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Uma área do hipotálamo feminino denominada mPOA guarda relação importante com o
comportamento materno. Em ratos, a injeção de morfina nessa região desestrutura a
ligação mãe-filho. Mas, outras áreas cerebrais estão envolvidas nesse relacionamento:
a amígdala e o córtex cingulado, estações para onde confluem os circuitos de
neurônios que transmitem sinais relacionados com as emoções e o medo.
A ativação dessas áreas em animais de laboratório tem profundo impacto no
comportamento materno. A ação dos hormônios e dos mediadores citados tem a
finalidade de reduzir o medo e a ansiedade e de proporcionar maior habilidade de
orientação espacial (característica que não é o forte feminino), para dar coragem às
fêmeas para abandonar o ninho, achar alimentos com mais facilidade e encontrar
rapidamente o caminho de volta para proteger os filhotes com unhas e dentes, como só
as mães sabem fazer.
É muito provável que o desafio de engravidar e de garantir a sobrevivência da prole
induza alterações persistentes no cérebro materno, capazes de interferir com as
emoções, memória, aprendizado e de explicar a facilidade com a qual as mulheres
executam múltiplas tarefas simultâneas.
TPM?
Assim como no pós-parto, os hormônios sexuais têm alguma influência no
comportamento feminino durante o ciclo mestrual. A síndrome da tensão pré-menstrual
(TPM) já foi diagnosticada em pelo menos 50% de brasileiras, segundo dados da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trata-se de uma série de
sintomas que acontecem dias antes da menstruação, como depressão, irritação, mau
humor e aumento da sensibilidade emocional. A menstruação é um processo cíclico
controlado por hormônios sexuais. Entretanto, a TPM é polêmica. Ela não é
reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, mas a
medicina não ignora sua existência, apesar de não saber quais são suas causas.
Alguns médicos arriscam que os sintomas sejam por falta de vitamina ou de cálcio.
Outros consideram a TPM apenas um sintoma psicológico.
Para Wladimir Taborda, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, a
TPM tem um fundamento hormonal. Não que um hormônio, ou sua ausência,
provoquem a síndrome. A relação é indireta, já que a menstruação é provocada por
uma série de variações hormonais a TPM está relacionada a ela. Tais transformações
provocam mudanças físicas, que variam de mulher para mulher. Inchaços, enxaquecas,
alterações de humor ou de sono são alguns exemplos. "O combate à TPM é, portanto,
sintomático", afirma o médico.
Os hormônios sexuais femininos têm como principal função controlar o ciclo menstrual,
que dura, em média, 28 dias. Menstruação é a eliminação, pela vagina, dos resíduos
da mucosa uterina. Além do estrógeno e da progesterona, existem dois outros
hormônios que participam do ciclo: o folículo estimulante (FSH) e o luteinizante (LH),
produzidos pela hipófise tanto nas meninas quanto nos meninos a partir da puberdade.
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PUBERDADE
Já aos nove anos, podem-se observar certas alterações nos ovários. Dos 12
aos 15 anos, eles aumentam sensivelmente de volume juntamente com as
trompas, que passam a apresentar contrações semelhantes às do intestino,
embora menos freqüentes. O útero, por sua vez, cresce tanto,
proporcionalmente, que chega a duplicar o pêso em relação ao que
apresentava na infância. Paralela é maturação ovariana, ocorre intensa
proliferação e diferenciação das células da vagina. A vulva, até então
exposta, torna-se encoberta pelos grandes e pequenos lábios vulvares.
Desenvolvem-se também o clitóris e as glândulas lubrificantes chamadas
glândulas de Bartholin. As mamas desenvolvem-se em parte, mas as
modificações não chegam a alcançar as glândulas que segregarão leite, o
que só acontece após o parto. Atrasos e adiantamentos da menstruação, na
puberdade, não deverão suscitar maiores preocupações: são perfeitamente
normais e exprimem apenas a crise da transição.
MENOPAUSA
Quando o eixo HHG é reativado, inicia-se aquilo que conhecemos como adolescência,
cuja principal característica será estimular cada sexo a responder adequadamente ao
sexo oposto, através da sensibilidade aos feromônios.
Em outras palavras, homens e mulheres exalam feromônios diferentes. Quando um
homem (por exemplo) percebe no ar o feromônio feminino, ele descobre que aquela é
realmente uma mulher e que possui o óvulo, que precisa ser fecundado pelo seu
espermatozóide, para gerar um novo ser e propagar seu código genético. É claro que
olhando superficialmente, acha-se um tanto ridícula a idéia de que reconhecemos as
diferenças sexuais pelo cheiro que os indivíduos emanam. Mas esta é uma herança
extremamente remota da espécie (não só humana) e, nos humanos atuais, ocorrem em
nível inconsciente.
A ação desses feromônios pode explicar por que, apesar de todas as inevitáveis
desavenças e decepções com relação ao(a) parceiro(a), dadas as proporções, é por
ele(a) que nosso coração continua a bater mais forte.
Dois feromônios humanos têm sido bastante estudados. Um deles é o AND (4,16-
androstadieno-3-ona), derivado dos hormônios sexuais masculinos, encontrado no suor
e na pele e pêlos das axilas dos homens. O outro feromônio é o EST (1,2,3(10), 16-
estratetraeno-3-ol) um derivado do estrogênio secretado pelas mulheres. O ADN
tornará o homem sexualmente mais atraente à mulher. O EST tornará a mulher,
sexualmente mais atraente ao homem.
