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INTRODUÇÃO

O grande desafio proposto a nós membros da Igreja de Cristo, é o de


mantermos a comunhão dos santos, que deve caracterizar a comunidade dos
salvos – At. 2.42. Perseverarmos nessa Koinonia espiritual, dependerá de
construirmos relacionamentos interpessoais calcados na provisão da graça de
Deus colocada ao nosso dispor.
Se quisermos ser honestos conosco mesmos, haveremos de admitir que
temos presenciado muitos atritos e desentendimentos na comunidade cristã,
ocasionando dissabores, amarguras, e até mesmo cismas e divisões na obra de
Deus. Quando olhamos atentamente o que está abaixo da superfície,
constatamos que tais desentendimentos são danosos à paz e à tranqüilidade
do povo de Deus, e resulta da inapetência em construirmos relacionamentos
fraternais saudáveis entre nós. Os recursos para fazermos frente a esse
desafio a nós colocados, Deus nô-los tem dado. Portanto, se temos falhado,
a deficiência não está na falta de recursos espirituais para efetivamente
alcançá-lo. Nosso objetivo ao elaborarmos essas poucas linhas é motivar a
todos nós servos do Senhor, a trabalharmos no sentido de construirmos
relacionamentos fraternais, conforme proposto por Paulo no texto de Gl. 5.26
– 6.1-5. Para isso, será necessário percebermos o nosso valor enquanto servos
de Deus habitados pelo Espírito Santo, a fim de que tenhamos uma auto-
estima equilibrada, como forma de não incorrermos no complexo de
superioridade, enchendo-nos de “vanglória”, muito menos, sejamos atingidos
pelo complexo de inferioridade, que poderá gestar em nós a demoníaca
atitude da inveja, que adoece as pessoas impossibilitando-as a desenvolverem
relacionamentos fraternais significativos e restaurados por Deus.
Tendo em vista a importância dos relacionamentos interpessoais para a
vida da igreja, neste mês de julho, estaremos estudando o Fortalecimento da
Relações Interpessoais da Igreja, visando aprofundar a nossa comunhão que
já é uma realidade entre nós, conforme demonstrado pela unidade e paz que
desfrutamos em nosso campo. A proposta é exatamente fortalecer aquilo que
já temos recebido pela graça de Deus. Que Deus esteja uma vez mais
abençoando a ministração dessas aulas e, que no final, estejamos desfrutando
mais intensamente nosso relacionamento fraternal como Igreja de Cristo.

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1ª AULA

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS COMEÇAM COM O


INDIVÍDUO – Gl. 6. 3 e 4.

Quando Deus criou os seres humanos, Ele os fez criaturas sociáveis e


gregárias, possibilitando-lhes a busca de relacionamentos que fossem
significativos e que tornassem a vida mais saudável e a convivência mais
harmoniosa. O Senhor afirmou em sua Palavra: “Não é bom que o homem
esteja só – Gn. 2.18”; pois o interesse de Deus é que tenhamos
relacionamentos interpessoais saudáveis, pelo operar curador da sua graça em
nossas vidas. Certamente, todo relacionamento dependerá de reciprocidade
entre as pessoas, mas, entretanto, começará sempre com o indivíduo. Gálatas
5.26 – 6.1-5, trata de nossos relacionamentos pessoais, especialmente entre
crentes na mesma comunidade da fé. Na Igreja, cada crente, habitado pelo
Espírito Santo, deve empenhar-se no sentido de manter a comunhão entre os
santos através de um relacionamento caracterizado pela harmonia e a
fraternidade cristã.
Paulo exorta-nos a que evitemos três atitudes específicas se quisermos
efetivamente construir relacionamentos curados pela graça de Deus.

I – O CRENTE NÃO DEVE TER UMA ATITUDE DE PRESUNÇÃO – Gl.


5.26 a

“Não nos deixemos possuir de vanglória (Presunção)”. Este versículo é


muito instrutivo, porque afirma que a nossa atitude para com os outros é
determinada pela opinião que temos de nós mesmos. Quando alguém tem um
senso de autocrítica errado, facilmente será tomado por um senso de auto-
estima por demais elevado, caracterizado por vanglória, podendo dificultar o
seu relacionamento com as outras pessoas.
A palavra traduzida por vanglória, é o adjetivo grego: KENODOXOS, e
fala de uma pessoa cuja opinião sobre si mesma, não corresponde á realidade.
É vazia, vã ou falsa. Esse indivíduo acalenta uma ilusão acerca de si mesma,
ou é simplesmente convencida. Então, quando somos convencidos, nosso
relacionamento com os outros se torna vulnerável e sujeito a envenenamento.
E nesse sentido, o Apóstolo continua dizendo: “Se alguém pensa ser alguma
coisa não sendo nada, a si mesmo se engana – Gl. 6.3”. E o pior dos
insensatos é aquele que engana a si mesmo.

