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Março/2011
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
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0872.RT.13.S.3903 00 Março/2011
1 SUMÁRIO
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3 1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 4
4 2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ...................................................................................... 5
5 2.1. HISTÓRICO MUNICIPAL ......................................................................................... 5
6 2.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS................................................................................... 6
7 2.2.1. Localização ...................................................................................................................6
8 2.2.2. Acessos .........................................................................................................................7
9 2.3. DADOS FÍSICOS ..................................................................................................... 7
10 2.3.1. Caracterização Física do Município ............................................................................7
11 2.3.2. Clima ..............................................................................................................................9
12 2.3.3. Unidades de Conservação ........................................................................................ 10
13 2.4. DADOS SOCIOECONÔMICOS ............................................................................. 15
14 2.4.1. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano............................................................. 19
15 2.4.2. IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social .............................................. 19
16 2.4.3. Saúde .......................................................................................................................... 20
17 2.5. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL .................................................................................... 24
18 2.5.1. Lei Orgânica Municipal ............................................................................................. 24
19 2.5.2. Plano Diretor .............................................................................................................. 24
20 2.5.3. Decreto Estadual 49.215, 7 de dezembro de 2004 – Zoneamento Ecológico-
21 Econômico ................................................................................................................. 28
22 3. INDICADORES PARA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS .................................................... 32
23 3.1. PROPOSIÇÃO DE INDICADORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................. 33
24 3.1.1. Indicador de Cobertura do Serviço de Água .......................................................... 33
25 3.1.2. Indicador de Qualidade de Água Distribuída .......................................................... 33
26 3.1.3. Indicador de Controle de Perdas ............................................................................. 33
27 3.1.4. Indicador de Utilização da Infraestrutura de Produção de Água ......................... 34
28 3.2. INDICADORES DE ESGOTOS SANITÁRIOS PROPOSTOS ................................ 34
29 3.2.1. Indicador de Cobertura do Serviço de Esgotos Sanitários................................... 34
30 3.2.2. Indicador de Tratamento de Esgotos ...................................................................... 35
31 3.2.3. Indicador da Utilização da Infraestrutura de Tratamento ...................................... 35
32 3.3. INDICADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS PROPOSTOS ..................................... 35
33 3.4. INDICADORES DE DRENAGEM PROPOSTOS.................................................... 44
34 3.4.1. Conceitos ................................................................................................................... 44
35 3.4.2. Cálculo do Indicador ................................................................................................. 47
36 4. PROJEÇÕES DEMOGRÁFICA E DE DEMANDAS ......................................................... 49
37 4.1. PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA ................................................................................ 49
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83 1. APRESENTAÇÃO
84 Este relatório compõe o “Produto 3 – Estudo de Demandas, Diagnóstico Completo,
85 Formulação e Seleção de Alternativas do Município de Ilhabela” no âmbito do Contrato
86 CSAN No 001/SSE/2009, firmado entre a SECRETARIA DE SANEAMENTO E
87 ENERGIA - SSE e o CONSÓRCIO PLANSAN 123, constituído pelas empresas ETEP,
88 JNS e HAGAPLAN, tendo por objeto final a elaboração de Planos Integrados Regionais
89 de Saneamento Básico e Atividades de Apoio Técnico à Elaboração de Planos
90 Integrados Municipais de Saneamento Básico para as Unidades de Gerenciamento de
91 Recursos Hídricos da Serra da Mantiqueira, Paraíba do Sul e Litoral Norte – UGRHIs 1,
92 2 e 3.
93
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95 2 .1 . HISTÓRICO MUNICIPAL
102 Treze desses sítios – descobertos nas ilhas de São Sebastião, dos Búzios e da Vitória
103 – são o que os especialistas denominam „acampamentos concheiros‟; que foram
104 habitados – acredita-se que desde o ano 2000 antes de Cristo – por „homens
105 pescadores coletores do litoral‟, indígenas assim denominados porque não dominavam
106 a agricultura e nem a produção de cerâmica, vivendo apenas do que encontravam na
107 natureza, especialmente animais marinhos”.
112 O povoamento, desta faixa litorânea, pelo elemento branco, iniciou-se em 1608,
113 contando como primeiros habitantes das terras que margeiam o canal de São
114 Sebastião, dos lados da ilha e do continente, com Diogo Unhote e João de Abreu que
115 vieram de Santos trazendo suas famílias para desenvolverem atividades agrícolas nas
116 terras que haviam recebido por concessão do Capitão-Mor da Capitania de São
117 Vicente.
118 O Padre Manoel Gomes Pereira Marzagão construiu na ilha de São Sebastião, em fins
119 do século XVIII, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda e Bom
120 Sucesso, formando-se, em pouco tempo, um povoado que ganhou o foro de Cidade e
121 Município, graças a um cidadão que se projetou na história da Província e da região: o
122 Capitão-Mor Julião de Moura Negrão.
127 Reduzido à condição de Distrito de Paz, em maio de 1934, foi incorporado ao Município
128 de São Sebastião e novamente elevado a Município em setembro do mesmo ano,
129 passando a denominar-se Formosa, em 1940, e quatro anos depois, Ilhabela.”
130
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132 Sob a condição de Freguesia, foi criada por alvará de 20 de setembro de 1809,
133 subordinado à vila de São Sebastião. No ano seguinte, foi elevada à Vila com a
134 denominação de Vila Bela da Princesa, desmembrado da antiga Vila São Sebastião.
135 Foi elevada à condição de Cidade, em 1901. Voltou a ser Distrito de São Sebastião em
136 maio de 1934, e no mesmo ano, em dezembro, novamente passou para a categoria de
137 Município com a denominação de Vila Bela. Ainda passou por mudança de nome em
138 1938, para Formosa, e em 1944 assumiu o nome atual: Ilhabela, composta por três
139 distritos: Sede (porção central), Cambaquara (situada ao Sul do arquipélago) e
140 Paranabi (trecho voltado ao Oceano Atlântico), assim permanecendo até o presente.
143
144 Fonte: Base Cartográfica Digital 1:50.000 – Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos
148
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150 O acesso a Ilhabela é realizado via balsa, a partir da cidade de São Sebastião. De São
151 Paulo até a balsa são aproximadamente 200 km pelas Rodovias Imigrantes (SP-160) e
152 Dr. Manoel Hyppolito Rego (SP-055) ou pelas Rodovias Mogi-Bertioga (SP-098) e Dr.
153 Manoel Hyppolito Rego (SP-055).
156 Ilhabela é um arquipélago cuja principal faixa contínua de terra é denominada Ilha de
157 São Sebastião. A distância entre a porção continental e a insular é, em média, de 3 km.
158 As ilhas que compõem o arquipélago de Ilhabela são: Ilha de São Sebastião, de
159 Búzios, da Vitória - as três maiores - e os Ilhotes da Serraria, da Sumítica, das Cabras,
160 dos Castelhanos, da Lagoa, das Galhetas, do Codó, da Figueira e da Prainha. Ao todo
161 são 348,3 km², 128 km de costa e 42 praias1.
163 Ilhabela tem relevo caracterizado por de planícies marinhas e por montanhas.
164 Nas planícies marinhas, as altitudes variam entre 0 e 20 metros, com declividades
165 menores que 2%.
171 Em relação à geologia, Ilhabela está situada sobre rochas plutônicas, principalmente
172 diques de composição cálcio-alcalinas e corpos circulares de composição alcalina e
173 kimberlítica.
1
Plano Gestor de Turismo – Estância Balneária de Ilhabela / 2005. Secretaria de Turismo e Fomento
2
Mapeamento de áreas de risco a escorregamento e inundação dos municípios de Ilhabela, Paraibuna, Poá, Cotia,
Jaboticabal e Dumont - Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC de 28/04/2006
7
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177
178 Fonte: Banco de Dados do CBH Litoral Norte
179
Nº Sub-bacia Área (km²)
Fonte: CBH litoral norte – IPT / Plano Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT
180
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181 Vegetação
182 O arquipélago possui uma das mais preciosas reservas biológicas do planeta, já que
183 grande parte de sua superfície é coberta por Mata Atlântica. Aproximadamente 85% de
184 sua área são protegidos pelo Parque Estadual de Ilhabela, criado por meio do Decreto
185 Estadual 9.414, de 1977. Trata-se de um ecossistema constituído por mangues,
186 restingas, praias e Floresta Ombrófila Densa.
187 Além disso, dos 15% do território não pertencentes ao Parque, somente 2% são
188 passíveis de ocupação.
194 A análise das precipitações foi elaborada com os dados do posto pluviométrico E2-012,
195 que apresenta um histórico maior de dados, e cuja localização está mais próxima à
196 área urbana de Ilhabela.
201 A figura a seguir possibilita uma análise temporal das características das chuvas,
202 apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de
203 maior e menor ocorrência.
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204
205 Precipitação média mensal no período de 1943 a2004 – posto E2-012
206 (Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – Daee, acesso em 21 de setembro de 2010)
207 Por meio do gráfico acima é possível verificar uma variação sazonal da precipitação
208 média mensal com duas estações representativas: uma predominantemente seca e
209 outra predominantemente chuvosa.
210 O período mais chuvoso ocorre de outubro a abril, quando os índices de precipitação
211 média mensal são superiores a 107,8 mm, enquanto que o mais seco corresponde aos
212 meses de maio a setembro com destaque para junho, julho e agosto, que apresentam
213 médias menores que 76,2 mm.
214 Deve-se ressaltar que os meses de janeiro, fevereiro e março apresentam os maiores
215 índices de precipitação, atingindo uma média de 215,8 mm e 194,4 mm e 204,8 mm,
216 respectivamente.
3
Conforme o art. 2º da Convenção sobre Diversidade Biológica, “área protegida significa uma área definida
geograficamente que é destinada, ou regulamentada, e administrada para alcançar objetivos específicos de
conservação”.
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Parque Estadual
Decr. Est. 9.414/77 27.025 IF Ilhabela
de Ilhabela
Tombamento da
Serra do Mar e Ubatuba, Caraguatatuba,
Res. Est. 40/85 1.300.000 Condephaat
de São Sebastião e Ilhabela
Paranapiacaba
Reserva da Conselho
Cerca de Ubatuba, Caraguatatuba,
Biosfera da Mata - Nacional da
35.000.000 São Sebastião e Ilhabela
Atlântica RBMA RBMA
Fonte: CBH litoral norte – IPT / Plano Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT.
235 Criado pelo Decreto Estadual 9.414, de 1977, tem cerca de 30.000 ha.
236 Tem como flora representativa Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa), Restinga,
237 Manguezal e Campos de Altitude.
4
Unidades de conservação da natureza / Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Fundação Florestal
; organizador Luiz Roberto Numa de Oliveira ; textos Adriana Neves da Silva ... [et al.]. - - São Paulo : SMA, 2009
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250 Criada pela Resolução SC 40, de 1985, a ANT Serra do Mar e Paranapiacaba passa
251 por 47 municípios do Estado de São Paulo e possui 1.300.000 ha, cerca de 30.000 ha.
252 estão em Ilhabela.
253 A flora representativa é composta por Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa e
254 Campos de Altitude).
255 A fauna representativa do Parque Estadual da Serra do Mar é integrada por: onça-
256 pintada (Panthera onca), onça-parda (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis),
257 capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), preá (Cavia aperea), paca (Cuniculus paca),
258 lontra (Lontra longicaudis), tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) e maria-leque
259 (Onychorhynchus coronatus).
261 Com aproximadamente 35.000 ha, a RBMA abrange áreas de 15 estados brasileiros,
262 incluindo São Paulo, e busca harmonizar a relação entre a sociedade e o ambiente.
271 De acordo com Artigo 2 “A APA Marinha do Litoral Norte será composta pelos
272 seguintes setores”
275 E em seu Artigo 5, “ficam assegurados na APA Marinha do Litoral Norte o uso e a
276 prática das seguintes atividades:
5
Lei nº 9.985/2000, art. 7º, § 2º.
6
Lei nº 9.985/2000, art. 2º, XI.
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288
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289
290 Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – Fundação Florestal e BD do CBH Litoral Norte.
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292 Ilhabela tem 28.176 habitantes, distribuídos em uma área de 348,30 km², com
293 densidade de 80,90 hab./km². A maior parte da população vive em área urbana, com
294 taxa de urbanização de 99,31%. Nos feriados prolongados e temporada de férias, o
295 município recebe inúmeros turistas.
ESTADO DE
CARACTERIZAÇÃO ANO UNIDADE ILHABELA
SÃO PAULO
Demografia
1/100.000
Mortalidade entre 15 e 34 anos 2009 159,52 124,37
hab.
Educação
15
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301
302 Fonte: IBGE, 2000
304
305 Fonte: IBGE, 2000
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306 A tabela a seguir apresenta a evolução da população por faixa etária, de 1980 a 2000,
307 quando a população total praticamente triplicou neste período de 20 anos. Nota-se que
308 houve pequena redução da população idosa (acima de 60 anos), que contribui com
309 aproximadamente 6,37% da população total, diferente do ano de 1980 quando
310 representava 6,99% do total. A população com menos de 15 anos apresentou um
311 decréscimo significativo em relação ao total da população, no citado período, passando
312 de 40,84% (1980) para 28,92% do total em 2000.
Fonte: SEADE/2010
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Domicílios recenseados por espécie de domicílio - 2007
Domicílios recenseados
Município Espécie do domicílio
(Unidades)
Particulares 11.710
Particulares - ocupados 7.250
Particulares - não ocupados 4.460
Particulares - não ocupados - fechados 22
Ilhabela - SP Particulares - não ocupados - de uso ocasional 3.515
Particulares - não ocupados - vagos 923
Coletivos 154
Coletivos - com moradores 54
Coletivos - sem moradores 100
Fonte: IBGE/2010
330 O IDH foi desenvolvido pela ONU - Organização das Nações Unidas - dentro do PNUD
331 – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Trata-se de uma medida de
332 comparação entre Municípios, Estados, Regiões e Países, com objetivo de medir o
333 grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este
334 índice é calculado com base em dados econômicos e sociais (expectativa de vida ao
335 nascer, educação e PIB per capita) e varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1
336 (desenvolvimento total).
337 Sendo assim, o IDHM se elevou de 0,691 (1980) para 0,781 (2000), mas apesar desta
338 elevação, passou da colocação de 291ª para a 307ª, dentre os municípios do Estado
339 de São Paulo. Ilhabela se encontra abaixo do IDH estadual, da ordem de 0,814.
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344 O Grupo 1 representa os “municípios com alto nível de riqueza e bons índices sociais”.
345 O Grupo 5 representa os “municípios mais desfavorecidos do estado, tanto em riqueza
346 como em indicadores sociais”.
347 O IPRS classifica Ilhabela como integrante do Grupo 1 “municípios com nível elevado
348 de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais”, Seade/2006. No período de 2000 a
349 2006, houve avanços nos indicadores de longevidade, escolaridade e riqueza,
350 colocando o município em patamar superior às médias estaduais nos três critérios.
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
Ilhabela 35 49 55 71 62 70 77 76 67 61 64 67 2 2 1 1
Estado /
SP
44 52 54 65 65 67 70 72 61 50 52 55 - - - -
Fonte: SEADE.
352 Em relação à saúde da população, foi efetuada, em julho de 2010, busca de dados no
353 banco DATASUS on-line, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que disponibiliza
354 dados estatísticos de saúde e permite a confecção de tabulações sobre as bases de
355 dados dos sistemas de Mortalidade e Internações Hospitalares do Sistema Único de
356 Saúde - SUS. De acordo com a publicação “Padrões de Potabilidade da Água”, editada
357 pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, as doenças relacionadas com a água
358 foram divididas em quatro grupos, considerando-se as vias de transmissão e o ciclo do
359 agente, conforme quadro a seguir:
III nd nd
IV nd nd
364 Economia
367 Conforme dados de SEADE para 2008, nas contratações com vínculo empregatício,
368 destacou-se a prestação de Serviços, com 71,98% do total, enquanto que a
369 Agropecuária apontou índice de 0,30%, baixa representatividade no município.
ESTADO DE
CARACTERIZAÇÃO ANO UNIDADE ILHABELA
SÃO PAULO
Finanças Públicas
21
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371
372 Fonte: SEADE/2010
373 Tanto o Produto Interno Bruto quanto a renda per capita obtiveram aumento no período
374 de 2003 a 2008, passando de R$ 98,42 milhões para R$ 263,55 milhões e R$ 4.619,04
375 para R$ 10.314,90, respectivamente.
98,42 4.619,04 198,39 7.808,02 222,17 8.470,15 237,27 10.002,35 263,55 10.314,90
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379
Valor Adicionado Total, por Setores de Atividade Econômica, Produto Interno Bruto Total e per
capita a Preços Correntes / 2008
Valor Adicionado
Serviços PIB per
PIB (2)
Indústria Total Capita
Agropecuária (em milhões de reais) (em
Município (em (em (3)
(em milhões milhões de
milhões milhões (em
de reais) Administração reais)
de reais) Total (1) de reais) reais)
Pública
Estado de
11.972,97 244.023,21 77.175,27 570.583,91 826.580,08 1.003.015,76 24.457,00
São Paulo
Fonte: Fundação SEADE; (1) Inclui o VA da Administração Pública; (2) O PIB do Município é estimado somando os
impostos ao VA total; (3) O PIB per capita foi calculado utilizando a população estimada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE
Indústria 13 9 13 11 13 17 20
Fonte: SEADE
387 Turismo
388 Além das muitas praias e ilhas, Ilhabela possui diversos pontos turísticos, sendo eles:
389 A Vila (centro com construções antigas), Igreja Matriz, Igreja Nossa Senhora D‟Ajuda,
390 Igreja do Bom Sucesso, a Câmara Municipal, Parque Jardim Tropical, Parque Estadual
391 de Ilhabela, Fazenda Engenho D'Água, Santuário Ecológico da Ilha das Cabras, Pico
7
Fundação SEADE/2007 (consulta 2010)
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392 de São Sebastião, Pedra do Sino, cachoeiras como a da Água Branca, das Tocas, do
393 Gato, da Laje, do Ribeirão, dos Três Tombos e Zabumba, além de inúmeras trilhas.
394 Os ventos fortes que sopram do canal de São Sebastião fizeram da Ilha a "capital da
395 vela e dos esportes náuticos". Em julho acontece a Semana da Vela. Além dos
396 velejadores, os mergulhadores também têm diversos atrativos em Ilhabela, devido às
397 águas calmas e cristalinas e 21 navios naufragados.
399 No que diz respeito ao saneamento ambiental, o Município de Ilhabela tem a Lei
400 Orgânica, o Plano Diretor Municipal e o Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral
401 Norte (Decreto 49.215/04).
418 A Lei nº 421, de 2006, dispõe sobre a instituição do Plano Diretor de desenvolvimento
419 Socioambiental do Município de Ilhabela. No que tange ao saneamento ambiental, o
420 PD prevê:
423 - “no projeto construtivo contemplar as instalações de captação das águas pluviais em
424 instalação dos microrreservatórios temporários das águas de escoamento superficial,
425 com tratamento adequado”;
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428 - “onde não houver, o Poder Público deverá promover a coleta e tratamento de
429 esgotos, em sistemas de sub-bacias hidrográficas”;
432 - “atender 100% da demanda da população residente nas comunidades quanto aos
433 serviços de água e esgoto”;
442 - “o poder público municipal ainda poderá propor parceria com o órgão ambiental
443 estadual para monitoramento da qualidade das águas continentais e marinhas no
444 município. Os índices de qualidade da água deverão ser divulgados na mídia local
445 dando visibilidade ao controle da qualidade ambiental”;
450 - “o poder público local poderá instituir cobrança de taxa municipal para análise regular
451 dos efluentes”;
452 - “o Poder Público deverá promover a regularização das captações de água garantindo
453 abastecimento de água de boa qualidade a toda população”;
454 - “as captações de água para abastecimento da população, deverão estar de acordo
455 com as normas técnicas de conduta do governo federal e com a legislação municipal”;
456 - “todo projeto de uso e ocupação da terra deverá apresentar plano de tratamento de
457 esgoto, água servida, efluentes etc., previamente aprovado pelo órgão público
458 competente, atendendo as exigências do item anterior”;
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474 - “promover uma gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos com vistas a minimizar
475 o impacto causado ao meio ambiente e proporcionar melhor qualidade no serviço”;
476 - “garantir a gestão integrada dos resíduos sólidos da construção civil dividindo as
477 responsabilidades da destinação final com os gerados”;
494 - “o poder público buscará contratações, convênios e parcerias para adotar tecnologias
495 apropriadas para o equacionamento da destinação final do lixo, considerando a
496 eliminação dos agravos da saúde individual e coletiva da população bem como ao
497 bem-estar público e ao meio ambiente”;
498 - “atenção especial aos riscos de contaminação a que está submetido o lençol freático
499 na área do vazadouro municipal de lixo da Água Branca, na forma de monitoramento
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500 de acordo com as normas estabelecidas pela legislação nacional, mesmo que cessada
501 a disposição final de lixo naquele local”;
502 - “fica vedada a disposição final de resíduo sólido domiciliar em área do município de
503 Ilhabela”;
504 - “a taxa de limpeza pública e remoção de resíduo sólido será cobrada em função do
505 amplo funcionamento do Sistema de Limpeza Urbana, considerando-se o uso e as
506 características físicas dos imóveis, o tipo de lixo produzido, sendo o valor arrecadado
507 destinado exclusivamente ao custeio do sistema”;
521 - “plano integrado de gestão dos resíduos da construção civil com participação de
522 geradores e transportadores de acordo com a legislação ambiental vigente”;
524 - “transbordo e destinação final dos resíduos domiciliares e infectados fora do município
525 de Ilhabela”;
531 A Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, trata da disposição e tratamento correto
532 dos resíduos sólidos. Além disso, está para ser regulamentada a Lei Estadual de
533 resíduos sólidos.
