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Capítulo 2 - Luminárias com LEDs

Workshop - A utilização de LEDs na iluminação arquitetural: Mitos & Verdades

2.1 - Visão Geral

Muito se fala na aplicação de LEDs na arquitetura cujo tema é o objetivo


deste nosso curso e várias pessoas perguntam: Como? É isso que vamos
discutir ao longo do workshop e este capítulo trás o objeto que vem tornar
tangível, materializável esta tecnologia. A Luminária.

LED é um componente eletrônico que emite luz, portanto ele é uma fonte
luminosa e definitivamente LED não é lâmpada e muito menos uma
luminária.

A manipulação direta dos LEDs requer alguns cuidados que são intrínsecos
ao ambiente da eletrônica como por exemplo a eletricidade estática.

No capítulo anterior vimos suas características e uma delas é a sua mínima


dimensão. Você já imaginou seu instalador se equilibrando no alto de uma
escada, com um minúsculo LED na mão, um ferro de solda na outra
Lumileds

tentando fazer a conexação elétrica polarizada em série (vamos ver em


seguida). É quase uma visão do caos...

A luminária, mesmo que pequena também, deixa manipulável o LED e


resolve outros problemas:

- Serve de suporte para o LED;


- Serve de suporte para a ótica secundária e terciária;
- Aloja a eletrônica (fontes) em alguns casos;
- Protege o LED e componentes eletrônicos de agentes agressores;
- Tem função de dissipação térmica;
- Facilita a instalação.

Além de todas as outras características que as luminárias de qualidade


devem ter como: Design, robustez, controle ótico, performance,
acabamento, etc...

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Uma luminária a base de LEDs deve sempre levar em consideração todos
estes fatores para garantir o bom funcionamento.

Ótica terciária
(Filtros)

Ótica secundária
(Lentes)

LEDs

Dissipador

Alimentação

Lumileds

O esquema acima mostra os componentes básicos de uma luminária de


LEDs que veremos nas próximas páginas com mais detalhes.

É importante salientar que quando se especifica LEDs em um projeto


luminotécnico, em verdade está (ou deveria estar) se especificando a
luminária com LEDs e esta tem características (consumo, potência, tipo de
alimentação, fluxo luminoso, abertura do facho, etc.) diferentes do LED
(componente) puro e simples.

Ao especificar uma luminária de um fabricante idôneo, estas


questões/cuidados construtivos que são imprescindíveis ter com o LED
(alimentação, dissipação térmica, ótica, etc.) já vêm resolvidos em um
único pacote. Basta ligar (de maneira facilitada) e aporveitar os benefícios
que a tecnologia lhe concede.

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Color Blast 12 Powercore - Color Kinetics

Ledline - Philips

Orbit - LedPoint

Glim Cube - iGuzzini

Ledlite - Led to Lite

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2.2 - Equipamentos de Alimentação

No capítulo 1, falamos sobre LEDs, onde demonstramos as principais


características dos semicondutores, dentre elas, a influência de controles
precisos sobre os BINs, fluxo luminoso e tensão de alimentação. Esta
última será abordada neste capítulo, pois o projeto de fontes de
alimentação está intimamente relacionada às especificações elétricas dos
LEDs.

Fazendo uma analogia com a tecnologia de iluminação convencional, as


fontes de alimentação estão para os LEDs assim como os reatores estão
para as lâmpadas fluorescentes e os transformadores estão para as
lâmpadas halógenas dicróicas de 12 Vca. O mercado mundial denomina
estas fontes de "drivers", termo que utilizaremos quando nos referirmos à
estes dispositivos remotos.

A fim de criar uma melhor compreensão sobre os drivers, realizaremos


uma breve revisão dos conceitos de eletricidade:

- Tensão Elétrica - É a diferença de potencial entre 2 pontos. Sua unidade é


o Volt (V).

- Corrente Elétrica - É o fluxo ordenado de partículas eletricamente


carregadas (elétrons) na seção de um material. Sua unidade é o Ampére (A).
É comum a utilização de submúltiplos como miliampéres (mA).

Podemos realizar uma analogia com sistemas hidráulicos: A diferença de


altura entre o líquido no reservatório e o ponto de consumo seria a tensão e
o líquido em movimento seria a corrente.