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II – OS CRENTES NÃO DEVEM PROVOCAR UNS AOS OUTROS – Gl.
5.26 b

É próprio da pessoa presunçosa viver se equiparando e provocando os


outros. E essa atitude é um terrível veneno para todo e qualquer
relacionamento. A palavra grega, aqui traduzida por provocar é um verbo
raro no Novo Testamento: PROKALÉO, e significa: “desafiar alguém para
uma competição” – Corresponde dizer que temos tanta certeza de nossa
superioridade, que insensatamente procuraremos demonstrá-la. Pessoas que
são possuídas por esse tipo de atitude, dificilmente encontrarão bons amigos,
pois ninguém gosta de conviver com alguém presunçoso e provocante, que
sempre se acha melhor que todo mundo – Fp. 2.3.

III – OS CRISTÃOS NÃO DEVEM INVEJAR UNS AOS OUTROS –


Gl.5.26

A inveja é uma atitude indigna do cristão, e própria das pessoas fracas,


que geralmente tem um senso de auto-estima muito baixa. A grande verdade
ensinada por Paulo no texto em apreço, é que os presunçosos se sentem
melhores do que todos, e vivem desafiando os outros a uma competição;
enquanto que os invejosos, até reconhecem que o outro é melhor, mas não
obstante a isso, se sentem incomodados pelos dons e qualidades percebidos
nos outros. O orgulhoso diz: Sou melhor do que você e vou provar isso; o
invejoso, por sua vez, diz: você é melhor do que eu, e não estou gostando
nada disso. Portanto, concluímos que relacionamentos saudáveis, passam
necessariamente, por uma auto-estima sadia e curada pela graça de Deus,
mediante o habitar do Espírito Santo na vida do crente. Se, de fato,
relacionamentos saudáveis, dependem do indivíduo, de cada crente em
particular, precisamos, então, conhecermos a nós mesmos, sabendo que para
Deus todo ser humano tem valor, e pedirmos a Ele que nos dê um senso de
auto-estima equilibrado, pois só assim, estaremos aptos a desenvolvermos
relacionamentos interpessoais significativos no corpo de Cristo.

2ª AULA

COMPREENDENDO O COMPLEXO DE INFERIORIDADE E A AUTO-


ESTIMA – Gn. 1.26-27; Sl. 8.4,5; Jo. 3.16.

Ao tratarmos a questão da inferioridade e auto-estima, devemos


compreender e aceitar o ensino bíblico sobre o valor humano, uma vez que a
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Bíblia nos oferece a única perspectiva viável para que vençamos a
inferioridade e construamos uma auto-estima equilibrada, conforme nos é
proposto na Palavra de Deus. Conquanto a Bíblia reconheça que o homem é
um ser caído, pecador e, portanto, susceptível à mais baixa degradação, Ela
afirma, também, que esse homem é um ser nobre, porque foi criado à imagem
e semelhança de Deus. Por conseguinte, ele é um misto de nobreza e
ignobilidade. Nobre, porque tem em si a imagem e semelhança Divina,
ignóbil enquanto ser caído e pecador. Portanto, a Bíblia é a melhor proposta,
no sentido de construir uma auto-estima equilibrada, pois nos afiança a
certeza do amor de Deus, e coloca-nos sob o Seu constante cuidado.

I – CONCEITUANDO E ENTENDENDO INFERIORIDADE E AUTO-


ESTIMA

Alfred Adler disse que “existir como ser humano, significa possuir um
complexo de inferioridade que está constantemente nos instigando”.
Auto-estima é o modo como uma pessoa se sente a respeito de si
mesma. Está intrinsecamente ligado ao quanto ela gosta da pessoa que é.
Discutir as questões da inferioridade e auto-estima envolve os seguintes
elementos:

1.1 – Auto-conceito e auto-imagem – referem-se à idéia que alguém tem


de si mesmo, é a sua auto-descrição;

1.2 – Auto-estima – refere-se à avaliação que um indivíduo faz de seu


valor, competência e significado.

Os sentimentos de valores próprios formam a personalidade e


determinam o modo como uma pessoa usa suas aptidões e habilidades. Suas
atitudes em relação a si mesma têm influência direta sobre a maneira como
enfrentará as adversidades da vida, especialmente naquelas situações que
demandam gerenciamento de conflitos nas relações interpessoais. A auto-
estima é o fator determinante para que o indivíduo seja um sucesso ou um
fracasso, no que concerne às relações humanas.

II - FATORES QUE CAUSAM INFERIORIDADE E AUTO-ESTIMA


NEGATIVA

São diversos os fatores que podem causar complexo de inferioridade e


baixa auto-estima. Mas, tendo em vista a nossa perspectiva bíblica e cristã da
questão em apreço estaremos enfocando os seguintes elementos:
2.1 – Teologia Falha – Quando não se tem uma perspectiva correta
sobre Deus e o valor inerente do ser humano, pode-se perder de vista a idéia
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bíblica de um Deus amoroso, que é, acima de tudo Pai daqueles que o
servem; levando as pessoas a se sentirem indignas, inclinadas à inferioridade,
presumindo que os seres humanos são indignos e insignificantes aos olhos de
Deus, confundindo humildade com auto-condenação. Certamente Deus nos
corrige como pai aos filhos, mas o faz porque nos ama – Hb. 12.6-11.