534
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537 O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente,
538 estabeleceu o Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte, abrangendo os
539 municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Este Decreto dispõe
540 sobre o Zoneamento do Litoral Norte, considerando a necessidade de promover o
541 ordenamento territorial e de disciplinar os usos e atividades de acordo com a
542 capacidade de suporte do ambiente, bem como de estabelecer as formas e os métodos
543 de manejo dos organismos aquáticos e os procedimentos relativos às atividades de
544 pesca e aqüicultura, de modo a resguardar a pesca artesanal. A importância desse
545 diploma legal está, ainda, no fato de fornecer os subsídios necessários à fiscalização e
546 ao licenciamento ambiental.
547 O zoneamento abrange uma área com 1.977 km² e “foi definido tendo em vista
548 constituir-se numa região caracterizada pela potencialidade turística e pela existência
549 de problemas ambientais relacionados com a especulação imobiliária, parcelamento
550 irregular do solo, pesca predatória, estruturas náuticas e atividades portuárias em
551 desconformidade com a conservação dos recursos marinhos”8.
8
São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e
Educação Ambiental. Zoneamento Ecológico-Econômico - Litoral Norte São Paulo / Secretaria de Estado do Meio
Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental. - São Paulo: SMA/CPLEA,
2005, p 23.
28
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RECURSOS HÍDRICOS
555
556
29
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RECURSOS HÍDRICOS
557
558 Tem-se ainda, de acordo com o Art. 26 que “serão permitidos na Z4 OD
559 empreendimentos de turismo e lazer, parcelamentos e condomínios desde que
560 compatíveis com o Plano Diretor Municipal, observadas as diretrizes fixadas nos
561 Planos e Programas de Z4 OD, garantindo a distribuição e tratamento de água, coleta,
562 tratamento e destinação final dos efluentes líquidos e dos resíduos sólidos coletados”.
563 As zonas que compõem o zoneamento marinho são: Zona Marinha 1 – Z1M, Zona
564 Marinha 2 – Z2M e Sub Zona Z2ME, Zona Marinha 3 – Z3M, Zona Marinha 4 – Z4M e
565 Zona Marinha 5 – Z5M. Dentre essas zonas destacam-se as Z3M, Z4M e Z5M que
566 permitem “III – despejos de efluentes previamente submetidos a tratamento
567 secundário”.
30
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568
569 Fonte: Banco de Dados do CBH Litoral Norte
570
31
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RECURSOS HÍDRICOS
577 Visando atender esse objetivo, a SSE – Secretaria de Saneamento e Energia sugeriu a
578 utilização, quando possível, do ISAm - Índice de Salubridade Ambiental modificado,
579 cujo cálculo é feito pela da média ponderada de indicadores específicos (vários deles
580 calculados a partir de outros indicadores):
581 ISAm = 0,25 lag + 0,25 les + 0,25 lrs + 0,05 lcv + 0,10 lrh + 0,05 ldr + 0,05 lse
590 Não obstante, no decorrer das atividades de obtenção de informações dos serviços de
591 saneamento básico, verificou-se a impossibilidade do cálculo completo do ISAm, tanto
592 pela indisponibilidade, como pela desatualização de alguns dados.
597 Assim sendo, resolveu-se propor a adoção de determinados indicadores (sendo alguns
598 deles formadores dos componentes do ISAm) que apresentam facilidade de
599 procedimentos para rápida utilização. Com a implementação destes procedimentos,
600 poderão ser efetuadas adequações/revisões visando o atendimento dos objetivos
601 principais, qualquer que seja a avaliação dos serviços de saneamento básico.
602
32
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611 Ica=[(Era+Dda)*100/Dt*(100-Pdfa+Pdda)]*100
615 Dda: domicílios com disponibilidade de rede de água, mas não ativos (un.)
622 Iqa=100*(%Aad-49)/51
623 Em que:
628 Avalia valores de perda de água por ramal de distribuição, expressa em L/Ramal*Dia.
629 O período sugerido para apuração é mensal.
630 Icp=[(Ve-Vs)-Vc)/Laa]*100,
631 Em que:
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640 Iua=Qp*100/CapETA
648 Ice=[(Ere+Dde)*100/Dt*(100-Pdfe+Pdde)]*100
652 Dde: domicílios com disponibilidade do sistema, mas não ligados (un.)
656
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660 Ite=EaETE*100/Eae
661 Em que:
663 EaETE: economias residenciais ativas à ETE, ou seja, cujos esgotos recebem
664 tratamento (un.)
669 Iue=Qt*100/CapETE
678 Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar média aritmética para o cálculo do Irs –
679 Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos indicadores,
680 por meio de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a comunidade, a
681 saúde pública e o meio ambiente.
682 Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos
683 relativos a cada um dos indicadores que, através de sua somatória, totalizam 10.
35
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689 Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos RSD: p=1,0;
693 Irs=(1,0*Ivm+1,5*Icr+1,0*Ics+1,0*Irr+2,0*Iqr+1,0*Isr+0,5*Iri+0,5*Idi+1,5*Ids)/10
694 Caso, para este município, as informações necessárias para geração de quaisquer
695 indicadores não estejam disponíveis, seu peso deve ser deduzido do total para efeito
696 do cálculo do Irs.
700 Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto
701 manual quanto mecanizada, onde houver, sendo calculado com base no seguinte
702 critério:
703
704 Em que:
712 O Município de Ilha Bela, embora tenha o serviço de varrição de vias, não possui
713 registros da extensão total de vias pavimentadas, impossibilitando o cálculo deste
714 índice, o que levou a se deduzir o peso deste indicador do total para efeito do cálculo
715 do Irs.
36
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717 Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos
718 domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério:
719
720 sendo:
722 Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo
724 Para o município em questão, a municipalidade comunicou que a coleta regular de lixo
725 se estende a 98% dos domicílios, abrangendo tanto a área urbana quanto a rural, o
726 que resulta numa porcentagem de domicílios atendidos (%Dcr) igual a 98.
730
731
732 sendo:
734 %Dcr max ≥ 90 (Valor para faixa de população de 20.001 até 100.000 habitantes)
736 (90-0)
737 Sendo assim, os serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares deste município já
738 atingiram a universalização e o índice a ser considerado será Icr igual a 100.
740 Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos
741 recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte
742 critério:
37
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743
744 Em que:
746 %CS mín: % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais
747 %CS Max: % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios
748 municipais
749 %CS atual: % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos
750 domicílios municipais
751 O Município de Ilha Bela conta com coleta seletiva domiciliar e abrange 100% do
752 município. Atualmente, a separação final e o reaproveitamento dos materiais recicláveis
753 oriundos da coleta seletiva porta a porta é realizado no Centro de Triagem.
755 (100 – 0)
761
762 Em que:
766 %rr máx: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos
767 sólidos gerados no município
768 %rr atual: % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos
769 sólidos gerados no município
38
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770 O reaproveitamento de resíduos recicláveis em Ilha Bela é feito por meio de triagem e
771 é coletado 100t/mês, representando 18,5% do total de resíduos sólidos gerado no
772 município, conforme cálculo abaixo:
778 %=900*0,6
781 %=(100/540)*100
782 %=18,5%
783 Aplicando os critérios para o município em questão, obteve-se um Irr igual a 30,8.
785 (60 - 0)
790 O índice IQR é apurado com base em informações coletadas nas inspeções de cada
791 unidade de disposição final e processadas a partir da aplicação de questionário
792 padronizado.
IQR Enquadramento
0,0 a 6,0 Condições Inadequadas (I)
6,1 a 8,0 Condições Controladas (C)
8,1 a 10,0 Condições Adequadas (A)
39
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795 O presente município até o ano de 2009 encaminhava seus resíduos sólidos
796 domiciliares para o Aterro Sanitário de Tremembé, localizado em Tremembé. Porém,
797 pelo fato de não ter sido citada nenhuma operação de transbordo que pudesse otimizar
798 esse transporte a longa distância e pela falta de informações mais precisas da
799 Prefeitura Municipal, deduz-se que a destinação dos resíduos sólidos domiciliares do
800 tipo “úmido” e dos demais detritos não reaproveitáveis atualmente esteja ocorrendo em
801 unidade localizada no próprio município, não tendo nenhuma nota no Inventário
802 Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares.
803 Como para o cálculo do Iqr - Indicador de Tratamento de Disposição Final de Resíduos
804 Sólidos - é calculado com base nos critérios apresentados no quadro a seguir e
805 baseado na nota do inventário, fica impossibilitado o cálculo deste índice, o que levou a
806 se deduzir o peso deste indicador do total para efeito do cálculo do Irs.
807 Salientamos que este enquadramento da CETESB foi anterior à instituição da Política
808 Nacional dos Resíduos Sólidos através da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de
809 2010, que passou a exigir que os rejeitos não reaproveitáveis dos resíduos sólidos
810 urbanos sejam destinados unicamente a aterros sanitários.
815
816 Em que:
819
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RECURSOS HÍDRICOS
820 Considerando que a vida útil do Aterro Controlado da Prefeitura Municipal está limitada
821 em 20 anos e a faixa de população é de 20.001 a 50.0000 habitantes seu Isr é igual a
822 100, conforme calculo abaixo:
824 (2 - 0)
831
832 Sendo que:
836 %Ri máx: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos
837 sólidos inertes gerados no município
838 %Ri atual: % dos resíduos inertes reaproveitados em relação ao total dos
839 resíduos sólidos inertes gerados no município
846 Este indicador possibilita avaliar as condições dos sistemas de disposição de resíduos
847 sólidos inertes que, embora ofereça menores riscos do que os relativos à destinação
848 dos RSD, se não forem bem operados podem gerar o assoreamento de drenagens e
849 acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações localizadas, sendo
850 calculado com base no seguinte critério:
851
852 Em que:
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Sem triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem inadequadas 0,00
superficial
Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem inadequadas 2,00
superficial
Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem Controladas 4,00
superficial
Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem Controladas 6,00
superficial
857 Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, seu IQI final
858 será a média dos IQIs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo
859 número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles.
860 Como a municipalidade em questão, para efeito da destinação final de seus rejeitos
861 não reaproveitáveis dos resíduos sólidos inertes, não está equipada com aterro de
862 inertes licenciado, aplicando-se os critérios obteve-se um Idi igual a 100.
866 Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde,
867 desde sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o
868 transporte, tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no
869 seguinte critério:
870
871 Em que:
42
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Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada / sem transporte Inadequadas 0,00
adequado / sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada
dos rejeitos tratados
Com baixa frequência e com estocagem refrigerada / sem transporte Inadequadas 2,00
adequado / sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada
dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / sem transporte adequado / sem tratamento Controladas 4,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / sem tratamento Controladas 6,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / com tratamento Adequadas 8,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / com tratamento Adequadas 10,00
licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados
875 Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final
876 será a média dos IQSs dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo número
877 de meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles.
883 Assim, não necessitando de adequação na forma de estocagem por ter frequência de
884 coleta adequada e com atendimento por empresas especializadas, as condições
885 operacionais da municipalidade se enquadram na seguinte classificação:
Com frequência adequada / com transporte adequado / com tratamento Adequadas 10,00
licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados
886 Aplicado os critérios para o município em questão, obteve-se um Ids igual a 100.
887 . IQS = 10
43
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RECURSOS HÍDRICOS
890 O Irs – Indicador de Resíduos Sólidos calculado pela média ponderada dos indicadores
891 sugeridos, conduziu à seguinte pontuação para o município em questão:
901 Irs=(1,5*Icr+1,0*Ics+1,0*Irr+1,0*Isr+0,5*Idi+1,5*Ids)/6,5
903 Com variação de 0 a 100, o indicador Irs apresenta o nível atual da qualidade dos
904 serviços de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos urbanos no município.
905 Ao analisar seu valor, deve-se lembrar que ele não envolveu a totalidade dos sub-
906 indicadores que o compõem, pela indisponibilidade dos dados necessários.
907 Portanto, é recomendável que a municipalidade providencie tais dados para as futuras
908 atualizações, de modo a permitir o monitoramento da qualidade dos serviços
909 prestados.
44
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RECURSOS HÍDRICOS
919 Assim, pode-se dizer que a microdrenagem é uma estrutura direta e obrigatoriamente
920 agregada ao serviço de pavimentação e deve sempre ser implantada em conjunto com
921 o mesmo, de forma a garantir seu desempenho em termos de segurança e de
922 condições de tráfego (trafegabilidade da via) e ainda sua conservação e durabilidade
923 (erosões, infiltrações etc.).
924 Tal divisão é importante porque na microdrenagem utilizam-se elementos estruturais
925 (guias, sarjetas, bocas-de-lobo, tubos de ligação, galerias e dissipadores), cujos
926 critérios de projeto são distintamente diferentes dos elementos utilizados na
927 macrodrenagem (galerias, canais, reservatórios de detenção, elevatórias e barragens),
928 notadamente quanto ao desempenho. Enquanto na microdrenagem admite-se como
929 critério de projeto as vazões decorrentes de eventos com período de retorno dois,
930 cinco, dez e até 25 anos, na macrodrenagem projeta-se tendo como referência os
931 eventos de 50 ou cem anos e até mesmo valores superiores.
932 Da mesma forma, as necessidades de operação e manutenção dos sistemas são
933 distintas, no que se refere a frequência de inspeções, capacidade dos equipamentos e
934 especialidade do pessoal para execução das tarefas de limpeza, desobstrução,
935 desassoreamento etc.
936 Quanto aos critérios de avaliação dos serviços devem ser consideradas as facetas:
937 institucionalização, porte/cobertura do serviço, eficiência técnica e gestão. A seguir,
938 explica-se cada uma delas:
939 Institucionalização (I)
940 A gestão da drenagem urbana é uma atividade da competência municipal e que tende
941 a compor o rol de serviços obrigatórios que o Executivo é obrigado a prestar, tornando-
942 se, nos dias atuais, de extrema importância nos grandes aglomerados urbanos. Desta
943 forma, sua institucionalização como serviço dentro da estrutura administrativa e
944 orçamentária indicará o grau de desenvolvimento da administração municipal com
945 relação ao setor. Assim, dentro deste critério, deve-se considerar os seguintes
946 aspectos que indicam o grau de envolvimento da estrutura do Município com a
947 implantação e gestão dos sistemas de micro e macrodrenagem:
MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
948 Este indicador pode, a princípio, ser admitido como „seco‟, isto é, a existência ou
949 prática do quesito analisado implica na valoração do mesmo. Posteriormente, na
45
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RECURSOS HÍDRICOS
950 medida em que o índice for aperfeiçoado, o mesmo pode ser transformado em métrico
951 para considerar a qualidade do instrumento institucional adotado
952 Porte/Cobertura do Serviço (C)
953 Este critério considera o grau de abrangência relativo dos serviços de micro e
954 macrodrenagem no município, de forma a indicar se o mesmo é universalizado. Para o
955 caso da microdrenagem representa a extensão de ruas que têm o serviço de condução
956 de águas pluviais lançados sobre as mesmas de forma apropriada, através de guias,
957 sarjetas, estruturas de captação e galerias, em relação à extensão total de ruas na área
958 urbana.
959 No subsistema de macrodrenagem, o porte do serviço pode ser determinado por meio
960 da extensão dos elementos de macrodrenagem nos quais foram feitas intervenções em
961 relação à malha hídrica do município (até terceira ordem). Por intervenções entendem-
962 se as galerias-tronco, que reúnem vários subsistemas de microdrenagem e também os
963 elementos de drenagem naturais, como os rios e córregos; nos quais foram feitos
964 trabalhos de canalização, desassoreamento ou dragagem, retificação, revestimento
965 das margens, regularização, delimitação das áreas de APP, remoção de ocupações
966 irregulares nas várzeas etc.
967 Eficiência do Sistema (S)
968 Este critério pretende captar o grau de atendimento técnico, isto é, se o serviço atende
969 às expectativas quanto ao seu desempenho hidráulico em cada subsistema. A forma
970 de avaliação deve considerar o número de incidentes ocorridos com os sistemas em
971 relação ao número de dias chuvosos e à extensão dos mesmos.
972 A consideração de um critério de área inundada também pode ser feita, em uma
973 segunda etapa, quando estiverem disponíveis de forma ampla os cadastros eletrônicos
974 municipais e os sistemas de informatização de dados.
975 Eficiência da Gestão (G)
976 A gestão do serviço de drenagem urbana, tanto para micro como para macro, deve ser
977 mensurada em função da relação entre as atividades de operação e manutenção dos
978 componentes e o porte do serviço.
MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
979
46
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RECURSOS HÍDRICOS
981 O indicador deverá ser calculado anualmente, a partir de informações das atividades
982 realizadas no ano anterior. Os dados deverão ser tabulados em planilha apropriada, de
983 forma a permitir a auditoria externa, conforme o exemplo a seguir. O cálculo final do
984 indicador será a média aritmética dos indicadores de micro e macrodrenagem, com
985 resultado final entre [0-10].
C MICRODRENAGEM Valor
lobo)
G2 Total de bocas-de-lobo
47
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987
C MACRODRENAGEM Valor
988
48
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Ano
Município /Sistema
2.009 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040
População Fixa
Ilhabela 25.827 26.651 29.713 32.602 35.474 38.160 40.915 43.296
Água Branca 22.329 23.055 25.683 28.117 30.513 32.725 34.974 36.884
Pombo 3.499 3.596 4.030 4.485 4.961 5.435 5.941 6.412
População Flutuante
Ilhabela 17.694 17.991 19.471 20.863 22.152 23.329 24.393 24.944
Água Branca 14.016 14.236 15.325 16.325 17.229 18.034 18.746 18.966
Pombo 3.678 3.755 4.146 4.538 4.923 5.295 5.648 5.977
População Total (Fixa+Flutuante)
Ilhabela 43.521 44.642 49.184 53.465 57.626 61.490 65.308 68.239
Água Branca 36.344 37.292 41.008 44.443 47.742 50.760 53.719 55.850
Pombo 7.177 7.350 8.176 9.023 9.884 10.730 11.589 12.389
População de Pico (Reveilon e Carnaval)
Ilhabela 59.476 60.920 67.108 73.002 78.712 84.036 89.208 93.103
Água Branca 49.262 50.462 55.462 60.139 64.617 68.729 72.688 75.447
Pombo 10.215 10.458 11.646 12.862 14.095 15.307 16.520 17.655
Fonte: Unidade de Negocio do Litoral Norte - RN –
Sabesp/Março/2011
1005
49
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1006
Ano
Município /Sistema
2.009 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040
Domicílios Permanentes
Ilhabela 8.283 8.532 9.848 11.214 12.592 13.941 15.227 16.419
Água Branca 7.119 7.331 8.445 9.594 10.743 11.857 12.906 13.868
Pombo 1.164 1.202 1.403 1.620 1.849 2.084 2.321 2.552
Domicílios de Uso Ocasional na Área de Projeto
Ilhabela 5.251 5.339 5.778 6.191 6.573 6.923 7.238 7.402
Água Branca 4.159 4.224 4.547 4.844 5.112 5.351 5.563 5.628
Pombo 1.092 1.114 1.230 1.347 1.461 1.571 1.676 1.774
Domicílios Totais na Área de Projeto
Ilhabela 13.533 13.871 15.626 17.405 19.165 20.864 22.465 23.821
Água Branca 11.278 11.555 12.993 14.438 15.855 17.208 18.469 19.496
Pombo 2.256 2.316 2.633 2.966 3.309 3.655 3.996 4.325
Fonte: Unidade de Negocio do Litoral Norte - RN –
Sabesp/março/2011
1007
Ano
Município /Sistema
2.009 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040
Relação Pop. Fixa/Dom. Permanentes (hab./dom.)
