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Universidade Estadual do Ceará – UECE

Faculdade de Educação de Itapipoca – FACEDI

Curso: Licenciatura em Química

Disciplina: Química Ambiental

Reciclagem e Química Verde

Aluna:

Maria Daliane Ferreira Barroso


2011.1

Itapipoca, Maio de 2011


Atualmente, a preservação e cuidados com o meio ambiente é um
assunto presente entre variadas pautas de discussão nos governos e
reuniões em geral. Cada vez mais vemos ações e protestos de grupos como
o Greenpeace, que é um dos grupos mais conhecidos, contra a poluição e
desgaste do meio ambiente exigindo soluções para os males e desastres que
já presenciamos, e que provavelmente ainda presenciaremos.

O homem, no decorrer da história, desenvolveu a capacidade de criar e


aprimorar instrumentos, objetos, técnicas, e métodos para melhorar sua
qualidade de vida e adaptar-se às características naturais do meio em que
vive, permitindo o desfrute de melhores condições, de acordo com suas
necessidades.

Seguindo este comportamento e intensificando o ritmo, e considerando


os atuais modelos de desenvolvimento as pessoas chegaram a um consumo
acentuado. Juntamente com a atividade industrial, tendo como consequência
a geração de resíduos que ultrapassam a capacidade de adaptação ao meio
ambiente.

Todo esse impacto ambiental tem sido reforçado pela grande aumento
demográfico causando, sem dúvida, a destruição de todos os sistemas de
sustentação da vida na Terra.

A falta de preocupação de muitos que constituem a sociedade tem


gerado desastres ambientais, danos incalculáveis a centenas de pessoas,
muitas vezes inocentes na situação em que se encontra, mas indireta ou
diretamente contribuintes no grande desrespeito ao meio em que se encontra.

Um dos principais problemas que assola a sociedade atual,


principalmente na esfera urbana, é o grande acréscimo de lixo e falta de
educação e de atitude ecológica em relação à situação.

O lixo pode ser definido como resíduos sólidos ou semissólidos


resultantes de atividades humanas, podendo classificado de acordo com sua
origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição; e de acordo com sua composição química: orgânico e inorgânico.

Segundo dados do IBGE de 2001, a quantidade de lixo coletado


diariamente no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25kg por
habitante. A pesquisa ainda mostra que o lixo produzido nas residências
brasileiras é coletado (85%) diretamente do domicilio pelos órgãos de limpeza
urbana; os despejados em caçambas, tanques ou depósitos (9%) são
coletados indiretamente e, os jogados nas ruas, terrenos baldios, etc (3%) são
queimados ou enterrados.

Na realidade de tudo isto que se chama lixo, mais de 50% pode ser
reutilizado ou reciclado. O lixo é caro, pois gasta energia, leva tempo para
decompor, conforme pode ser observado na tabela 1, e demanda muito
espaço.

Tabela 1 - Tempo de decomposição dos materiais


Material Tempo de decomposição
Papel De 3 a 6 meses
Pano De 6 meses a um ano
Filtro de cigarro 5 anos
Goma de mascar 5 anos
Madeira pintada 13 anos
Nylon Mais de 30 anos
Plástico Mais de 100 anos
Metal Mais de 100 anos
Borracha Tempo indeterminado
Vidro 1 milhão de anos

No Brasil, o lixo é constituído por 52% de material orgânico, 28% de


papel/papelão, 6% de plástico, 5% de metal, 3% de vidro e 6% referem-se a
outros tipos de materiais.

É necessário que a sociedade se conscientize do problema que a


grande produção de lixo pode trazer ao meio ambiente e começar a fazer a
sua parte, pois, afinal, todos produzem lixo.
Um dos primeiros passos é a coleta seletiva que é a separação do lixo,
de preferência na sua origem, a fim de que se possa dar-lhe um destino sem
impacto ao meio ambiente e à saúde. Esta separação é feita de acordo com
as características de cada material e descartada em vasilhames com cores
específicas para cada tipo, facilitando o processo de reciclagem.

Reciclagem abrange um conjunto de técnicas que tem por finalidade


aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. Além
de ser resultado de uma série de atividades, pelas quais os materiais que se
tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos
produtos.

Outra forma de aproveitar os resíduos é a reutilização direta, que


consiste em usar novamente o mesmo objeto ou produto conservando as
funcionalidades originais.

Reciclar, na maioria dos casos, só é possível industrialmente, mas a


reutilização pode ser feita de maneira artesanal, quando, por exemplo,
transformam-se garrafas de PET em sofás ou vassouras, e em produtos de
decoração.

Por enquanto, infelizmente, não são todos tipos de materiais fabricados


pelo homem que podem ser reciclados. Isto por que não apresentam
condições favoráveis, como a existência de mercado local ou viabilidade
técnica.

A viabilidade técnica para a reciclagem de muitos resíduos ainda não é


possível porque estes são feitos com vários tipos de materiais ao mesmo
tempo. Alguns produtos, por exemplo, apresentam embalagens sofisticadas
para ser um atrativo de venda, que não é possível retirar rótulos ou separar
partes destas embalagens. Mas se houver uma mudança de pensamento e
de atitudes em relação aos resíduos por parte da população, pode-se optar
por outros produtos ao invés destes. Além disso, se a coleta seletiva for mais
bem realizada e divulgada, talvez as empresas tenham um maior empenho
em vender produtos com embalagens recicláveis, pois irão se beneficiar
economicamente por competir melhor com as que já adotam esta atitude e
por poder ter uma fonte garantida de matéria-prima.

