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TV DESTINO

CENTRAL DESTINO DE PRODUÇÃO CAPÍTULO


15

CUBO MÁGICO
Novela de
JOÃO PEDRO TUSSET
Escrita por
João Pedro Tusset
Direção
Ary Coslov
Marcelo Travesso

Direção geral
Ricardo Waddington

Personagens deste capítulo


ANDRÉ LIA
CAMILA LORENA
CÁSSIO MAURÍCIO
DANIEL MIMI
DÉBORA NICOLE
EDGAR PÉRICLES
ELISA RENATO
EVA RODRIGO
FERNANDA SOLANGE
HELENA STEPHANIE

Atenção
“Este texto é de propriedade intelectual exclusiva da TV DESTINO LTDA. e por conter informações
confidenciais, não poderá ser copiado, cedido, vendido ou divulgado de qualquer forma e por qualquer
meio, sem o prévio e expresso consentimento da mesma. No caso de violação do sigilo, a parte infratora
estará sujeita às penalidades previstas em lei e/ou contrato.
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 2

CENA 0/INTRODUÇÃO:

INSERIR LEGENDA: NO CAPÍTULO ANTERIOR DE CUBO MÁGICO... ESTA


CENA FUNCIONA COMO UM COMPACTO QUE INICIA OS CAPÍTULOS,
CONTENDO A ÚLTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR, DANDO O CLIMAX
PARA A CONTINUAÇÃO DO ACONTECIMENTO.

DANIEL ESTÁ AVALIANDO ALBUNS PAPÉIS BEM CONCENTRADO. LIA BATE NA


PORTA E VAI ENTRANDO COM UMA BANDEIJA DE CAFÉ.

LIA — Trouxe seu café, seu Daniel.

DANIEL — Muito obrigado Lia, peraí que eu te ajudo.

LIA — Não precisa...

DANIEL VAI ATÉ LIA PARA SEGURAR A BANDEIJA, MAS ELA SE DESIQUILIBRA
E ACABA DERRUBANDO TUDO ENCIMA DE DANIEL.

LIA — Meu Deus! O que eu fui fazer, me desculpe.

DANIEL — Não foi nada Lia, é apenas um café.

LIA — (TIRA UM PANO DO MACACÃO) Deixa que eu


vou limpar isso aqui.

SONOPLASTIA: VOCÊ VAI ME DESTRUIR – VANESSA DA MATA. LIA ESFREGA


O PANO NO PEITO DE DANIEL, E FICA MEIO CONTRANGIDA. DANIEL SEGURA
A MÃO DELA E PEGA O PANO. DANIEL OLHA FUNDO NOS OLHOS DE LIA,
QUE FICA ENVERGONHADA.

CORTA PARA:

CENA 1/MANSÃO DOS CASTANHO/ESCRITÓRIO – INT/NOITE:

CONTINUAÇÃO DA ÚLTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR. LIA SE


ABAIXA E RECOLHE OS CACOS DA XÍCARA E A BANDEJA. DANIEL SE
LIMPA COM O PANO.

LIA — Olha que desastrada que eu sou! (SE LEVANTA)


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 3

DANIEL — Não precisa se preocupar Lia, a culpa foi minha que


tentei segurar a bandeja.

LIA — O senhor não vai me demitir por isso né?

DANIEL — Imagina! Claro que não.

LIA — Que bom. Acho melhor eu voltar pra cozinha e


trazer um esfregão pra limpar o chão.

DANIEL — É, eu acharia bom! (SORRI)

LIA — O senhor vai querer outro café? Eu posso trazer e


prometo que não derrubo.

DANIEL — Não Lia, eu te agradeço. Pode ir descansar, você


anda trabalhando demais.

LIA — Obrigada.

LIA SAI DO ESCRITÓRIO CARREGANDO A BANDEJA. DANIEL FICA


OBSERVANDO ELA SAIR E SORRI. NISSO, EVA ENTRA NO LOCAL.

EVA — Nossa, o que aconteceu com a sua roupa?

DANIEL — Derrubei café!

EVA — Bom, Daniel, eu posso falar com você?

DANIEL — (VAI SENTANDO) Claro que pode.

