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MIRIAM CARLA BLEGGI MACEDO – 1º TERMO DE PEDAGOGIA – FAPREVE – UNIESP

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

ANTIGUIDADE ROMANA: HUMANITAS

• Primeiros tempos: remonta ao segundo milênio a.C., quando a parte centro-sul da península foi
povoada por tribos de provável origem indo-européia: os italiotas ou itálicos – povos com
costumes, línguas e desenvolvimento diferentes, que dedicavam à agricultura e ao pastoreio.
Viviam em comunidade primitiva, sem propriedade de terra privada. No século VII os gregos
iniciaram a colonização do sul da Península Itálica, conhecida como Magna Grécia. Ao norte, na
Etrúria, região da Toscana, já se conhecia a escrita.

• Período da Realeza: de 753 a 509 a.C – da fundação da Roma à queda do último rei etrusco.
Com o desenvolvimento da cultura de cereais a economia deixou de se basear no pastoreio, e
mais tarde o comércio transformou Roma em cidade (urbs). Surgiu a propriedade privada que
dividiu em classes a aristocracia de nascimento – os patrícios – e a maioria da população – os
plebeus (homens livres, camponeses, artesãos, comerciantes, sem direitos políticos). Entre os
plebeus havia os clientes, assim chamados por dependerem de família patrícia que oferecia
proteção jurídica em troca de prestação de serviços. Havia poucos escravos, mas esse sistema
começava a ser implantado.

• Período da República: de 509 a 27 a.C. – de início prevalece a luta entre patrícios e plebeus,
depois ocorre o expansionismo militar.
Com a queda do último rei etrusco iniciou-se a República, que representava os interesses dos
patrícios, únicos a terem acesso a cargos políticos. Com o enriquecimento de algumas camadas
da plebe – especialmente das que se dedicavam ao comércio -, intensificaram-se as lutas pelas
igualdades de direitos políticos e civis. Surge uma nova aristocracia – não mais determinada pelo
nascimento e sim pela riqueza – que aspirava ocupar os altos cargos públicos. Enquanto isso os
plebeus continuavam à margem do processo político.
A política expansionista começou no século V a.C. e muitas transformações decorreram disso.
Nasceram grandes fortunas e ampliou-se a escravidão – que favoreceu a economia da Roma
antiga.

• Período do Império: de 27 a.C. a 426 d.C. – da instauração do Império à sua queda, com a
invasão dos bárbaros
As manobras de César em busca do poder absoluto demonstravam a fragilidade da República. No
Século do Augusto, houve grande desenvolvimento cultural e urbano. Houve incentivo das artes e
escritores como Virgílio, Horácio, Ovídio e Tito Lívio sofreram nítida influência helenística. Como
necessitava de uma complicada máquina burocrática, o Império aumentou o contingente de
funcionários do governo, sobretudo para arrecadação de impostos nas províncias. Dada a
complexidade das questões de justiça, desenvolveu-se a instituição do Direito Romano.
O surgimento do cristianismo foi no mesmo período do Império, e durante muito tempo essa
doutrina cristã foi considerada subversiva pelos romanos, por não aceitar os deuses pagãos – era
uma religião monoteísta - nem render culto ao divino imperador e por ter como adeptos pobres e
escravos. A perseguição dos cristãos começou com Nero (ano 64) até que Constantino permitiu a
liberdade de culto em 313. No final do século IV o cristianismo se tornou a religião oficial.
A partir do século II d.C. teve início a decadência do Império, marcada por lutas pelo poder, cada
vez mais personalista, altos impostos, corrupção, esvaziamento dos cofres públicos e dissipação
dos costumes.
No século II, com o cessar das guerras de expansão e a crise no escravismo, surgiu o sistema de
colonato. O declínio do artesanato e do comércio provocou a ruralização da economia, até que as
invasões bárbaras fragmentou o império no início do século V, sendo então dividido entre
Ocidental (Roma) e Oriental (Constantinopla).
EDUCAÇÃO – O QUE É HUMANITAS
A cultura universalizada pode ser expressa pela palavra humanitas – no sentido literal de humanidade
e, mais propriamente, de educação, cultura do espírito – algo equivalente à Paidéia grega. Distingue-
se desta, no entanto, por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo,
cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o ser humano, em todos os tempos e
lugares.
Com o tempo, a humanitas degenerou, restringindo-se ao estudo de letras e descuidando-se das
ciências.
Podemos distinguir três fases na educação romana:
• Educação latina original, de natureza patriarcal;
• Influência do helenismo, criticada pelos defensores da tradição;
• Por fim, a fusão entre a cultura romana e a helenística. A fusão dessas culturas trouxe o
bilingüismo, onde as crianças aprendiam desde cedo latim e grego; às vezes era trilíngüe, quando
às duas línguas principais acrescentava-se a língua local.