- Corrente Contínua (CC) - É aquela em que não há variação do sentido do


fluxo de elétrons no tempo. Exemplos: pilhas, baterias, etc.

- Corrente Alternada (CA) - É aquela em que o fluxo de elétrons muda de


sentido em uma determinada freqüência. No Brasil esta freqüência é de 60
ciclos por segundo, ou seja, 60 Hertz (Hz) e sua forma de onda é senoidal.

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Exemplos: motores, geradores, transformadores, etc.

Onda Senoidal

- Resistência - É a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em


ohms (Ώ). Quanto maior a resistência, menor é a corrente a atravessar o
material.

Outro conceito importante é a relação entre estas grandezas, chamada de


lei de Ohm: "A corrente em um circuito é diretamente proporcional à tensão
aplicada e inversamente proporcional a resistência", isto é, diz respeito à
relação entre corrente, tensão e resistência:

I = V/R , onde:

* I é a corrente em ampéres
* V é a tensão em volts
* R é a resistência em ohms

Geralmente representamos a resistência em um circuito em corrente


contínua como carga. A carga pode ser associada em algumas formas,
como os circuitos em série, em paralelo ou misto.

Circuito Circuito
em Série em Paralelo

UFV - Dep. Física

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Outro conceito importante é a Potência que é o trabalho realizado em um
determinado tempo. A potência de 1 watt é desenvolvida quando se realiza
o trabalho de um joule, em cada segundo. O joule é a unidade de energia. A
unidade de potência é o watt (W).

Também podemos usar a lei de ohm para achar uma relação entre a
potência, tensão e corrente: P = I x V.

A tensão de linha da rede elétrica é muito alta para a maioria dos


equipamentos eletrônicos. É por esta razão que alguns dispositivos foram
criados para adequar a tensão de operação, como por exemplo: os
transformadores, fontes de alimentação e drivers.

TRANSFORMADORES

Os transformadores podem ser de 2 tipos:

- Transformadores eletromagnéticos - São componentes elétricos com a


função de modificar a tensão de alimentação. No caso dos sistemas de
iluminação, o mais comum é o de 127/220Vca de entrada para 12Vca de
saída x 50W de potência que é utilizado para reduzir a tensão da rede para
o especificado para as lâmpadas halógenas (12Vca). Possuem isolação
elétrica entre os terminais de entrada e saída. Podem ser utilizados em
conjunto com algumas versões de luminárias de LEDs.

Transformador com carga - Malvino

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- Transformadores eletrônicos - Têm a mesma função, porém com um
tamanho menor. Geralmente não possuem isolação elétrica entre a entrada
e saída. Não são compatíveis com luminárias de LEDs, pois dependem de
uma grande carga para operar.

FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Praticamente todo o dispositivo eletrônico tem uma fonte de energia em


corrente contínua sejam eles celulares, TVs, computadores, etc. Esta fonte
pode ser uma bateria ou um dispositivo que converta corrente alternada
em corrente contínua.

Uma fonte de alimentação é um dispositivo usado para transformar a


energia elétrica da rede comercial (CA) em uma energia elétrica de corrente
contínua (CC). A fonte de alimentação pode estar incorporada à luminária
que recebe tensão diratamente da rede (127/220Vca) ou ter a configuração
remota. Esta segunda opção é indicada quando não há espaço dentro da
luminária ou quando as normas de segurança recomendem que a
luminária opere em baixa tensão (até 24 volts) como por exemplo, em
áreas externas sujeita a água, em espelhos d'água e em piscinas.