2.2 – Conceito errado quanto à doutrina do pecado – Ao criar os


seres humanos, Deus estabeleceu-nos um padrão de certo e errado, não
porque tivesse o interesse de estragar nossa alegria, mas porque objetivava
que fóssemos felizes, à medida que experimentássemos o Seu amor,
conforme nos é estabelecido nos princípios universais da Sua Palavra.
Quando quebramos esses princípios e pecamos, entristecemos o Seu coração,
mas nem por isso Deus deixa de nos amar. O Seu amor é imutável e
incondicional. O pecado fere o coração de Deus e sobrecarrega o homem de
culpa, mas não invalida a disposição de Deus em amar-nos – Rm. 5.6-9; Tg.
1.17.
“Há coisas amadas por terem valor, outras só tem valor por serem
amadas” – Philip Yancey.

2.3 – Experiências negativas do passado – Vivemos em uma


sociedade que valoriza e cobra o sucesso a qualquer custo. Pessoas que foram
demasiadamente cobradas quanto a corresponder a esse elevado padrão de
perfeição, têm dificuldades em experimentar fracassos, rejeições e críticas. E
infelizmente, a vida não constitui somente de vitórias e sucessos.
Eventualmente enfrentamos derrotas e até mesmo o menosprezo. E nessas
situações é fácil pensar: “Não valho nada, ou sou a personificação do
fracasso”. Precisamos aprender a virar a página da vida; pois, viver remoendo
os fracassos do passado destrói o nosso senso de auto-valor e impossibilita-
nos de continuarmos lutando até alcançarmos a vitória. Alguém disse que
“sucesso, é mover-se de um fracasso para o outro sem perder o entusiasmo”.

2.4 – Expectativas irrealistas quanto à vida – Fp. 3.12-14 – Há


indivíduos que estabelecem padrões e expectativas de vida por demais
elevados que, quando não atingidos causam grande frustração,
potencializando o senso de inferioridade e baixa auto-estima. Os servos do
Senhor têm promessas de vitória para a vida. Contudo, é preciso sabermos
que Deus não garante vida fácil, nem mesmo a mudança pura e simples de
algumas circunstâncias da vida. Quando compreendemos essa verdade,
podemos, então, estabelecer expectativas que sejam efetivamente alcançadas.
Entretanto, quando porventura falharmos, saibamos outra vez erguermo-nos,
sacudir a poeira e prosseguirmos, sem sermos atingidos por um espírito
derrotista. Os grandes vencedores na carreira da fé não foram
necessariamente aqueles que nunca erraram, mas aqueles que tiveram a
coragem de continuar, a despeito de não terem alcançado a realização de
todos os seus sonhos.
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2.5 – Pensamentos extremamente negativos – Fp. 4.5-13 –
Conhecedores que somos da doutrina quanto à nossa natureza ambígua
(somos seres nobres e ao mesmo tempo ignóbeis), podemos, em função dessa
compreensão, nutrirmos uma atitude realista da vida, sem contudo, tornarmo-
nos pessimistas, e alimentarmos uma atitude otimista sem enveredarmos por
um ilusionismo ingênuo e inconseqüente. Certamente não somos e não temos
ainda, tudo quanto Deus idealizou que fossêmos e alcançássemos, mas,
bondosamente Ele tem nos dado tudo quanto necessitamos para vivermos –
Fp. 4.19. Portanto, estejamos contentes, não pelas dificuldades, mas a
despeito das dificuldades.

2.6 – Influências recebidas do meio – Geralmente, possuímos valores


que assumimos da sociedade ou comunidade onde vivemos, que nos são
passados pelos meios de comunicação em massa e enfatizados
conscientemente ou não, nos lares, escolas, governos, etc. Supõe-se que o
valor da pessoa depende de sua inteligência, atração física, educação e
cultura, dinheiro, poder e posição social. Às vezes as pessoas são encorajadas
a manipular as circunstâncias, e até mesmo umas às outras, a fim de satisfazer
as cobranças do meio. Presume-se, que possuindo esses símbolos de status e
poder, ter-se-á então, uma auto-estima saudável. Ledo engano. O nosso senso
de valor próprio resulta da consciência de que somos amados por Deus e
encontramos nosso lugar na comunidade cristã, onde podemos manter
relacionamentos significativos com outros irmãos da fé. É na Igreja,
comunidade dos restaurados pela graça de Deus e habitada pelo Espírito
Santo, que podemos encontrar o nosso verdadeiro senso de valor. É
reconhecendo o quanto valho para Deus, e o quanto significo para o corpo de
Cristo que poderei anular as causas da inferioridade e a baixa auto-estima, e
construir relacionamentos curados pela presença restauradora de Deus.

III – APRENDENDO A LIDAR COM PESSOAS COM SENTIMENTOS


DE INFERIORIDADE E BAIXA AUTO-ESTIMA.

