocupação com o desempenho dos alunos


• Autonomia e postura do professor
• O papel social da escola para a prefeitura, professores, pais e alunos
• Racismo
• Influência da política no contexto escolar
• Aspecto socioeconômico do corpo discente
• Autonomia e postura do diretor
• Ambientalismo x Inatismo
• Autoritarismo sim ou não? E por que ele o utilizou?
• Cultura e desenvolvimento no ensino
Discussão
Em 1967, o professor apresenta um perfil de educador que se preocupava com o efetivo
aprendizado dos alunos, estimulando a busca do conhecimento a partir da utilização do
lúdico e, assim, ensinava de forma mais intensa. O lúdico é uma forma de ensinar muito
debatida e propagada, principalmente por estudiosos como a Solange Jobim, em seu livro
“Infância: fios e desafios da pesquisa” , o qual ela cita “Quando a criança lida com a
linguagem lúdica ela rompe com as formas fossilizadas e cristalizadas de seu uso
cotidiano” (ver página 48).
Ao se fazer a gincana, o professor além de trabalhar o conteúdo que ele leciona, ele
pôde trabalhar conceitos de equipe e de companheirismo. O professor não se preocupou
somente em conseguir passar o conteúdo, mas ele ser absorvido da melhor forma pelos
alunos, a preocupação acerca do aprendizado do aluno é explícita. E é essa preocupação
que deve ser trabalhada com os futuros profissionais da educação, não fazer somente o
aluno te ouvir, mas fazer o aluno refletir acerca do que foi ensinado e, criar portanto,
pessoas formadoras de opinião e capazes de criticar o que está sendo recebido.
O professor Joe Clark trabalha em sala o significado da palavra enodoar e aproveita
para introduzir idéias anti–racistas. Ele trabalha com roupas africanas diferentemente dos
outros professores, que se vestem de forma quase uniforme e, aproveita para dizer que nas
escolas para brancos tem alarme enquanto nas escolas de negros não tem (referindo-se às
correntes nas portas) e, busca maneiras diversas para ministrar suas aulas. Encoraja seus
alunos a seguir em frente, a se vestir com mais dignidade, a se engajarem nas questões que
envolvem a escola. Valoriza as qualidades, talentos e desejos dando oportunidades para que
os alunos se profissionalizem (aluna que quer aprender mecânica e outra que revela talento
para advocacia). Professores que não se engajam na questão educacional precisam rever
suas posturas, pois, a escola só é uma instituição bem desenvolvida quando se relaciona
com o contexto.
O maior problema de Joe Clark enfrentava e, que muitos educadores enfrentam, é a
falta de autonomia. Até onde a influência do meio pode chegar à sala de aula? O professor
retratado no filme acreditava em uma sala de aula independente de uma prefeitura, de uma
administração e de uma direção, seria somente sala de aula, tema abordado e contexto
utilizado. A sala de aula precisa da influência do meio para fortalecer o que é ensinado e,
conseqüentemente, contextualizar temas abordados. O que não pode acontecer com a
escola, é deixar de efetivar seu maior objetivo, formar e ajudar indivíduos a se desenvolver,
passando a ser somente uma instituição de um sistema.
“O lugar das crianças é na escola, não nas ruas.” (Mãe em assembléia)
A escola é vista de várias formas de acordo com o ramo da sociedade e não seria
diferente na Eastside, escola abordada pelo filme. E por que a prefeitura preocupava-se
tanto em recuperar a Eastside? O maior objetivo do governante local era recuperar a escola
para não perdê-la para o estado, afinal, se a escola é municipal, a verba municipal vem
maior para a manutenção da mesma, dinheiro que era desviado, mas além disso, revitalizar
a escola era provar para a população que a prefeitura era competente e, essa missão foi
passada para Joe Clark com sucesso comprovado pelo teste do fim do ano com um aumento
do índice de aprendizado. Para os professores, a escola era um meio de prazer em ver a
evolução dos alunos e era a concretização de sua profissão, que com o teste de fim de ano
viram sua profissão totalmente desvalorizada. Para alguns pais, era um tempo que se via
livre das crianças para poder trabalhar, para outros poucos, uma forma de mudança daquela