Ilhabela 3,12 3,12 3,02 2,91 2,82 2,74 2,69 2,64
Água Branca 3,14 3,14 3,04 2,93 2,84 2,76 2,71 2,66
Pombo 3,01 2,99 2,87 2,77 2,68 2,61 2,56 2,51
Relação Pop. Flutuante/Dom. Ocasional e Vagos (hab./dom.)
Ilhabela 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37
Água Branca 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37
Pombo 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37 3,37
Relação Pop. Total/Dom. Total (hab./dom.)
Ilhabela 3,22 3,22 3,15 3,07 3,01 2,95 2,91 2,86
Água Branca 3,22 3,23 3,16 3,08 3,01 2,95 2,91 2,86
Pombo 3,18 3,17 3,11 3,04 2,99 2,94 2,90 2,86
Relação População de Pico/Dom. Total (hab./dom.)
Ilhabela 4,39 4,39 4,29 4,19 4,11 4,03 3,97 3,91
Água Branca 4,37 4,37 4,27 4,17 4,08 3,99 3,94 3,87
Pombo 4,53 4,52 4,42 4,34 4,26 4,19 4,13 4,08
Fonte: Unidade de Negocio do Litoral Norte - RN –
Sabesp/março/2011
1014
50
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RECURSOS HÍDRICOS
1015
Ano
Município /Sistema
2.009 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040
ETAS: EVOLUÇÃO DA VAZÃO DA DE VERÃO (CENÁRIO DIRIGIDO)
Vazões de Verão (janeiro) [l/s]
Ilhabela 176,90 172,90 185,90 196,40 213,90 230,40 246,40 259,40
Água Branca 146,00 142,70 152,60 159,30 172,90 185,60 197,80 207,10
Pombo 30,90 30,20 33,30 37,10 41,00 44,80 48,70 52,30
ETAS EVOLUÇÃO DE VAZÕES RESTANTE DO ANO (CENÁRIO DIRIGIDO)
Restante do Ano (julho/Agosto) [l/s]
Ilhabela 116,00 111,20 119,30 126,10 137,40 148,10 158,40 166,80
Água Branca 98,80 95,00 101,80 106,50 115,80 124,50 132,70 139,10
Pombo 17,20 16,20 17,50 19,50 21,60 23,70 25,70 27,70
Fonte: Unidade de Negocio do Litoral Norte - RN - Sabesp
1024 O planejamento dos serviços de limpeza pública visa atingir os padrões de qualidade
1025 recomendáveis de limpeza das vias e logradouros públicos e assegurar a adequada
1026 destinação dos resíduos sólidos gerados.
51
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RECURSOS HÍDRICOS
1030 Além deste critério, também foram adotados e até mesmo desenvolvidos - quando
1031 inexistiam - critérios para projeções de resíduos sólidos, conforme apresentado
1032 adiante.
1033 Assim, atualmente, tais critérios servem de orientadores do passo a passo para se
1034 atingirem as metas almejadas.
1038 A seguir, estão abordadas cada uma das fases de planejamento, que geraram as
1039 informações necessárias para a formulação das proposições.
1041 A projeção dos resíduos sólidos brutos foi feita separadamente para resíduos sólidos
1042 domiciliares, resíduos sólidos inertes e resíduos de serviços de saúde, uma vez que
1043 cada um destes segmentos apresenta aspectos específicos, que afetam diretamente a
1044 geração de resíduos.
1046 A geração dos resíduos sólidos domiciliares está diretamente relacionada à população
1047 residente, exceção aos municípios com vocação turística, que ficam submetidos aos
1048 efeitos da sazonalidade decorrente da população flutuante.
52
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RECURSOS HÍDRICOS
1054
1059
1060 Em que:
1064 A projeção de resíduos sólidos domiciliares foi calculada aplicando a equação da curva
1065 de geração e o fator de ajuste, conforme segue:
1066
1067 Em que:
1075 A geração dos resíduos sólidos inertes também pode ser associada diretamente à
1076 evolução da população residente, cujo crescimento estimular a construção civil e a
1077 verticalização.
1078 Neste caso, a vocação turística dos municípios não tem grande influência, já que os
1079 turistas de temporada ficam alojados no complexo hoteleiro já existente ou em suas
1080 próprias casas de veraneio.
1081 Os índices de crescimento da geração dos resíduos sólidos inertes foram extraídos por
1082 meio de curvas construídas com os pontos resultantes dos cruzamentos entre
1083 População e Geração Atuais.
1084 Por se tratarem de resíduos cuja coleta nem sempre está sob controle das
1085 municipalidades, há pouca disponibilidade deste tipo de dado, o que obrigou a se
1086 extrair a seguinte curva de crescimento baseada nas três UGRHIs estudadas:
54
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1087
1089 Com os dados básicos de população e geração de 2010 utilizados para a montagem da
1090 curva e a geração através dela projetada para este mesmo ano, foi calculado do fator
1091 de ajuste.
2010 1,33
2014 1,50
2018 1,64
2020 1,71
2025 1,83
2030 1,92
2035 1,98
2040 2,01
1095
55
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1097 A geração dos resíduos de serviços de saúde não é proporcional à população residente
1098 porque os habitantes de municípios menos equipados recorrem a municípios vizinhos
1099 melhor dotados de unidades de saúde.
1104 Assim, optou-se por montar uma única curva para responder pela relação entre
1105 população e geração de RSS, conforme segue:
1106
1108 Com os dados básicos de população e geração de 2010 utilizados para a montagem da
1109 curva e a geração por meio dela projetada para este mesmo ano, foi calculado do fator
1110 de ajuste.
1111 Aplicado às populações projetadas ano a ano, foram obtidas as projeções anuais dos
1112 resíduos de serviços de saúde decorrentes da população recenseada de cada
1113 município, conforme apresentado no Quadro a seguir.
1114
56
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2010 41,43
2014 46,31
2018 50,51
2020 52,50
2025 56,10
2030 58,62
2035 60,33
2040 61,46
1117 O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das
1118 municipalidades após a Lei Federal 12.305 de 02/08/10, referente à Política Nacional
1119 dos Resíduos Sólidos.
1120 No entanto, este aspecto está focado apenas nos resíduos sólidos domiciliares e
1121 inertes já que, pelos riscos à saúde pública por sua patogenicidade, os resíduos de
1122 serviços de saúde não são recicláveis.
57
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1154 Resíduos Sólidos Domiciliares. Estas metas poderão ser alteradas a partir da
1155 regulamentação da nova legislação, posterior à conclusão deste plano.
1156 Reaproveitamento do Resíduos Sólidos Domiciliares
Metas de Reaproveitamento
Composição
Condição Mínima Condição Máxima Formas Atuais de
Componentes Gravimétrica
Reaproveitamento
(%) Índice Reaprovei- Índice Reaprovei-
(%) tamento (%) (%) tamento (%)
Papel/Papelão 9,60% 10,00% 0,96% 60,00% 5,76%
Embalagens
1,00% 30,00% 0,30% 90,00% 0,90%
Longa Vida
reciclagem,
Plástico Rígido 6,30% 30,00% 1,89% 90,00% 5,67% coprocessamento,
combustível sólido
Plástico Mole 6,70% 5,00% 0,34% 40,00% 2,68%
Embalagens
0,60% 30,00% 0,18% 90,00% 0,54%
PET
Metal Ferroso 1,40% 30,00% 0,42% 90,00% 1,26%
Metal Não
0,40% 30,00% 0,12% 90,00% 0,36% reciclagem
Ferroso
Vidros 1,70% 5,00% 0,09% 40,00% 0,68%
Isopor 0,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,08%
coprocessamento,
Trapos/Panos 2,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,88%
combustível sólido
Borracha 0,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,08%
Subtotal 30,30% 4,29% 18,89%
Matéria
62,90% 30,00% 18,87% 60,00% 37,74% compostagem,
Orgânica
combustível sólido
Madeira 1,20% 30,00% 0,36% 90,00% 1,08%
Terra/Pedras 2,10% 0,00% 0,00% 40,00% 0,84% britagem
Pilhas/Baterias 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Diversos 2,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Perdas 1,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Subtotal 69,70% 19,23% 39,66%
Total 100,00% 24% 59%
1157 Observando-se este quadro, nota-se que foram analisadas duas condições de
1158 disponibilidade dos materiais:
1159 - Condição Mínima: O lixo bruto chega à central de triagem sem separação prévia no
1160 local de sua geração e, portanto, sem ter sido recolhido separadamente pela coleta
1161 seletiva;
59
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1162 - Condição Máxima: O lixo é separado na origem em duas partes: lixo seco e lixo
1163 úmido, sendo recolhidas separadamente pelas coletas seletiva e regular, chegando
1164 à central de triagem sem estarem misturadas.
1165 Na condição mínima, estima-se que se consiga reaproveitar até no máximo 25% dos
1166 materiais, nas proporções indicadas no quadro enquanto que, na condição máxima,
1167 esse percentual pode atingir teoricamente até cerca de 60% do peso total dos resíduos.
1168 Com relação à aceitabilidade pelo mercado consumidor, com a instituição da nova
1169 legislação, que obriga a retirada dos materiais reaproveitáveis e limita a disposição
1170 apenas daqueles para os quais o reaproveitamento não é viável, acredita-se que
1171 haverá um maior desenvolvimento no setor de reciclagem, principalmente se houver
1172 incentivos governamentais para que isto aconteça.
1176 - Ano 2012: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento;
1177 - Ano 2013: faixa de 20 a 35%, com média anual de 27,5% de reaproveitamento;
1178 - Ano 2014: faixa de 35 a 60%, com média anual de 47,5% de reaproveitamento; e
1180 Com estas metas, atende-se o prazo fixado na legislação federal para a reciclagem
1181 máxima até o final dos próximos quatro anos. Este tempo foi disponibilizado para que
1182 os municípios e o mercado se adaptem à nova realidade.
1184 Ao contrário dos resíduos sólidos domiciliares, a massa de resíduos sólidos inertes é
1185 formada principalmente por entulhos da construção civil, nos quais normalmente se
1186 encontram presentes restos de concreto, tijolos, ladrilhos, azulejos, pedras, terra e
1187 ferragem.
1188 Com exceção à ferragem, que deve ser separada na origem para ser reaproveitada
1189 como aço, os demais detritos podem ser submetidos ao processo de britagem e, após
1190 triturados, resultam em material passível de ser utilizado pela própria construção civil
1191 como material de enchimento ou em outros tipos de serviços, como operação tapa-
1192 buracos em estradas de terra, dentre outros.
1193 Portanto, seu melhor reaproveitamento também está associado à estocagem nos locais
1194 de geração, não devendo ser agrupados em conjunto com outros tipos de resíduos,
1195 particularmente com matéria orgânica.
1196 Para efeito deste plano, antecipando a regulamentação da nova legislação, definiram-
1197 se metas de reaproveitamento do entulho selecionado, conforme apresentado abaixo:
60
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1199 - Ano 2012: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento;
1200 - Ano 2013: faixa de 20 a 35%, com média anual de 27,5% de reaproveitamento;
1201 - Ano 2014: faixa de 35 a 60%, com média anual de 47,5% de reaproveitamento; e
1203 Com estas metas, atende-se o prazo fixado na legislação para a reciclagem máxima
1204 até o final dos próximos quatro anos. Este tempo será para que os municípios se
1205 adaptem para processar os materiais brutos gerados em seus territórios.
1210 Este procedimento não foi aplicado aos resíduos de serviços de saúde que, pela sua
1211 patogenicidade, não podem ser reaproveitáveis.
1213 Extraindo essas parcelas progressivas da massa dos resíduos sólidos domiciliares
1214 brutos, obteve-se a evolução dos totais de rejeitos, que continuarão a ser dispostos em
1215 aterros sanitários, como orientação dada na nova legislação, conforme apresentada no
1216 quadro e figura a seguir
1217 Produção de Rejeitos de RSD
2010 49,94
2014 28,76
2018 23,83
2020 24,77
2025 27,17
2030 29,45
2035 31,75
2040 33,60
61
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60,00
Ilhabela
50,00
Produção de rejeitos
40,00
(ton/dia)
30,00
20,00
10,00
0,00
2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045
Ano
1218
1219 Observando-se este quadro, pode-se notar que há decréscimo apenas nos primeiros
1220 quatro anos até 2015, data em que deverá ter sido atingido o limite máximo de
1221 reaproveitamento dos materiais contidos nos resíduos domiciliares.
1223 A projeção dos resíduos sólidos inertes não reaproveitáveis encontra-se apresentada
1224 no quadro e figura a seguir.
1225 Produção de Rejeitos de RSI
2010 1,33
2014 0,79
2018 0,66
2020 0,68
2025 0,73
2030 0,77
2035 0,79
2040 0,81
62
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RECURSOS HÍDRICOS
1,40 Ilhabela
1,20
rejeitos (ton/dia)
Produção de
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2005 2010 2015 2020 2025
Ano 2030 2035 2040 2045
1226
1230
63
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RECURSOS HÍDRICOS
1233 A seguir são apresentadas as intervenções propostas para o município de Ilhabela com
1234 a respectiva estimativa dos custos financeiros envolvidos:
64
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RECURSOS HÍDRICOS
65
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66
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1277 Com relação ao manejo dos resíduos sólidos, as proposições estão embasadas no
1278 cumprimento das regras e exigências preconizadas na nova Política Nacional dos
1279 Resíduos Sólidos, sob Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
1280 Todos os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos prevêem a
1281 universalização do atendimento às comunidades locais, independentemente das
1282 dificuldades impostas pelas condições em que se encontram.
1283 As propostas, a seguir formuladas, foram divididas em:
1284 - ações estruturais: quando envolvem a necessidade da execução de programas e/ou
1285 obras para implantação e/ou adequação de procedimentos e instalações
1286 - ações não estruturais: quando se referem a apenas adequações e/ou alterações nas
1287 atividades de gestão e planejamento.
1291 Justificativa: O volume de resíduos recolhidos dos passeios e das sarjetas pela equipe
1292 de varrição costuma demonstrar a maior ou menor deficiência de disponibilidade de
1293 cestos de lixo nas vias e logradouros públicos.
1294 Objetivo: Melhorar as condições de limpeza das vias mais movimentadas por meio da
1295 implantação e/ou do reforço de cestos de lixo em pontos estratégicos e de divulgação
1296 junto à população, evitando que os resíduos sejam lançados nos passeios e sarjetas,
1297 acarretando uma maior dedicação da equipe de varrição manual e os custos adicionais
1298 decorrentes.
1299 A quantidade de cestos de lixo adicionais - e sua distribuição ao longo das vias e
1300 logradouros públicos - deverá ser objeto de estudo específico, que dará prioridade para
1301 as vias com maior intensidade de circulação de pedestres e veículos, para as rotas e
1302 pontos de parada do transporte coletivo, e para os pontos de concentração do tipo
1303 escolas e hospitais.
1304 Além desses trechos específicos, costuma-se recomendar para a área urbana de uma
1305 forma geral um cesto em cada esquina das interseções das vias, de modo que o
1306 munícipe se acostume a reter o detrito até atingir esses pontos.
1310
67
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1320 Objetivo: Para este tipo de resíduo, formado em grande parte por galharia, o sistema
1321 de trituração confere uma granulometria que, além de ajudar na acomodação para
1322 transporte, também possibilita seu melhor reaproveitamento na compostagem ou em
1323 unidade de redução volumétrica e, em último caso, facilita sua disposição final em área
1324 de descarte.
1336 Objetivo: Evitar a mistura dos materiais na origem para que se consiga uma melhor
1337 eficiência no seu reaproveitamento, através da disponibilização de caixas estacionárias
1338 diferenciadas, para os lixos úmido e seco.
1339 Estas caixas, estanques e dotadas de tampa, deverão ser posicionadas antes da
1340 instalação das barracas e sempre em posição pré-definida, para auxiliar na sua
1341 identificação.
1342 Seu recolhimento e translado também deverá levar em conta o tipo de resíduo
1343 transportado e destinação especificada para o mesmo.
1344
68
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1348 Justificativa: Os resíduos sólidos domiciliares em sua forma bruta se apresentam com
1349 densidade média da ordem de 0,40 t/m3, ou seja, seu peso é quem dita o tipo de
1350 veículo coletor, delegando-se sua coleta ao caminhão coletor compactador que com
1351 seu dispositivo de compactação, atingir uma densidade superior a 0,60 t/m 3.
1352 No caso dos resíduos recolhidos pela coleta seletiva, por tratarem-se principalmente de
1353 embalagens vazias e isentas de matéria orgânica, sua densidade natural é muito mais
1354 baixa, ou seja, seu volume é que elege o tipo de veículo coletor, sendo mais
1355 recomendável o caminhão tipo baú ou gaiola, onde os resíduos são acomodados sem
1356 nenhum tipo de compactação.
1357 No caso dos municípios que já promovem a coleta seletiva, sua progressiva ampliação
1358 deverá ser acompanhada da adequação dos recursos, substituindo gradativamente
1359 caminhões coletores do tipo compactador por caminhões do tipo gaiola.
1362 Justificativa: Como a implantação da coleta seletiva domiciliar costuma ser programada
1363 por etapas, deixando os bairros mais afastados por último, um sistema de entrega
1364 voluntária pode já ir disseminando o conceito da separação dos lixos seco e úmido e
1365 estimulando a mobilização da população local.
1366 Objetivo: Além de se disciplinar a estocagem dos materiais nos próprios domicílios, um
1367 sistema dotado de equipamentos do tipo "PEV" estrategicamente posicionados em
1368 locais de grande afluxo, como supermercados, pode facilitar a entrega voluntária dos
1369 materiais reaproveitáveis pelos munícipes.
1373 Justificativa: Por princípio, os resíduos sólidos dos tipos lixo seco e úmido não devem
1374 chegar misturados a uma central de triagem, pois esta situação dificulta ou até mesmo
1375 impede que se consiga a eficiência desejada no reaproveitamento dos materiais.
1376 Portanto, a central de triagem deve ser projetada para receber os resíduos
1377 devidamente separados, de forma a facilitar o trabalho de separação na esteira de
1378 catação, inclusive melhorando a qualidade e valorizando o produto final.
1379 Objetivo: Por meio de uma edificação com piso impermeabilizado e dotado de sistema
1380 de drenagem superficial para impedir o contato direto dos resíduos com o solo,
69
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RECURSOS HÍDRICOS
1381 devidamente equipada para a triagem e estocagem dos diversos tipos de materiais,
1382 obter-se o máximo reaproveitamento sem provocar impactos ambientais.
1383 Para municípios com baixa geração de resíduos, é recomendável que se componham
1384 sob forma de convênios e/ou consórcios para obter economias de escala e melhor
1385 poder de negociação na comercialização dos produtos.
1386 No caso específico do município de Ilhabela, foram analisadas duas alternativas para a
1387 disponibilização de central de triagem:
1388 - Municipal: com a unidade sendo implantada no próprio município para seu uso
1389 individual;
1390 - Regional – Litoral Norte: com o município destinando seus materiais recicláveis
1391 para unidade a ser disponibilizada no município de Caraguatatuba.