O grande objetivo dos relacionamentos entre cristãos é desenvolver a


comunhão plena dos servos de Deus, conforme exemplo da Igreja Primitiva –
At. 2.42-47. Mas, não obstante sermos o povo de Deus, certamente
encontraremos indivíduos que, embora estando na Igreja, têm problemas com
sua auto-imagem e auto-estima, dificultando ou mesmo impedindo uma
convivência saudável na comunidade da fé.
Quanto a esse aspecto, nossa preocupação deve ser no sentido de
oferecermos apoio às pessoas que porventura tenham dificuldades nessa área.
Nossa atitude não deve ser a de buscarmos relacionar tão somente com as
pessoas de fácil relacionamento, mas procurarmos suportar e ajudar àqueles
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que são de difícil convivência. Certamente, não será algo fácil, mas é
exatamente isso que Paulo está exortando-nos a fazer em Gálatas 6.1,2. Nesse
sentido, conseguiremos fazê-lo, observando os seguintes elementos práticos:

3.1 – Atentarmos para os efeitos da inferioridade e auto-estima


negativa – Os efeitos da inferioridade e baixa auto-estima se evidenciam por
uma variedade de atitudes, atos e emoções. Geralmente essas pessoas não se
sentem amadas, tendo grandes dificuldades para superarem suas deficiências.
Carecem de motivação e são incapazes de se defenderem, tornando-se
dependentes e extremamente sensíveis, melindrando-se com facilidade.
Sentem dificuldades para abrirem o coração e desabafar com outras pessoas,
tornando-se depressivas e aprisionadas em seus próprios pensamentos
negativos. Tudo isso contribui para uma intranqüilidade de alma,
desenvolvendo uma baixa auto-confiança, ciúmes e excessiva atitude crítica
em relação às outras pessoas. Há aqueles que, sentindo-se inferiores, têm uma
extrema necessidade de alcançar o poder, buscando afirmar sua superioridade
e exercer controle sobre os outros. Todas essas emoções e atitudes podem ser
formas de fugas, a fim de não se encarar e enfrentar a realidade, levando
essas pessoas a não aceitarem cumprimentos e expressarem amor.

3.2 – Demonstrarmos aceitação e aprovação sinceras – Implica em


encorajar com gentileza e aprovar as realizações sem estardalhaços e
exageros. Sermos sinceros nas avaliações e comedidos nos elogios.

3.3 – Desenvolvermos nessas pessoas a auto-compreensão – Orientar


o indivíduo a se auto avaliar, a fim de ajudá-lo a encontrar as origens de seu
auto-conceito negativo, pois à medida que compreendemos as origens do
nosso comportamento e nossas atitudes, podemos facilmente mudar-nos. É a
velha máxima de Sócrates: “Conheça-te a ti mesmo”, que tem ressonância na
expressão de Paulo em Gálatas 6.3 que diz: “Aquele que pensa ser alguma
coisa, não sendo nada”, não se conhece e, portanto, “a si mesmo se engana”.

3.4– Ensinarmos a perspectiva bíblica da auto-estima – Nós cristãos,


precisamos entender que o ser humano tem valor por aquilo que ele é,
enquanto criatura de Deus, e que o amor próprio é certo e aprovado por Deus
– Mt. 22.39; 19.19.

3.5 – Estimularmos as pessoas a estabelecerem expectativas e alvos


realistas – Deve-se começar pelos alvos menores e mais facilmente
alcançáveis, pois à medida que o indivíduo alcançá-los, experimentará
satisfação e se sentirá realizado, melhorando assim, a sua auto-estima.
Quando e, se porventura falhar, encorajarmo-lo a tentar novamente, quantas
vezes se fizerem necessário. Estimulá-lo a prosseguir perseguindo os seus
alvos, sem jamais desistir.

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3.6 – Estimularmos o desenvolvimento de novas aptidões – Quando
encontramos a nossa função no Corpo de Cristo, tornando-nos úteis ao Reino
de Deus e às pessoas, certamente teremos maior satisfação e motivação para
vivermos. Pode ser que não tenhamos grandes talentos e habilidades, como
outras pessoas porventura tenham, mas alguma aptidão certamente teremos. E
então, poderemos “levar as cargas uns dos outros” – Gl. 6.2. Essa afirmação,
por si só, nos alenta, pois fica subentendido que todos nós temos cargas, e
nesse aspecto, pelo menos, estamos todos nivelados, não há melhor nem pior.

IV – PREVENINDO O SENTIMENTO DE INFERIORIDADE E A BAIXA


AUTO-ESTIMA.

