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Blogs alavancam negócios na rede

Diários virtuais viraram veículos de marketing em empresas que buscam


proximidade com clientes e funcionários

BEATRIZ CAMARGO

Até seis meses atrás o comerciante Roberto Machado achava que os blogs –
também conhecidos como diários virtuais – era uma ferramenta inútil ao seu negócio.
“Achava que tudo era uma grande bobagem, coisa de adolescente que gosta de
mostrar aos amigos as coisas que escreve”, conta.
Porém sua opinião mudou após conhecer a inspiradora história de Edney Souza,
um programador que largou tudo e passou a ter como fonte de renda seu blog pessoal.
“Vi que o blog podia ser um empreendimento. Entrei em contato com ele e
recebi uns toques de como podia começar”, explica.
Como tantos outros internautas, Machado enxergou no blog uma boa ferramenta
para seu negócio e resolveu agregar um diário (www.doceshop.com.br/blog) ao site de
sua distribuidora de doces.
“Passei a escrever sobre o cotidiano de uma microempresa e isso me levou a
falar sobre empreendedorismo”, comenta.
Voltados a pequenos empresários, os posts (textos) publicados no blog serviram
também como um novo canal de comunicação entre o comerciante e seu funcionários.
Após três meses Machado vislumbrou que seus negócios brevemente tomariam
um novo rumo.
Seus comentários atraíram outros internautas, que por sua vez passaram a
divulgar seu blog. A reação em cadeia rapidamente trouxe ao seu endereço cerca de
2.500 visitas diárias.
“O site que criei há quatro anos chegou a receber 2.000 visitas por mês. Após o
blog alcancei picos de 3.200 visitas por dia”, contabiliza.
A popularidade imediatamente influenciou suas vendas. A demanda por pedidos
cresceu e seu lucro aumentou em mais de 30%.
“Através da internet atingi um público mais qualificado. Descobri que não
preciso vender só doces, mas também lembranças”, diz referindo-se às pessoas que o
procuram em busca de balas e pirulitos que deixaram de ser distribuídos ou fabricados.
Segundo o consultor empresarial Fábio Cipriani, esse é o caminho naturalmente
seguido por quem resolve criar seu diário na rede.
“O blogueiro se posiciona como alguém que domina muito bem um determinado
assunto e, muitas vezes, acaba dando dicas a outros usuários”, afirma.
Criador do blog www.serendipidade.com, Cipriani um dos primeiros brasileiros
a utilizar um diário virtual para compartilhar conhecimentos acerca do mundo dos
negócios.
“Normalmente escrevia sobre marketing, finanças, relacionamento com o
cliente, conceitos de gestão. Aos poucos passei a analisar também como as empresas
começaram a usar os blogs dentro de suas campanhas de marketing”, compara.
Da experiência surgiu a idéia para o livro “Blog Corporativo” (Editora Novatec).
A publicação - onde reuniu conceitos, estudos de casos e dicas – serviu para impulsionar
também o novo blog, que se tornou uma referencia obrigatório sobre o assunto.
“Esses blogs são feitos por profissionais que falam de assuntos sérios sobre as
empresas onde trabalham e ajudam a dar credibilidade àquela instituição”, define.
Box

Em junho passado uma notícia causou polêmico entre os blogueiros de plantão.


Robert Scoble, o grande porta-voz da Microsoft na Web, deixava a grande corporação
para se dedicar a uma nova empresa.
Anos antes, quando iniciou seu blog, Scoble era um simples programador da
Microsoft, mas ao comentar em seu blog assuntos corriqueiros à sua rotina de trabalho
tornou seu endereço virtual rapidamente conhecido em toda a rede.
Oferecendo uma visão interna da empresa – sempre acompanhada de algumas
críticas, Scoble conseguiu desmanchar a imagem defensiva passada pela Microsoft.
Para Fábio Cipriani, consultor empresarial, o blog corporativo traz benefícios
como visibilidade e humanização à empresa mas também atrai riscos.
“O blog pode, por exemplo, pode virar um festival de reclamações de clientes
insatisfeitos com a empresa. Mas, em contrapartida, pode se tornar uma grande fonte de
gestão de crise”, exemplifica.

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