Devido ao dimorfismo (duas formas) cerebral, existem estruturas cerebrais
responsáveis por detectar estes feromônios, diferentes, entre homens e mulheres.
A primeira estrutura que detecta o feromônio presente no ar é o chamado órgão
vomeronasal, situado estrategicamente no interior do nariz. Este órgão vomeronasal
detecta os feromônios e envia a sensação ao epitélio olfativo. Este caminho é chamado
de: Via Vomeronasal, e os machos (inclusive o homem) possuem mais neurônios do
que as mulheres, nesta via que processa os sinais trazidos pelos feromônios.
Tanto em machos como fêmeas, os feromônios será captados e processados na via
vomeronasal. O que irá diferenciar o comportamento sexual entre os sexos, será o
tamanho diferente dessas estruturas, provocado pelo dimorfismo sexual.
Os hormônios, que voltam a ser produzidos quando o bloqueio Hipotálamo-Hipófise-
Gônadas é quebrado, tornam algumas estruturas cerebrais dimórficas, capazes não só
de responder aos próprios hormônios sexuais, mas também de comandar sua liberação
perante o simples estímulo olfativo ou visual do objeto desejado, e reagir com todo o
repertório de comportamentos de aproximação, conquista e consumação sexual.
Todas as estruturas do órgão vomeronasal estão comprovadamente relacionadas ao
comportamento sexual. A ablação do órgão vomeronasal realizada em animais de
laboratório, virgens, tornou-os indiferentes ao sexo oposto e incapazes de acasalar. Em
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algumas cirurgias plásticas que envolvem o nariz humano, este órgão é retirado. A
conseqüência dessa remoção, infelizmente, nunca foram bem estudadas, mas se for
análogo aos animais laboratoriais, estes indivíduos tendem a diminuir drasticamente
seu desejo sexual, pois, sem o órgão que capta os feromônios, que são os
responsáveis por identificar o sexo das pessoas, é como se este indivíduo não
soubesse quem é quem. Porém, se este indivíduo já for sexualmente ativo, a remoção
do órgão vomeronasal não representa tanto problema.
Já a ablação do epitélio olfatório dos animais de laboratório, demonstrou que o
processamento ocorrido nesta região não é tão fundamental para a determinação do
comportamento sexual, como a captação feita pelo órgão vomeronasal.
A próxima estrutura na via vomeronasal é o bulbo olfatório acessório, que recebe
diretamente os sinais do órgão vomeronasal, e também possui mais neurônios nos
machos do que nas fêmeas.
O núcleo póstero-dorsal da amígdala medial (pdMED) e o núcleo intersticial da estria
terminal (BST) possuem mais neurônios nos machos, e esse dimorfismo depende dos
hormônios sexuais masculinos – ou seja, somente se instala na adolescência. Caso os
testículos forem removidos precocemente (antes da adolescência), o tamanho
aumentado do BST masculino não é alcançado, pois sem testículo não há produção de
andrógenos, que o concederiam um tamanho maior do que o da mulher. Já o volume
do pdMED tanto é alcançado, quanto mantido, pela quantidade elevada de
androgênios, de maneira que, mesmo se seu volume maior do que o da mulher for
alcançado, caso haja alguma baixa drástica na concentração de andrógenos no corpo
do homem, esta estrutura pode encolher e ficar do tamanho do da mulher, um processo
de involução bastante acelerado, pois dura cerca de apenas quatro semanas.
Quando a mPOA recebe uma estimulação, que pode ser pelos feromônios que chegam
até ela após percorrer toda a via vomeronasal, sua atividade neuronal fica bastante
evidenciada e aumenta gradualmente até a ejaculação. Após isso, os neurônios dessa
área entram em uma espécie de “período de latência” que corresponde ao período
refratário (que corresponde aos instantes após a ejaculação, onde uma nova ereção é
inviável). Logo, podemos constatar que os neurônios da mPOA estão relacionados
diretamente ao ato sexual em si, e esta região foi estimulada devido a captação dos
feromônios lá pelo órgão vomeronasal, no início da via.
A disfunção da mPOA pode estar por trás do declínio “normal” na atividade e motivação
sexual em animais idosos (inclusive humanos). Isso porque, com a velhice, o cérebro
vai sofrendo um processo natural de desmielinização, o que acarretará numa
diminuição na freqüência das sinapses, inclusive na mPOA. Com a atividade neuronal
diminuída nessa região, conseguir uma ereção torna-se mais trabalhoso.
A primeira ação dos hormônios sexuais ocorre ainda na vida intra-uterina. É o pico de
testosterona no feto que determina a masculinização do cérebro e faz com que todas
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Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o
tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por
transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão
desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia.
Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do
epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia
causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das
secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual
(dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora
inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no
nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma,
perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral,
caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência
urinária, além da sensação de micção iminente.
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Nem a menopausa nem o climatério são doenças, mas ocorrências naturais ao longo
da vida das mulheres. Durante o climatério, a diminuição desses hormônios faz com
que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem completamente. Nessa
fase de transição, ocorrem alterações físicas e psíquicas importantes, que prejudicam a
qualidade de vida da mulher. Ao contrário do que muita gente pensa, essas alterações
podem e devem ser tratadas.
faixa dos 75 anos. Como a menopausa ocorre por volta dos 50 anos, as mulheres de
hoje vivem em um estado de carência hormonal durante cerca de 25 anos, ou seja, um
terço de suas vidas.