Algumas fontes de alimentação são projetadas para luminárias que


utilizam LEDs de menor potência como em balizadores e alimentação em
12 Vca. Esta tensão é proveniente de transformadores eletromagnéticos.
Estes são instalados remotamente e devido a sua potência, podem
alimentar diversas luminárias de LEDs. Neste caso, o circuito retificador
(que converte corrente alternada em contínua), os filtros e o regulador de
tensão são montados dentro da luminária. Um exemplo de luminária com
esta tecnologia é a DOT 2464 da LedPoint:

DOT
Uso indoor e outdor
Dot 2464 - 12 Vca Utiliza transformador 1225 (veja pág. Alimentação)

IMPORTANTANTE
Para embutimento em alvenaria ou pisos é necessário o
Alojamento Plástico. (fornecido separadamente)

Acabamentos Emissão
Branco Preto Prata Branco Azul Verde Âmbar Vermelho

Catálogo LedPoint

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Nas luminárias que são ligadas diretamente à rede elétrica é indispensável
que todos os circuitos responsáveis pela operação dos LEDs estejam
dentro da luminária, conforme o exemplo abaixo. Aa luminárias PRIME e
QUAD 2065 tem fonte incorporada.

PRIME e QUAD
Uso indoor
Prime/Quad 2065 - 127V Liga direto à rede 127 volts
Uso indoor
Prime/Quad 2065 - 220V Liga direto à rede 220 volts
Uso indoor e outdor
Prime/Quad 2465 - 12V Utiliza transformador 1225 (veja pág. Alimentação)

Acabamentos Emissão
Branco Preto Prata Branco Azul Verde Âmbar Vermelho

Catálogo LedPoint

DRIVERS

O driver é uma fonte de alimentação eletrônica que trabalha remotamente


e com uso mais adequado às cargas que necessitem de corrente contínua
regulada e estabilizada como os LEDs. Um bom driver deve atender as
seguintes especificações;

- Transformar a tensão da rede (127/220Vca) para um nível


adequado a operação dos LEDs;

- Filtrar os "ruídos" reduzindo a ondulação na tensão retificada;

- Ter isolamento entre o circuito de saída em corrente contínua da


entrada de rede elétrica em corrente alternada;

- Ser dotada de circuitos de proteção contra eventuais curtos-


circuitos na saída;

- Ter a tensão de saída regulada e estabilizada, independentemente


da variação da tensão de entrada (90 a 240Vca).

- No caso de alimentação de múltiplos LEDs, prover a variação


proporcional da tensão, entretanto mantendo a corrente do
circuito série constante.

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Um exemplo desta tecnologia é a empresa americana Advance
(www.advancetransformers.com) que produz diversas soluções para
alimentação elétrica de LEDs de 1 a 5W.

Catálogo Advance

Eles têm 2 modelos de drivers indicados para uso de LEDs Luxeon I, III e V.
Notar que o fabricante indica a corrente de saída (350mA ou 700mA) e os
arranjos possíveis de LEDs para a correta instalação.

Catálogo Advance

Porém em algumas aplicações se faz necessário o uso de diversos LEDs


(clusters) para compor uma luminária ou em um arranjo específico
determinado por um projeto. Nestes casos é mais econômico o uso de um
driver de maior potência capaz de alimentar até 24 LEDs. A Philips oferece
excelentes opções em seu catálogo, como por exemplo, o driver de 25W
com saída em corrente constante permitindo uma enorme flexibilidade no
arranjo dos LEDs.

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Guia de Iluminação Philips

O esquema de ligação dos drivers de potência utiliza o recurso de combinar


LEDs em série e em paralelo, pois desta forma pode resolver os problemas
de eventuais diferenças de BIN de tensão de alimentação (ver capítulo 1).

A utilização de circuito em série tem a vantagem de garantir que todos os


LEDs da malha tenham a mesma corrente, ajustando automaticamente as
pequenas variações da tensão de condução direta dos LEDs. A
desvantagem é que devido a queda de tensão em cada LED poder chegar a
4 Vcc (nos Luxeon I) , um driver com muitos LEDs em série teria tensões de
saída elevadas.

Lumileds

Nos circuitos em paralelo a tensão de alimentação dos LEDs deve ser a


mesma e como existem as variações de BIN, seria muito complicado
selecioná-los de forma ao perfeito casamento de especificações. A
vantagem desta montagem é que a tensão de saída é baixa. O ideal é se
combinar as duas configurações, obtendo-se vantagens correspondentes.

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Os drivers também podem ser utilizados na forma 1 para 1, isto é , cada
luminária tem seu driver com todas as características técnicas
demandadas pelo mercado (bivolt automático, isolamento, proteção
contra curtos, etc). A LedPoint oferece ao mercado os drivers 350/1 e
700/1 (para 1W e 3W respectivamente), ambos com dimensões reduzidas,
saída em corrente constante, bivolt, etc.

