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“Ninguém ensina ninguém nem tampouco ninguém aprende sozinho. Os homens aprendem em comunhão, midiatizados
pelos mundo” (Paulo Freire)
FILOSOFIA é um corpo de conhecimento que nasce a partir de um esforço dos homens em compreender o seu mundo,
e dar-lhe um sentido (significado). Pode ser mais simples, como encontrar-se com as pessoas, ou mais complexa, que
pode ser a reflexão sobre o sentido e o destino da humanidade. Nós não “agimos por agir”: mas sim por uma finalidade,
que pode ser mais ampla ou mais restrita. As finalidades restritas são aquelas que se referem à obtenção de benefícios
imediatos, e as finalidades amplas são aquelas que se referem ao sentido da existência.
A Filosofia é um corpo de entendimentos que compreende e direciona a existência humana em suas mais variadas
dimensões.
Todos têm uma forma de compreender o mundo, especialistas e não-especialistas, escolarizados e não-escolarizados,
alfabetizados e não-alfabetizados. Essa é uma necessidade natural do ser humano, pois que ninguém pode agir no
“escuro”, sem saber para onde vai e por que vai. Só se pode agir a partir de um esclarecimento do mundo e da
realidade.
Quando o autor diz que todos temos uma “filosofia de vida”, ele quer dizer que todos nos orientamos por valores. Mas
que nem sempre esses valores são conscientes, explícitos. Então não temos aí, propriamente, filosofia, desde que esta
é sempre uma reflexão crítica sobre o sentido e o significado das coisas, das ações.
A filosofia se manifesta como o corpo de entendimento que cria o ideário que norteia a vida humana em todos os seus
momentos e em todos os seus processos. Esse corpo de entendimento é a compreensão da existência.
A filosofia, em síntese, não é tão-somente uma interpretação do já vivido, daquilo que está objetivando, mas também a
interpretação de aspirações e desejos do que está por vir, do que está para chegar. Não são profetas, no senso comum,
mas profetas no sentido bíblico, ou sejas, indivíduos que são capazes de ler nos acontecimentos do presente o
significado do que está por vir.
Quando não temos um corpo filosófico que dê sentido e oriente a nossa vida, assumimos o que é comum e hegemônico
na sociedade; assumimos o “senso comum”.
Senso comum: conjunto de valores assimilados espontaneamente, na vida cotidiana.
Luckesi aponta um paradoxo ao descrever governos totalitários, que indicam a filosofia como subvertora da ordem, mas
contratam especialistas para criarem um pensamento (uma filosofia que os permita administrar politicamente o povo e a
nação). O que o autor quer suscitar com tal reflexão?
Os maus políticos preferem a massificação do povo, impedindo o desenvolvimento do pensamento filosófico. Mas
filosofam para sustentar sua ação “deletéria” contra a filosofia.
“uma filosofia capaz de justificar o sentido de sua política e propagá-la como filosofia total do universo”
Um pensamento filosófico constituído não é “limpo”, neutro, mas sim embebido de história e de seus problemas, de seus
interesses e aspirações.
Para iniciar o exercício de filosofar, a primeira coisa a fazer é admitir que vivemos e vivenciamos valores e que é preciso
saber quais são eles, inventariando valores que explicam e orientam a nossa vida, e a vida da sociedade, e que
dimensionam as finalidades da prática humana.
Feito esse inventário, passa-se para um segundo momento – momento da crítica.
E então, o terceiro momento: a construção crítica dos valores.
Resumindo: inventariar, criticá-los e reconstruí-los.
O MOMENTO DA CRÍTICA:
Tomar esses valores e submetê-los a uma crítica acerba, questioná-los por todos os ângulos possíveis para verificar se
são significativos e se, de fato compõe o sentido que queremos dar à existência.
“Muito antes que as filosofias viessem expressamente a ser formuladas em sistemas, já a educação , como processo de
perpetuação de uma cultura, nada mais era do que o meio de se transmitir a visão do mundo e do homem, que a
respectiva sociedade honrasse e cultivasse”.
Anísio Teixeira
2) O QUE O AUTOR QUE DIZER COM A AFIRMAÇÃO “QUEM NÃO PENSA É PENSADO PELOS OUTROS”?
Se nós não escolhermos qual é a nossa filosofia, qual é o sentido que vamos dar à nossa existência, a
sociedade na qual vivemos imporá a sua filosofia.