Apesar das limitações, a reciclagem é encarada como uma forma de


solução para a diminuição de lixo, e por consequência, boa por sinal, gerando
significativos ganhos ambientais.

Assim, o lixo, é apenas um dos contribuintes para a degradação


ambiental. Esta, torna-se tão evidente que a preocupação com o planeta é de
cunho mundial, exigindo dos governos, da sociedade científica e da
sociedade civil, tomada de posição e o desenvolvimento de ações que
venham contribuir para minimizar os problemas e garantir a sustentabilidade
dos ecossistemas.

Dentre essas esferas, a ciência tem um papel fundamental. A Química,


por exemplo, que sempre foi vista como uma grande ameaçadora do meio
ambiente, por causa da poluição das águas e do próprio ar, tenta cada vez
mais deixar de ser um problema e se tornar uma solução.

Primeiramente, todos precisam entender que a Química está em tudo,


em toda a parte e até em nós mesmos (principalmente). As pessoas
costumam associar coisas químicas a coisas ruins sem levar isso em
consideração.

Uma das principais tentativas de cuidado ambiental encontra-se na


promoção de uma produção limpa, juntamente com a responsabilidade
empresarial, podendo ser inserida neste contexto a Química Verde, ou
Química Limpa, cujo objetivo é a adoção de medidas de prevenção
relacionadas à poluição causada por atividades na área de química de forma
a minimizar ou eliminar os riscos ao meio ambiente e aos seres humanos.
Para reduzir ou eliminar impactos ambientais e econômicos advindos dos
processos químicos sintéticos devem ser adotados critérios que principiam
esse ramo químico, como a prevenção da formação de subprodutos, adoção
de eficiência energética, adoção de fontes alternativas de energia (micro-
ondas, ultrassom, álcool, biodiesel), emprego de reagentes catalíticos e
biocatálise, uso do conceito de economia atômica em sínteses químicas,
desenvolvimento de produtos químicos de baixa toxicidade e de degradação
inócua, uso de solventes menos tóxicos e “solventes críticos” e substâncias
mais seguras.
De modo que podemos definir a Química Verde como uma linha de
pensamento que tem se difundido cada vez mais a fim de tornar a química
aliada ao meio ambiente, consiste na utilização de um conjunto de princípios
que reduzem ou eliminam o uso ou a geração de substâncias perigosas
durante o planejamento, manufatura e aplicação de produtos químicos.
A Agência de Proteção Ambiental definiu esse ramo como sendo o uso
da Química para prevenir a poluição, um planejamento de processos e
produtos químicos que não sejam danosos ao meio ambiente.
Durante um período de grande desenvolvimento das indústrias de
sínteses e de preparações químicas, das mais variadas e importantes, todos
ignoravam completamente o que viria a ser poluição ou poluentes. Estas
substâncias envenenaram nossas plantações, nossas cidades e quase
destruíram a proteção da camada de ozônio. Atitudes urgentes são
necessárias porque já não é mais suficiente apenas não poluir, precisamos de
ações mais positivas para limpar a terra doente e envenenada.
Já existem atitudes sérias sendo tomadas no sentido de combater os
problemas ambientais mais graves que afetam nosso ecossistema: como a
poluição das águas e da atmosfera, o aquecimento global do planeta, e o
buraco na camada de ozônio.
Em 1999 foi lançada uma nova revista científica com o nome de Green
Chemistry, lançada pela Royal Society of Chemistry, ligada à Universidade de
York, na Inglaterra.
A Química Verde surgiu então para que se tenha um planejamento e
replanejamento de sínteses químicas e produtos químicos com objetivos
claros de evitar a poluição e consequente resolução de problemas ambientais.
Dentro da temática Reciclagem, este ramo é tido como base, e como
principio, de modo que os estudos realizados nesta área venham a ajudar a
intervir, senão sanar os problemas causados pela ação descabida e
desenfreada do homem na natureza, a ação impensada e causante de danos
sérios e catastróficos.
O que nos permite concluir, que a Química Verde apesar de tudo,
ainda não possui utilização efetiva, transformando-se num grande desafio a
ser enfrentado. É necessário que se tenha cidadãos conscientes, que
busquem um desenvolvimento sustentável, cuide da natureza, siga as
regulamentações e aja de maneira a preservar o meio ambiente, reciclar o
que pode ser reciclado senão favorecer tal prática, reutilizar e ter em mente
que a partir de uma conscientização geral, as raízes da Química Verde
podem se tornar uma prática ao redor do planeta, aumentando sua provável
vida útil e preservando um espaço digno e justo às gerações futuras.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, A. M.; COSTA, K.; SILVEIRA, A. P. de C.; RIEHL, L. A. S. R..;


SANTOS, Z. A. M. Química e o Meio Ambiente – Reciclagem de Lixo e
Química Verde. 2005. CURSO FORMAÇÃO CONTINUADA CIÊNCIAS DA
NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS – Instituto de Química –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2003.

SILVA, L. M. A Química para o Desenvolvimento Sustentável. 2007.


Revista Ciências do Ambiente On-Line, Agosto de 2007. Vol. 3, No 2.
Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Vitória- Espirito Santo.

SILVA, M. F.; LACERDA, P. S. B.; JUNIOR, J. J. Desenvolvimento


Sustentável e Química Verde. Química Nova, Vol. 28, No. 1, 103-110, 2005

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