A Igreja, enquanto comunidade restaurada e, restauradora, pode


influenciar no sentido de modificar nos indivíduos os auto-conceitos
negativos e impedir que aflore nos seus membros o sentimento de
inferioridade.
Do ponto de vista ideal, a Igreja é um corpo de pessoas dignas que
existe para oferecer apoio e edificar umas às outras, livres de lutas pelo
poder, manipulação e busca de “status”. Certamente, nem sempre isso
acontece, mas, mesmo assim, a Igreja pode esforçar-se, objetivando aumentar
o conceito de auto-estima das pessoas oferecendo apoio e ensinando os seus
membros a se valorizarem, tendo em vista o elevado valor que cada crente
tem para Deus.
Se a baixa auto-estima resulta de ensinamentos errados sobre os valores
espirituais, faz-se necessário que retornemos à Bíblia a fim de redescobrirmos
o verdadeiro sentido de sermos pessoas criadas à imagem e semelhança do
Criador. Ensinarmos a Antropologia teológica, objetivando conscientizar
cada membro da comunidade cristã a se reconhecer como ser digno e amado
por Deus. Enfocarmos bíblica e responsavelmente a doutrina do pecado, sem
destruir o valor que Deus dá ao pecador, pois Ele o ama, e providenciou-lhe a
restauração por meio do sacrifício de Cristo.
É preciso conscientizarmo-nos, que um ser humano completo, resulta
da união deste com Deus, o seu Criador e, nutrirmos em nossa alma o senso
de pertencimento. Somos povo do Senhor e “ovelhas do Seu pastoreio”. Essa
consciência resgata o nosso valor, pelo fato de sermos sustentado por um
Deus soberano que nos aceita enquanto indivíduos com aptidões, talentos e
dons peculiares e, sobretudo nos convoca a colocarmos nossas habilidades a
serviço do Seu Reino. Alguém que consegue se enxergar nesta perspectiva,
tem a seu favor todos os elementos necessários para ter uma auto-estima
curada e estará aberto a viver relacionamentos cristãos saudáveis, conforme
preconizado pelo Senhor da Igreja.

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3ª AULA

PRATICANDO AS RELAÇÔES INTERPESSOAIS NA IGREJA.

Quando Deus criou os seres humanos, Ele os fez com a capacidade de


interagirem entre si, possibilitando-lhes o inter-relacionamento. Todas às
vezes que duas ou mais pessoas se reúnem, surgem, então, as relações
interpessoais. Essas relações podem ser saudáveis, proporcionando apoio
mútuo, caracterizadas por uma comunicação clara e eficiente. Em outros
momentos, porém, essas relações interpessoais são tensas e marcadas por
constantes conflitos. Tendo em vista estas questões, é que o cristão deve
procurar envidar todo esforço ao seu alcance no sentido de construir
relacionamento saudável pela graça de Deus.

I – POR QUE O CRENTE DEVE RELACIONAR-SE?

1.1 – Porque a Bíblia valoriza e incentiva todo servo do Senhor a


viver em Paz com todos – Sl. 34.14; Rm. 12.17,18;

1.2 – Porque a Bíblia reprova fortemente as dissensões e conflitos


entre o povo de Deus;

1.3 – A Bíblia condena veementemente a ira descontrolada,


palavras precipitadas, orgulho e desonestidade pessoais, inveja e cobiça como
fonte geradora de tensão;

1.4 – O Senhor Jesus ensinou atitudes positivas, no sentido de


evitar o espírito de beligerância e princípios práticos para reduzir conflitos –
Mt. 18.15-35; 20.20-28; Lc.12.13;

1.5 – Paulo orientou a Timotéo para que não entrasse em


contendas, especialmente àquelas relacionadas a questões sem importâncias.
Deveria, ao contrário, buscar a harmonia entre as pessoas, demonstrar amor e
substituir a amargura e a ira com a bondade e alimentar no coração uma
predisposição para a compaixão e o perdão – II Tm. 2.14,24.

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II – ELEMENTOS QUE PODEM CAUSAR MÁS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS.

A grande questão que se impõe nesse particular, é sempre no sentido de


entender porque os crentes, senão todos, mas, uma boa parcela deles, não
consegue construir relacionamentos interpessoais saudáveis, visto que a graça
proveu-lhes extraordinários recursos para esse fim. Em termos gerais os
conflitos surgem das seguintes áreas:

2.1 – Atitudes e atos pessoais tais como:

- Uma extrema necessidade de ser notado;


- Obsessão para exercer domínio sobre os outros;
- Uma necessidade doentia de impor sua vontade;
- A busca desenfreada de prestígio e posição;
- Uma constante atitude de amargura e rancor e, dificuldade para
liberar o perdão;
- Tendência a crítica excessiva, que pode desandar em julgamento
dos outros, afastando as pessoas;
- Sentimento de insegurança, que pode levar o indivíduo a sentir-se
ameaçado;
- Medo de rejeição, que pode levar à relutância em confiar nos
outros;
- Preconceito relativo a idéias ou pessoas, que quase sempre é
negado;
- Incapacidade ou recusa consciente em compartilhar sentimentos e
pensamentos;
- Dificuldade para reconhecer a admitir as diferenças individuais,
gerando a tendência em querer enquadrar todo mundo ao seu modo de pensar.
Nesse aspecto, talvez seja oportuno a frase do filósofo francês Voltaire, que
disse: “Não concordo com a sua idéia, mas defenderei até à morte o direito de
dizê-la”.

2.2 – Situações que podem gerar “padrões” de conflitos: Ocorre


quando duas ou mais pessoas têm idéias e alvos aparentemente conflitantes.
São pessoas que, em sendo contrariadas nas suas idéias, reagem no sentido de
criarem “padrões” de conflitos interpessoais. Certamente, não conseguiremos
fazer com que todos pensem e sejam como nós. Portanto, é preciso mudar a
nossa atitude em relação a essas situações de conflitos, a fim de que não surja
a tensão interpessoal todas as vezes que tivermos de enfrentá-las – Fp. 2.3,4.