1397
1398 Investimento Unitário = 3.558,9564x-0,4446
1399 onde;
1400 x é a capacidade em tonelada por ano
70
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1401 O investimento total para implantação da central de triagem foi calculado multiplicando
1402 o investimento unitário pela produção de anual de produtos recicláveis. O investimento
1403 total da Central de Triagem foi decomposto admitindo a seguinte composição:
Terreno 0,0%
Obras Civis 72,0%
Inicial 72,0%
Equipamentos 28,0%
Fixos 22,0%
Móveis 6,0%
Total 100,0%
1407 Para o cálculo do Valor Presente Líquido, os custos de investimento foram distribuídos
1408 a partir dos seguintes critérios:
1409 1. A parcela inicial das obras civis foi considerada no ano de 2011;
1410 2. O investimento em equipamentos fixos foi considerado integralmente no ano
1411 de 2011; e
1412 3. Os custos de equipamentos móveis foram lançados integralmente a cada 10
1413 anos, considerando sua reposição ao término de sua vida útil.
1414 Custos do terreno
1415 Para o cálculo de área necessária para implantação de central de triagem foi elaborada
1416 curva com dados de área e capacidade de unidades existentes de diferentes
1417 dimensões.
71
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1418
1419 Área do Terreno = 9E-07x2 + 0,1013x + 793,95
1420 onde;
1422 Assim como para o Aterro Sanitário, o custo unitário da área de terreno foi estimado
1423 utilizando como referência o Plano da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul – UGRHI 2,
1424 admitindo o custo médio de R$15.000,00/hectare.
1430 Os custos operacionais unitários da Central de Triagem foram estimados, assim como
1431 os custos unitários de implantação, a partir de dados de unidades existentes.
72
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1432
1433 Custo Operacional Unitário = 4.529,5208 x-0,4446
1434 onde;
1435 x é a capacidade da Central de Triagem em tonelada por ano
1436 O custo operacional anual foi calculado multiplicando-se o custo operacional unitário
1437 obtido no ábaco pela produção de resíduos recicláveis de cada ano.
1438 Os custos de transporte utilizaram valores referenciais considerando o uso de
1439 caminhões coletores compactadores e/ou de carretas rodoviárias em R$/t.km e a
1440 distância de transporte a ser percorrida por cada uma dessas modalidades até a
1441 Central de Triagem da alternativa simulada.
1442 Análise das alternativas para Central de Triagem
1443 Conforme citado anteriormente, para o município de Ilhabela foram analisadas as
1444 alternativas de implantação de Central de Triagem Municipal e Central de Triagem
1445 Regional Litoral Norte.
1446 Para a alternativa de Central de Triagem Municipal, os cálculos dos custos de
1447 implantação e custos de operação foram feitos considerando a produção de recicláveis
1448 apenas do município de Ilhabela.
1449 Para a alternativa de Central de Triagem Regional Litoral Norte, os cálculos dos custos
1450 de implantação e custos de operação foram feitos considerando a produção de
1451 recicláveis dos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
1452 A partir do custo total de implantação de central de triagem regional, foi calculado o
1453 custo efetivo para o município de Ilhabela, calculado a partir da relação entre a
1454 produção de recicláveis do município e a produção total de recicláveis dos municípios
1455 atendidos pela Central de Triagem.
1458
73
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
Usina de Triagem Municipal 5.518,77 1.353,01 15.000,00 2.029,51 100,00% 2.029,51 77,21 426.129,63 100,00% 426.129,63
Usina de Triagem Regional 69.265,93 7.810,65 15.000,00 11.715,98 7,97% 933,47 25,07 1.736.789,78 7,97% 138.378,84
1460
1461 Quadro: Custos de Operação de Central de Triagem – Alternativas Municipal e Regional
Custo
Produção de Custo de Custo Efetivo
Produção de Unitário Parcela do
Alternativa Recicláveis - Operação - 30 de Operação -
Rejeitos (t/ano) Operacional Município
30 anos (t) anos (R$) 30 anos (R$)
(R$/t)
1462
1463 Quadro: Custos de Transporte de Recicláveis para Central de Triagem – Alternativas Municipal e Regional
Produção de Custo Custo Total de
Alternativa Rejeitos em 30 Destino O-D Transporte
anos (t) (R$/t) (R$)
Usina de Triagem Municipal 126.100,27 Ilhabela 1,30 163.501,61
1464
74
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1465 Para estimativa do valor presente dos custos de operação e manutenção, utilizou-se a
1466 taxa de interesse de 12% ao ano, usualmente aplicada neste tipo de avaliação.
. Terreno 2.029,51
Inicial 306.813,33
Por fase -
. Equipamentos 130.198,96
Fixos 93.748,52
Móveis 36.450,45
. Veículos -
1471
1472 Quadro: Alternativa Regional Litoral Norte
Descrição VPL
1.VPL do Custo Total 1.495.445,69
. Terreno 933,47
Inicial 99.632,76
Por fase -
. Equipamentos 42.383,33
Fixos 30.443,34
Móveis 11.939,99
. Veículos -
1473
75
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1486 Justificativa: Da mesma forma como recomendado para a central de triagem, por
1487 princípio, os resíduos sólidos dos tipos lixo seco e úmido não devem chegar misturados
1488 a uma usina de compostagem, pois esta situação impede que se consiga a eficiência
1489 desejada no reaproveitamento da matéria orgânica, além de baixar a qualidade do
1490 composto resultante.
1491 Portanto, a usina de compostagem deve ser projetada para receber os resíduos que
1492 constituem o lixo úmido, devidamente separado daqueles que respondem pelo lixo
1493 seco, de forma a facilitar o processo, inclusive melhorando a qualidade e valorizando o
1494 produto final.
1498 Embora, alguns municípios se situem em regiões com vocação agrícola, onde o
1499 composto resultante do processo pode ser aplicado como recondicionador de solos,
1500 experiências anteriores demonstraram que não é possível saber-se de antemão qual a
1501 receptividade junto aos potenciais consumidores locais.
1505 Da mesma forma como se propôs para a central de triagem, para municípios com baixa
1506 geração de resíduos, é recomendável que se componham sob forma de convênios e/ou
1507 consórcios para obter economias de escala e melhor poder de negociação na
1508 comercialização dos produtos.
1509 No caso específico do município de Ilhabela, foram analisadas duas alternativas para a
1510 disponibilização de usina de compostagem:
1511 - Municipal: com a unidade sendo implantada no próprio município para seu uso
1512 individual;
76
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1513 - Regional – Litoral Norte: com o município destinando seus materiais orgânicos
1514 para unidade a ser instalada no município de Caraguatatuba.
1520
1521 Investimento Unitário = y = 648,72x-0,16
1522 onde;
1523 x é a capacidade da usina em tonelada por ano
1524 O investimento total para implantação da usina de compostagem foi calculado
1525 multiplicando o investimento unitário pela produção de anual de matéria orgânica
1526 reaproveitável. O investimento total da Usina de Compostagem foi decomposto
1527 admitindo a seguinte composição:
Itens % sem Terreno
Terreno 0,0%
Obras Civis 89,0%
Inicial 89,0%
Equipamentos 11,0%
Fixos 4,0%
Móveis 7,0%
Total 100,0%
77
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1531 Para o cálculo do Valor Presente Líquido, os custos de investimento foram distribuídos
1532 a partir dos seguintes critérios:
1533 1. A parcela inicial das obras civis foi considerada no ano de 2011;
1534 2. O investimento em equipamentos fixos foi considerado integralmente no ano
1535 de 2011; e
1536 3. Os custos de equipamentos móveis foram lançados integralmente a cada 10
1537 anos, considerando sua vida útil.
1538 Custos do terreno:
1539 Para o cálculo da área necessária para implantação de usina de compostagem foi
1540 elaborada curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes portes.
1541
1542 Área Necessária = 1,989√(Capacidade /0,0005)
1543 onde;
1545 Assim como para a Central de Triagem, custo unitário da área de terreno foi estimado
1546 utilizando como referência o Plano da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul – UGRHI 2,
1547 admitindo o custo médio de R$15.000,00/hectare.
1548
78
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RECURSOS HÍDRICOS
1557
1558 Custo Operacional Unitário = 8,569x-0,16
1559 onde;
1561 O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário obtido no
1562 ábaco pela produção de matéria orgânica reaproveitável de cada ano, obtendo-se o
1563 custo operacional anual.
79
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1577 A partir do custo total de implantação de usina de compostagem regional, foi calculado
1578 o custo efetivo para o município de Ilhabela, calculado a partir da relação entre a
1579 produção de matéria orgânica no município e a produção de matéria orgânica nas
1580 cidades atendidas pela Usina de Compostagem.
1583
80
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
Usina de Compostagem Municipal 12.877,12 5.320,07 1,50 7.980,10 100,00% 159,64 2.055.699,95 2.055.699,95
Usina de Compostagem Regional - LN 161.620,51 18.979,90 1,50 2.268,34 7,97% 60,43 9.766.638,52 778.157,55
1585
1586 Quadro: Custos de Operação de Usina de Compostagem – Alternativas Municipal e Regional
Custo
Produção de Custo
Produção de Custo de Efetivo de
Matéria Unitário Parcela do
Alternativa Matéria Operação Operação
Orgânica em Operacional Município
Orgânica (t/ano) (R$) em 30 anos
30 anos (t) (R$/t)
(R$)
1587
1588 Quadro: Custos de Transporte de Recicláveis para Usina de Compostagem – Alternativas Municipal e Regional
Produção de Matéria Custo
Custo Total de
Alternativa Orgânica em 30 anos Destino O-D
Transporte (R$)
(t) (R$/t)
Usina de Compostagem Municipal 294.514,48 Ilhabela 1,30 381.867,48
Usina de Compostagem Regional - LN 294.514,48 Caraguatatuba 15,56 4.582.645,37
1589
81
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1590 Para estimativa do valor presente dos custos de operação e manutenção, utilizou-se a
1591 taxa de interesse de 12% ao ano, usualmente aplicada neste tipo de avaliação.
. Terreno 7.980,10
Inicial 1.829.572,96
. Equipamentos 287.376,16
Fixos 82.228,00
Móveis 205.148,17
1595
1596 Quadro: Alternativa Regional Litoral Norte
Descrição VPL
1.VPL do Custo Total 1.910.024,25
. Terreno 2.268,34
Inicial 692.560,22
. Equipamentos 108.782,38
Fixos 31.126,30
Móveis 77.656,08
1597 Ao analisar os quadros comparativos, é possível notar que a Alternativa Regional é por
1598 volta de 20% menos onerosa que Alternativa Municipal, sendo esta diferença
1599 principalmente devido à economia de escala proporcionada pelas soluções conjuntas.
82
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1600 Portanto, a solução regional para implantação da usina de compostagem pode ser
1601 considerada a melhor alternativa para o município de Ilhabela.
1602 A solução regional consiste na implantação de unidade no próprio município para uso
1603 conjunto com Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba.
1607 Justificativa: Embora rejeitado pela comunidade, um aterro sanitário implantado com
1608 todos os dispositivos recomendados pelas normas técnicas e legislações pertinentes e
1609 operado com todos os cuidados necessários, ainda é a solução tecnicamente aceitável
1610 mais econômica no território nacional.
1611 Para comprovar esta afirmação, basta tomar conhecimento do teor da Lei Federal
1612 12.305 de ago/10, que estabelece a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, em que o
1613 aterro sanitário é a forma recomendada para a disposição dos resíduos sólidos não-
1614 reaproveitáveis.
1615 Objetivo: Ofertar destinação final adequada aos resíduos sólidos não-reaproveitáveis
1616 e/ou rejeitos resultantes de processos de tratamento e/ou reaproveitamento, por meio
1617 de unidade própria e/ou regionalizada, de forma a melhorar a qualidade ambiental
1618 regional.
1619 Constituído por uma obra de engenharia, projetada e implantada com todos os
1620 cuidados ambientais, um aterro sanitário é enquadrado pela CETESB como "com
1621 condições adequadas".
1622 Dentre esses cuidados, devem ser citados o selo impermeabilizante da base para
1623 evitar o contato dos resíduos com o terreno natural, a drenagem do chorume e dos
1624 gases para eliminar a formação de bolsões e pressões neutras, a elevação do maciço
1625 conforme configuração preestabelecida para assegurar a estabilidade, a drenagem
1626 superficial para minimizar a penetração da água das chuvas e outros.
1627 Somando esses cuidados, merece ser salientado o fato de, por meio da compostagem
1628 ou processo similar, a massa a ser disposta no aterro, já chegar praticamente inerte,
1629 tornando a unidade ainda mais segura.
1633 No caso específico do município de Ilhabela, foram analisadas três alternativas para a
1634 disponibilização de aterro sanitário:
1635
83
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1636 Municipal: com a unidade sendo implantada no próprio município para seu uso
1637 individual;
1638 - Regional Litoral Norte: com o município levando seus rejeitos para serem
1639 dispostos no município de Caraguatatuba, e;
1640 - Regional Médio Paraíba: com o município levando seus rejeitos para serem
1641 dispostos no município de Tremembé.
1643 Custos de investimento para aterros sanitários para resíduos sólidos urbanos:
1648 A partir dos custos médios de implantação de ATS‟s de pequeno, médio e grande
1649 porte, foi elaborada curva de investimento unitário em função da capacidade, conforme
1650 apresentado a seguir.
1651
1652 Investimento Unitário = 3510,8 (capacidade)-0,386
1653 O investimento total foi calculado multiplicando o investimento unitário pela produção
1654 de rejeitos de RSD acumulados em 30 anos. O investimento total do ATS foi
1655 decomposto admitindo a seguinte composição:
1656
84
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1657
Terreno 0,0%
Obras Civis 81,0%
Inicial 10,6%
Por Etapas 70,4%
Equipamentos 8,0%
Fixos 0,4%
Móveis 7,6%
Veículos 11,0%
Total 100,0%
1658 As obras civis foram divididas em “inicial” e “por etapas”, considerando que os custos
1659 de implantação serão divididos por etapas com duração de 5 anos durante a vida útil
1660 do aterro sanitário.
1661 Os equipamentos foram divididos em fixos, como balança rodoviária, e móveis, como
1662 trator, escavadeira, veículos etc., considerando a vida útil dos primeiros igual à do
1663 plano e destes últimos de 10 e de 5 anos.
1674 A área necessária para implantação do aterro sanitário foi calculada com base no
1675 critério apresentado no Plano da Bacia da UGRHI 02, conforme quadro abaixo:
85
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1676
1677
1678 O custo unitário da área de terreno para implantação de Aterro Sanitário foi estimado
1679 utilizando como referencia o Plano da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul – UGRHI 2,
1680 de Dezembro de 2009 para o período de 2009 a 2012. O estudo apresenta a seguinte
1681 referencia de custo:
1690 Os custos operacionais unitários foram obtidos utilizando a mesma metodologia dos
1691 custos de implantação do aterro, ou seja, foram levantados referencias de custos
1692 operacionais para aterros de diferentes capacidades e elaborada curva de custo
1693 operacional unitário em função da capacidade.
86
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1694
1695 Custo Operacional = 5,13 x 10(-13)x2 - 7,10 x 10(-06)x + 3,87
1696 onde;
1698 O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário obtido no
1699 ábaco pela produção de rejeitos de cada ano, obtendo-se o custo operacional anual.
1708 Para a alternativa de Aterro Sanitário Municipal, os cálculos dos custos de implantação
1709 e custos de operação foram feitos considerando a produção de rejeitos apenas do
1710 município de Ilhabela.
1711 Para a alternativa de Aterro Sanitário Regional Litoral Norte, os cálculos dos custos de
1712 implantação e custos de operação foram feitos considerando a produção de rejeitos
1713 dos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
1718 municípios que deverão passar a encaminhar a partir do encerramento dos seus
1719 aterros controlados municipais, conforme previsto pela SMA ao término da vigência de
1720 suas Licenças de Operação.
1721 A partir do custo total de implantação de aterro regional, foi calculado o custo efetivo
1722 para o município de Ilhabela, calculado a partir da relação entre a população do
1723 município e a população atendida pelo aterro.
1726
88
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
Aterro Municipal 35.547,00 4,72 15.000,00 70.762,45 100,00% 70.762,45 326.713,70 26,12 8.533.060,86 8.533.060,86
Aterro Regional LN 335.496,00 18,56 15.000,00 278.416,26 7,70% 21.441,84 4.242.285,40 9,71 41.186.265,74 3.171.902,92
Aterro Regional
Tremembé 1.103.638,00 54,01 15.000,00 810.198,69 4,73% 38.331,73 6.905.584,64 8,04 55.548.862,18 2.628.101,09
1728
1729 Custos de Operação de Aterro Sanitário – Alternativas Municipal e Regionais
Produção de Custo Unitário Custo Efetivo
Custo de Parcela do
Alternativa Rejeitos em 30 Operacional de Operação
Operação (R$) Município
anos (t) (R$/t) (R$)
Aterro Municipal 326.713,70 36,44 11.903.843,61 100,00% 11.903.843,61
Aterro Regional LN 4.242.285,40 17,81 75.564.551,28 7,70% 5.819.498,72
Aterro Regional
Tremembé 6.905.584,64 14,13 97.602.365,95 4,73% 4.617.716,26
1730
1731 Custos de Transporte de RSU para Aterro Sanitário – Alternativas Municipal e Regionais
Produção de Rejeitos em Dist O-T Dist O-D Custo O-D Custo Total de
Alternativa Destino
30 anos (t) (km) (km) (R$/t) Transporte (R$)
1732
89
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1733 Para estimativa a valor presente dos custos de operação e manutenção, utilizou-se a
1734 taxa de desconto de 12% ao ano, comumente adotada para tal tipo de avaliação.
. Terreno R$ 70.762,45
Inicial R$ 904.504,45
. Equipamentos R$ 3.056.142,60
Fixos R$ 34.132,24
Móveis R$ 924.545,54
. Veículos R$ 2.097.464,82
1739
1740 Quadro: Alternativa Regional Litoral Norte
Descrição Un VPL
1.VPL do Custo Total 5.827.096,22
. Terreno R$ 21.441,84
Inicial R$ 336.221,71
. Equipamentos R$ 1.136.027,01
Fixos R$ 12.687,61
Móveis R$ 343.671,37
. Veículos R$ 779.668,03
1741
90
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
. Terreno R$ 38.331,73
Inicial R$ 278.578,72
. Equipamentos R$ 941.262,67
Fixos R$ 10.512,40
Móveis R$ 284.751,18
. Veículos R$ 645.999,09
1752 A solução regionalizada pode ser entendida como a implantação de Aterro Sanitário no
1753 município de Caraguatatuba, que atenda aos municípios do Litoral Norte.
1757 Justificativa: Para organizar a entrega de entulhos menos volumosos, que não
1758 justificam a contratação de empresas caçambeiras, propõe-se a implantação de
1759 ecopontos, que também deverão estar aptos a receber resíduos volumosos e
1760 especiais.
1761 Objetivo: Estimular a entrega voluntária destes tipos de resíduos de forma separada,
1762 facilitando o seu encaminhamento para destinações adequadas e evitando seu
1763 descarte irregular nos logradouros públicos.
91
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
1767 Como exemplo, um dos procedimentos a ser divulgado deverá ser a emissão do
1768 tíquete de recebimento do material, que servirá como comprovante para o coletor
1769 demonstrar a destinação adequada proporcionada ao material coletado no gerador.
1770 Outro aspecto merecedor de divulgação pública, caso venha a ser implantado, é o
1771 sistema de cobrança pelo serviço de destinação, cuja taxa ou tarifa deverá ser paga no
1772 ato da entrega dos materiais.
1777 Nas áreas rurais, os ecopontos poderão ser substituídos por caçambas estacionárias,
1778 tendo o cuidado de informar os tipos de resíduos a serem nelas descartados, para
1779 evitar que se misturem com os resíduos comuns.
1780 Reaproveitamento
1786 Objetivo: Maximizar o reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes por meio de sua
1787 submissão a central de triagem e britagem.
1788 Numa fase inicial, os materiais componentes dos entulhos deverão ser separados e,
1789 em seguida, o concreto, os tijolos e os cacos cerâmicos serão submetidos à trituração
1790 com controle granulométrico, de modo a valorizar sua colocação como matéria prima.
1794 No caso específico do município de Ilhabela, foram analisadas duas alternativas para a
1795 disponibilização de central de britagem:
1796 - Municipal: com a unidade sendo implantada no próprio município para seu uso
1797 individual;
1798 - Regional – Litoral Norte: com o município levando seus entulhos limpos para
1799 serem processados numa unidade regional, a ser disponibilizada no município de
1800 Caraguatatuba.
92
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RECURSOS HÍDRICOS
1803 Os custos de implantação de Central de Britagem foram estimados com base uma
1804 curva elaborada a partir de dados de unidades projetadas e existentes.