• EDUCAÇÃO HERÓICO-PATRÍCIA
Até os 7 anos a criança permanecia aos cuidados da mãe ou matrona (mulher respeitável). Depois
disso as meninas aprendiam no lar os serviços domésticos, enquanto o pai se encarregava
pessoalmente da educação do filho. Por seu uma sociedade agrícola, o menino aprendia a cuidar
da terra, atividade que o colocava lado a lado senhor e escravo. Aprendia a ler, escrever, contar,
bem como o manejo de armas, a natação, luta e equitação. Os exercícios físicos visavam a
formação do guerreiro.
Aos 15 anos ele acompanhava o pai ao foro (praça central) onde se fazia comércio e eram
tratados assuntos públicos e privados. Ali se aprendia o civismo. Caso o pai não pudesse
desempenhar pessoalmente essas tarefas – devido às guerras -, um parente próximo ou mesmo
um escravo instruído assumia seu lugar.
Aos 16 anos o jovem era encaminhado à função militar ou política. A educação era pouco voltada
para preparo intelectual e mais para formação moral.

• EDUCAÇÃO COSMOPOLITA
Já na época da República, com o desenvolvimento do comércio e a sociedade emergente mais
complexa, era exigido uma nova forma de educar. A partir do século IV a.C. foram criadas escolas
elementares particulares, onde se aprendia a ler, escrever e contar, dos 7 aos 12 anos. Os
mestres eram simples e mal pagos e ajeitavam-se em qualquer espaço: uma tenda, a entrada de
um templo ou edifício público.
São desse período as escolas dos gramáticos, em que os jovens de 12 aos 16 anos entram em
contato com os clássicos gregos, ampliando seus conhecimentos literários, ao mesmo tempo em
que estudavam as disciplinas reais, como geografia, aritmética, geometria e astronomia.
Surgiu então um terceiro grau de formação, representada pela escola do retor (professor de
retórica), que eram mais respeitados e melhor pagos.
As escolas superiores desenvolveram-se no decorrer do século I a.C. e cresceram durante o
Império. Eram freqüentados por jovens da elite, que se destacariam na vida pública e estudavam
política, direito e filosofia, sem esquecer as disciplinas reais, próprias do saber enciclopédico.
A educação física merecia atenção dos romanos, mais para formação de artes marciais e com
características menos voltadas para os esportes.

• EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO
Nesta época a administração do Império requeria uma bem montada máquina burocrática,
exigindo de seus funcionários pelo menos instrução elementar. Já no século I a.C. o Estado
estimulava a criação de escolas municipais em todo o Império.
Outro destaque para a época do Império foi o desenvolvimento do ensino terciário, com os curso
de filosofia e retórica, e a criação de cátedras de medicina, matemática, mecânica e, sobretudo,
escolas de direito. A continuidade dos estudos era exigência para quem almejava cargos mais
altos. Inúmeras bibliotecas foram criadas e os romanos se apropriaram de manuscritos
encontrados nas regiões conquistadas.
PEDAGOGIA – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Em Roma a reflexão filosófica não mereceu atenção de modo tão sistemático. Quintiliano e outros
pedagogos encaravam a filosofia até com certa descrença, e quando a ela recorriam preferiam os
assuntos éticos e morais.

• PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Assim como a produção filosófica era modesta entre os romanos, também a pedagogia, quando
existia, quase sempre estava voltada para questões práticas. É também tardia já que seus
principais representantes – Cícero, Sêneca e Quintiliano – surgem por volta dos séculos I a.C. e I
d.C.
Cícero (106 – 43 a.C) destaca-se, embora sua filosofia não fosse original, mas eclética, composta
de idéias de diversos sistemas como o platonismo, epicurismo e o estoicismo. Homem culto, de
saber universal, ele valorizava a fundamentação filosófica do discurso, tornando-o um dos mais
claros representantes da humanitas romana. Para ele a educação integral do orador requer cultura
geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento
de habilidades literárias e até teatrais, importantes para o exercício da persuasão.
Sêneca (4 a.C – 65 d.C.), segundo sua visão, a educação prepara para o ideal de vida estóico:o
domínio dos apetites pessoais, enfatizando a formação moral e dando menor importância à
retórica, tradicionalmente valorizada. Ocupou-se também da psicologia como instrumento de
preservação da individualidade.
Marco Flávio Quintiliano (35 – 95 d.C). Ao contrário de Cícero, distanciou-se da filosofia,
preferindo os aspectos técnicos da educação, sobretudo a formação de orador. Não se prendia a
discussões teóricas, mas procurava fazer observações técnicas e indicações práticas. Considera
importante a aprendizagem em grupo, atividade que favorece a emulação, de natureza altamente
saudável e estimulante. No ideal de formação enciclopédico, ele inclui exercícios físicos sem
exagero e o estudo da gramática.

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