2.3 – Tensões ocasionadas por ausência de comunicação ou


deficiência na arte de verbalizar suas idéias – Sl. 34.12-14: A essência das
boas relações interpessoais é a habilidade na arte da comunicação. Pessoas
que se sentem no direito de falar o que querem, do modo como querem, sem
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se importar com os sentimentos dos outros, causam conflitos e afastam a
possibilidade de vivenciar boas relações. É necessário que haja clareza na
comunicação, evitando qualquer ruído que possa prejudicar o entendimento
da mensagem verbalizada. Deve haver, também, sintonia quando dizemos
uma coisa com os lábios e a atitude, pois pode gerar duplicidade de
entendimento.

2.4 – Os irritantes sociais: São situações, eventos ou condições que


ocorrem na vida em sociedade que, podem impedir ou prejudicar as boas
relações interpessoais. Constantemente somos bombardeados por
informações e notícias sobre guerras, rebeliões, violência racial, violência
urbana, linchamentos, inquietação social e até mesmo divisões na Igreja, que
podem gerar um estado de espírito caracterizado por medo, ira, frustração,
que por sua vez pode-se traduzir em tensão social, vindo então, a prejudicar
as relações interpessoais.
No mundo atual, as pessoas estão confinadas em grandes
conglomerados urbanos, que colocam os indivíduos em proximidade com
outros. Contudo, estar perto física e geograficamente de outrem, não garante
às pessoas as condições ideais para as boas relações pessoais. Constatou-se
através de uma pesquisa que, a proximidade física, pode ser um fator gerador
de ansiedade e tensão. A referida pesquisa chegou à conclusão que, as
mulheres são mais receptivas ao contato íntimo com outras. Os homens,
porém, sentem-se ansiosos e tensos quando ficam suficientemente próximos
ao ponto de serem tocados. Os especialistas do comportamento humano, têm
constatado a influência das questões sociais sobre os relacionamentos
interpessoais.

4ª AULA
PROMOVENDO A RECIPROCIDADE NO RELACIONAMENTO
CRISTÃO. Fl. 2.1-5.

O cristianismo é uma religião de relacionamentos. Seu fundador é o


Deus de amor e o amor é a Sua característica mais distinta. E não se trata
apenas de sentimento, mas envolve a decisão de amar ao ponto de
sacrificarmos no sentido de mantermos relações interpessoais saudáveis na
Igreja do Senhor. E à medida que falhamos em pregarmos e praticarmos esse
amor que é tão central para a mensagem cristã, as tensões interpessoais têm
acometido o povo de Deus. A questão, então, é como podemos promover
bons relacionamentos entre o povo de Deus? Vamos tentar responder essa
pergunta, observando os seguintes princípios e atitudes:

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I – RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS COMEÇAM COM JESUS

Ele prometeu conceder àqueles que O seguem, uma paz sobrenatural,


autêntica e duradoura – Jo. 14.27; Fp. 4.17.
Ele tornou-se a nossa paz, e derrubou as muralhas de dissensão que nos
dividiam – Ef. 2.14-17.
A paz que Ele nos concede nasce quando confessamos a Ele nossos
pecados e fracassos e, pedimos que Ele tome o controle das nossas vidas e,
então, Ele nos concede a paz prometida na Palavra de Deus.

II – BONS RELACIONAMENTOS SE INICIAM DENTRO DAS


PESSOAS

Quando as pessoas mudam no seu interior, surge uma mudança em seu


comportamento exterior. Para que haja paz entre as pessoas, é preciso que
exista paz no coração dos indivíduos. Tanto a paz interna como a paz entre
indivíduos, dependem de uma entrega irrestrita a Cristo e ao Seu Senhorio,
seguida de um crescimento e maturidade espiritual – Gl. 2.20; Cl. 3.14-16.

III – MUDANDO O INDIVÍDUO

Já que os relacionamentos começam com o indivíduo, é preciso


começar mudando-o. Isso envolve a necessidade de encorajamento à
sinceridade e a auto-análise, a fim de que o crente cresça no seu
relacionamento com Cristo, e com seus irmãos na fé, pois o Espírito Santo
opera frequentemente através de companheiros cristãos, como meio de
efetuar mudanças em nossas vidas – I Jo. 4.8.

IV – RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS EXIGEM DETERMINAÇÃO E


ESFORÇO

Relações interpessoais significativas não acontecem automaticamente,


mesmo entre o povo de Deus. Para que construamos relacionamentos
duradouros é necessário que haja desejo de entender os outros, ouvir
cuidadosamente as pessoas, procurando entendê-las e evitar comentários
maldosos e explosões emocionais. Todos nós somos susceptíveis a perder o
controle emocional quando, sob intensa pressão, então, é preciso
desenvolvermos habilidades de autocontrole ante a tais situações como forma
de evitar conflitos que podem destruir relacionamentos cultivados a longos
anos. Certamente, podemos contar com a graça de Deus para esse fim.