1805
1806 Investimento Unitário = 64866x-0,731
1807 onde;
1808 x = Capacidade em tonelada/ano
Terreno 0,0%
Obras Civis 40,0%
Inicial 40,0%
Equipamentos 60,0%
Fixos 44,0%
Móveis 16,0%
Total 100,0%
93
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RECURSOS HÍDRICOS
1812 Os equipamentos foram divididos em fixos e móveis, considerando a vida útil dos
1813 equipamentos móveis de 10 anos.
1814 Para o cálculo do Valor Presente Líquido, os custos de investimento foram distribuídos
1815 a partir dos seguintes critérios:
1822 A área necessária para implantação de Central de Britagem foi calculada pela curva
1823 elaborada a partir de dados de capacidade e área de implantação de centrais de
1824 britagem de diferentes portes.
1825
1826 Área Necessária = -1E-08x2 + 0,0121x + 557,14
1827 Assim como para as demais unidades simuladas, o custo unitário da área de terreno foi
1828 estimado utilizando como referência o Plano da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul –
1829 UGRHI 2, admitindo o custo médio de R$15.000,00/hectare.
1831 Os custos operacionais de cada alternativa foram estimados para o período um ano,
1832 considerando as seguintes componentes:
1838
1839 Custo Operacional = 5668,6 x-0,73
1840 onde;
1841 x = Capacidade em toneladas/ano
1842 O custo operacional anual foi calculado multiplicando o custo operacional unitário pela
1843 produção de resíduos sólidos inertes reaproveitáveis em cada ano.
1844 Os custos de transporte utilizaram valores referencias para o uso de caminhões
1845 basculantes em R$/tonelada e a distância de transporte até a central de britagem
1846 municipal ou regional.
1847 Análise das alternativas para Central de Britagem
1848 Conforme anteriormente citado, para o município de Ilhabela foram analisadas as
1849 alternativas de implantação de Central de Britagem Municipal e Central de Britagem
1850 Regional Litoral Norte.
1851 Para a alternativa de Central de Britagem Municipal, os cálculos dos custos de
1852 implantação e custos de operação foram feitos considerando a produção de resíduos
1853 inertes reaproveitáveis apenas do município.
1854 A Central de Britagem Regional Litoral Norte foi analisada atendendo aos municípios
1855 de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
1856 A partir do custo total de implantação da Central de Britagem Regional, foi calculado o
1857 custo efetivo para o município de Ilhabela, a partir da relação entre a produção de
1858 resíduos inertes reaproveitáveis do município e a produção de resíduos inertes
1859 reaproveitáveis dos municípios atendidos pela Central.
. Terreno R$ 843,71
Inicial R$ 17.472,12
Por fase R$ -
. Equipamentos R$ 29.182,91
Fixos R$ 19.219,33
Móveis R$ 9.963,58
. Veículos R$ -
1874
1875 Quadro: Alternativa Regional – Litoral Norte
Descrição Un VPL
1.VPL do Custo Total 55.307,47
. Terreno R$ 14,50
Inicial R$ 4.019,42
Por fase R$ -
. Equipamentos R$ 6.713,45
Fixos R$ 4.421,36
Móveis R$ 2.292,10
. Veículos R$ -
1876
97
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RECURSOS HÍDRICOS
98
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RECURSOS HÍDRICOS
1927
1928 O investimento total foi calculado multiplicando o investimento unitário pela
1929 produção de resíduos inertes não-reaproveitáveis em 30 anos. O investimento
1930 total do Aterro de Inertes foi decomposto admitindo a seguinte composição:
Itens % sem Terreno
Terreno 0,0%
Obras Civis 84,5%
Inicial 16,0%
Por Etapas 68,5%
Equipamentos 4,5%
Fixos 0,5%
Móveis 4,0%
Veículos 11,0%
Total 100,0%
99
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1931 As obras civis foram divididas em “inicial” e “por etapas”, considerando que os
1932 custos de implantação serão divididos por fases durante o prazo total do plano.
1933 Os equipamentos foram divididos em fixos e móveis, considerando a vida útil
1934 dos equipamentos móveis de 10 anos.
1935 Para o cálculo do Valor Presente Líquido, os custos de investimento foram
1936 distribuídos ao longo do prazo de avaliação a partir dos seguintes critérios:
1937 1. A parcela inicial das obras civis foi considerada no ano de 2011;
1938 2. As obras civis em etapas foram lançadas a cada 5 anos durante a
1939 vida útil do aterro;
1940 3. O investimento em equipamentos fixos foi considerado integralmente
1941 no ano de 2011;
1942 4. Os custos de equipamentos móveis foram lançados integralmente a
1943 cada 10 anos, considerando sua vida útil; e
1944 5. Os custos de veículos foram lançados integralmente a cada 5 anos,
1945 considerando sua vida útil.
1946 Custos do terreno
1947 As instalações de apoio e a configuração do maciço para o aterro de inertes
1948 são similares aos dos aterros sanitários, portanto admitiu-se uma área mínima
1949 para implantação do aterro de inertes de 4 ha, similar ao aterro sanitário.
1950 Porém, como os aterros de inertes não necessitam de área para tratamento de
1951 gases e chorume, admitiu-se que a área necessária para implantação de aterro
1952 de inertes para população de 150.000 habitantes, é de 88% da área necessário
1953 para implantação de aterro sanitário.
1954
População (hab) Área ATI (ha)
Até 20.000 hab 4
De 20.000 a 150.000 4 a 8,8
1955
100
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1956
1957
1958 O custo unitário da área de terreno para implantação de Aterro de Inertes foi o
1959 mesmo utilizado para Aterro Sanitário: R$15.000,00/hectare.
101
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RECURSOS HÍDRICOS
1972
1973 O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário
1974 obtido no ábaco pela produção de resíduos sólidos inertes não-reaproveitáveis
1975 de cada ano.
1976 Para o cálculo dos custos de transporte foram utilizados valores referencias de
1977 uso de caminhões basculantes em R$/tonelada e a distância de transporte até
1978 o aterro de inertes municipal ou regional.
1979 Análise das alternativas para Aterro de Inertes
1980 Conforme citado anteriormente, para o município de Ilhabela, foram analisadas
1981 as alternativas de implantação de aterro de inertes municipal e aterro de inertes
1982 regional Litoral Norte.
1983 Para a alternativa de Aterro de Inertes Municipal, os cálculos dos custos de
1984 implantação e custos de operação foram feitos considerando a produção de
1985 resíduos inertes não-reaproveitáveis apenas do município.
1986 Na alternativa de implantação de aterro de inertes Regional Litoral Norte, foi
1987 admitido que os municípios Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba
1988 encaminharão seus resíduos inertes não-reaproveitáveis para um ATI em
1989 Caraguatatuba.
1990 A partir do custo total de implantação de aterro de inertes, foi calculado o custo
1991 efetivo para o município de Ilhabela, calculado a partir da relação entre a
1992 produção de inertes não-reaproveitáveis do município e a produção de
1993 resíduos inertes não-reaproveitáveis dos municípios atendidos pelo aterro.
1994 Os quadros abaixo apresentam os custos de implantação e operação para as
1995 alternativas propostas.
1996
102
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RECURSOS HÍDRICOS
Aterro Municipal 35.547,00 4,88 15.000,00 73.137,79 100,00% 73.137,79 8.566,80 2,20 18.855,38 18.855,38
Aterro Regional - LN 335.496,00 15,16 15.000,00 227.395,52 0,80% 1.814,78 1.073.438,23 2,20 2.362.619,46 18.855,38
1998
1999 Quadro: Custos de Operação de Aterro de Inertes – Alternativas Municipal e Regional
Produção de Custo
Custo de Custo Efetivo
Inertes Não- Unitário Parcela do
Alternativa Operação de Operação
reaproveitáveis Operacional Município
em 30 anos (t) (R$) (R$/ano)
(R$/t)
Aterro Municipal 8.566,80 1,98 16.969,84 100,00% 16.969,84
Aterro Regional - LN 1.073.438,23 1,98 2.126.357,51 0,80% 16.969,84
2000
2001 Quadro: Custos de Transporte de RSI para Aterro de Inertes – Alternativas Municipal e Regional
103
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RECURSOS HÍDRICOS
2002 Para estimativa a valor presente dos custos de operação e manutenção, utilizou-se a
2003 taxa de desconto de 12% ao ano, usualmente adotada neste tipo de avaliação.
2004 Os quadros abaixo apresentam os valores presentes líquidos, para as alternativas,
2005 municipal e regional, de disposição de resíduos inertes.
2006 Quadro: Alternativa Municipal
Descrição VPL (R$)
1.VPL do Custo Total 95.929,26
. Terreno 73.137,79
Inicial 3.016,86
. Equipamentos 5.804,25
Fixos 94,28
Móveis 1.075,24
. Veículos 4.634,74
2007
2008 Quadro: Alternativa Regional – Litoral Norte
Descrição VPL(R$)
1.VPL do Custo Total 64.642,61
. Terreno 1.814,78
Inicial 3.016,86
. Equipamentos 5.804,25
Fixos 94,28
Móveis 1.075,24
. Veículos 4.634,74
104
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RECURSOS HÍDRICOS
2011 Portanto, a solução regional com Aterro de Inertes no município de Caraguatatuba para
2012 a disposição de resíduos sólidos inertes não-reaproveitáveis deve ser considerada a
2013 melhor alternativa para o município de Ilhabela.
2015 Tratamento
2024 No caso específico do município de Ilhabela, foram analisadas duas alternativas para a
2025 disponibilização de unidade de tratamento para seus resíduos de serviços de saúde:
2026 - Regional Suzano: com o município levando seus resíduos de serviços de saúde
2027 para serem tratados numa unidade regional existente localizada no município de
2028 Suzano; e
2029 - Regional Jacareí: com o município levando seus resíduos de serviços de saúde
2030 para serem tratados na unidade atual, localizada no município de Jacareí.
105
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RECURSOS HÍDRICOS
2047
2048 O investimento total foi calculado multiplicando o investimento unitário pela produção
2049 anual de resíduos de serviços de saúde, admitindo 1.095 t/ano como a quantidade
2050 mínima. Para a alternativa de solução regional Jacareí, foi admitido o padrão máximo
2051 de 2.190 t/ano, já que é sabido que ela tem uma ampla área de influência mas não
2052 existem dados quantitativos dos municípios que encaminham seus resíduos para esta
2053 unidade.
2054 O investimento total da Unidade de Tratamento foi decomposto admitindo a seguinte
2055 composição:
Itens % sem Terreno
Terreno 0,0%
Obras Civis 23,7%
Inicial 23,7%
Equipamentos 76,3%
Fixos 65,9%
Móveis 10,4%
Total 100,0%
2056 Os equipamentos foram divididos em fixos e móveis, considerando a vida útil dos
2057 equipamentos móveis de 10 anos.
2058 Para o cálculo do Valor Presente Líquido, os custos de investimento foram distribuídos
2059 a partir dos seguintes critérios:
106
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RECURSOS HÍDRICOS
2068
2069
2070 Assim como para as outras unidades de tratamento e disposição de resíduos sólidos,
2071 foi assumido o custo médio de terreno de R$15.000,00/hectare.
2072 Custos de operação e manutenção
2073 Os custos operacionais da unidade de tratamento foram divididos em duas
2074 componentes:
2075 Custo operacional da unidade; e
2076 Custo de Transporte
2077 Os custos operacionais unitários foram obtidos utilizando a mesma metodologia dos
2078 custos de implantação da unidade de tratamento de RSS, ou seja, foram utilizados
2079 como referência os custos operacionais de duas unidades, adotadas como padrão
2080 mínimo e máximo.
107
SECRETARIA DESANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
2081
2082 O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário pela
2083 produção de resíduos de serviços de saúde em cada ano, obtendo-se o custo
2084 operacional anual.
2085 Os custos de transporte utilizaram valores referenciais para o uso de caminhões
2086 coletores compactadores em R$/t.km e a distância de transporte até a unidade de
2087 tratamento.
2088 Análise das alternativas para Unidade de Tratamento de RSS
2089 Conforme já mencionado anteriormente, para o município de Ilhabela, foram
2090 analisadas as alternativas de utilização da unidade de tratamento existente no
2091 município de Jacareí, de propriedade da empresa ATT, e de utilização de unidade de
2092 tratamento existente no município de Suzano, de propriedade do Grupo Pioneira.
2093 Tanto para a alternativa utilização da unidade existente no município de Jacareí quanto
2094 para a alternativa de utilização da unidade existente no município de Suzano, foram
2095 admitidos os custos de implantação e operação análogos ao padrão máximo, pois é
2096 sabido que tal unidade opera com uma ampla área de influência, mas trata resíduos de
2097 municípios que extrapolam as UGRHI‟s 1, 2 e 3, impossibilitando o levantamento de
2098 seus dados para projeção de resíduos.
2099 Para as duas alternativas, foram calculados os custos totais de implantação da unidade
2100 de tratamento e, na sequencia, calculado o custo efetivo para o município de Ilhabela,
2101 a partir da relação entre a produção de resíduos sólidos de saúde no município e a
2102 produção de resíduos sólidos de saúde dos municípios atendidos pela unidade de
2103 tratamento.
2104 Os quadros a seguir apresentam os custos de implantação e operação para as
2105 alternativas propostas.
2106
108
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RECURSOS HÍDRICOS
2107 Quadro: Custos de Implantação de Unidade de Tratamento de RSS – Alternativas Regionais em Jacareí e Suzano
Custo
Produção Área Custo Custo Custo
Custo Parcela Efetivo Custo de
de RSS do do Unitário de Efetivo de
Alternativa Unitário do do Implantação
em 2040 Aterro Terreno Implantação Implantação
(R$/ha) Município Terreno (R$)
(t/ano) (ha) (R$) (R$/t) (R$)
(R$)
Un. de Tratamento de RSS
Pioneira 705,81 0,24 15.000,00 3.600,00 3,18% 114,42 1.324,20 1.450.000,00 46.084,68
Un. de Tratamento de RSS ATT 1.349,58 0,19 15.000,00 2.909,15 1,66% 48,36 1.520,47 2.051.996,89 34.107,87
2108
2109 Quadro: Custos de Operação de Unidade de Tratamento de RSS – Alternativas Regionais em Jacareí e Suzano
Custo
Produção de Custo Unitário Custo de
Parcela do Efetivo de
Alternativa RSS em 2040 Operacional Operação
Município Operação
(t/ano) (R$/t) (R$)
(R$)
Un. de Tratamento de RSS Pioneira 705,81 600,00 423.485,29 3,18% 13.459,44
Un. de Tratamento de RSS ATT 1.349,58 689,08 929.966,45 1,66% 15.457,71
2110
2111 Quadro: Custos de Transporte de RSU para Unidade de Tratamento de RSS – Alternativas Regionais em Jacareí e Suzano
109
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RECURSOS HÍDRICOS
2113 Para estimativa a valor presente dos custos de operação e manutenção, utilizou-se a
2114 taxa de desconto de 12% ao ano, usualmente adotada para este tipo de avaliação.
2115 Os quadros abaixo apresentam os Custos Equivalentes Totais, em valor presente
2116 líquido, para as alternativas de tratamento de resíduos sólidos de saúde estudadas.
2117 Quadro: Alternativa Regional – Suzano
Descrição Un VPL
1.VPL do Custo Total 160.274,11
. Terreno R$ 114,42
Inicial R$ 10.922,07
. Equipamentos R$ 43.262,70
Fixos R$ 30.369,80
Móveis R$ 12.892,89
2118
2119 Quadro: Alternativa Regional – Jacareí
Descrição Un VPL
1.VPL do Custo Total 165.656,63
1.1. Custos de
Investimento R$ 40.151,20
. Terreno R$ 48,36
Inicial R$ 8.083,56
. Equipamentos R$ 32.019,28
Fixos R$ 22.477,09
Móveis R$ 9.542,20
110
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RECURSOS HÍDRICOS
2123 o cálculo da parcela do município, pode-se admitir que ambas as alternativas podem
2124 ser consideradas viáveis.
2125 Por outro lado, considerando que o município de Ilhabela já encaminha seus resíduos
2126 de serviços de saúde para a empresa ATT, em Jacareí, a proposição consiste na
2127 conservação desse procedimento nos cenários emergencial e de curto prazo.
2129 Neste item são abordadas alternativas não convencionais, como as de geração de
2130 energia elétrica e/ou vapor a partir da queima de resíduos sólidos urbanos (RSU) em
2131 instalações industriais especialmente previstas para tal.
2140 Dentro desta ótica, uma UVE também deverá receber resíduos orgânicos não
2141 contaminados (entrepostos hortifrutigranjeiros, feiras livres, centrais de preparação de
2142 refeições industriais, grandes restaurantes, supermercados e de serviços de poda) e
2143 também os reciclados na fonte (papéis, papelão, embalagens plásticas, vidros e
2144 metais) provenientes da coleta seletiva.
2145 A fração orgânica deverá ser encaminhada para a compostagem e os recicláveis serão
2146 adequadamente separados, enfardados e acondicionados para retorno ao mercado
2147 reciclador.
2157 As escórias e cinzas oriundas do processo de tratamento térmico dos materiais, não
2158 aproveitados nos processos antecessores, serão destinados a aterros sanitários.
111
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RECURSOS HÍDRICOS
2176 Tecnologia dominada, não havendo imprevistos quanto a custos não previsíveis,
2177 portanto não avaliáveis.
2178 A UVE do Litoral Norte foi concebida para o atendimento dos seguintes municípios:
2179 Caraguatatuba
2182 Ubatuba
2183 A seguir sintetiza-se em uma tabela a Projeção dos Rejeitos (RSD+RSS) estimados. E
2184 preciso ressaltar que além do considerado poderão ser agregados outros rejeitos como
2185 lodos de ETE.
2202 Com este aporte, os rejeitos finais (escória), a serem destinados à aterro seriam
2203 da ordem de 150 t/dia para cada etapa.
2206 Generalidades
2207 Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) gerados nos quatro (4) municípios que compõe o
2208 Litoral Norte (LN) são dispostos atualmente, em sua totalidade, diretamente em aterro,
2209 como coletados e sem nenhum tratamento prévio.
2210 O Litoral Norte, em função das barreiras impostas pela fragilidade ambiental da região,
2211 das áreas de proteção existentes, da direção de ventos, do uso e ocupação do solo,
2212 das legislações e outros fatores intervenientes, tem carência de espaços adequados
2213 para a implantação de aterros sanitários.
2214 Assim sendo a disposição dos RSU é feita em aterros localizados no Vale do Paraíba,
2215 o que requer um transporte, serra acima, em distâncias que chegam até 200 km da
2216 fonte da sua geração, portanto representando um ônus considerável nos orçamentos
2217 municipais, além de se constituir em um sério problema ambiental logístico.
2218 Verifica-se portanto, que a problemática da gestão dos resíduos sólidos urbanos
2219 transcende as fronteiras dos municípios envolvidos, necessitando, portanto, de um
2220 enfoque regional, que busque alternativas otimizadas e integradas para o conjunto dos
2221 municípios envolvidos.
2222 Sobrepondo-se a estes fatores tem-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
2223 12.305 de 02.08.10, e Decreto 7.404 de 23.12.10) e a Política Estadual de Resíduos
2224 Sólidos (Lei 12.300 de 16.03.2006, com Decreto 54.645 de 05.08.09), as quais
113
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RECURSOS HÍDRICOS
2236 A solução recomendada foi a implementação de uma CTR que deverá abranger, desde
2237 a geração de resíduos, a ação integrada dos responsáveis pelo sistema de coleta e
2238 transporte de RSU com o responsáveis pela operação da CTR, de forma a realizar a
2239 segregação dos resíduos para fins de compostagem , reciclagem de materiais e
2240 tratamento térmico com recuperação energética, de acordo com os planos de
2241 gerenciamento municipais. Nesse prisma, busca-se integrar à proposta de
2242 aproveitamento energético a compostagem, e a reciclagem, com o objetivo maior de
2243 alcançar níveis de gestão de resíduos mais elevados.
