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PUBERDADE PRECOCE; DEPRESSÃO PÓS-PARTO COMPORTAMENTOS


ALTERADOS DURANTE A GRAVIDEZ.
Conhecer as alterações fisiológicas que ocorrem na mulher durante a gravidez e
no ciclo menstrual; como essas alterações podem causar mudanças de
comportamento.
Eles são os grandes chefões do corpo humano. Muitas vontades, desejos, medos e
humores dependem se as taxas de hormônios estão altas, baixas ou estabilizadas.
Na mulher, a variação brusca dessas substâncias, mais especificamente dos
hormônios sexuais, pode ter efeitos drásticos no organismo, como a depressão pós-
parto. Apesar de seus efeitos controversos, essas reações são vitais para o
funcionamento do corpo humano.
Estrógeno e progesterona são os principais hormônios sexuais femininos e, assim
como os androgênios e a testosterona (hormônios masculinos), controlam o
processo reprodutivo do organismo humano, desde as transformações típicas da fase
da puberdade até a produção de espermatozóides e leite materno. Durante a
puberdade feminina, o estrógeno entra em ação e faz com que as células se
proliferem em diferentes partes do corpo, provocando o aumento do útero, o
desenvolvimento da vulva, o crescimento de pêlos pubianos e o desenvolvimento das
mamas, coxas e quadris. Ele também determina quando ocorre a ovulação e ajuda no
espessamento do útero para receber o óvulo fecundado. A progesterona ajuda o
estrógeno na transformação da mucosa uterina, além de preparar a mama para a
secreção do leite e inibir contrações do útero no período da gravidez.
TRANSFORMAÇÕES RADICAIS
Vários fatores interferem na fisiologia do corpo da mulher durante a gestação e a
maioria deles são conseqüências diretas ou indiretas dos hormônios produzidos
durante esse período. Os órgãos reprodutivos e as glândulas mamárias são
transformados para assegurar o desenvolvimento do feto e a nutrição do bebê após o
nascimento e as funções metabólicas são aumentadas para suprir o feto em
crescimento com nutrição suficiente.
A partir da 15º semana de gravidez, a quantidade de estrógeno e progesterora
produzidos pela placenta são maiores do que a produzida no corpo lúteo, no ovário. Na
hora do parto, entra em ação outro hormônio a ocitocina, feita pela neuro-hipófise. A
ocitocina tem como função acelerar as contrações uterinas e as contrações da
musculatura lisa das glândulas mamárias, ajudando o bebê na sucção do leite
materno. Os hormônios sexuais e os hormônios do córtex supra-renal adicionais
produzidos durante a gravidez fazem com que a gestante ganhe cerca de 1 litro de
líquidos na corrente sangüínea, sendo 0,5 litro de plasma e 0,5 litro de hemácias.
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O aumento do volume sangüíneo facilita sua circulação em direção ao coração,