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V – ENSINANDO HABILIDADES PARA A RESOLUÇÃO DE
CONFLITOS

Uma vez que é impossível viver permanentemente sem conflitos,


devemos preocupar-nos, não com os conflitos em si, mas em como encará-los
e resolvê-los. Devemos considerar os conflitos como diferenças francas que
podem ser solucionadas, se estivermos dispostos a tratarmos um ao outro
com respeito e nos confrontarmos mutuamente com a verdade expressada
com amor - Ef. 4.15. “Expressar amor sem temperá-lo com a verdade, pode
descambar para a filosofia do “Laissez-Faire”, e por outro lado, proclamar a
verdade sem amor pode conduzir à tirania”.

VI – ENSINANDO TÉCNICAS NA ARTE DA COMUNICAÇÃO – Ef.


4.29; Rm. 4.13

Quando aprendemos técnicas e habilidades na arte da boa


comunicação, as relações interpessoais tornam-se mais fáceis, as diferenças
são discutidas abertamente e os conflitos solucionados satisfatoriamente.
Nesse sentido, devemos atentar-nos para as diretrizes abaixo relacionadas:
- Termos em mente que os atos falam mais alto que as palavras;
- Atentarmos para o fato de que a comunicação não verbal é mais
poderosa do que a verbal. Portanto, precisa haver sintonia entre “cara e
coração” – Sl. 15.2;
- Definirmos o que é importante e priorizarmo-lo. O que não for
importante para os relacionamentos, simplesmente ignorarmos;
- Valorizarmos e demonstrarmos respeito pela outra pessoa enquanto
ser humano que é;
- Aprendermos que para vivermos plenamente, devemos “Usar as coisas
e Amar as pessoas, e não Amar as coisas e Usar as pessoas”;
- Sermos claros e específicos em nossa comunicação. A indefinição
conduz a duplicidade de entendimento;
- Sermos realistas e razoáveis em nossas declarações, no sentido de
evitarmos os exageros;
- Reconhecermos que cada fato ou acontecimento pode ser visto de uma
perspectiva diferente por pessoas diferentes. Portanto, evitemos impor a
nossa ótica, exigindo que as pessoas enxerguem as coisas como nós as
enxergamos;
- Sejamos abertos e sinceros quando tivermos de falar dos nossos
sentimentos e pontos de vista, mesmo que o assunto abordado possa perturbar
a outra pessoa;
- Preocuparmo-nos mais com o efeito da comunicação sobre os outros,
do que com aquilo que pretendemos comunicar;
- Evitarmos o ressentimento, no caso de sermos mal compreendidos;
- Devemos aceitar os sentimentos dos outros e tentarmos compreender
por que eles sentem e agem de determinada forma;
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- Agirmos com tato, consideração e cortesia quando falarmos com as
pessoas. Muitas vezes, o que fere as pessoas não é o que falamos, mas o
modo como falamos.

VII – QUANDO NECESSÁRIO, MUDAR O AMBIENTE

Quando ocorrer de o ambiente contribuir para a tensão interpessoal,


devemos tentar mudar o ambiente, visando modificar a condições que
porventura estejam dificultando as relações na Igreja de Cristo. Devemos,
entretanto, procurarmos mudar o indivíduo, visto que cada pessoa produz o
seu ambiente, mas, nem sempre isso é possível. Paulo e Barnabé, por
exemplo, tiveram de buscar ambientes diferentes para atuarem, pelo fato de
não terem chegado a um acordo em relação à participação de João Marcos na
comitiva missionária – At. 15.36-40. Contudo, certamente, não será
necessário tomarmos uma atitude escapista todas as vezes que enfrentarmos
situações conflitantes, pois, tal procedimento impedirá o nosso
amadurecimento e o aprendizado para solucioná-las. Porém, haverá situações,
que a única saída viável é mudar o ambiente ou de ambiente, a fim de
prevenirmos situações piores.

VIII – INCENTIVARMOS O ENVOLVIMENTO E A INTERAÇÃO


ENTRE AS PESSOAS

À medida que desejamos ter uma comunidade comprometida com


relacionamentos interpessoais, não podemos ter uma atitude escapista como
se os conflitos entre as pessoas não afetassem a todos. Na comunidade cristã,
tudo que acontece a um membro do Corpo de Cristo, direta ou indiretamente,
afeta todo o corpo. Portanto, na Igreja não há lugar para o isolamento e o
individualismo. Somos membros do Corpo e precisamos nos interagir,
ocupando-nos com os problemas e dores uns dos outros. É evidente que o
envolvimento em conflitos que envolvem outras pessoas, deve ser feito com
muita prudência e sabedoria, mas, mesmo assim, nos envolvermos. Isso pode
ser feito observando os seguintes fatores:
- Mostrarmos respeito pelas pessoas envolvidas no conflito;
- Compreendermos suas posições sem tomarmos partido abertamente;
- Asseguramos às pessoas a possibilidade de solução, a fim de que elas
não percam a esperança;
- Encorajarmos a comunicação aberta e franca, visando criar o interesse
mútuo em ouvir;
- Focalizarmos as situações e coisas que podem ser eliminadas;
- Tentarmos impedir que o conflito aumente e a comunicação seja
interrompida;
- Encorajarmos as pessoas a buscarem ajuda e a compartilharem suas
cargas emocionais.