Driver LP 350/1 Driver LP 700/1


Catálogo LedPoint

O mercado de iluminação tem algumas características que são oriundas de


sua cultura de uso e frequentemente aproveita alguns de seus clássicos.

Todo instalador de iluminação tem o transformador eletromagnético de


50W (aquele de dicróica) como seu velho conhecido e sobre sua instalação
não pairam dúvidas.

Com o intuito de facilitar, algumas empresas produzem luminárias de LEDs


que são ligadas diretamente ao transformador por questões de custo e
simplicidade de instalação. Foi a alternativa escolhida pela LedPoint para
alguns modelos de luminárias que utilizam LEDs de potência.

Um exemplo é a luminária LASER que é dotada de uma fonte de


alimentação interna para receber 12Vca de um transformador
eletromagnético de mercado.

LASER (12 volts)


Uso indoor e outdoor
Laser 3465 - LED de 1 Watt Utiliza transformador 1225 (veja pág. Alimentação)
Uso indoor e outdoor o
Laser 4465 - LED de 3 Watts Nov
Utiliza transformador 1225 (veja pág. Alimentação)

Acabamentos Emissão
Branco Preto Prata Br 3000k Br 5000k Azul Verde Âmbar Vermelho

Catálogo LedPoint

Conforme as especificações, a luminária LASER necessita do


transformador remoto de 12 Vca x 50W que pode alimentar até 20
luminárias de versão 3465 (com LED de 1W) ou 10 luminárias da versão
4465 (com LED de 3W).

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2.3 - Ótica

Os LEDs têm características únicas quando comparados às fontes de luz


tradicional, pois são construídos com um cuidado extremo no que diz
respeito ao seu projeto ótico. Uma das grandes dificuldades da tecnologia
de LEDs e extrair a luz do chip, pois devido aos materiais envolvidos há
uma grande dificuldade de alcançar elevada eficiência de extração dos
fótons produzidos no semicondutor.

Entretanto, nesta parte do curso vamos conhecer um pouco mais da ótica


auxiliar, externa ao LED, e de grande importância para a melhoria da
performance quando utilizado em produtos de iluminação.

Em luminárias tradicionais, as lâmpadas têm o fluxo luminoso melhor


aproveitado quando dotadas de anteparos com superfícies refletoras que
redirecionam e controlam o facho de luz. No caso de luminárias com LEDs
devemos lembrar que eles são direcionais, pois já são dotados de uma
ótica primaria no próprio encapsulamento. Desta forma, estudaremos os
princípios básicos da ótica relacionados a este tema.

Quando tratamos da luz incidente sobre um objeto, podemos considerar


que ela se divide em 3 partes:

- Refletida - A luz não entra na superfície e é devolvida em certo


ângulo.
- Absorvida - A luz é absorvida pela superfície e convertida em uma
outra forma de energia (calor, química, elétrica, etc.).
- Transmitida - A luz atravessa o corpo, quando ele é fino o suficiente
ou cristalino.

Interações da Luz - ERHARDT-STEINMETZ

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Nenhum corpo reflete, absorve ou transmite toda a radiação incidente.
Mesmo o mais perfeito refletor absorve e transmite radiação, assim como o
corpo mais transparente reflete e absorve radiação.

Superfícies refletoras podem ser do tipo especular, isto é, podem refletir


imagens (como espelhos). O ângulo de incidência é igual ao ângulo de
reflexão, portanto o controle de facho de luz é bem preciso. Quando a
superfície refletora é curva, os ângulos são considerados em relação a
tangente da curva. Este fenômeno ocorre em materiais que sofreram
polimento ou são naturalmente refletores.

A reflexão também pode ser difusa, isto é, quando a luz atinge uma
superfície e retorna em todas as direções. Não há facho ou imagem
refletida. Ocorre em superfícies com acabamentos foscos.

A refração ocorre quando um facho de luz troca de meio e o ângulo de


refração depende do material. O exemplo mais comum ocorre ao olharmos
um objeto no fundo da piscina e a real posição deste é ligeiramente
diferente.