condição abruptamente modificada após o parto. As mudanças após o parto ocorrem
em curtíssimo período de tempo. A alteração do corpo, a diminuição da
oxigenação dos tecidos e dos fluídos corpóreos podem levar a processos
depressivos, já que a variação hormonal pode desencadear reações no sistema
nervoso. As representações de maternidade, o ambiente social em que vive a mãe e
os elementos do inconsciente também podem levar ao quadro de depressão.
Depois do parto, o corpo da mulher passa por uma revolução hormonal meteórica. O
organismo que mudou ao longo de meses volta ao normal de repente. O resultado é
uma descompensação dos hormônios. É nesse momento que a depressão aparece,
principalmente nas mulheres que já possuem casos na família. Há também as
explicações psicológicas. Sabe-se, por exemplo, que mulheres que têm complicações
durante o parto são mais suscetíveis. Daí em diante, a doença é um mistério. É
impossível prever, por exemplo, quanto tempo ela pode durar.
DRAUZIO VARELA;
Na década de 1940, foi demonstrado que estrogênios e progesterona, os hormônios
sexuais femininos, modulam respostas como agressão e sexualidade em cachorros,
gatos e ratos. Mais tarde, ficou claro que esses hormônios sexuais, juntamente com a
prolactina, mensageiro essencial à produção de leite, são fundamentais para a
adoção do comportamento materno.
Nos últimos vinte anos, além desses hormônios, foram descritos mediadores
químicos que também exercem influência no comportamento materno através de
ação direta sobre o sistema nervoso central. É o caso das endorfinas, produzidas
pela hipófise e pelo hipotálamo para combater os efeitos nocivos da dor, mediadores
liberados em quantidades crescentes à medida que a gestação se aproxima do final,
com o objetivo de reduzir o sofrimento causado pelas dores do parto e de contribuir
para a instalação do comportamento maternal.
No momento do parto, a hipófise e o hipotálamo secretam, ainda, ocitocina, hormônio
que estimula as contrações uterinas e a liberação do leite. A ocitocina, também
produzida na fase de amamentação em resposta à sucção do leite através do mamilo,
estimula o hipocampo, área cerebral envolvida no processamento da memória e do
aprendizado. O mais interessante é que uma vez disparado pelos hormônios e
mediadores citados, o comportamento materno diminui sua dependência deles: a
simples presença do filho se torna suficiente para mantê-lo. Exames do cérebro de
ratas em época de aleitamento mostram que ocorre ativação de uma área cerebral
conhecida como núcleo acumbens, na qual se integram neurônios encarregados das
sensações de reforço e de recompensa, mecanismos semelhantes aos envolvidos na
dependência de drogas. Curiosamente, ratas tornadas dependentes de cocaína,
quando colocadas diante do dilema da escolha entre a droga e os filhotes recém-
nascidos, dão preferência a estes.
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Uma área do hipotálamo feminino denominada mPOA guarda relação importante com o
comportamento materno. Em ratos, a injeção de morfina nessa região desestrutura a
ligação mãe-filho. Mas, outras áreas cerebrais estão envolvidas nesse relacionamento:
a amígdala e o córtex cingulado, estações para onde confluem os circuitos de
neurônios que transmitem sinais relacionados com as emoções e o medo.
A ativação dessas áreas em animais de laboratório tem profundo impacto no
comportamento materno. A ação dos hormônios e dos mediadores citados tem a
finalidade de reduzir o medo e a ansiedade e de proporcionar maior habilidade de
orientação espacial (característica que não é o forte feminino), para dar coragem às
fêmeas para abandonar o ninho, achar alimentos com mais facilidade e encontrar
rapidamente o caminho de volta para proteger os filhotes com unhas e dentes, como só
as mães sabem fazer.
É muito provável que o desafio de engravidar e de garantir a sobrevivência da prole
induza alterações persistentes no cérebro materno, capazes de interferir com as
emoções, memória, aprendizado e de explicar a facilidade com a qual as mulheres
executam múltiplas tarefas simultâneas.
TPM?
Assim como no pós-parto, os hormônios sexuais têm alguma influência no
comportamento feminino durante o ciclo mestrual. A síndrome da tensão pré-menstrual
(TPM) já foi diagnosticada em pelo menos 50% de brasileiras, segundo dados da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trata-se de uma série de
sintomas que acontecem dias antes da menstruação, como depressão, irritação, mau
humor e aumento da sensibilidade emocional. A menstruação é um processo cíclico
controlado por hormônios sexuais. Entretanto, a TPM é polêmica. Ela não é
reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, mas a
medicina não ignora sua existência, apesar de não saber quais são suas causas.
Alguns médicos arriscam que os sintomas sejam por falta de vitamina ou de cálcio.
Outros consideram a TPM apenas um sintoma psicológico.
Para Wladimir Taborda, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, a
TPM tem um fundamento hormonal. Não que um hormônio, ou sua ausência,
provoquem a síndrome. A relação é indireta, já que a menstruação é provocada por
uma série de variações hormonais a TPM está relacionada a ela. Tais transformações
provocam mudanças físicas, que variam de mulher para mulher. Inchaços, enxaquecas,
alterações de humor ou de sono são alguns exemplos. "O combate à TPM é, portanto,
sintomático", afirma o médico.
Os hormônios sexuais femininos têm como principal função controlar o ciclo menstrual,
que dura, em média, 28 dias. Menstruação é a eliminação, pela vagina, dos resíduos
da mucosa uterina. Além do estrógeno e da progesterona, existem dois outros
hormônios que participam do ciclo: o folículo estimulante (FSH) e o luteinizante (LH),
produzidos pela hipófise tanto nas meninas quanto nos meninos a partir da puberdade.
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O FSH estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e o LH, a formação do


corpo lúteo. O útero espera pelo óvulo...
O estrógeno e a progesterona, produzidos no ovário a partir do 7º e do 14º dias,
respectivamente, atuam no útero aumentando a espessura da mucosa uterina,
preparando-o para receber o óvulo fecundado. Quando as taxas desses hormônios
caem ocorre a menstruação, por volta do 28º dia.
Durante a menstruação, a hipófise produz o FSH, que estimula o desenvolvimento dos
folículos ovarianos, produtores do estrógeno. Por sua vez, quando a taxa de estrógeno
alcança um certo nível, a hipófise passa a produzir também LH. Juntos, o FSH e o LH
induzem a ovulação que acontece por volta do 14º dia. O LH também induz a formação
do corpo lúteo, que passa a produzir progesterona em grande quantidade. Esses
hormônios juntos inibem a hipófise, diminuindo a taxa de FSH e LH, o que reduz o
corpo lúteo, que pára de produzir estrógeno e progesterona. É quando ocorre a
menstruação.
Coincidência ou não, a TPM aparece em algumas estatísticas interessantes: 60% das
mulheres brasileiras que cometem crimes violentos estão no período pré-menstrual e
49% desses delitos são praticados até quatro dias antes da menstruação. Além disso,
mais de 40% dos acidentes de trânsito e de trabalho envolvendo mulheres acontecem
também na semana pré-menstrual.
Não são apenas as características físicas que sofrem influência dos hormônios sexuais
(estrógeno e testosterona). Sabe-se que eles podem influenciar também o
comportamento. Tanto nos homens como nas mulheres, esses hormônios são
responsáveis pelo aparecimento dos impulsos sexuais. A testosterona não é um
hormônio exclusivamente masculino, assim como o estrógeno não é exclusivamente
feminino: estão presentes nos dois sexos e é a quantidade que faz a diferença. O
homem tem mais testosterona do que a mulher, enquanto a mulher tem mais estrógeno
que o homem.

Além das transformações físicas e comportamentais, nota-se nos adoles-centes um


crescimento muito acelerado, que provoca assombro e comentários: “Nossa, como ele
cresceu! Outro dia era um menino e já é um homem”.O crescimento também é
estimulado pela ação de hormônios, neste caso, pelos hormônios de crescimento. Eles
já circulam pelo organismo durante a infância, mas a hipófise passa a produzi-los em
maior quantidade na puberdade. A testosterona também dá sua mãozinha no
crescimento: ajuda no alongamento e na calcificação dos ossos.