EVA — (SENTA TAMBÉM) Que bom.

DANIEL — E do que se trata?

EVA — Você sabe que eu cuido das finanças da nossa


empresa e bom... Eu ia esperar pra te contar amanhã,
mas eu resolvi falar hoje.

DANIEL — Agora você me deixou preocupado Eva, o que foi?

EVA — Eu andei notando que faltava dinheiro nos cofres da


empresa, uma quantia muito grande.

DANIEL — Como assim faltando dinheiro? Mas que história é


essa?
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 4

EVA — Eu não posso dizer nada ainda, amanhã vou pedir


pro Venâncio ver isso.

DANIEL — Bom, esse dinheiro pode ter sido usado para alguma
coisa envolvendo o celular que a gente não lançou.

EVA — Acho que não.

DANIEL — Olha Eva, você sabe que eu ainda estou aprendendo


isso de empresa. Mas se nós tivermos sido roubados, eu
vou ter que acreditar que a mesma pessoa que vendeu
as nossas informações pra concorrente fez isso.

EVA — Eu não sei ainda se foi roubo, logo vamos saber.

DANIEL — Isso demora muito?

EVA — Alguns dias, mas de uma semana não passa.

DANIEL — Que bom! Enquanto isso não acontece, vamos reunir


os acionistas. Temos que ter uma reunião!

CORTA PARA:

CENA 2/RIO DE JANEIRO/STOCK-SHOTS – EXT/DIA:

SONOPLASTIA: NOVOS TEMPOS – MARTINÁLIA. STOCK SHOTS RÁPIDO DOS


PRINCIPAIS PONTOS DA CIDADE DO RIO, E A CIDADE AMANHECENDO
CHUVOSA.

CORTA PARA:

CENA 3/MANSÃO DOS CASTANHO/CORREDOR – INT/DIA:

HELENA SAI DO QUARTO DE BOM HUMOR E VAI INDO EM DIREÇÃO À


ESCADA. FERNANDA SAI DE SEU QUARTO E INTERCEPTA HELENA.

HELENA — Mas o que é isso? Vai bater minha carteira,


marginal?

FERNANDA — Helena, a gente precisa falar.

HELENA — Ah, você já conseguiu o que eu pedi?

FERNANDA — Ainda não.


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 5

HELENA — Então não temos mais nada pra conversar. (VAI


SAINDO, MAS VOLTA) E quando quiser tirar
satisfação, tire comigo e não da minha governanta.

FERNANDA — Eu não sei como convencer o Daniel a passar tudo


pro seu nome!

HELENA — Eu já tinha te dito pra se virar. Você já tem pouco


tempo, é melhor se apressar ou eu conto tudo pra ele.

FERNANDA — Você não vale nada mesmo. Não vê que está


querendo prejudicar o próprio filho?

HELENA — Quem prejudicou meu filho foi você. Eu só quero o


bem dele! Agora pra você querida, como minha mãe
sempre dizia, quem pariu Mateus que o embale! (E
SAI)

CLOSE EM FERNANDA.

CORTA PARA:

CENA 4/APARTAMENTO DE PÉRICLES/COZINHA – INT/DIA:

DÉBORA, PÉRICLES, EDGAR E ELISA TOMAM CAFÉ DA MANH.A O


SILÊNCIO NA MESA INCOMODA PÉRICLES E EDGAR, QUE SE
ENTREOLHAM.

PÉRICLES — Elisa, o que você fez pra sua mãe?

ELISA — (ALTO) Eu? Porque eu?

PÉRICLES — Com esse silêncio todo só posso supor que as duas


brigaram feio.

DÉBORA — Não me faça dizer o que essa infeliz fez ontem.

ELISA — Quem fez foi essa louca que se designa minha mãe.

EDGAR — Alguém pode explicar?

DÉBORA — Simples queridos. Vocês sabem aquele motorista da


Helena Castanho?

PÉRICLES — Claro que nós sabemos!


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 6

DÉBORA — Pois então. Eu flagrei a Elisa e ele numa sorveteria


ontem, num papinho meloso.

ELISA — Mas eu gosto do Maurício!