Um raio de luz incidindo perpendicularmente na superfície não sofre


refração, porém se um raio de luz incidir em um ângulo relativamente
pequeno ocorre um fenômeno chamado de "reflexão interna total" (TIR),
que é o principio de funcionamento das fibras ópticas e das lentes
utilizadas nos LEDs.

Reflexão interna total em fibras óticas.

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A luz é difundida ao atravessar um material translúcido e da mesma forma
parte desta luz é absorvida. Caso o material seja opaco a absorção vai
depender da cor e da textura.

Os materiais refletores são utilizados na grande maioria das luminárias,


podendo ser simples como um rebatedor difuso ou complexo como aquele
em que seu desenho permite um controle do facho quando utilizado em
conjunto com alumínio de alta refletância.

Eles podem ter uma geometria facetada, parabólica ou elíptica. Algumas


luminárias combinam diferentes tipos de refletores. Um exemplo de
refletor elipsoidal é a lâmpada dicróica Mr16.

Ellipsoidal reflector - Mackenzie

Utilizam-se lentes e refletores em luminárias para controlar a abertura do


facho dos LEDs, pois um led de potência como o Luxeon I , Branco , 3000K,
tem em sua construção uma ótica primaria, conforme figura abaixo:

Ótica primária

Lumileds

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Esta construção resulta em uma distribuição do fluxo conforme um
diagrama abaixo, denominado lambertiano.

Luxeon I , lambertiano, sem ótica - Lumileds Luxeon I , lambertiano, com ótica - Lumileds

Em algumas luminárias a geometria do facho permite o uso do LED sem a


ótica secundária (lentes e refletores), pois o objetivo é conseguir uma
distribuição difusa. A LedPoint fabrica um balizador denominado
SQUADRO com esta característica.

SQUADRO (Bivolt)
Uso indoor
Squadro Plus 3022 - LED de 1 Watt Liga direto à rede 127 / 220 volts (bivolt)
Uso indoor o
Squadro Plus 4022 - LED de 3 Watts Liga direto à rede 127 / 220 volts (bivolt) Nov

Acabamentos Emissão
Branco Preto Prata Br 3000k Br 5000k Azul Verde Âmbar Vermelho

Catálogo LedPoint

Entretanto, na maior parte das aplicações da tecnologia de LEDs, o facho


precisa ser controlado e para alcançar estas especificações, as lentes têm
se mostrado uma opção tecnicamente viável, com custo adequado e
grande variedade de ângulos disponíveis.

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REFLETORES

Os refletores disponíveis para uso em projetos de luminárias com LEDs tem


um design muito similar aos utilizadas em luminárias tradicionais. A
diferença básica está em seu tamanho que aproveita a miniaturização
promovida pela tecnologia.

Future Electronics

O princípio de montagem é simples, pois de acordo com cada fabricante de


LED, eles são naturalmente encaixados (por vezes colados) aos refletores,
formando um conjunto emissor/refletor, bastante familiar a quem produz
ou especifica luminárias.

As vantagem da utilização deste tipo de ótica secundária é o baixo preço,


ausência de "anéis" na luz projetada e maior intensidade no facho central o
que entretanto provoca um efeito indesejável, pois não há um controle
preciso do facho diretamente emitido pelo LED. O fabricante IMS
disponibiliza seus produtos através da Future Electronics (www.
futureelectronics.com).

Future Electronics

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LENTES

De modo distinto dos refletores, as lentes transmitem a luz e são


posicionadas entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado. As lentes
podem mudar a direção e a qualidade da luz pela concentração do facho,
reduzindo o ofuscamento.

As lentes são fabricadas em um material conhecido como acrílico PMMA


(polymethyl-methacrylate) que é um termoplástico amorfo com
excelentes propriedades óticas (92% de transmissão luminosa). Tem
excepcional resistência a radiação UV, mantém suas características à
temperaturas de -40°C a 80°C , porém é fácil de ser arranhado.

Led + Lente - Fraen

As vantagens de utilização de lentes são: maior eficiência (até 90%) devido


ao gerenciamento da luz diretamente emitida pelo LED, são menores que
os refletores, principalmente quando o ângulo desejado é pequeno e
disponíveis em vários tamanhos e geometrias de facho.