2259 No presente estágio dos estudos, o local de implantação da URE, não se encontra
2260 definido, devendo ser estabelecido pelos estudos em andamento que deverão analisar
2261 10 (dez) locais pré-selecionados, dos quais deverão apontar três, para escolha de uma
2262 como definitivo. Estima-se que o local da URE seja na baixada santista, próximo ao
114
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2263 parque fabril existente visando o suprimento de energia, na forma de vapor, água
2264 quente e/ou energia elétrica.
2292 O Processo
115
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2301 c) Garantir ao município uma economia de pelo menos 26% nos gastos atuais para
2302 a atual destinação;
2303 d) Remover todo o lixo e recuperar a área do desativado lixão da Baleia (Costa Sul
2304 de São Sebastião), que se encontra ambientalmente degradada. A quantidade
2305 estocada é estimada em cerca de 350.000 t;
2306 A tecnologia escolhida, por licitação, foi o Processo Biológico - Mecânico, proposto pelo
2307 Consórcio Herrhof/GPI.
2310 b) Moagem;
2314 d) Separação mecânica dos resíduos valorizáveis: sucata ferrosa, sucata não
2315 ferrosa, papel, plásticos, vidros, etc.
2318 A Usina de Tratamento foi prevista para ter uma capacidade de processamento de 500
2319 t/dia (previsão da demanda para 2.015) visando atender as necessidades de
2320 Caraguatatuba, Ilha Bela, São Sebastião e Ubatuba, com a recepção das seguintes
2321 quantidades e resíduos;
2324 A instalação é prevista para ser efetuada em imóvel a ser cedido pela Prefeitura
2325 Municipal de São Sebastião, com cerca de 30.000 m2, desmembrado de uma área
2326 maior de cerca de 176.000 m2, localizado no Bairro do Jaraguá. O imóvel encontra-se
2327 em negociação com o poder público municipal, em processo amigável, por conta de
2328 impostos não quitados com o município.
2331 Os estudos desenvolvidos indicaram que a taxa a ser cobrada da Prefeitura Municipal
2332 de São Sebastião é de cerca de R$ 114,00 / t, e para o material removido da Baleia de
2333 cerca de R$ 126,00 / t.
2334 Para o produto final (CDR) estima-se um preço de venda de cerca de R$ 70,00 / t.
2335 No momento se está em fase de audiências públicas, estando o Edital na Internet para
2336 Consulta Pública.
2343 b) Deve-se considerar que por ocasião da alta estação, a população flutuante dos
2344 municípios mais que dobra a população fixa. Desta forma este incremento
2345 sazonal deverá de alguma forma ser amortecido no processo;
2353 e) Garantia de mercado para o CDR, á longo prazo, para que não se fique ao sabor
2354 do seu “humor”, garantindo assim o negócio, isto é, a destinação dos resíduos.
2355
117
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RECURSOS HÍDRICOS
2362 O uso urbano do solo, em suas diferentes formas, interfere com as condições naturais
2363 de escoamento das águas originadas da precipitação atmosférica passando a
2364 demandar um manejo apropriado, tanto em termos de manutenção das construções,
2365 ruas e demais equipamentos públicos, como de segurança geral das pessoas. Deve
2366 ser observado ainda que, do ponto de vista ambiental, a interferência antrópica na
2367 bacia hidrográfica deve ser sustentável, a custa de mecanismos de compensação e
2368 mitigação.
2382 Tais alterações, provocadas principalmente, mas não apenas, pela impermeabilização
2383 dos solos, chegam a ser dramáticas e, em casos extremos verifica-se que as vazões
2384 máximas chegam a ser até seis ou sete vezes maiores que aquelas possíveis na
2385 mesma bacia em condições naturais, podendo causar extensas inundações em áreas
2386 ribeirinhas e consequentes prejuízos materiais, perdas de vida, interrupções no
2387 trânsito, disseminação de doenças de veiculação hídrica etc.
118
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RECURSOS HÍDRICOS
2394 bacia de drenagem a jusante, desprezando, portanto, o que se fala hoje como “impacto
2395 zero”.
2410 A ruptura da cobertura do solo tende a deixá-lo exposto à ação das enxurradas,
2411 produzindo a erosão superficial e consequentemente o aumento do transporte sólido na
2412 bacia e sedimentação nos drenos principais, de menor declividade. As áreas
2413 construídas e pavimentadas aumentam gradativamente a impermeabilização dos solos
2414 da bacia, reduzindo sua capacidade natural de absorver as águas das chuvas, o que
2415 acelera o escoamento superficial direto.
2416 As principais modificações das características hidráulicas das calhas decorrem das
2417 obras de canalização. Estas, via de regra, envolvem retificações, ampliações de seções
2418 e revestimentos de leito ou, ainda, as substituições das depressões e dos pequenos
2419 leitos naturais por galerias. Os canais artificiais apresentam menor resistência ao
2420 escoamento e, consequentemente, maiores velocidades, o que resulta num efeito de
2421 redução dos tempos de concentração das bacias.
2422 Do exposto, verifica-se que a urbanização de uma bacia altera a sua resposta à
2423 ocorrência de chuvas. Os efeitos mais preponderantes são as reduções da infiltração e
2424 o tempo de trânsito das águas, que resultam em picos de vazão muito maiores em
2425 relação às condições anteriores à citada urbanização. São clássicos os exemplos que
2426 relacionam o crescimento das vazões máximas de cheias com a área urbanizada da
2427 bacia e a área servida por obras de drenagem. Há casos extremos em que os picos de
2428 cheia numa bacia urbanizada podem chegar a ser da ordem de seis vezes superiores
2429 ao pico da mesma bacia em condições naturais.
119
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2449 Outra característica, de certo modo única, do sistema de drenagem é a sua solicitação
2450 não permanente, isto é, durante e após a ocorrência de tormentas, contrastando com
2451 outros melhoramentos públicos que são essencialmente de uso contínuo.
2452 O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por
2453 dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios
2454 diferenciados: o Sistema Inicial de Drenagem (Microdrenagem) e o Sistema de Final
2455 (Macrodrenagem).
120
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RECURSOS HÍDRICOS
2475 As tendências mais atuais desse controle, que já vêm sendo amplamente aplicadas ou
2476 preconizadas internacionalmente, passam a dar ênfase ao enfoque orientado para o
2477 controle na fonte, isto é, no momento da geração do escoamento superficial. Desta
2478 forma, objetiva-se a redução dos volumes escoados ainda na microdrenagem, com a
2479 utilização de equipamentos de compensação da impermeabilização, e que permitam a
2480 detenção, retenção e retardamento dos volumes precipitados e não infiltrados, de
2481 forma a reduzir a quantidade escoada. Este conceito avança na macrodrenagem para
2482 contemplar o armazenamento das águas por estruturas de detenção ou retenção. Esse
2483 enfoque é mais indicado a áreas urbanas ainda em desenvolvimento, podendo ser
2484 utilizado também em áreas de urbanização mais consolidadas desde que existam
2485 locais (superficiais ou subterrâneos) adequados para a implantação dos citados
2486 armazenamentos.
2491 As medidas estruturais ou obras são destinadas a desviar, deter, reduzir ou escoar com
2492 maior rapidez e menores níveis, as águas do escoamento superficial direto, evitando
2493 assim os danos e interrupções das atividades causadas pelas inundações. Envolvem,
2494 em sua maioria, obras hidráulicas de porte com aplicação maciça de recursos.
2495 As não estruturais são representadas, basicamente, por ações destinadas ao controle
2496 do uso e ocupação do solo (nas várzeas e nas bacias) ou à diminuição da
2497 vulnerabilidade dos ocupantes das áreas de risco dos efeitos das inundações, por meio
2498 da busca de maneiras para que estas populações passem a conviver de forma
2499 harmoniosa com as cheias. As medidas não estruturais envolvem, muitas vezes em
2500 mudanças de aspectos de natureza cultural, que impõem, para o sucesso da
2501 implantação das medidas, a implementação de programas de educação ambiental.
2507
121
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RECURSOS HÍDRICOS
2508
122
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2528 Os princípios que devem nortear os planos de gestão de drenagem urbana devem
2529 considerar que o sistema de drenagem é parte do sistema ambiental urbano e não
2530 pode ser encarado simplesmente como parte da infraestrutura urbana ou como um
2531 meio para alcançar metas e objetivos em termos mais abrangentes;
2532 Como a urbanização tem potencial para aumentar tanto o volume quanto as vazões do
2533 escoamento superficial direto, o impacto da ocupação de novas áreas deve ser
2534 analisado no contexto da bacia hidrográfica na qual estão inseridas, de modo a se
2535 efetuarem os ajustes necessários para minimizar e anular a criação de futuros
2536 problemas com inundações, sem falar nas suas correlações com a estabilidade dos
2537 terrenos, que é objeto específico da drenagem urbana.
2538 O estabelecimento prévio de metas e objetivos, nos cenários local, regional e nacional,
2539 é de grande valia na concepção das obras de drenagem e tem como meta melhorar a
2540 eficiência dos investimentos.
2541 A drenagem urbana consiste na administração de um espaço, uma vez que o volume
2542 de água presente em um dado instante, não pode ser comprimido ou diminuído, sendo
2543 portanto, uma demanda de espaço que deve ser considerada no processo de
2544 planejamento. Se o armazenamento natural é reduzido pela urbanização ou outros
2545 usos do solo sem as adequadas medidas compensatórias, as águas das enchentes
2546 buscarão outros espaços para seu trânsito, podendo atingir inevitavelmente locais em
2547 que isso não seja desejável.
2548 As várzeas dos rios e córregos são áreas de armazenamento natural e embora estejam
2549 com menor frequência sob as águas, fazem parte dos cursos naturais, tanto quanto a
2550 sua calha principal. Por esta razão, na geomorfologia, a várzea também recebe a
2551 denominação de leito maior ou secundário. As funções primárias de um curso d'água e
2552 de sua várzea associada são a coleta, armazenamento e veiculação das vazões de
2553 cheias. Essas funções não podem ser relegadas a um plano secundário em favor de
2554 outros usos que se possa imaginar para as várzeas, sem a adoção de medidas
2555 compensatórias normalmente onerosas. Respeitada essa restrição, as várzeas têm a
2556 potencialidade de contribuir para a melhoria da qualidade da água e do ar, a
2557 manutenção de espaços abertos, a preservação de ecossistemas importantes e
2558 acomodação de redes de sistemas urbanos adequadamente planejados.
2559 Ao tratar as águas do escoamento superficial direto de uma área urbana como recurso,
2560 ou quando se cogitar a utilização de bacias de detenção, deve ser dada atenção aos
2561 aspectos da qualidade dessas águas. Estes, por sua vez, estão relacionados com as
2562 práticas de limpeza das ruas, coleta e remoção de lixos e detritos urbanos, ligação
2563 clandestina de esgotos na rede de galerias, coleta e tratamento de esgoto e
2564 regulamentação do movimento de terras em áreas de desenvolvimento, tendo em vista
2565 o controle de erosão e, consequente, carga de sedimentos.
2568 alcançados os benefícios potenciais que podem oferecer os cursos d‟água urbanos e
2569 suas várzeas.
2571 As cheias nos cursos d‟água são fenômenos naturais que usualmente resultam no
2572 extravasamento dos seus leitos menores, invadindo a várzea (leitos maiores). Em
2573 áreas rurais, este extravasamento não ocasiona maiores danos. Em áreas urbanas,
2574 este fenômeno natural, de aumento sazonal das vazões e extravasamento dos
2575 córregos, causa as inundações que resultam em danos materiais, à saúde pública, e
2576 uma série de prejuízos à sociedade em casos mais sérios. Elas podem transformar as
2577 áreas afetadas em regiões degradadas, a ponto de não atrair novos investimentos,
2578 limitando o potencial de crescimento econômico-social.
2588 Por outro lado, o planejamento integrado na drenagem urbana, por bacia hidrográfica,
2589 considerando um amplo leque de medidas estruturais e não estruturais, tem resultado
2590 em um conjunto de medidas eficazes no combate as inundações. Este planejamento
2591 integrado é consubstanciado em um Plano Diretor de Drenagem que engloba: um
2592 plano de obras, um conjunto de medidas complementares, a sequência e a forma de
2593 implantação destas medidas correspondendo às expectativas da sociedade, integrando
2594 em um todo coerente os aspectos econômico-financeiros, sociais, de meio ambiente e
2595 políticos envolvidos, otimizando a alocação de recursos e viabilizando a implantação de
2596 um sistema de drenagem eficaz.
2604 Assim, um Plano Diretor de Drenagem, que atenda às novas diretrizes impostas por
2605 estes diplomas Federal e Estadual, constitui-se em uma garantia de atendimento dos
2606 objetivos e critérios neles expostos, facilitando a outorga das obras previstas. O
2607 atendimento a estes objetivos e critérios deverá também facilitar o acesso a verbas que
2608 devem originar-se da cobrança do uso dos recursos hídricos, que encontram em fase
2609 de implementação, nos níveis Estadual e Federal.
124
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2610 Outras duas características fundamentais a serem incorporadas nos planos municipais
2611 de drenagem são: aferição de metas e atualização progressiva. Na primeira objetiva-se
2612 criar mecanismos de avaliação do progresso do plano, tanto sob a ótica de seu avanço
2613 em termos de implantação como na eficácia de suas medidas. Na segunda pretende-se
2614 a introdução de um mecanismo de atualização periódica de forma a permitir que as
2615 ações preconizadas possam ser atualizadas em função de novas tecnologias, cujo
2616 surgimento é cada vez mais rápido.
2618 Um Plano Diretor de Drenagem pode ser visto como uma sequência de duas etapas
2619 básicas: diagnóstico e plano de ação. Cada uma delas demanda uma série de
2620 atividades paralelas e complementares e cuja falta implicará em limitação dos
2621 resultados. Entretanto, considerando que os planos modernos englobam mecanismos
2622 de atualização e de aferição de resultados, o processo ainda assim permitirá a
2623 correção destas faltas e o alcance de soluções de qualidade.
2624 A Etapa de Diagnóstico compreende uma série de ações para que sejam determinadas
2625 as cargas e deficiências do sistema existente, tanto no nível da microdrenagem como
2626 no da macrodrenagem. Em outras palavras, esta etapa tem como produto o mapa de
2627 deficiências do sistema. Fazem parte desta etapa as seguintes atividades:
125
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2664 d) Estudo das alternativas: com base no diagnóstico, nos levantamentos de campo,
2665 considerando as diretrizes estabelecidas nas leis Estadual e Federal, além dos
2666 objetivos e critérios definidos especificamente para o plano, são desenvolvidos
2667 estudos de alternativas para a solução das inundações considerando medidas
2668 estruturais (canalização, reservatórios, substituição e melhoria de bueiros,
2669 pontilhões, entre outros, recanalização de áreas críticas etc.), e medidas não
2670 estruturais que tipicamente envolvem entre outras, o controle de uso do solo, a
2671 preservação da várzea, programas de inspeção e manutenção e educação
2672 ambiental.
2673 A segunda etapa compreende o Plano de Ação, cujo produto final contempla as
2674 diferentes formas de ataque a serem empregadas na gestão da drenagem urbana. Os
2675 passos a serem seguidos podem ser resumidos como:
2695 No Litoral Norte, região onde está localizado o município de Ilhabela, os rios
2696 apresentam-se geralmente com pequena extensão do curso e pequeno volume de
2697 água, sucedendo-se curtos trechos de planície aos vales abruptos e quedas d‟água de
2698 regime torrencial na estação chuvosa.
2699 Durante as marés de enchente, o grande volume de água afluente, age no sentido de
2700 barrar cursos d'água. Já nas marés vazantes, ocorre o fenômeno inverso, havendo
2701 uma drenagem das águas dos córregos para o mar
2702 O município de Ilhabela está inserido nas Bacias Hidrográficas constituídas pelo
2703 Córrego do Jabaquara, Córrego Bicuíba, Córrego Ilhabela/Cachoeira, Córrego
2704 Paquera/Cego, Córrego São Pedro/ São Sebastião/ Frade, Córrego Sepituba / Ipiranga/
2705 Boneti/ Enchovas/ Tocas, Córrego Manso/ Engenho/ Castelhano/ Cabeçuda e Córrego
2706 do Poço.
2707 Em que pese a pequena extensão dos cursos d‟água, que tem o oceano, bastante
2708 próximo, como receptor natural das águas provenientes dos escoamentos, há relatos
2709 de alagamentos nas ruas próximas a orla nos períodos de chuvas, especialmente por
2710 ocasião das marés altas; devido à concentração das águas pluviais que não encontram
2711 condições adequadas para seu escoamento.
2729
127
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2731 O Plano de Manejo de Águas Pluviais tem como objetivo fornecer, para o município,
2732 subsídios técnicos e institucionais que permitam reduzir os impactos das inundações e
2733 criar as condições para uma gestão sustentável da drenagem urbana. Para tanto deve:
2750 - Definir ações estruturais e não estruturais integradas ao Plano Diretor Municipal e ao
2751 sistema de saneamento da cidade, para a redução dos riscos de inundação, redução
2752 da erosão e melhoria da qualidade das águas superficiais;
2753 - Apresentar um plano de ação global e um plano de ação específico para cada bacia
2754 hidrográfica do município;
128
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2801 Com a expansão populacional da área urbana, crescem na mesma medida o número
2802 de domicílios, estabelecimentos comerciais, escolas, postos de saúde etc., que de
2803 maneira geral, configuram áreas impermeáveis. Dessa forma, as águas anteriormente
2804 absorvidas pelo solo são conduzidas para a malha de macrodrenagem, por meio das
2805 estruturas de microdrenagem do município, tornando mais rápido e elevado o
2806 escoamento superficial, e incrementando a vazão dos corpos d‟água.
129
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2807 No caso de Ilhabela, a Prefeitura Municipal não possui cadastro técnico das estruturas
2808 e unidades que compõem o sistema de microdrenagem do município, impossibilitando
2809 uma descrição detalhada e uma análise crítica das instalações existentes.
2821 Neste, foi adotado uma abordagem que conjugasse a utilização de imagens de
2822 sensoriamento remoto de alta resolução e critérios simples para a setorização do risco,
2823 de forma a permitir um fácil entendimento por parte dos operadores de Planos
2824 Preventivos de Defesa Civil e uma rápida implementação de ações de prevenção e
2825 mitigação em áreas prioritárias. Os estudos foram realizados em 12 áreas-alvo
2826 definidas e indicadas previamente pela COMDEC de Ilhabela, onde foram identificadas
2827 situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à
2828 tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos, e à severidade dos potenciais
2829 eventos, resultando na delimitação de 27 setores de risco, já mencionados no relatório
2830 anterior.
2832 Não foram relatados a existência de medidas estruturais ou não estruturais referentes
2833 aos sistemas de drenagem de Ilhabela, exceto os serviços rotineiros de manutenção
2834 executados pela Prefeitura Municipal e Defesa Civil.
2835 8.5. ESTUDOS PARA PREVISÃO DAS VAZÕES COM PERÍODO DE RETORNO
2836 DE CEM ANOS NAS BACIAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE ILHABELA
2838 Como não existem medições de vazão nos cursos d‟água naturais que cortam as áreas
2839 urbanas do município, o que é regra praticamente geral no Brasil, a estimativa das
2840 vazões nestas bacias foram efetuadas com o auxilio do modelo hidrológico CABC
2841 (FCTH, 2001), conforme descrito no Anexo III. Por meio desta técnica, a partir das
2842 precipitações intensas registradas historicamente em postos de observação da região,
2843 podem ser estimadas as vazões resultantes em diferentes pontos. Nessa Modelagem
130
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2847 a) Sub-bacias
2848 A partir da base cartográfica digital do Estado de São Paulo, escala 1:50.000, foram
2849 delimitadas as sub-bacias de interesse, por meio da seleção de pontos para os quais
2850 se tem interesse em determinar a vazão.
2852 As chuvas intensas podem ser obtidas a partir do banco de equações que
2853 correlacionam Intensidade-Duração-Frequência desenvolvidos para o Estado de São
2854 Paulo por Martinez & Magni9, adotando-se o posto da cidade de Ubatuba cuja equação
2855 IDF é denominada SpUbatu7.idf. Para cada sub-bacia foram adotados: tempo de
2856 concentração e parâmetro de infiltração no solo (CN), referente ao terreno natural, e
2857 função da cobertura vegetal predominante.