Durante toda a infância da menina, o aparelho genital não manifesta


nenhuma de suas funções específicas. Só na adolescência é que irão surgir
alterações cíclicas do aparelho genital, com profundos reflexos sobre todo o
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organismo, seja nas funções físicas (somáticas, de soma = corpo), seja no


comportamento psíquico.

Todas essas alterações estão relacionadas com a função reprodutora. O


óvulo que amadurece e é liberado pelo ovário, todos os meses, representa a
"esperança" biológica de o organismo vir a gerar outro ser vivo semelhante.
Correspondentemente, a menstruação representa a "frustração" orgânica de
não haver ocorrido gravidez.

Durante a adolescência, o aparelho genital "desperta". Com a primeira


menstruação, tecnicamente denominada menarca, a menina passa a ser
moça, o que geralmente ocorre por volta dos 11-13 anos, no Brasil. A partir
daí, em condições normais, o ciclo menstrual se repetirá em períodos de
aproximadamente quatro semanas, em média. Mas há mulheres que
menstruam em períodos de 25 dias e outras em períodos de até 35 dias.

O ritmo da menstruação pode variar, numa mesma mulher, ao longo do


período de fecundidade. Alterações climáticas, fatores emocionais ou
doenças poderão determinar essas variações, geralmente temporárias.

PUBERDADE

A puberdade marca o início da maturidade sexual. A palavra se origina do


verbo latino pubere, que significa "cobrir-se de pêlos". Na puberdade
desenvolvem-se outros caracteres sexuais secundários. As glândulas
internas sofrem alterações profundas de estrutura, conformação e funções.
Ao mesmo tempo, processam-se alterações de natureza psíquica,
relacionadas direta e indiretamente ao interesse sexual que desperta. A
puberdade não é uma data. É todo um período de vários anos, que
corresponde ao tempo requerido para a metamorfose parcial da menina em
mulher. Em função desse processo gradual de transformação, os limites
inicial e final da puberdade são inevitavelmente imprecisos. Mas o fenômeno
dominante de todo o complicado processo é a primeira menstruação, ou
seja, a menarca. O fato de o fluxo menstrual repetir-se regularmente faz
com que se fale em regras, como sinônimo de menstruação.

A puberdade toda abrange um período pré-puberal, que no Brasil começa


geralmente aos 9 anos e termina com a primeira menstruação. Começa
então o período puberal, que vai até os 15-16 anos, quando a mulher atinge
a maturidade sexual em toda sua plenitude. A puberdade caracteriza-se, em
seu início, por uma fase de crescimento, sobretudo em estatura. Segue-se o
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início do desenvolvimento: os seios começam a evidenciar-se. A bacia, ou


pélvis, também começa a diferenciar-se: os quadris estreitos da menina,
iguais aos do menino, tornam-se mais largos, de mulher. Paralelamente,
características secundárias tornam-se mais e mais acentuadas e
diferenciadas, na maciez da pele, na distribuição dos pêlos, no timbre da voz
etc. Pouco depois de começarem a crescer os pêlos pubianos e axilares,
sobrevem a menarca, seguida da conclusão do processo de transformações
físicas e psíquicas.

A maioria dessas alterações no organismo da mocinha resultam da ação do


estrógeno, um dos hormônios fundamentais da mulher. É com o advento da
puberdade que os ovários, até então em repouso, iniciam a produção de
estrógeno, que é lançado no sangue e distribuído pela circulação para todo o
corpo. A menarca, em si, não indica que a mocinha tenha alcançado a
capacidade reprodutora. A esterilidade fisiológica da puberdade poderá
prolongar-se por vários anos, após a primeira menstruação.

Já aos nove anos, podem-se observar certas alterações nos ovários. Dos 12
aos 15 anos, eles aumentam sensivelmente de volume juntamente com as
trompas, que passam a apresentar contrações semelhantes às do intestino,
embora menos freqüentes. O útero, por sua vez, cresce tanto,
proporcionalmente, que chega a duplicar o pêso em relação ao que
apresentava na infância. Paralela é maturação ovariana, ocorre intensa
proliferação e diferenciação das células da vagina. A vulva, até então
exposta, torna-se encoberta pelos grandes e pequenos lábios vulvares.
Desenvolvem-se também o clitóris e as glândulas lubrificantes chamadas
glândulas de Bartholin. As mamas desenvolvem-se em parte, mas as
modificações não chegam a alcançar as glândulas que segregarão leite, o
que só acontece após o parto. Atrasos e adiantamentos da menstruação, na
puberdade, não deverão suscitar maiores preocupações: são perfeitamente
normais e exprimem apenas a crise da transição.

HIPOTÁLAMO & CIA.

Todas as alterações cíclicas do aparelho genital feminino são reguladas pela


hipófise, glândula situada no meio da base do cérebro, numa cavidade
chamada "sela turca" (por causa da conformação que lembra a de uma sela
de cavalaria turca). A protuberância da hipófise voltada para a frente, o lobo
anterior, segrega vários hormônios. Dois deles destinam-se especificamente
a regular as atividades do aparelho genital do homem e da mulher. Esses
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hormônios são iguais em ambos as sexos. Na mulher, porém, a liberação é


periódica, ao passo que no homem é continua.