PÉRICLES — Minha filha, mas ele é um pobretão... Motorista


ainda! Dou apoio à sua mãe nisso, que isso gente!
Minha filha saindo com o motorista da Helena
Castanho? Saísse com a Helena então!

DÉBORA — Preferia você sapatona, mas rica, do que mulher e


junto de um pobre.

EDGAR — Que exagero gente, o Maurício é um cara legal.

DÉBORA — Ele é pobretão, Edgar!

ELISA — Tão vendo? E só vocês dois tem essa cabeça


fechada! Nós também somos pobres!

DÉBORA — Seu pai é um homem bem aposentado, eu sou uma


socialite de respeito e seu irmão namora uma Castanho.
Não somos pobres! Você é o espírito de porco desta
família.

PÉRICLES — Menos né Debby, você tá mais pra projeto de


socialite, falta bastante ainda.

EDGAR — Olha gente, acho que a Elisa que decide com quem
ela deve se envolver. Quem vai se ferrar mesmo no fim
será ela.

ELISA — Isso, deixem que eu me ferro com o Maurício.

DÉBORA — Nunca, jamais permitirei que toquem em minha filha


desse jeito.

ELISA — Ah é? Quero ver como vai impedir!

ELISA LEVANTA DA MESA E SAI IRRITADA.

DÉBORA — Não duvido nada desse Maurício aí ser o homem


com quem a Elisa anda arrumando drogas!
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 7

PÉRICLES E EDGAR BALANÇAM A CABEÇA NEGATIVAMENTE E CAEM NA


GARGALHADA.

CORTA PARA:

CENA 5/CUBO MÁGICO/SALA DA PRESIDÊNCIA – INT/DIA:

DANIEL ACABA DE DESLIGAR O TELEFONE, PREOCUPADO. FERNANDA


TAMBÉM ESTÁ ALI.

FERNANDA — Algum problema?

DANIEL — Muitos problemas!

FERNANDA — E eu posso saber do que se trata?

DANIEL — Quero você fora dos problemas da empresa


Fernanda, só pra ficar se preocupando à toa.

FERNANDA — Tudo bem.

DANIEL — Temos reunião logo mais, então...

FERNANDA — Você tá gostando de trabalhar aqui né Daniel?

DANIEL — Claro que eu tô, no início eu achei meio estranho,


mas agora sei que é disso aqui que eu preciso.

FERNANDA — E você seria de capaz de assim, abandonar a


presidência?

DANIEL — Abandonar? Lógico que não. Mas que pergunta!

FERNANDA — Não, não é por nada. (SE LEVANTA) Vou ir até a


revista ver meu pai.

DANIEL — Pode ir. A noite nos encontramos em casa.

FERNANDA VAI ATÉ O MARIDO E O BEIJA. ELA SORRI E VAI SAINDO.


CLOSE EM FERNANDA, QUE ENCHE OS OLHOS DE LÁGRIMAS, E SAI DA
SALA.

CORTA PARA:

CENA 6/SHOPPING/PRAÇA DE ALIMENTAÇÕES – INT/DIA:


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 8

CAMILA E EDGAR ESTÃO SENTADOS NUMA MESA. CAMILA TOMA UM


SUCO.

EDGAR — Minha mãe anda enlouquecendo todo mundo lá em


casa. Tá impossível!

CAMILA — Jura? Sempre a achei a tia Débora simpaticíssima.

EDGAR — Elisa né? Anda saindo com o motorista da sua mãe;

CAMILA — A Elisa chega a ovular quando o Maurício passa na


frente dela. Dá até vergonha.

EDGAR — E lá na sua casa. O Daniel já descobriu aquela


situação horrorosa da empresa?

CAMILA — Não faço a mínima idéia. Ninguém me fala nada


sobre a empresa!

EDGAR — Ué Camila, você é herdeira e dona de parte daquilo


lá, tem ações. Devia procurar saber o que fazem com o
seu dinheiro.

CAMILA — Não, mas eu não quero saber não! Foi por isso que
dei minhas ações pro Daniel.

EDGAR — Eu acho que um dia você vai ter que assumir essas
suas ações Camila. Seu pai te deixou elas com todo
carinho.