Muitos fabricantes tradicionais de sistemas óticos no mundo aproveitam


seu know-how para expandir sua linha no segmento da iluminação
eletrônica oferecendo novas opções para os designers, como os exemplos
a seguir:

A americana Dialight (www.dialight.com) tem em sua linha de produtos


diversos modelos de lentes para a maioria dos fabricantes de LEDs de
potência. Esta empresa disponibiliza "kits de desenvolvimento" aos
projetistas a fim de melhor se familiarizarem com a tecnologia.

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OPT series - Dialight

A empresa Fraen, (www.fraenslr.com) tradicional fabricante italiano de


produtos óticos, dispõe de uma boa variedade de lentes para uso em
conjunto com LEDs, inclusive para sinais de trânsito, automóveis,
lanternas, etc.

Fraen

Devido a crescente demanda por sistemas que utilizem múltiplos LEDs


(clusters), foram desenvolvidas lentes, de uso modular, podendo ser
intercambiáveis e em diversos formatos, sendo o mais comum o de 3 lentes
conjugadas em um suporte. Este modelo pertence a família FT3 da Fraen,
tem 50mm de diâmetro, adequado a luminárias desenhadas originalmente
para lâmpadas dicróicas MR-16, comprovando, com um ar “Déjà vu” que a
indústria de iluminação influencia a de eletrônica e vice versa:

Fraen

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Estas lentes são especialemnte indicadas quando a luminária é
desenvolvida para o uso do LED em conjunto com a tecnologia Color-
Mixing, quando 3 LEDS , nas cores vermelho, azul e verde (RGB) são
montados em arranjo junto com as lentes permitindo à luminária a criação
de milhares de cores pelo processo de mistura aditiva. A LedPoint fabrica
um spot e um embutido chamado TRIO que utiliza esta tecnologia.

Spot
TRIO (Luz Branca e Colormix)
Uso indoor o
Spot Trio BR 4022 - 3 LEDs de 3 Watts Liga direto à rede 127 / 220 volts (bivolt) Nov
Uso indoor o
Emb. Trio BR 4022 - 3 LEDs de 3 Watts Liga direto à rede 127 / 220 volts (bivolt) N ov
Uso indoor
Spot Trio Colormix 3422 - 3x 1Watt Utiliza transformador 1225 e Controlador Colormix
Uso indoor
Embutido Trio Colormix 3422 - 3x 1Watt Utiliza transformador 1225 e Controlador Colormix
Embutido
Acabamentos Emissão
Branco Preto Prata Colormix Br 3000k Br 5000k

Catálogo LedPoint

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2.4 - Preocupações com o Calor

O projeto de luminárias se inicia com a escolha da lâmpada e se baseia no


princípio de aproveitamento do fluxo luminoso desta.

As lâmpadas tradicionais do mercado de iluminação geram calor e em


alguns casos como nas halógens pode chegar a centenas de graus. Este
calor pode ser transmitido ao ambiente de três formas: por meio da
condução através dos componentes da luminária, por convecção através
do ar ou finalmente através da irradiação de infravermelho.

No capítulo 1, sobre a tecnologia de LEDs, observamos que os


semicondutores são dependentes da temperatura de operação para o
funcionamento com eficiência. Um dos mitos sobre os LEDs é que eles não
geram calor, o que é falso, pois apenas 15% da potência aplicada é
convertida em luz. O gráfico a seguir que mostra um comparativo com
lâmpadas incandescentes.

Comparativo LEDS x Incandescentes - Lumileds

Entretanto, a luz emitida pelo LED não tem componentes de infravermelho


(calor). Para entender o porquê deste mito, precisamos entender como o
calor se transmite e as formas de mantê-lo a níveis aceitáveis dentro do
chip do LED.

Para a emissão de luz de um LED é necessário aplicar determinada corrente


elétrica ao mesmo, em um LED de 1W, a corrente máxima é de 350mA e a
tensão de operação pode chegar até a 3,8Vcc, e como a potência (P) = I x V

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(corrente x tensão) esta será aproximadamente 1,3W. Quanto maior a
potência, maior será a temperatura na junção (Tj) e em LEDs de alta
performance é indispensável o controle da Tj para que tanto a sua vida útil
quanto a sua confiabilidade sejam preservadas.