Um dos dois hormônios - o folículo-estimulante ou FSH (sigla americana) -


estimula o amadurecimento do folículo, como o nome diz. Outro estimula a
transformação da polpa do folículo em corpo amarelo: é o hormônio
luteinizante, assim chamado porque o corpo amarelo também é conhecido
como corpo lúteo. Em medicina, o hormônio luteinizante é conhecido
também como LH, sigla americana igualmente internacionalizada. Na mulher
ocorre ainda a produção de um terceiro hormônio: a prolactina, fator básico
da produção de leite após o parto. Fora da gravidez, a prolactina mantém o
corpo lúteo em secreção durante o ciclo menstrual. O lobo anterior da
hipófise fabrica e armazena tanto o FSH (hormônio folículo-estimulante),
quanto o LH (hormônio luteinizante) e a prolactina. Mas só os libera quando
recebe ordem de um misterioso órgão situado no cérebro, o hipotálamo. O
hipotálamo não é propriamente uma glândula, embora secrete hormônios. É
uma formação neuro-endócrina, que regula a ação da hipófise mediante
ordens ou "choques" nervosos e através da ação química de substâncias por
ele lançadas no sangue. O hipotálamo está para a hipófise assim como o
gatilho está para um revólver carregado. Os centros do hipotálamo, por sua
vez, estão subordinados a centros superiores do encéfalo (cérebro). Isso
explica porque uma emoção sofrida pela mulher pode provocar algumas
desordens de todo o mecanismo do ciclo menstrual. A mais conhecida das
manifestações desse tipo é a suspensão menstrual, que pode durar até
meses. Mas nesse caso a suspensão - chamada amenorréia hipotalâmica -
não traz nenhum prejuízo à saúde e portanto não deve determinar
preocupação maior.

HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS

Sensíveis modificações ocorrem no organismo e no comportamento


psicológico da mulher, em função da atividade hormonal. Quando, por
influência do hipotálamo, a hipófise libera o hormônio folículo-estimulante
(FSH), esse hormônio vai estimular a maturação do folículo primário
ovariano, isto é, um dos milhares de folículos de que a mulher é dotada,
desde o nascimento. O folículo amadurece (quando então passa a chamar-se
folículo de Graaf). Dentro dele está imerso o óvulo. O folículo de Graaf acaba
por romper-se e liberar o óvulo, quando começa a formação do corpo lúteo a
partir do que resta do folículo. Três ou quatro dias depois completa-se o
corpo lúteo, que adquire então seu aspecto característico e acelera sua
atividade secretora, com produção maciça de progesterona, além de
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continuar a secretar o estrógeno. No oitavo dia, a secreção atinge seu nível


máximo. Mas, se não ocorre a gravidez, inicia-se logo depois a regressão do
folículo, que começa a encolher-se a partir do oitavo ou décimo dia.

O endométrio, forro do útero, divide-se em duas camadas distintas: a basal


(de base) é uma estrutura permanente, sobre ela assenta-se uma camada
funcional, que sofre alterações cíclicas e que se descama inteiramente
durante a menstruação. No primeiro dia do ciclo feminino, que é o primeiro
dia da hemorragia mensal, a camada funcional se apresenta fragmentada,
num processo gradual que acabará por deixar a camada basal inteiramente
nua, após os três dias que geralmente dura a menstruação. Nas trompas, o
estrógeno promove a proliferação de células de revestimento interno (tecido
epitelial).

Começam a verificar-se também lentas ondulações rítmicas das trompas.


Esses movimentos, na fase de ovulação, irão cooperar na passagem do
óvulo, em sua viagem rumo ao útero. A camada funcional do endométrio
começa a formar-se novamente, a partir do fim da menstruação. Do sétimo
dia em diante, volta a ganhar espessura, gradualmente, encharcada de
sangue trazido por numerosos vasos sangüíneos microscópicos. Quando se
descamar, na próxima menstruação, a camada funcional do endométrio
levará consigo o sangue dos vasos que a irrigam.

Quatorze dias antes do início da mesntruação, chega o momento da


ovulação, quando cessa a ação independente do estrógeno e entra em cena
outro hormônio proveniente dos ovários: a progesterona. A progesterona
geralmente não tem efeitos proliferativos, mas apenas secretores. Isso
significa que a camada funcional já não cresce (porque suas células não se
multiplicam mas apenas secretam muco, de função ligada a possível
gravidez).

No colo do útero, aumenta a secreção cervical (de cervix, isto é, pescoço ou


colo), já presente no início do ciclo, mas que culmina nessa fase. A função
desse muco é prover um meio líquido que facilite a penetração de
espermatozóides, visto que eles avançam em movimento natatório. A partir
do 26.° dia, começam a ocorrer diminutas hemorragias nos interstícios da
camada funcional do útero e, simultaneamente, começam a morrer algumas
células. Dois ou três dias depois, generaliza-se a necrose da camada e toda
a mucosa se desprende, fragmentada. Recomeça a menstruação, com novo
ciclo.
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MENOPAUSA

Depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos, se houver


ocorrido muitos períodos de gravidez, sobrevém o declínio sexual da mulher,
o climatério. A menopausa, ou interrupção permanente da menstruação, não
o climatério em si, mas apenas uma manifestação dessa crise. Afora esse
sinal, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas. Os
ovários apresentam crescente irregularidade, até a parada total da ovulação
(os folículos amadurecem, mas não se rompem e portanto não liberam
óvulos). Com a redução das secreções ovarianas, que são justamente a
função de obstar a secreção de FSH e LH, a hipófise dispara; disso resultam
perturbações totais, em circulo vicioso, particularmente com efeitos sobre o
comportamento psicológico. Mas a menopausa é um fenômeno transitório. O
organismo acaba por ajustar-se às novas condições, depois de alguns meses
de crises. E começa então, para a mulher, o mais produtivo dos períodos de
sua vida, em termos de atividade intelectual, criadora e objetiva, livre de
perturbações emocionais que freqüentemente lhe distorcem o julgamento.
Sob esse aspecto, o climatério é altamente positivo na vida feminina.

