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Queria dizer-vos ainda que oficializar a minha posição está muito longe de ser uma
atitude de coragem. É antes e, simplesmente, o mínimo que posso fazer para estar
ao lado de cada um dos colegas que, à revelia da lei, luta por todos nós, dentro dos
Conselhos Pedagógicos, nas suas escolas, a dizer "sim" à suspensão deste processo
vergonhoso. Esses, sim, agem com grande determinação e extrema coragem, uma
vez que estão sujeitos a sanções. Esses, sim, esperam não estar sozinhos e
precisam de muitos "sim" noutras Escolas. Estou convencida de que as sanções não
virão se forem muitos, se forem todos. Considero ainda que, para além da vontade
de contestar e de fazer ouvir a nossa voz, temos também a responsabilidade moral
de dar o nosso contributo a cada um desses colegas que se sujeita a penalizações
para lutar pela dignidade de uma classe, pela dignidade de cada um de nós.
Como não tenho o e-mail de todos os colegas da Escola, pedia a cada um de vós
que reenviasse esta mensagem a outros colegas cujo e-mail seja do vosso
conhecimento.
Rosângela
Ana Virgínia
1. Impõe uma avaliação que não proporciona um clima de harmonia nas Escolas,
promove a competição entre colegas e inviabiliza o trabalho cooperativo,
absolutamente necessário ao exercício da função docente com qualidade;
2. O sistema de quotas a que ficam sujeitos todos os docentes (os que são
simplesmente avaliados e os que são simultaneamente avaliados e avaliadores) à
qual ambos concorrem para a progressão na carreira, coloca muitas dúvidas quanto
à garantia de imparcialidade da avaliação, tanto mais que o avaliador intervém num
procedimento administrativo no qual possui interesses próprios – situação
incompatível com o disposto no artº 44º, a) do Código de Procedimento
Administrativo. Assim sendo, as circunstâncias acima descritas não suscitam a
relação de confiança necessária entre avaliadores e avaliados;
3. O critério de selecção dos avaliadores assenta numa divisão artificial, injusta e
economicista da carreira em duas categorias – Professor e Professor Titular –, que
decorreu através de um concurso que unicamente valorizou a ocupação de cargos
nos últimos sete anos, independentemente de qualquer avaliação da sua global
competência pedagógica, científica e técnica ou certificação da mesma;
10. Este modelo de avaliação tem consumido não só o tempo dos professores, mas
também a sua vida pessoal e a motivação que deveriam ter para dedicar ao alvo
principal das suas funções - o aluno - todo o seu trabalho: a preparação de aulas e
de actividades que proporcionem a formação e realização integral dos alunos e que
promovam o desenvolvimento das suas capacidades, estimulem a sua autonomia e
criatividade, de forma a garantir a formação de cidadãos civicamente responsáveis
e democraticamente intervenientes na vida da comunidade.
Pelo exposto, não reconhecemos quaisquer efeitos positivos desta avaliação sobre a
qualidade da Educação e sobre o nosso desempenho profissional.