Os conceitos básicos de transferência de calor para os LEDs são: condução


e convecção. Radiação não se aplica neste caso.

A formula da condução térmica (Fourier) demonstra que o fluxo de calor


depende do material, do volume e da diferença das temperaturas entre 2
pontos.

Condução térmica - Lumileds

A condutividade térmica é a propriedade que cada material tem de


transmitir calor.

Condutividade térmica - Lumileds

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Aplicando esta teoria no projeto térmico de um LED, temos que selecionar
materiais que permitam a transferência de calor gerado no chip.

Condutividade térmica - Lumileds

Portanto a potência dissipada depende da resistência térmica do material


da aleta de dissipação (na base do LED). No Luxeon I, o material é o Cobre.

Considerando que o LED é adquirido do fabricante com o problema da


condução térmica resolvido da melhor forma possível, a preocupação do
projeto térmico passa a ser de que forma o calor gerado pelo LED seja
dissipado, para tal são utilizados dissipadores que se baseiam no principio
da convecção.

Convecção térmica - Lumileds

55
Para conhecer a eficiência da transferência de calor entre 2 pontos,
utilizamos a resistência térmica que é a razão da variação da temperatura
por unidade de dissipação de calor , sua unidade é °C/W.

O projeto de luminárias deve considerar os seguintes parâmetros para


garantir que a temperatura de junção não seja excedida:

- Utilizar placas de circuito impresso com núcleo metálico;


- Utilizar LEDs com placa dissipadora ou fixar o emissor com adesivo
termo condutor;
- Utilizar dissipadores externos;
- Permitir o fluxo de ar sobre as superfícies de convecção.

Modelo térmico - Lumileds

Para projetar um dissipador é necessário sabermos qual sua resistência


térmica e selecionarmos a especificação no catálogo do fabricante,
conforme o exemplo a seguir:

Exemplo de cálculo de resistência térmica de dissipador - Lumileds

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Como quanto menor a resistência térmica, mais eficiente é o dissipador,
podemos escolher um de resistência 5°C/W do fabricante de dissipadores
AAVID THERMALLOY, ( www.aavidthermalloy.com ) que oferece
dissipadores especiais para LEDs de potência, como o modelo abaixo:

Dissipador 500400B00000B - Aavid Thermalloy.

Com este assunto fechamos o capítulo 2 e esperamos vocês na próxima


semana onde vamos abordar a tecnologia de LEDs em convivio integrado
com outra tecnologias vigentes no mercado de iluminação.

Até lá.

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2.5 - Bibliografia

ADVANCE TRANSFORMERS - Drivers - disponível em


<http.www.advancetransformers.com/> acesso em 15 de março de2007.

ERHARDT L . - STEINMETZ C.P. - Radiation, Light and Illumination, First


printing. California. Camarillo .1977.

FRAEN - Optics - disponível em


<http://www.fraensrl.com/images/FBL_datasheet.pdf > acesso em 16 de
março de 2007.

Lumileds - Apostila do Seminario Tecnico Lumileds - Sao Paulo - 2003.

MACKENZIE, K.IV. Refletors, Refractors, Louvers & Lenses - Oh, My ! -


Palestra Light Fair 2001

MALVINO, A.P. Eletrônica: Volume 1. 4a Edição. São Paulo: Makron Books,


1995.

PHILIPS - Guia de Iluminacao - disponível em


<http://www.luz.philips.com/latam/archives/Guia_Iluminacao_2005.pdf
> acesso em 15 de março de 2007.

www.ufv.br/dpf/120/Circuitoseletricos.pdf - acesso em 15/03/2007.

WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta


conteúdo enciclopédico. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Circuito_em_paralelo&oldid=
5284627>. Acesso em: 15 Mar 2007 circuito em paralelo

WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta


conteúdo enciclopédico. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Circuito_em_s%C3%A9rie&ol
did=3962857>. Acesso em: 15 Mar 2007 circuito serie

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