QUANDO É CEDO DEMAIS

Pesquisadores identificam uma origem genética para a puberdade precoce,


doença que atinge meninas antes dos 8 anos de idade

A puberdade precoce, um distúrbio predominantemente feminino, ocorre


quando a criança apresenta os primeiros sinais de maturação sexual antes
dos 8 anos de idade. No caso das meninas, o corpo ganha formas
arredondadas, os quadris se alargam, os seios se avolumam e os pêlos
pubianos começam a crescer. Um ano depois, em média, ocorre a menarca.
Descrita como doença no início do século XX, a puberdade precoce ainda não
foi completamente decifrada pelos médicos, embora seja evidente que ela
está associada a um desequilíbrio hormonal.

Um passo importante para a compreensão do problema foi dado


recentemente por pesquisadores da Universidade de São Paulo. Em parceria
com a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, eles constataram que a
mutação em um determinado gene induz ao desenvolvimento sexual
prematuro. É a primeira vez que se estabelece uma relação entre
herança genética e puberdade precoce. "Até então, a influência da
genética não passava de uma suspeita, com base no histórico familiar das
pacientes", diz a endocrinologista Ana Claudia Latronico, coordenadora do
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estudo. "O próximo passo é investigar se há outros genes ligados à doença,


o que no futuro pode resultar no desenvolvimento de remédios mais
específicos." A descoberta foi publicada na revista científica The New
England Journal of Medicine.

As transformações fisiológicas ocorridas na transição da infância para a


adolescência resultam de uma cascata de reações químicas. Tudo começa
com o aumento na produção do hormônio GnRH. Sintetizado na região
cerebral do hipotálamo, ele funciona como um maestro do processo de
puberdade. Nas meninas, o GnRH está envolvido na fabricação do
hormônio estrógeno pelos ovários, que detona o início da puberdade. O
problema surge quando os níveis de GnRH sobem antes de a criança
completar 8 anos. Os médicos só conseguiam explicar a alta hormonal fora
de hora em 10% dos casos – aqueles em que o paciente é vítima de outras
doenças, como a meningite. Agora, com o estudo dos pesquisadores
brasileiros e americanos, acredita-se que uma modificação no gene
GPR54 talvez seja uma das principais causas da maioria dos quadros
de puberdade precoce. Encontrado nos neurônios do hipotálamo,
esse gene participa da regulação dos níveis do hormônio GnRH.

A puberdade precoce pode ser interrompida. Administrados em doses


mensais ou trimestrais, sob a forma de implante cutâneo ou injeção,
medicamentos bloqueiam a ação do hormônio GnRH. Entre os
principais efeitos colaterais, estão alergias cutâneas, oscilações de humor e
sangramentos leves nos primeiros meses de terapia. "A precisão na
identificação dos primeiros sintomas é crucial para o sucesso dos remédios",
diz o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Quanto antes o tratamento for iniciado, maior é a probabilidade de a
puberdade precoce ser revertida. É uma corrida contra o relógio. Quando
vem a primeira menstruação, é sinal de que 70% do ciclo de
transição para a adolescência foi concluído – ou seja, não há muito o
que fazer.

A antecipação da menarca tem conseqüências pesadas. Ao longo do


processo natural da puberdade, o organismo passa por um grande
estirão ósseo. Nos três anos de duração dessa fase da vida, as crianças
crescem em média 30 centímetros. O desequilíbrio hormonal típico da
puberdade precoce prejudica o desenvolvimento dos ossos e faz com
que o crescimento seja menor. "Sem tratamento, uma criança com a
doença raramente ultrapassa 1,50 metro de altura", diz a médica Ana
Claudia. A puberdade precoce impinge ainda à sua vítima um tormento
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psicológico, principalmente quando ela é uma menina. De uma hora para


outra, a garota se vê às voltas com um corpo de mulher, ao mesmo tempo
em que só quer brincar de boneca, visto que o amadurecimento psíquico
não acompanha a prematuridade das transformações físicas.