realidade. Para os alunos, um lugar comum que possibilitava a ocorrência de
relacionamentos, de tráfico de drogas, que depois, passa a ser encarada como um lugar para
formação e transformação.
A política influenciou de forma definitiva aquela escola quando a “secretaria de
educação” pressiona o corpo gestor da escolar para afastar o professor politizado. Uma
administração que é mostrada de forma corrupta e que pressiona até mesmo os professores
para acatar ordens superiores. Influência que foi tão repugnada pelo professor Joe Clark.
Quando Joe Clark já estava na direção da escola, uma mãe, de um aluno expulso por se
envolver com o tráfico, faz conchavo com o prefeito para tirar o novo diretor, mostrando a
escola como uma instituição subordinada a outras, o que na verdade deveria ser uma
relação de coordenação.
O maior desafio de Joe Clark foi mudar a realidade de jovens de uma escola com
maioria negra influenciada pela delinqüência, pelas drogas e pela pobreza. O caminho visto
por Joe Clark foi a utilização de uma metodologia autoritária mas, próxima do aluno,
quando resolveu o problema de moradia de uma aluna, atuou para resolver o problema de
uma mãe que engravidou aos quinze anos, dependente de drogas e de um jovem, que vê em
Joe Clark, um apoio para mudar sua realidade e, o diretor, acreditando nisso, lhe dá uma
nova chance.
“Esqueçam o conceito de democracia. Estamos em um estado de emergência.”
“É hora de se envolver.”
“Se vocês, estudantes, não tiverem sucesso na vida, eu quero que culpem a si
próprios.”
Joe é um diretor que cobra a responsabilidade de todos e de cada um. Tira a visão de
que se pode tudo na escola porque ela não tem um responsável. Busca valorizar os talentos
dos alunos. Estabelece uma relação de autoridade, porém, repleta de amizade e
compreensão. Mas, que por vezes cai em contradição em sua própria concepção como
educador ao referir-se a uns como pessoas sem solução e que são expulsas da escola, ações
próprias do inatismo e, a outros, onde atribui o baixo rendimento por causa da
incompetência dos professores e que eles se caso tiverem um ambiente propício vão se
desenvolver, próprio do ambientalismo. A escritora Claudia Davis em seu livro “Psicologia
da educação” cita “A concepção inatista parte do pressuposto de que os eventos que
ocorrem após o nascimento não são essências e/ou importantes para o desenvolvimento.”
(ver página 27) e “...o papel do ambiente é muito mais importante do que a maturação
biológica...” (ver página 31).
Joe Clark foi autoritário sem esquecer a cultura, pois, ele sabia da importância da
cultura para o desenvolvimento e isso pode ser observado quando ele ordena a professora
de música para criar um novo arranjo para o hino do colégio.
O autoritarismo é a melhor forma para se mudar uma realidade escolar? Nesse
contexto, caso o diretor utilizasse sempre de uma postura lúdica como forma de
aprendizado como ele fazia nos tempos de sala de aula, não teria o sucesso esperado. O
meio já tinha se relacionado de uma forma muito negativa com os alunos. Ele utilizou o
autoritarismo e deu certo, como também poderia não dá. Não existe uma fórmula pronta
para saber como lidar com essas situações, o autoritarismo que os alunos sofreram e
reclamaram acabou se transformando em uma gratidão, no fim do filme observada, quando
os alunos juntam-se para tentar, através de uma manifestação popular, retirar aquele
professor da delegacia que por causa de seu autoritarismo foi detido.
Universidade de Brasília
Fundamentos do Desenvolvimento e Aprendizagem
Grupo:
Daniele Fernandes Cunha 02/32777
Felipe Renier Maranhão Lima 05/18077
Nei Rodrigues Cirqueira 03/39628
Rayssa Oliveira Sousa 05/23381
Reinaldo Pereira da Silva Júnior 04/92523
Susye Mary Araújo Alves 01/96941
Data de entrega: 11 de Abril de 2005.
Referências bibliográficas

• DAVIS, C. & OLIVEIRA, Z. (1991). A Psicologia na Educação. Em: Psicologia


na Educação. São Paulo: Cortez.

• SOUZA, S.J. (1998). Re-significando a psicologia do desenvolvimento: uma


contribuição crítica à pesquisa da infância. Em: S. Kramer e M. I. Leite (orgs.).
Infância: Fios e desafios de Pesquisa. São Paulo: Papirus.

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