2859 Nas áreas urbanas, a área impermeável foi estimada a partir da relação entre a
2860 densidade de domicílios e o grau de impermeabilização obtido dos estudos referentes à
2861 ocupação do solo. Para tal, foi feita a projeção, para o horizonte de projeto, da
2862 densidade populacional e do número de domicílios, estimando-se o crescimento da
2863 mancha urbana por meio da correlação entre o número de domicílios atual e o
2864 projetado para o fim de plano.
9
Martins, F. & Magni, N.L.G. – Equações de Chuvas Intensas no Estado de São Paulo, DAEE, 1999.
131
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RECURSOS HÍDRICOS
2879 das mesmas por grelhas, são alguns dos fatores que tornam o projeto e a obra
2880 resultante mais vulnerável, reduzindo seu grau de proteção.
2894 Por estas razões a prática internacional recomenda a análise dos sistemas de
2895 drenagem para períodos de retorno da ordem de cem anos, associado às medidas de
2896 sustentação, caracterizadas pela ação pontual de forma a compensar ou mitigar os
2897 impactos da impermeabilização e também de medidas não estruturais.
2901 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2902 bacia B1.1 do município de Ilhabela.
2903
132
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Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R3 N4 N5 1,492 1,492 0,00 0,00 65 0,611
R4 N5 N6 1,896 1,896 2,00 0,40 65 0,693
R5 N6 N7 0,167 0,167 14,00 2,80 65 0,285
R1 N1 N2 2,466 2,466 0,00 0,00 65 0,785
R2 N2 N3 0,401 0,401 8,00 1,60 65 0,371
R6 N8 N9 1,879 1,879 0,00 0,00 65 0,685
R7 N9 N10 0,204 0,204 6,00 1,20 65 0,255
2910 c) Resultados
2911 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2912 simulação hidrológica realizada.
2915 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2916 bacia B1.2 do município de Ilhabela.
2917
134
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Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R10 N16 N17 7,212 7,212 0,00 0,00 65 1,343
R11 N17 N18 0,829 0,829 0,00 0,00 65 0,489
R12 N18 N19 0,379 0,379 4,00 0,80 65 0,326
R13 N19 N20 0,254 0,254 16,00 3,20 65 0,332
R2 N3 N4 1,512 1,512 2,00 0,20 65 0,615
R3 N4 N5 0,178 0,178 12,00 2,40 65 0,293
R5 N8 N9 0,159 0,159 0,00 0,00 65 0,225
R6 N9 N10 0,287 0,287 0,00 0,00 65 0,294
R8 N13 N14 0,488 0,488 1,00 0,20 65 0,349
R9 N14 N15 0,333 0,333 12,00 2,40 65 0,363
R1 N1 N2 2,818 2,818 0,00 0,00 65 0,839
R4 N6 N7 0,592 0,592 6,00 1,20 65 0,402
R7 N11 N12 1,092 1,092 2,00 0,40 65 0,522
R14 N21 N22 0,207 0,207 6,00 1,20 65 0,268
2924 c) Resultados
2925 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2926 simulação hidrológica realizada.
2929 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2930 bacia B1.3 do município de Ilhabela.
2931 136
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Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R2 N3 N4 1,111 1,111 0,00 0,00 65 0,527
R3 N4 N5 0,552 0,552 0,00 0,00 65 0,376
R11 N20 N21 1,126 1,126 0,00 0,00 65 0,531
R12 N21 N22 0,283 0,283 0,00 0,00 65 0,273
R1 N1 N2 1,108 1,108 0,00 0,00 65 0,526
R4 N6 N7 0,959 0,959 0,00 0,00 65 0,490
R5 N8 N9 1,551 1,551 0,00 0,00 65 0,623
R6 N10 N11 1,117 1,117 0,00 0,00 65 0,528
R7 N12 N13 0,371 0,371 0,00 0,00 65 0,311
R8 N14 N15 0,443 0,443 0,00 0,00 65 0,333
R9 N16 N17 0,930 0,930 0,00 0,00 65 0,482
R10 N18 N19 0,324 0,324 0,00 0,00 65 0,297
2938 c) Resultados
2939 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2940 simulação hidrológica realizada.
2943 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2944 bacia B2 do município de Ilhabela.
2945
138
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Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R24 N28 N87 3,307 3,307 0,00 0,00 65 0,909
R16 N87 N16 1,611 1,611 0,00 0,00 65 0,635
R22 N27 N16 4,101 4,101 2,00 0,40 65 0,390
R23 N16 N29 0,134 0,134 36,00 7,20 65 0,326
R27 N31 N32 9,121 9,121 0,00 0,00 65 1,510
R26 N30 N32 1,991 1,991 0,00 0,00 65 0,706
R28 N32 N29 0,176 0,176 40,00 8,00 65 0,398
R25 N29 N26 0,045 0,045 18,00 3,20 65 0,236
R37 N41 N40 7,179 7,179 0,00 0,00 65 1,340
R38 N40 N42 0,576 0,576 0,00 0,00 65 0,474
R36 N42 N61 1,000 1,000 6,00 1,20 65 0,500
R29 N33 N61 11,141 11,141 0,00 0,00 65 1,669
R17 N61 N26 0,681 0,681 18,00 3,60 65 0,526
R3 N26 N4 0,038 0,038 18,00 3,60 65 0,190
R72 N77 N78 0,541 0,541 14,00 2,40 65 0,438
R73 N78 N4 0,108 0,108 18,00 3,60 65 0,338
R21 N4 N34 0,000 0,000 18,00 3,60 65 0,000
R41 N46 N45 3,600 3,600 8,00 1,60 65 0,949
R40 N45 N35 0,485 0,485 40,00 8,00 65 0,529
R5 N51 N7 1,235 1,235 4,00 0,80 65 0,576
R52 N24 N57 0,215 0,215 6,00 1,20 65 0,237
R39 N43 N44 0,518 0,518 16,00 3,20 65 0,404
2952
140
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RECURSOS HÍDRICOS
2953 c) Resultados
2954 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2955 simulação hidrológica realizada.
2958 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2959 bacia B3 do município de Ilhabela.
2960
141
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RECURSOS HÍDRICOS
Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R5 N8 N9 1,810 1,810 0,00 0,00 65 0,673
R6 N9 N10 2,329 2,329 0,00 0,00 65 0,763
R7 N10 N11 0,403 0,403 8,00 1,60 65 0,387
R8 N11 N6 0,119 0,119 16,00 3,20 65 0,297
R3 N5 N6 0,314 0,314 6,00 1,20 65 0,318
R4 N6 N7 0,022 0,022 0,00 0,00 65 0,000
R11 N15 N16 1,804 1,804 0,00 0,00 65 0,672
R12 N16 N17 1,395 1,395 0,00 0,00 65 0,591
R13 N17 N18 0,624 0,624 4,00 0,80 65 0,441
R14 N18 N19 0,241 0,241 0,00 0,00 65 0,316
R9 N12 N13 0,574 0,574 0,00 0,00 65 0,379
R10 N13 N14 0,467 0,467 12,00 2,40 65 0,419
R1 N1 N2 0,268 0,268 0,00 0,00 65 0,301
R2 N3 N4 0,465 0,465 0,00 0,00 65 0,000
R15 N20 N21 0,444 0,444 0,00 0,00 65 0,333
2967 c) Resultados
2968 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2969 simulação hidrológica realizada.
143
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2972 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2973 bacia B4.1 do município de Ilhabela.
2974
144
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Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R1 N1 N2 2,263 2,263 0,00 0,00 65 0,752
R3 N4 N2 1,831 1,831 0,00 0,00 65 0,677
R2 N2 N3 0,628 0,628 4,00 0,80 65 0,424
R4 N5 N6 0,179 0,179 0,00 0,00 65 0,249
R5 N6 N7 0,254 0,254 10,00 2,00 65 0,291
R6 N8 N9 0,833 0,833 2,00 0,40 65 0,456
R7 N9 N10 0,245 0,245 2,00 0,40 65 0,261
R8 N11 N12 0,245 0,245 2,00 0,40 65 0,247
R9 N13 N14 0,324 0,324 1,00 0,20 65 0,289
R10 N15 N16 0,777 0,777 2,00 0,40 65 0,441
2981 c) Resultados
2982 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2983 simulação hidrológica realizada.
2986 A Figura abaixo traz a delimitação das Sub-bacias para a simulação hidrológica da
2987 bacia B4.2 do município de Ilhabela.
2988
146
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RECURSOS HÍDRICOS
Área do
Nome da Área
Nó Inicial Nó Final Mapa Aimp (%) Adir (%) CN TC
Bacia (km²)
(km²)
R12 N21 N22 1,542 1,542 0,00 0,00 0 0,000
R13 N22 N19 0,096 0,096 0,00 0,00 0 0,000
R10 N18 N19 0,422 0,422 0,00 0,00 65 0,000
R11 N19 N20 0,022 0,022 0,00 0,00 65 0,000
R4 N7 N8 0,859 0,859 0,00 0,00 65 0,463
R5 N8 N9 0,647 0,647 2,00 0,40 65 0,402
R1 N1 N2 0,530 0,530 0,00 0,00 65 0,364
R2 N3 N4 0,526 0,526 2,00 0,40 65 0,363
R3 N5 N6 0,206 0,206 0,00 0,00 65 0,140
R6 N10 N11 0,312 0,312 0,00 0,00 65 0,000
R7 N12 N13 0,151 0,151 0,00 0,00 65 0,000
R8 N14 N15 0,100 0,100 0,00 0,00 65 0,000
R9 N16 N17 0,178 0,178 0,00 0,00 65 0,000
2995 c) Resultados
2996 Abaixo segue a Tabela com as vazões de recorrência de cem anos originadas da
2997 simulação hidrológica realizada.
3004 avaliação das vazões insatisfatórios (galerias de águas pluviais ou canais em terra ou
3005 em concreto ou ainda vãos de pontes com seções de escoamento inferiores às
3006 necessidades) ou por falta de manutenção e operação adequadas (falta de
3007 desassoreamento e remoção de entulho e lixo de forma rotineira). Deve ser
3008 acrescentado que muitas vezes as vazões provenientes de chuvas intensas não têm
3009 condições de escoar satisfatoriamente devido ao nível d‟água do Rio Paraíba, o qual
3010 atinge valores que impedem a descarga natural dos afluentes que cortam as áreas
3011 urbanas, causando remansos e consequentes alagamentos e inundações.
3017 a) Intervenções estruturais diretas nos cursos d‟água que cortam as áreas urbanas;
149
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3047 Para proposição de alternativas bem como projeto de obras de drenagem em regiões
3048 costeiras, o DAEE-SP recomenda a elaboração de estudos considerando estes efeitos
3049 combinados da forma:
3052 O desenvolvimento destes estudos, em nível de projeto básico ou executivo deve ser
3053 realizado considerando:
3058 Estudo de alternativas que envolvam bacias de detenção, diques para áreas
3059 baixas e o uso de comportas.
3062
150
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3071 Para estimativa de custos das proposições elaboradas, adotou-se critérios e custos
3072 referenciais obtidos em valores de mercado.
3073
151
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3080 Justificativa: Atualmente, a gestão dos resíduos sólidos não engloba todos os tipos de
3081 resíduos, o que acaba por inviabilizar soluções técnicas e ambientais que poderiam
3082 resultar em redução de custos e/ou aumento de receitas públicas.
152
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3088 O exemplo do benefício gerado pelo enfoque integrado para a gestão dos resíduos
3089 sólidos está ilustrado no quadro a seguir, no qual se pode notar que resíduos de
3090 natureza similar, mesmo que procedentes de fontes diversas podem ser submetidos a
3091 processos comuns para gerar produtos passíveis de reaproveitamento.
3093 Justificativa: Atualmente, a gestão dos resíduos sólidos costuma estar mais focada
3094 para as economias resultantes de coleta conjunta, delegando para segundo plano a
3095 natureza dos mesmos, o que acaba por direcioná-los para destinações inconvenientes.
3096 Um exemplo desta situação é a utilização dos mesmos veículos da coleta domiciliar
3097 para o recolhimento dos resíduos resultantes do serviço de varrição manual,
3098 compostos principalmente por detritos inertes, direcionando-os para a mesma
3099 destinação final dos resíduos orgânicos.
3100 Objetivo: Direcionar os resíduos pela sua real vocação, evitando a inadequada
3101 aplicação dos recursos disponibilizados apenas para aperfeiçoar a forma de coleta.
3102 Limitar os serviços aos resíduos públicos dentro dos limites legais
3106 Essa forma de proceder está baseada na premissa de que é melhor prestar os serviços
3107 sem cobrar do que ver os resíduos sendo descartados irregularmente.
3108 Tal filosofia passa a ser questionada no momento em que a municipalidade decide
3109 partir para um sistema mais completo de gestão de resíduos sólidos, agregando formas
3110 de reaproveitamento e de tratamentos realmente adequados, que exigem diferentes
3111 níveis de investimentos e custos operacionais.
153
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3112 Objetivo: Direcionar as receitas públicas para a melhoria dos serviços municipais,
3113 exercendo apenas o controle das atividades dos prestadores de serviços dentro do
3114 município e cobrando pelos serviços de sua responsabilidade legal.
3115 Evidentemente que tal mudança de procedimento deverá ser devidamente respaldada
3116 por um programa de conscientização geral de que, assim procedendo, se estará
3117 efetuando a cobrança dos reais usuários, de forma a economizar recursos municipais
3118 para os serviços relacionados à coletividade.
3120 Justificativa: Geralmente, os custos dos serviços de limpeza são cobertos pelos
3121 impostos que atendem ao orçamento municipal, o que não proporciona à população
3122 uma visão de sua aplicação direta em suas necessidades prioritárias.
3123 Esta forma de arrecadação não proporciona a devida visibilidade do valor arrecadado e
3124 nem da real aplicação das verbas arrecadadas, implicando em altos índices de
3125 inadimplência.
3126 Objetivo: Gerar arrecadação a partir dos efetivos consumidores dos serviços públicos,
3127 compatibilizando receitas e despesas, de forma a promover melhorias e inovações nos
3128 serviços de limpeza e destinação dos resíduos.
3129 Por essas razões, nos municípios onde foi implantado com critérios adequados e
3130 viáveis para as condições socioeconômicas da população, o sistema de cobrança por
3131 taxa de limpeza pública apresentou forte adesão, comprovada por baixos índices de
3132 inadimplência.
3133 Para a definição da taxa de limpeza, deve ser considerado o porte do município, já que
3134 sua complexidade aumenta proporcionalmente à quantidade de padrões urbanos
3135 existentes.
3136 Tais padrões costumam ser estabelecidos de acordo com a necessidade ou não dos
3137 serviços principais e, como exemplo, podem ser citados:
3138 - terreno sem habitação em via não pavimentada ou via pavimentada não varrida:
3139 não apresenta resíduos para a coleta domiciliar e nem tem sua via varrida;
3140 - terreno sem habitação em via pavimentada varrida: embora não apresente
3141 resíduos para a coleta domiciliar, conta com o serviços de varrição de vias com
3142 determinada frequência;
3143 - terreno com habitação em via não pavimentada ou via pavimentada não varrida:
3144 apesar de gerar resíduos para a coleta domiciliar, não tem sua via varrida; e
3145 - terreno com habitação em via pavimentada varrida: além de apresentar resíduos
3146 para a coleta domiciliar, também conta com o serviços de varrição de vias com
3147 determinada frequência.
154
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3148 Embora estes quatro padrões sejam apenas exemplos, que podem ainda ser
3149 subdivididos de acordo com as características socioeconômicas dos bairros onde estão
3150 localizados, eles demonstram o grau de complexidade a que está exposto o estudo
3151 para definição das taxas de limpeza.
3157 Como exemplos de tais serviços podem ser citados a limpeza e destinação de resíduos
3158 e/ou entulhos provenientes da limpeza de terrenos baldios particulares e a destinação
3159 final dos resíduos decorrentes da coleta de grandes geradores, executada por
3160 empresas ou caçambeiros.
3161 Objetivo: Gerar arrecadação a partir dos efetivos consumidores dos serviços públicos
3162 municipais, proporcionando recursos para melhorar as condições de limpeza e
3163 saneamento urbano e a qualidade ambiental da região atendida.
3164 Sob uma ótica de apoio ao desenvolvimento da iniciativa privada local, melhor será
3165 limitar os serviços públicos à destinação dos resíduos, deixando a prestação de
3166 serviços de limpeza de locais privados e de coleta dos resíduos ali gerados para
3167 empresas particulares, devidamente cadastradas e controladas pela municipalidade.
3172 Por outro lado, essa mesma população não está suficientemente mobilizada para
3173 apoiar ações relacionadas ao reaproveitamento dos materiais descartados e nem a
3174 entender e aceitar novas formas de arrecadação relacionadas à gestão de resíduos.
155
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3195 Tais soluções conjuntas podem ser desde centrais de triagem e pré-beneficiamento até
3196 usinas de compostagem, aterros sanitários ou mesmo usinas de lixo, onde é promovida
3197 a redução volumétrica com ou sem o reaproveitamento dos subprodutos.
3198 Essa proposição pretende priorizar as localidades regionais, cuja destinação final atual
3199 se mostrar ambientalmente inadequada, como lixões e/ou aterros controlados, ou for
3200 ambientalmente adequada, mas estiver com sua vida útil em vistas de se esgotar.
3201 Além da melhoria da qualidade regional, esta ação visa proporcionar uma otimização
3202 na aplicação de recursos em função da economia de escala e, conseqüentemente, a
3203 redução dos custos unitários e aumento da arrecadação para os municípios.
3204 Alguns municípios apresentam legislação que proíbe o recebimento de resíduos sólidos
3205 de outros municípios que, a princípio, impediria a aplicação desta proposição, mas,
3206 certamente, em vista a grande dimensão dos benefícios gerados para a coletividade, é
3207 considerado que esse empecilho atual possa ser contornado politicamente.
3214 Por essa razão, as municipalidades costumam concentrar neles boa parte de seus
3215 recursos, mas nem sempre da forma mais recomendada, efetuando a varrição sem
3216 critério e com frequências muitas vezes desnecessárias.
156
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3220 Para isso, recomenda-se que o planejamento se inicie pela identificação desses pontos
3221 e trechos, por meio da vistoria de campo, serviço este também exigido para a locação
3222 dos cestos de lixo.
3223 Uma vez identificados estes locais, deverão ser observados os dias e horários em que
3224 ocorrem as maiores concentrações de pedestres e veículos, principais responsáveis
3225 pelo descarte de resíduos nas vias.
3226 Com estas duas informações, é possível definir a frequência da varrição manual por
3227 faixa horária e dia da semana e efetuar a programação das equipes de campo. Como
3228 as cidades estão sempre em mutação, esse planejamento também deverá ser
3229 dinâmico, devendo ser revisado a partir das observações trazidas pelos fiscais de
3230 varrição.
3232 Justificativa: com exceção dos corredores viários utilizados pelo transporte coletivo,
3233 onde costumam se concentrar também os estabelecimentos comerciais e de prestação
3234 de serviços, as vias de periferia normalmente não apresentam movimento significativo
3235 que exija uma varrição mais intensa.
3238 Neste caso, a proposição é o atendimento programado sob forma de mutirão, que
3239 percorre os bairros periféricos recolhendo principalmente as folhas caídas das árvores
3240 e as poucas sujidades, lançadas pela população local.
3241 Esta forma de promover a limpeza pode ser combinada com outros serviços, tais como
3242 a manutenção de vias e logradouros e de bocas-de-lobo e galerias, de modo a otimizar
3243 a aplicação da mão de obra e aproveitar os recursos de apoio, comumente usados
3244 para transportar o ferramental e os resíduos resultantes.
3247 Justificativa: composição dos resíduos originários da varrição costuma ser bastante
3248 variável em função dos locais varridos; apresentando, em geral, restos de matéria
3249 orgânica, embalagens descartadas, produtos pós-consumo, folhas, terra, areia, poeira
3250 e outros detritos.
3251 Geralmente, as equipes de varrição manual acomodam esses resíduos num único saco
3252 que, após completado, é posicionado nas calçadas para posterior coleta pela equipe
3253 responsável pela coleta domiciliar, o que significa destiná-los para a mesma unidade
3254 utilizada para a disposição dos resíduos sólidos domiciliares.