Freqüentemente, os médicos são procurados por mães aflitas por conter a


puberdade das filhas pequenas. Na maioria das vezes, porém, o distúrbio
não requer nenhuma intervenção. No último século, a idade da primeira
menstruação caiu consideravelmente. Atualmente, a menarca ocorre por
volta de 12 anos. Isso significa que os primeiros sinais da puberdade
começam a surgir de dois a três anos antes, o que se enquadra no padrão
de normalidade. Há pelo menos duas explicações para esse adiantamento. A
primeira é o fato de que as crianças hoje estão mais gordas. As células
adiposas servem de combustível para a fabricação do hormônio
GnRH. Há ainda a hipótese de que a exposição ao erotismo – na TV,
na internet etc. – tenha o mesmo impacto sobre o cérebro das
meninas. VEJA Edição 2060 14 de maio de 2008 •
O Ciclo da Vida e seus Hormônios: da gestação à velhice
Há duas fases no desenvolvimento humano em que passamos por intensos períodos
de crescimento. A primeira é desde a gestação até o 1º ano de vida dos meninos, e 2º
ano de vida das meninas. A segunda é com o início da puberdade, até os 20 anos de
idade. Isso não quer dizer que de 2 à 11 anos, não cresçamos, mas sim que neste
período, a taxa do crescimento mensal diminui muito, em relação à verificada nos anos
anteriores. Após os 20 anos de idade, em situações normais, o crescimento deve
cessar.
Analisemos o que promove estes acontecimentos: Um dos muitos hormônios que o
hipotálamo produz, é o GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), que ao se
conectar a receptores específicos da Hipófise, estimulará a Hipófise Anterior a produzir
um novo hormônio, chamado GH (Grow Hormone – Hormônio do Crescimento). Este
hormônio, lançado na corrente sangüínea, será captado por todo tipo de célula do
organismo. Sua função na célula é basicamente duas: Aumentar o volume e o número
das células.
Estes dois fenômenos só são possíveis graças à ação do GH, no interior da célula.
Uma de suas ações principais é aumentar a síntese protéica, pelo fato de permitir que
mais aminoácidos entrem na célula. Como os aminoácidos são as “matérias-prima”
para a formação de proteínas – sob o comando de determinados genes específicos do
DNA – um aumento no número de aminoácidos irá capacitar a célula à produzir uma
maior quantidade de proteínas, aumentando consequentemente o seu funcionamento.
Mas pra realizar esta tarefa, as células também precisam de energia. Justamente, outra
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das funções do GH é transferir a energia das células adiposas (células de gordura),