CAMILA — Talvez você tenha razão, mas eu não tô afim agora


não. Tô mais interessada ali naquela loja da
Dolce&Gabbana. Você me leva?

EDGAR — (INSATISFEITO) Claro amorzinho.

CORTA PARA:

CENA 7/MANSÃO DOS CASTANHO/QUARTO DE HELENA –


INT/DIA:

HELENA ESTÁ BEBENDO CHAMPANHE SOZINHA, E RINDO, VITORIOSA.


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 9

HELENA — (MEIO BÊBADA) Eu consegui, eu consegui o que


eu queria. O Alberto vai me ver lá do inferno sentada
naquela cadeira pobre em que ele enfiava o traseiro
gordo, quero comprar uma nova, vou mudar tudo
naquela merda de presidência! Helena Castanho, a
Rainha do Cubo Mágico!

ALGUÉM BATE NA PORTA DO QUARTO, HELENA SE LEVANTA E ATENDE,


RINDO. É MAURÍCIO.

HELENA — O que você faz aqui proletário?

MAURÍCIO — (AGARRA ELA) Vim cuidar de calibrar o seu


pneu!

HELENA — Fecha essa porta e me joga na parede, motorista!


Comemora comigo a minha vitória.

MAURÍCIO BATE A PORTA E SE ATIRA NA CAMA, ENCIMA DE HELENA,


QUE DÁ GARGALHADAS.

CORTA PARA:

CENA 8/CUBO MÁGICO/SALA DE REUNIÕES – INT/DIA:

DANIEL ESTÁ REUNIDO COM OS ACIONISTAS DA EMPRESA NUMA


REUNIÃO. EVA E NICOLE TAMBÉM PRESENTES.

DANIEL — Eu chamei essa reunião urgente pra tratar de um


assunto que nos pegou de surpresa.

ACIONISTA 1 — Ficamos preocupados com tamanha urgência. O que


aconteceu?

NICOLE — Eu estava tomando banho de rosas e alfazema


quando a Eva me ligou!

EVA — Quem identificou o problema fui eu. Ocorreu no


sistema financeiro da empresa.

DANIEL — Parece que a empresa sofreu um roubo.

NICOLE — Mais um minha gente?


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 10

DANIEL — Na verdade a gente não sabe com certeza que foi um


roubo, mas uma quantia sumiu dos nossos cofres.

EVA — É com consentimento de todos que a empresa já


andava mal, agora com todos esses problemas das
informações que foram parar na concorrente e isso, a
situação piorou.

ACIONISTA 2 — O que nós podemos fazer?

DANIEL — Eu já mandei o advogado da família investigar e nos


apresentar os balancetes da empresa. Agora, não
podemos fazer nada.

EVA — Convocamos a reunião mesmo para informar desse


acontecido.

NICOLE — Sorte que meu falecido me deixou uma herança


gorda! Se dependesse das minhas ações aqui eu tava
comendo pão com ovo!

CORTA PARA:

CENA 9/CHÁ COM PIMENTA – EXT/DIA:

TOMADA DO PRÉDIO DA REVISTA.

CORTA PARA:

CENA 10/CHÁ COM PIMENTA/SALA DE CÁSSIO – INT/DIA:

CÁSSIO GIRA NA CADEIRA, PENSATIVO. FERNANDA E RODRIGO ESTÃO


NA FRENTE DO PAI.

CÁSSIO — Eu não sei como a Helena possa ter descoberto do


nosso plano.

FERNANDA — Aquela empregada nova me flagrou falando com


você ao telefone e contou pra ela.

CÁSSIO — Mesmo assim, Helena lá vai dar trela pra


empregados? Tem mais coisa aí.

RODRIGO — Ela pode ter ido procurar o dono da TeleMania.


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 11

FERNANDA — Acho que na, ela teria esfregado na minha cara.

CÁSSIO — Não, ela pode ter sim! O Ramon Vianna, por alguma
grana, deve ter dito pra ela sem problemas.

FERNANDA — Ela tá me chantageando pai, querendo que eu faça o


Daniel passar a empresa pra ela.

CÁSSIO — Nem tente fazer isso!

