Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Belém – PA
2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURAS VERNÁCULAS
CENTRO DE LETRAS E ARTES
DISCIPLINA: PSICOLINGUÍSTICA
DOCENTE: ELIANA COSTA
DISCENTES: ADRIENE FREITAS DE SOUSA 0411906901
CÍNTIA CENIRA PEREIRA DE HOLANDA 0411905201
ROBERTA FERREIRA DA COSTA 0411909301
Belém – PA
2007
INTRODUÇÃO
Com relação ao nível discursivo, a criança possui um vocabulário bem diversificado, sabendo
expressar-se muito bem. È uma criança extremamente comunicativa.
A criança observada, no geral, não apresenta dificuldades, entende e utiliza o significado das
palavras e constrói as frases na ordem normal, sem equívocos. Porém, na presença de
pessoas mais próximas, ou seja, as pessoas com quem a criança convive a maior parte do
tempo, como pai, mãe, avó e irmã mais velha, a criança comete alguns deslizes, como por
exemplo:
- No aspecto fonológico, na presença da mãe antes de dormir, a criança troca o som do “r” pelo
som do “l” – quero se torna “quelo”; para se torna “pala”.
- No aspecto semântico, a criança observada não chama Nescau, ainda que saiba que é esta a
palavra corrente atribuída a este alimento, porém, na presença da mãe e parentes próximos
prefere chamar “Xicau”. Além disso, há a criação de uma nova palavra o que caracteriza um
problema de ordem morfológica.
CONCLUSÃO
De posse dos dados analisados é possível perceber que as crianças desta faixa etária
(três anos) se encaixam nas teorias comportamentais propostas por Vygotsky como a fala
egocêntrica e a união entre fala e pensamento que se da a partir dessa idade.
O Interacionismo foi a teoria que mais se adequou ao comportamento apresentado pelas
crianças analisadas. Pelo aspecto discursivo é possível visualizar que certas escolhas lexicais
ou que certas dificuldades, de personalidade e interação, são provenientes do relacionamento
com a família e amigos. Algumas reduplicações como (vovó) são reproduções de discursos
feitos por adultos, os casos de laconismo e retração de comportamento também são motivados
por posturas tomadas por adultos. Segundo Vygotsky nessa fase a criança tende a internalizar
a sua fala e também a fala do outro, fato que podemos comprovar em situações que a criança
demonstra escolhas comportamentais e lingüísticas influenciadas pelo que esta observa em
seu meio social.