para as demais. Por isso que dizem que o adolescente: “estica e afina”, pois enquanto
estamos crescendo demasiadamente, nossa gordura está sendo degradada. Por isso
também que adolescentes têm tanta fome, e porque recém-nascido parece relógio (tem
necessidade de mamar de 3 em 3 horas). Por isso também, tumores em recém-
nascidos são tão perigosos, pois TODAS as células vão estar se reproduzido rápida e
frequentemente, inclusive as eventuais células cancerígenas.
Também nesse período, são produzidas grandes quantidades de hormônios sexuais.
Estes hormônios são sintetizados devido à ativação do eixo HHG (Hipotálamo-Hipófise-
Gônada). O Hipotálamo começa produzindo GnRH (o mesmo precursor do GH), que
estimula a Hipófise a sintetizar GnHs (Gonadotrofinas), que irá – através da corrente
sanguínea – estimular a síntese dos hormônios sexuais: estrógeno (que na verdade é
uma CLASSE de 3 hormônios diferentes: estriol; estradiol e estrona); progesterona e
testosterona, nas gônadas (óvulos – nas mulheres – e testículos – nos homens).
Ao fim dos 2 anos, este eixo fica inativo, pela ação de uma substância chamada
Neuropeptídeo Y (NPY), que exerce tanto um bloqueio da função HHG, como também
estimula o comportamento alimentar.Entre os 2 e 11 anos, a produção de GH continua,
mas não é tão maciça quanto outrora. Neste período, as células se multiplicam numa
velocidade mais lenta. Então, o NPY impede que a adolescência se inicie cedo demais,
e isto tem uma lógica evolutiva!
É na adolescência que ambos os sexos alcançarão a maturidade sexual. Gestar uma
criança (no caso das fêmeas) ou copular com um grande número de parceiras (no caso
dos machos) são comportamentos que exigem grande quantidade de energia. Se a
função da adolescência é desenvolver o comportamento sexual, para que os genes
possam ser transmitidos; é lógico que este processo não pode ser iniciado antes que
haja condições físicas para isso, ou seja, antes de amadurecer o ser precisa estar bem
alimentado. Por esta razão, o NPY inibe o eixo HHG e estimula o comportamento de
busca por alimentos que, aliado à queda na síntese de GH – e também dos hormônios
tireoidianos, que regulam o metabolismo – a criança desta fase tende a acumular uma
quantidade maior de gordura, do que um adulto que comesse a mesma quantidade,
pelo fato de esta gordura ingerida não ser tão maciçamente gasta e, por conseguinte,
ser estocada.
Cada célula adiposa produz uma proteína chamada Leptina. Por uma questão lógico-
matemática, quanto mais células gordurosas, mais leptina será produzida. Chegará um
ponto em que a quantidade de leptina será suficientemente grande, para exercer um
feedback no hipotálamo, no sentido de informar que é necessário desbloquear o eixo
HHG, afinal, o nível de gordura do corpo já é suficientemente alto, logo, o ser já está
em condição de realizar sua função natural: reproduzir. Agora, então, os hormônios
sexuais podem ser novamente sintetizados.
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Quando o eixo HHG é reativado, inicia-se aquilo que conhecemos como adolescência,
cuja principal característica será estimular cada sexo a responder adequadamente ao
sexo oposto, através da sensibilidade aos feromônios.
Em outras palavras, homens e mulheres exalam feromônios diferentes. Quando um
homem (por exemplo) percebe no ar o feromônio feminino, ele descobre que aquela é
realmente uma mulher e que possui o óvulo, que precisa ser fecundado pelo seu
espermatozóide, para gerar um novo ser e propagar seu código genético. É claro que
olhando superficialmente, acha-se um tanto ridícula a idéia de que reconhecemos as
diferenças sexuais pelo cheiro que os indivíduos emanam. Mas esta é uma herança
extremamente remota da espécie (não só humana) e, nos humanos atuais, ocorrem em
nível inconsciente.
A ação desses feromônios pode explicar por que, apesar de todas as inevitáveis
desavenças e decepções com relação ao(a) parceiro(a), dadas as proporções, é por
ele(a) que nosso coração continua a bater mais forte.
Dois feromônios humanos têm sido bastante estudados. Um deles é o AND (4,16-
androstadieno-3-ona), derivado dos hormônios sexuais masculinos, encontrado no suor
e na pele e pêlos das axilas dos homens. O outro feromônio é o EST (1,2,3(10), 16-
estratetraeno-3-ol) um derivado do estrogênio secretado pelas mulheres. O ADN
tornará o homem sexualmente mais atraente à mulher. O EST tornará a mulher,
sexualmente mais atraente ao homem.
Devido ao dimorfismo (duas formas) cerebral, existem estruturas cerebrais
responsáveis por detectar estes feromônios, diferentes, entre homens e mulheres.
A primeira estrutura que detecta o feromônio presente no ar é o chamado órgão
vomeronasal, situado estrategicamente no interior do nariz. Este órgão vomeronasal
detecta os feromônios e envia a sensação ao epitélio olfativo. Este caminho é chamado
de: Via Vomeronasal, e os machos (inclusive o homem) possuem mais neurônios do
que as mulheres, nesta via que processa os sinais trazidos pelos feromônios.
Tanto em machos como fêmeas, os feromônios será captados e processados na via
vomeronasal. O que irá diferenciar o comportamento sexual entre os sexos, será o
tamanho diferente dessas estruturas, provocado pelo dimorfismo sexual.
Os hormônios, que voltam a ser produzidos quando o bloqueio Hipotálamo-Hipófise-
Gônadas é quebrado, tornam algumas estruturas cerebrais dimórficas, capazes não só
de responder aos próprios hormônios sexuais, mas também de comandar sua liberação
perante o simples estímulo olfativo ou visual do objeto desejado, e reagir com todo o
repertório de comportamentos de aproximação, conquista e consumação sexual.
Todas as estruturas do órgão vomeronasal estão comprovadamente relacionadas ao
comportamento sexual. A ablação do órgão vomeronasal realizada em animais de
laboratório, virgens, tornou-os indiferentes ao sexo oposto e incapazes de acasalar. Em
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algumas cirurgias plásticas que envolvem o nariz humano, este órgão é retirado. A
conseqüência dessa remoção, infelizmente, nunca foram bem estudadas, mas se for
análogo aos animais laboratoriais, estes indivíduos tendem a diminuir drasticamente
seu desejo sexual, pois, sem o órgão que capta os feromônios, que são os
responsáveis por identificar o sexo das pessoas, é como se este indivíduo não
soubesse quem é quem. Porém, se este indivíduo já for sexualmente ativo, a remoção
do órgão vomeronasal não representa tanto problema.
Já a ablação do epitélio olfatório dos animais de laboratório, demonstrou que o
processamento ocorrido nesta região não é tão fundamental para a determinação do
comportamento sexual, como a captação feita pelo órgão vomeronasal.
A próxima estrutura na via vomeronasal é o bulbo olfatório acessório, que recebe
diretamente os sinais do órgão vomeronasal, e também possui mais neurônios nos
machos do que nas fêmeas.
O núcleo póstero-dorsal da amígdala medial (pdMED) e o núcleo intersticial da estria
terminal (BST) possuem mais neurônios nos machos, e esse dimorfismo depende dos
hormônios sexuais masculinos – ou seja, somente se instala na adolescência. Caso os
testículos forem removidos precocemente (antes da adolescência), o tamanho
aumentado do BST masculino não é alcançado, pois sem testículo não há produção de
andrógenos, que o concederiam um tamanho maior do que o da mulher. Já o volume
do pdMED tanto é alcançado, quanto mantido, pela quantidade elevada de
androgênios, de maneira que, mesmo se seu volume maior do que o da mulher for
alcançado, caso haja alguma baixa drástica na concentração de andrógenos no corpo
do homem, esta estrutura pode encolher e ficar do tamanho do da mulher, um processo
de involução bastante acelerado, pois dura cerca de apenas quatro semanas.
Quando a mPOA recebe uma estimulação, que pode ser pelos feromônios que chegam
até ela após percorrer toda a via vomeronasal, sua atividade neuronal fica bastante
evidenciada e aumenta gradualmente até a ejaculação. Após isso, os neurônios dessa
área entram em uma espécie de “período de latência” que corresponde ao período
refratário (que corresponde aos instantes após a ejaculação, onde uma nova ereção é
inviável). Logo, podemos constatar que os neurônios da mPOA estão relacionados
diretamente ao ato sexual em si, e esta região foi estimulada devido a captação dos
feromônios lá pelo órgão vomeronasal, no início da via.
A disfunção da mPOA pode estar por trás do declínio “normal” na atividade e motivação
sexual em animais idosos (inclusive humanos). Isso porque, com a velhice, o cérebro
vai sofrendo um processo natural de desmielinização, o que acarretará numa
diminuição na freqüência das sinapses, inclusive na mPOA. Com a atividade neuronal
diminuída nessa região, conseguir uma ereção torna-se mais trabalhoso.
A primeira ação dos hormônios sexuais ocorre ainda na vida intra-uterina. É o pico de
testosterona no feto que determina a masculinização do cérebro e faz com que todas
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as estruturas da via vomeronasal produzam aromatase, a enzima que tornará possível,