RODRIGO — Mas ela tem que fazer. Se ela não fizer a Helena
entrega ela pro Daniel.

FERNANDA — Claro que entrega, aquela mulher é cruel!

CÁSSIO — Eu vou pensar numa coisa pra aniquilar com essa


Helena! Fica calma Fernanda.

FERNANDA — Ela me deu poucos dias pra conseguir o que ela


pediu.

CÁSSIO — Não faça nada, entendeu? Tome cuidado! Papai vai


resolver.

FERNANDA — Resolva logo, eu não agüento mais aquele lugar,


aquela casa!

CLOSE EM FERNANDA.

CORTA PARA:

CENA 11/CASA DE SOLANGE/SALA – INT/DIA:

MAURÍCIO CHEGA EM CASA E ABRAÇA A MÃE. ANDRÉ E STEPHANIE


ESTÃO ATIRADOS NO SOFÁ. MIMI PREPARA O ALMOÇO.

SOLANGE — Chegou na hora da comida filho. Adivinha o que a


mãe fez?

MAURÍCIO — Ih, nem adivinho.

SOLANGE — Cuz-cuz, aquele que você tanto adora.

MAURÍCIO — (VAI TIRANDO O CASACO) Essa é a minha mãe


que eu amo!
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 12

STEPHANIE — Que nome sugestivo esse né André? Cuz-cuz.

ANDRÉ — Já comi o seu hoje, sossega o facho.

STEPHANIE — É que eu fico com saudades.

SOLANGE — (ALTO) Ô! Olha o respeito gente? Poxa, seu irmão


veio almoçar.

MAURÍCIO COLOCA O CASACO NO BRAÇO DO SOFÁ, E NEM PERCEBE QUE


CAI UMA COISA DELE. STEPHANIE PERCEBE.

MIMI — Gente, a comida tá pronta!

SOLANGE — Vamos lá.

STEPHANIE — (SEGURA UM PINGENTE) Olha caiu ouro do


bolso do Maurício.

ANDRÉ — (OLHA) Ouro? Isso deve ser latão.

SOLANGE — Mas o que é isso?

STEPHANIE — Um colar, pingente, sei lá! Vibrador eu sei que não


é!

MAURÍCIO — Não deve ser nada.

SOLANGE — (TIRA DA MÃO DE STEPHANIE) Mas isso aqui é


um pingente (LÊ AS INSCRIÇÕES) Helena Castanho?

MIMI — É da Helena Castanho? Vamos vender!

SOLANGE — O que um pingente da Helena faz no bolso do seu


casaco meu filho? Posso saber?

MAURÍCIO — Han...

CLOSE EM SOLANGE ENCARANDO MAURÍCIO

CORTA PARA:

CENA 12/BOTECO – INT/DIA:

RENATO E PÉRICLES TOMAM UMA CERVEJA NUM BOTECO BEM


VAGABUNDO, ENQUANTO CONVERSAM.
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 13

RENATO — A grana já foi praquela conta da Suíça cara, logo


todo mundo vai faturar.

PÉRICLES — Olha Renato, esse troço não vai melar pro meu lado?
Não quero me complicar.

RENATO — Que nada! Você é o laranja dessa história, vai


ganhar muito dinheiro nesse esquema.

PÉRICLES — Até agora não entendi porque querer tanto que a


empresa acabe falida!

RENATO — Entenda uma coisa Péricles. O Alberto sempre me


humilhou a vida toda. Chegou a hora dele pagar.

PÉRICLES — A família dele pagar, cê quer dizer.

RENATO — É! Principalmente o babaca do Daniel.

PÉRICLES — Vingança não leva à nada, mas nessa merda de


dinheiro que eu estou, não posso pular fora desse
barco!

RENATO — Claro que não. De onde veio aquele dinheiro todo,


vai vir muito mais. Pode apostar.

CLOSE EM RENATO.

CORTA PARA:

CENA 13/CASA DE SOLANGE/SALA – INT/DIA:

CONTINUAÇÃO DA CENA 11. SOLANGE MOSTRANDO O PINGENTE PARA


MAURÍCIO.

SOLANGE — Não vai me responder?