3255 Objetivo: minimizar os custos de transporte e adequar a destinação final, por meio da
3256 seleção dos resíduos em central de triagem.
157
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3257 Mesmo chegando misturados, devido à menor ocorrência de matéria orgânica, sua
3258 triagem não apresenta a mesma dificuldade do lixo domiciliar bruto e pode resultar na
3259 possibilidade de reaproveitamento dos materiais passíveis de reciclagem ou mesmo de
3260 destinação menos nobre para os detritos inertes.
3267 Objetivo: ajustar a prestação do serviço em função das reais necessidades, detectadas
3268 por meio da fiscalização de campo.
3269 Por englobarem capina, roçada e raspagem, os serviços de manutenção de vias estão
3270 sujeitos às sazonalidades ditadas principalmente pelas chuvas, uma vez que elas
3271 estimulam o crescimento dos matos, e pelo carreamento de particulados [que],
3272 intensificam o assoreamento das sarjetas.
3278 Justificativa: a programação dos serviços de manutenção de áreas verdes deve ser
3279 feita de forma preestabelecida, pois principalmente a poda das árvores deve obedecer
3280 às épocas recomendáveis, cujo não cumprimento pode resultar em danos aos
3281 espécimes podados.
3282 Porém, o mesmo não necessariamente precisa ser seguido para as gramíneas, que se
3283 não mantidas com certa frequência, acabam sendo dominadas por tiriricas e matos.
3284 Objetivo: ajustar a prestação do serviço de manutenção dos gramados em função das
3285 reais necessidades, detectadas por meio da fiscalização de campo.
3286 O crescimento de matos está associado à sazonalidade das chuvas, exigindo uma
3287 constante observação por parte da fiscalização de campo, de modo a extraí-los antes
3288 que acabem matando as espécies originais.
3290 Justificativa: com exceção das áreas verdes localizadas nas regiões centrais, onde a
3291 população costuma descartar indevidamente detritos, as demais praças e canteiros
158
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3292 ficam mais sujeitas às sujidades de folhas caídas, não exigindo manutenção mais
3293 intensa.
3296 Para não encarecer demasiadamente tal serviço, propõe-se que esse atendimento seja
3297 programado sob forma de mutirão, cuja equipe percorre os bairros periféricos
3298 recolhendo principalmente as folhas caídas das árvores e as poucas sujidades
3299 lançadas pela população local.
3300 Esta forma de promover a limpeza pode ser combinado com outros serviços, tais como
3301 a varrição manual e a manutenção de bocas-de-lobo e galerias, de modo a otimizar a
3302 aplicação da mão de obra e aproveitar os recursos de apoio, comumente usados para
3303 transportar o ferramental e os resíduos resultantes.
3306 Justificativa: os resíduos varridos das vias, onde foram realizadas feiras livres,
3307 costumam ser agrupados em um único monte e ficar aguardando no próprio passeio
3308 sua retirada pelos caminhões da coleta domiciliar.
3309 Assim, ficam inadequadamente expostos em via pública, gerando odores indesejáveis,
3310 estimulando a presença de vetores de doenças e aumentando o risco de serem
3311 carreados para os dispositivos de drenagem pelas águas da primeira chuva.
3312 Além disso, apesar de conterem grandes volumes de materiais recicláveis e de matéria
3313 orgânica, também não sofrem nenhum tipo de separação na origem, visando seu
3314 reaproveitamento por meio da reciclagem.
3315 Objetivo: evitar que os resíduos recolhidos fiquem inadequadamente expostos, gerando
3316 os problemas anteriormente descritos, e que sejam encaminhados para destinações
3317 incompatíveis com a sua natureza.
3318 Portanto, ao se criar uma condição de estocagem e coleta, por exemplo, por meio de
3319 contêineres plásticos e veículos coletores diferenciados, é possível armazenar e coletar
3320 o "lixo seco" separadamente do "lixo úmido", permitindo seu reaproveitamento por via
3321 dos processos de reciclagem e/ou compostagem.
3324 Justificativa: algumas feiras livres, além de frutas, legumes e verduras, também
3325 apresentam a comercialização de pescados e frutos do mar, produtos estes que
3326 atingem o estágio de decomposição em breve intervalo de tempo, exalando fétidos
3327 odores nas redondezas.
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3337 Justificativa: geralmente, o planejamento dos serviços de limpeza pública não conta
3338 com nenhuma ferramenta destinada a controlá-los e programá-los, o que acaba por
3339 torná-los menos eficientes e, até mesmo, mais onerosos.
3348 Como resultado direto da aplicação deste moderno instrumento, prevê-se a melhoria da
3349 eficiência dos serviços prestados sem aumento dos custos operacionais, por meio da
3350 otimização da aplicação dos recursos humanos e materiais.
3355 Objetivo: ajustar a prestação do serviço em função das reais necessidades, detectadas
3356 por meio da fiscalização de campo e, se possível, controladas pelo sistema
3357 georreferenciado.
3370 Assim, com exceção das bocas-de-lobo e galerias localizadas nas regiões centrais,
3371 onde a população costuma descartar indevidamente detritos, os demais dispositivos se
3372 espalham por toda a área urbana.
3376 Porém, para otimizar a alocação de recursos para tal serviço, propõe-se que o
3377 atendimento seja programado sob forma de mutirão, cuja equipe percorre os bairros
3378 periféricos, visitando as bocas-de-lobo e galerias ali existentes e retirando os detritos
3379 nelas acumulados, de forma a deixá-las em perfeitas condições de operação
3380 principalmente para enfrentar as temporadas de grandes chuvas.
3381 Esta forma de promover a limpeza pode ser combinada com outros serviços, tais como
3382 a varrição manual e a manutenção de vias e logradouros, de modo a otimizar a
3383 aplicação da mão de obra e aproveitar os recursos de apoio, comumente usados para
3384 transportar o ferramental e os resíduos resultantes.
3399 Recomenda-se que este programa se inicie pelas escolas, cujos alunos representam
3400 agentes multiplicadores junto às comunidades onde vivem e se propague por meio de
3401 lideranças identificadas nessas comunidades.
161
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3402 Tal programa deverá ser objeto de projeto específico, a ser detalhado em função do
3403 porte dos municípios e das condições de adesão de sua população.
3410 Objetivo: fixar formas de incentivo para o consumo de produtos fabricados a partir de
3411 resíduos reaproveitados, como materiais resultantes da reciclagem e da compostagem;
3412 propiciando um mercado consumidor estável e suficiente no município e/ou na região,
3413 atraindo novas plantas da indústria de reciclagem.
3418 Com estas medidas, além de se proporcionar mercado firme para os materiais
3419 potencialmente reaproveitáveis, também deverão ser gerados novos empregos e novas
3420 arrecadações para o município e/ou região.
3426 Estes materiais, levados para as residências com o objetivo de organizar o transporte,
3427 representam resíduos sólidos serem descartados após seu devido esvaziamento.
3428 Objetivo: minimizar a quantidade de resíduos sólidos domiciliares por meio do uso de
3429 sacolas de compras não descartáveis passíveis, portanto, de serem reutilizadas em
3430 muitas outras compras.
3431 Vale salientar que pela nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei
3432 Federal 12.305 de ago/10, os fabricantes, distribuidores e vendedores, dentre os quais
3433 os estabelecimentos onde foram adquiridos os produtos são responsáveis pela
3434 destinação correta de seus produtos e embalagens.
3435 Portanto, ao substituir os sacos plásticos por sacolas não descartáveis, a população
3436 estará estimulando o sistema da logística reversa, por meio do qual esses
3437 responsáveis receberão de volta seus resíduos e terão de custear sua correta
3438 destinação.
162
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3441 Justificativa: a separação do lixo bruto efetuada em central de triagem resulta em baixa
3442 eficiência, uma vez que o nível de aproveitamento dos materiais passíveis de serem
3443 reciclados, por terem entrado em contato com a fração orgânica, se reduz
3444 demasiadamente.
3445 Objetivo: orientar os munícipes sobre como proceder para a separação dos resíduos
3446 quanto à sua natureza, de forma a facilitar seu posterior manejo no processo de
3447 separação e a agregar qualidade aos produtos, tornando-os mais competitivos no
3448 mercado consumidor.
3449 Para isso, os resíduos deverão ser devidamente classificados em: "lixo seco",
3450 englobando principalmente as embalagens pós-consumo, "lixo úmido", composto da
3451 fração orgânica, e "resíduos especiais", tais como pilhas, baterias, lâmpadas
3452 fluorescentes e outros, que não devem ser conduzidos para as mesmas destinações
3453 dos anteriores.
3454 Além das formas distintas de se apresentar cada tipo de resíduo, também deverão ser
3455 divulgadas a forma e a frequência de coleta e/ou entrega voluntária dos mesmos.
3458 Justificativa: a forma de apresentação dos resíduos sólidos domiciliares pode variar
3459 bastante, desde as tradicionais latas de lixo não descartáveis até os contêineres para
3460 condomínios.
3461 Embora todas sejam válidas, essa multiplicação de formas pode atrapalhar o sistema
3462 de coleta domiciliar, a ponto de exigir a especialização de veículos dotados de
3463 equipamentos para içamento para atender bairros com alto grau de verticalização.
3467 Além de não ser conveniente que os resíduos orgânicos sejam antecipadamente
3468 apresentados, para não ficarem expostos à ação de catadores e animais, é muito
3469 importante que os munícipes tenham conhecimento da programação do recolhimento
3470 dos materiais recicláveis, cuja frequência costuma ser bem mais baixa.
3473 Justificativa: quando já praticada, a coleta seletiva costuma ser bastante incipiente e
3474 recolhe uma quantidade irrisória de materiais recicláveis, o que delega à coleta
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3477 Porém, por exigência da nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela
3478 Lei Federal 12.305 de ago/10, somente será permitida a disposição em aterro sanitário
3479 dos resíduos não reaproveitáveis, ou seja, os rejeitos.
3480 Assim, o que era uma iniciativa voluntária passou a ser uma obrigação das
3481 municipalidades, que deverão planejar e implantar sistemas de coleta seletiva
3482 realmente amplos e eficientes.
3487 Justificativa: os descartes irregulares têm maior incidência em bairros de menor renda,
3488 onde os moradores, com pouco espaço e meios para armazená-los em seus próprios
3489 domicílios, raramente têm meios de locomoção adequados para conduzi-los até os
3490 PEVs disponibilizados pelo poder público.
3495 Como ação complementar à disponibilização dos bolsões, propõe-se estudar um novo
3496 sistema de captação de materiais passíveis de reciclagem mediante de procedimentos
3497 pouco convencionais, mas que já demonstraram bons resultados em outras localidades
3498 como, por exemplo, a troca dos materiais selecionados e limpos por vales de
3499 supermercados por meio de postos volantes com datas previamente divulgadas junto à
3500 população.
3502 Justificativa: os carroceiros autônomos que realizam coleta de materiais recicláveis nos
3503 municípios não costumam ser cadastrados, o que dificulta o controle de suas atividades
3504 e a aplicação de penalidades no caso de infrações.
3505 É muito comum, o carroceiro retirar dos domicílios e/ou estabelecimentos junto dos
3506 materiais que lhe interessa outros tipos de resíduos inaproveitáveis, o que o leva a
3507 descartá-los no primeiro local público ou privado que encontrar, para aliviar o peso
3508 transportado.
3509 Objetivo: cadastrar o pessoal envolvido na coleta informal, de modo a exercer um maior
3510 controle sobre as suas atividades, os tipos de materiais recolhidos e a destinação dada
3511 a eles.
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3512 Além de facilitar a identificação de infratores, por exemplo, por meio de uma
3513 identificação visível para facilitar denúncias, também será possível orientar os
3514 munícipes do que entregar aos carroceiros, sem que parte dos materiais se transforme
3515 em descartes irregulares.
3516 Outro aspecto que, se houver interesse da municipalidade, pode ser mais bem
3517 conduzido é a circulação dos carroceiros pelas vias urbanas, como a proibição e/ou
3518 limitação de horários de maior trânsito, de modo a minimizar o nível de interferência
3519 com os veículos.
3520 Portanto, neste caso, não se trata de impor imposto sobre serviços ou qualquer outra
3521 taxa aos carroceiros, mas sim, impedir que tal atividade autônoma opere de forma
3522 totalmente clandestina e sem nenhum controle da municipalidade.
3524 Justificativa: muitas vezes, as empresas que efetuam coleta em grandes geradores
3525 dos resíduos que excedem os limites, sob responsabilidade das municipalidades, não
3526 são cadastradas e não possuem licença para exercerem suas atividades, o que
3527 dificulta a atribuição de responsabilidades no caso de infrações.
3528 Competindo com preços de mercado, as empresas inidôneas apelam para a redução
3529 de seus custos operacionais por meio da minimização das distâncias de transporte,
3530 como forma de aumentar a rentabilidade.
3535 Uma forma bastante utilizada, e recomendada para evitar o descarte dos resíduos em
3536 qualquer lugar, é a exigência da fiscalização municipal junto ao contratante da
3537 comprovação da adequada destinação por meio de um tíquete específico emitido pela
3538 unidade receptora, municipal e/ou privada, para a empresa coletora de grandes
3539 geradores.
3546 Neste último caso, muitas vezes são recolhidos e descartados pelos próprios
3547 carroceiros em locais impróprios, obrigando a um novo recolhimento pela
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3550 Objetivo: evitar que resíduos volumosos e/ou especiais, particularmente aqueles
3551 compostos por materiais perigosos, sejam descartados de forma irregular e/ou
3552 cheguem a unidades de triagem e/ou aterramento misturados com os demais resíduos.
3562 A composição gravimétrica costuma variar bastante de bairro para bairro, alterando o
3563 desempenho da coleta seletiva e de outros processos de recolhimento de materiais.
3571 Os resultados deverão subsidiar o estudo de mercado para colocação dos produtos
3572 resultantes, o planejamento da ampliação da coleta seletiva e o dimensionamento dos
3573 recursos necessários para a coleta e processamento dos resíduos passíveis de
3574 reaproveitamento.
3584 A partir da forma de apresentação dos resíduos e de sua coleta em separado como
3585 "lixo seco" e "lixo úmido", é possível obter uma fração orgânica isenta de detritos
3586 indesejáveis, que submetida a um processo de compostagem bem planejado, poderá
3587 ser transformada num material de boa qualidade.
3588 A qualidade desse composto deverá ser atestada por resultados de ensaios físico-
3589 químicos e bacteriológicos, em laboratório especializado, de amostras extraídas em
3590 campo, demonstrando suas reais propriedades.
3591 Materiais similares já demonstraram que não podem ser comparados com adubos, por
3592 não apresentarem todas as propriedades destes, mas que podem ser utilizados
3593 perfeitamente como recondicionadores de solos agricultáveis.
3596 Justificativa: atualmente, são poucos os municípios que realizam algum tipo de
3597 reaproveitamento de seus resíduos sólidos e quase sempre estas iniciativas têm
3598 caráter de plano piloto, o que impede que se tenham dados e estatísticas consistentes
3599 sobre a eficiência dos processos utilizados.
3603 Além de proporcionar uma visão das deficiências do processo, esta proposição
3604 também visa gerar informações consistentes para demonstrar o nível de atendimento à
3605 nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, consistindo numa preciosa ferramenta
3606 para o pleito de verbas disponibilizadas pelo programa do Governo Federal associado
3607 a essa nova legislação.
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3620 Estímulos semelhantes podem ser oferecidos pelos Governos Estadual e Federal, de
3621 modo a permitir que tais empresas não enfrentem dificuldades na fase inicial de
3622 implantação e início de operação, sendo que estas mesmas regras também devem
3623 valer para os consumidores comprovados desses tipos de produtos.
3625 Justificativa: além dos chamados resíduos sólidos domiciliares, os resíduos gerados
3626 nos domicílios e grandes geradores contêm materiais, cujo reaproveitamento está
3627 vinculado a processos mais complexos e onerosos.
3628 Objetivo: equacionar a gestão desses tipos de resíduos, segundo preconiza a nova
3629 Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305 de ago/10), por meio da
3630 chamada logística reversa, que significa providenciar vias de retorno desses materiais
3631 para os próprios geradores, sejam fabricantes, distribuidores ou simplesmente
3632 vendedores.
3633 Este processo já é realizado para alguns materiais e, como exemplo, podem-se citar os
3634 pneus usados e as embalagens de óleo lubrificante, para os quais já existe o
3635 compromisso de reciclagem gradativa pelos próprios fabricantes, o que obriga os
3636 respectivos distribuidores a recebê-los de volta ao término de sua vida útil.
3637 Com relação às pilhas e baterias, a Resolução CONAMA 257/99 estabelece os limites
3638 do que pode ser descartado como lixo comum e o que deve ser recolhido
3639 separadamente e conduzido para aterros industriais de resíduos perigosos.
3640 As lâmpadas fluorescentes, por emitirem vapores de mercúrio que podem contaminar o
3641 solo e as águas subterrâneas, e serem facilmente absorvidos pelos organismos vivos
3642 por meio da cadeia alimentar, também necessitam de tratamento em unidades
3643 específicas, como por exemplo, a empresa Apliquim, localizada em Paulínia.
3660 Uma boa campanha educativa, dirigida principalmente para os bairros onde ocorre a
3661 maioria das infrações, voltada para a mobilização dos munícipes quanto à rejeição dos
3662 descartes irregulares, a ponto de denunciá-los à municipalidade, poderá apresentar
3663 boas condições de sucesso.
3664 Orientação para Separação dos Materiais na Origem para Melhorar a Eficiência
3665 do Reaproveitamento
3666 Justificativa: os resíduos sólidos inertes, em sua grande maioria, é composto de:
3667 entulhos de obras e, como tal, contem diversos materiais, dentre os quais, concreto,
3668 tijolos, ladrilhos, azulejos, ferragens e madeiras.
3669 Embora todos sejam de alguma forma reaproveitáveis, por sempre se encontrarem
3670 misturados, dificultam muito o processo de separação para o reaproveitamento.
3671 Objetivo: estimular a separação dos entulhos na origem, de modo a propiciar o máximo
3672 reaproveitamento pelo mínimo custo.
3673 Para que isto seja possível, o esforço de orientação deverá ser dirigido para as
3674 empreiteiras que trabalham com demolições, construções de novas obras e reformas
3675 prediais.
3676 Um estímulo governamental para aquelas que comprovarem sua adesão a este
3677 programa de separação e reaproveitamento poderá coroar os esforços despendidos.
3684 Objetivo: melhorar o controle sobre o sistema privado de atendimento aos grandes
3685 geradores, facilitando a denúncia anônima por meio da identificação dos equipamentos
3686 e inibindo, com isso, os descartes irregulares.
3690 Diferentemente dos carroceiros, os veículos destas empresas podem ser mobilizados
3691 para atuar também em outras localidades, não cabe a identificação por meio de
3692 adesivos e as denúncias anônimas deverão se referir ao número do registro da placa.
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3695 Justificativa: muitas vezes, os infratores pelo descarte irregular são flagrados em ação,
3696 mas não podem ser denunciados por falta de identificação.
3697 Objetivo: permitir a identificação dos responsáveis pela coleta e transporte das
3698 caçambas, por meio de inscrições padronizadas nos veículos transportadores e nas
3699 próprias caçambas.
3700 Essas inscrições devem ser compatíveis com os dados fornecidos para o
3701 cadastramento da empresa e obtenção da licença de operação pela municipalidade
3702 local.
3704 Justificativa: embora costumem ser conhecidos e, às vezes, até mapeados os locais de
3705 maior incidência de descartes irregulares, sua persistência demonstra que o atual
3706 sistema de fiscalização não é suficiente para evitar essa atividade clandestina.
3711 Reaproveitamento
3715 Justificativa: o reaproveitamento dos resíduos inertes não depende apenas de sua
3716 adequada triagem e britagem, mas principalmente, de existir um mercado consumidor
3717 apto a absorver a totalidade desses materiais.
3723 Estímulos semelhantes podem ser oferecidos pelos Governos Estadual e Federal, de
3724 modo a permitir que tais empresas não enfrentem dificuldades na fase inicial de
3725 implantação e início de operação, sendo que estas mesmas regras também devem
3726 valer para os comprovadamente consumidores desses tipos de produtos.
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