na adolescência, a ação da própria testosterona no cérebro. Na adolescência, a
testosterona induz ao aumento do tamanho de várias vias no cérebro masculino,
inclusive o pdMED e o BST. Tanto a testosterona, quanto o estrogênio produzem sobre
os neurônios da via vomeronasal a sensibilização, que é a condição necessária para o
interesse sexual.
O nível normal de testosterona encontrado no sangue de um adolescente faz com que
as estruturas da via vomeronasal passem a produzir mais aromatase, o que os tornam
ainda mais sensíveis à testosterona. Ao mesmo tempo, a própria ativação da via por
feromônios leva à liberação rápida de GnRH pelo hipotálamo, e assim secreta-se ainda
mais testosterona. Por isso ocorre a produção rápida de grandes quantidades de
testosterona em resposta à fêmea.
Porém, quando há uma situação de estresse associada, o desempenho sexual pode
ser prejudicado. Isso porque o cortisol que é liberado pela adrenal mediante uma
situação estressante, irá competir receptores com a testosterona (pois os dois
hormônios têm uma forma molecular similar), isso atrapalhará a ação da testosterona
que, tendo um competidor inesperado, não agirá da maneira como deveria e isso pode
comprometer o comportamento sexual do macho, inclusive não permitindo que ele
tenha uma ereção.
TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL
A Baixa concentração de Serotonina na Fenda Sináptica é a causa da Agressividade.
Essa baixa concentração acontece devido a fatores estressantes.
A Testosterona, a Adrenalina, a Noradrenalina e a Dopamina se elevam, durante a
agressividade, preparando nosso organismo, ou para a luta, ou para a fuga.
A Vasopressina vai dilatar nossos vasos sanguíneos, para mandar mais sangue
(energia) para os músculos.
A TPM é uma alteração hormonal, que ocorre dias antes da menstruação (e acaba
após a menstruação), onde a mulher demonstra uma série de sintomas, tanto físicos,
como psicológicos.
Os principais hormônios envolvidos na TPM são: Estrógeno e Progesterona. Estes dois
hormônios são formados da seguinte forma:
• A Hipófise lança na corrente sanguínea, dois hormônios: LH (Hormônio
Luteinizante) e FSH (Hormônio Folículo Estimulante).
• Estes dois hormônios “caminham” até os ovários da mulher (via corrente
sanguínea).
• Estando lá, estes hormônios estimulam a produção da Progesterona e do
Estrógeno.
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• No momento da menstruação, estes dois hormônios sofrem uma queda muito


brusca, passando de concentrações estáveis, para quase nada. Esta queda é
uma das origens da TPM, cujos sintomas mais comuns são:
A relação entre a Agressividade e a TPM, é porque em ambos os casos, o nível de
Serotonina na fenda sináptica está baixo. Isso leva ao comportam.

MENOPAUSA E CLIMATÉRIO ; O que é?

A menopausa é a última menstruação da mulher. O climatério é a fase da vida em que


ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à
diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.

A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que


constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é
um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas
mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém
todas chegarão à menopausa. A menopausa delimita as duas fases do climatério, o
climatério pré- menopausa e o pós-menopausa.

A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55


anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa
prematura. A diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar
vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de
síndrome climatérica ou menopausal.

O que se sente? Os sintomas mais freqüentes são:

Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o
tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por
transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão
desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia.
Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do
epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia
causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das
secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual
(dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora
inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no
nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma,
perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral,
caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência
urinária, além da sensação de micção iminente.
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Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão,


fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais
que afetam a química cerebral.
Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode
estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal.
Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio.
O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando
a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom
colesterol.
Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os
ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna
vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não
apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência
hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a
osteoporose. É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda
óssea mais rápida.

O QUE É MENOPAUSA? O QUE É CLIMATÉRIO?

As palavra menopausa e climatério têm sentidos diferentes, embora sejam utilizadas


como sinônimos com freqüência. A rigor, menopausa é o momento da vida da mulher
em que ocorre o último ciclo menstrual.

Climatério é o período que abrange toda a fase em que os hormônios produzidos


pelos ovários(estrogênio e progesterona) vão progressivamente deixando de ser
fabricados, incluindo-se, portanto, a transição entre as fases reprodutiva e não-
reprodutiva da vida da mulher.

Assim, a menopausa é um evento que acontece durante o climatério.

Nem a menopausa nem o climatério são doenças, mas ocorrências naturais ao longo
da vida das mulheres. Durante o climatério, a diminuição desses hormônios faz com
que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem completamente. Nessa
fase de transição, ocorrem alterações físicas e psíquicas importantes, que prejudicam a
qualidade de vida da mulher. Ao contrário do que muita gente pensa, essas alterações
podem e devem ser tratadas.

QUANDO COMEÇA O CLIMATÉRIO?

Na maioria das mulheres, a menopausa ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade, em


média aos 50 anos. Por outro lado, os primeiros sinais do climatério, que são os ciclos
menstruais irregulares, podem ocorrer vários anos antes da menopausa, ou seja, antes
da última menstruação. Atualmente, a expectativa de vida das mulheres se localiza na
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faixa dos 75 anos. Como a menopausa ocorre por volta dos 50 anos, as mulheres de
hoje vivem em um estado de carência hormonal durante cerca de 25 anos, ou seja, um
terço de suas vidas.

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