MAURÍCIO — (PEGA DA MÃO DELA) Me dá isso mamãe.

SOLANGE — Porque é muito estranho você guardar uma coisa


dela!

MAURÍCIO — (GUARDA) Não começa a confabular! Ela é minha


patroa, esqueceu dentro do carro e eu achei. Vou
devolver pra ela!
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 14

SOLANGE — Tem certeza?

MAURÍCIO — Claro que eu tenho certeza, pelo amor de Deus.

SOLANGE — Fiquei com medo que, sei lá!

MIMI — Medo de que?

SOLANGE — Que a Helena possa estar querendo alguma coisa


com o sue irmão.

MAURÍCIO — Nunca! (ACHA GRAÇA) Aquela velha? Só pra


patroa mesmo, e nem pra isso. Mulher mais arrogante.

SOLANGE — Larga esse emprego filho, você pode fazer tantas


coisas! Não consigo ficar com a idéia de que você
trabalha pra Helena.

MAURÍCIO — Mesmo com a Helena sendo uma cobra, ela me paga


bem. Preciso desse dinheiro.

SOLANGE — Se você diz né, eu não posso contestar.

MAURÍCIO — Tem mais alguma duvida ou eu posso almoçar em


paz?

SOLANGE — Vamos almoçar duma vez!

MAURÍCIO — Isso, que depois eu tenho que voltar pro trabalho.

A FAMÍLIA VAI SE REUNINDO NA MESA, SÓ SOLANGE QUE CONTINUA NA


SALA, COM UM AR DE DESCONFIANÇA.

CORTA PARA:

CENA 14/MANSÃO DOS CASTANHO – EXT/NOITE:

FACHADA DA MANSÃO.

CORTA PARA:

CENA 15/MANSÃO DOS CASTANHO/QUARTO DE DANIEL – INT/NOITE:

FERNANDA ESTÁ OLHANDO PELA JANELA, MUITO NERVOSA. DANIEL


CHEGA DO TRABALHO.

DANIEL — Olá amor. (BEIJA ELA)


CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 15

FERNANDA — Olá...

DANIEL — Desculpa não ter vindo pra jantar, eu tinha tanta


coisa pra fazer naquela empresa!

FERNANDA — (SECA) Devo imaginar.

DANIEL — Sabe Nanda, eu tenho certeza que esse desfalque


tem a ver com a vendas das nossas informações pra
concorrente. Você não acha?

FERNANDA NÃO RESPONDE, ESTÁ TREMENDO, PRESTES A CHORAR.

DANIEL — Fernanda?

FERNANDA — (SE VIRA) Meu amor.

DANIEL — Tá tão nervosa porque?

FERNANDA — É que eu preciso te contar uma coisa muito séria.

DANIEL — Se isso vai fazer você ficar mais calma, pode contar.

FERNANDA — Eu sei que você vai me achar a maior vagabunda do


mundo, mas eu não agüento mais isso dentro de mim,
preciso falar.

DANIEL — Eu ando percebendo você muito nervosa sim, o que


está acontecendo?

FERNANDA — As vendas das informações para a TeleMania não


tem nada de relação com o desfalque Daniel.

DANIEL — Como você sabe disso?

FERNANDA — (RESPIRA FUNDO) Porque fui eu que vendi as


informações para a TeleMania, fui eu!

DANIEL — (CHOCADO) Você?

FERNANDA — (ESCORRE UMA LÁGRIMA) Sim, fui eu! Eu sou


a traidora, a víbora dessa história. A culpa é toda
minha!

FERNANDA COMEÇA A CHORAR, DESESPERADA. CLOSE EM DANIEL, QUE


NÃO ACREDITA NA REVELAÇÃO DA ESPOSA. CLOSES ALTERNADOS
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 15 PÁG.: 16

ENTRE OS DOIS, SE OLHANDO. A IMAGEM CONGELA E FORMA AS FACES


DE UM CUBO MÁGICO. UMA MÃO “PEGA” O CUBO DA TELA E COMEÇA A
ORGANIZAR OS LADOS.

CORTA.
(FINAL DO CAPÍTULO)

Os créditos sobem ao som de “O Tal Casal – Vanessa da Mata”.

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