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5ª AULA

ANDANDO NO ESPÍRITO E RELACIONANDO-SE


FRATERNALMENTE – Ef. 5.9-21.

No texto de Gálatas 5.25-6.1-5, Paulo descreve a característica daqueles


que andam e vivem no Espírito, que tem como marca preponderante os
relacionamentos fraternais no amor cristão.
Se vivermos e andarmos no Espírito, certamente teremos uma
personalidade sadia, possibilitando-nos lidar constantemente com as
situações de conflitos que porventura surjam em nossas relações. Pelo fato de
termos saúde espiritual e emocional, estamos livres da atitude da presunção e
a soberba pessoal, bem como, estamos aptos para reconhecermos os talentos
e habilidades dos outros sem invejá-los. De uma análise minuciosa do texto
em apreço depreendemos dele as seguintes verdades, que certamente nos
ajudarão a mantermos relacionamentos cristãos saudáveis:

I – NOS RELACIONAMENTOS CRISTÃOS PRECISAMOS CONTAR


COM A POSSIBILIDADE DE FRACASSO.

Gálatas 6.1 “...se alguém for surpreendido nalguma falta...”. Vejamos,


que o texto não nos diz quando, mas se. A possibilidade de falharmos existe,
e isso nos inclui a todos. Portanto, não há lugar para o orgulho e a presunção,
pois todos podem incorrer em faltas.

II – NOS RELACIONAMENTOS CRISTÃOS OS QUE SÃO


ESPIRITUAIS DEVEM AJUDAR OS MAIS FRACOS.

Quem ajuda deve fazê-lo sem atitude de superioridade, pois ele mesmo
é passível de ser tentado e vir a falhar; quem é ajudado deve ser humilde para
receber com alegria a ajuda oferecida, sem sentir inferiorizado.

III – NOS RELACIONAMENTOS CRISTÃOS, TODOS,


INDISTINTAMENTE, TEMOS PESADOS FARDOS DA VIDA E
PRECISAMOS DE AJUDA – GL. 6.2.

Quando o texto diz que “devemos levar as cargas uns dos outros”, fica
subentendido que todos nós temos cargas. Isso nos coloca no mesmo nível e
faz-nos dependentes uns dos outros. No grego, o vocábulo é baros
e significa pesado fardo da vida. Todos nós precisamos ser humildes o
suficiente para compartilhá-lo. Não conseguiremos levá-lo sozinhos.
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IV – NO RELACIONAMENTO CRISTÃO NÃO HÁ LUGAR PARA A
AUTO-SUFICIÊNCIA – V. 3.

Precisamos de um aguçado senso de auto-crítica, a fim de não cairmos


no engano de imaginarmos sermos alguma coisa, quando na verdade, não
somos nada. A consciência de nossas impossibilidades é que nos abre a porta
para usufruirmos os recursos da graça de Deus, pois Ele resiste aos soberbos,
mas concede graça aos humildes.

V – O RELACIONAMENTO CRISTÃO NÃO ADMITE A


IRRESPONSABILIDADE – GL. 6.5.

Conquanto somos abençoados com ajuda dos outros para levarmos os


pesados fardos da vida; devemos, também, assumirmos a nossa
responsabilidade em relação ao fórtion, ou seja, nosso fardo pessoal. Há um
pacote pessoal que cada um deve levar. A palavra grega é um vocábulo
militar e refere-se aos apetrechos individuais do soldado. Cada um tem de
levar o seu, pois, certamente, o Senhor passará em revista as suas tropas, e
todo soldado será cobrado na sua responsabilidade pessoal.

VI – TODOS NÓS CRISTÃOS SOMOS DESAFIADOS A


CULTIVARMOS RELACIONAMENTOS CRISTÃOS SAUDÁVEIS NA
COMUNIDADE ONDE SERVIMOS COMO MEMBROS.

Situações de conflitos geradoras de tensões certamente existirão.


Porém, podemos contar com os recursos providos por Deus e o Seu Espírito
que habita na Igreja, a fim de superá-las e vivermos harmoniosamente a vida
de comunhão que o Senhor espera que vivamos.
O Espírito Santo adverte-nos que, relacionamento cristão saudável é
governado pelo serviço aos irmãos e, não pela atitude de beligerância e
rivalidade.
Que o Senhor Jesus nos ilumine, no sentido de podermos construir
relacionamentos interpessoais significativos no seio de Sua Igreja, e cada
crente se sinta valorizado à medida que alcance êxito nessa área tão
importante para todo ser humano.

Pr. Enoque Vieira.

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BIBLIOGRAFIA

01 – A Mensagem de Gálatas
Stott, R. John – Série B.F.H.
Ed. ABU

02 – A Mentalidade Cristã
Stott, R. John
Ed. Vinde

03 – Aconselhamento Cristão
Collins, R. Gary
Edições Vida Nova

04 – Bíblia Anotada – Versão Almeida Revisada e Atualizada


Editora Mundo Cristão.

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