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Para Giovanni Sartori um partido político “é qualquer grupo político identificado por uma
etiqueta oficial que se apresenta a eleições e pode fazer eleger, em eleições livres ou não,
candidatos a cargos públicos.”.
Segundo Sartori, para que um sistema seja multipartidário é necessário que nenhum
partido se aproxime, ou que mantenha, a maioria absoluta.
De acordo com Maurice Duverger, o escrutínio maioritário a uma volta tende para o
dualismo partidário.
Loewenstein afirma que a separação de poderes “não é senão a forma clássica de expressar
a necessidade de distribuir e controlar respectivamente o exercício do poder político”.
De acordo com Norberto Bobbio, a teoria da separação dos poderes pode, na interpretação
moderna, assemelhar-se à teoria clássica do governo misto.
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Introdução à Ciência Política
Sistema de partido maleável – com uma estrutura menos coesa e mais débil, sendo frequente
a não disciplina de voto, e não desempenhando, por vezes, um papel central no
funcionamento dos sistemas políticos.
José Miguel Júdice o conceito de “classe política” deve passar a abranger dirigentes de
grupos de interesse, bem como outras estruturas de representação sectorial ou não política no
sentido clássico tal como os sindicatos e associações patronais.
Leon Duguit destaca-se entre os autores que defendem a concepção mista de Nação.
Karl Marx defendeu que as ideologias seriam uma falsa consciência das relações de
dominação de classe.
Do ponto de vista do objecto, a opinião pública deve ser qualificada em primeiro lugar por
respeitar à esfera do poder político, visando influenciá-lo ou conquistá-lo.
A opinião pública, mais do que uma colecção de “opiniões individuais”, tem de ser
qualificada de acordo com o seu objecto (assuntos que versa) tendo em conta o(s) grupo(s)
social(ais) que a(s) partilha(m).
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Introdução à Ciência Política
Embora a opinião pública não seja uma realidade abstracta, o público é uma assembleia
abstracta de cidadãos que recebem as suas impressões dos meios de comunicação de massa.
Segundo Pierre Ansart “[a opinião pública] é sem cessar trabalhada, modelada, por essa
empresa gigantesca de inculcação, conduzida, permanentemente, por todos os orgãos de
difusão”.
Intervalo técnico de confiança é o valor máximo e mínimo, entre o qual oscila uma
determinada tendência da opinião pública.
Do ponto de vista social a ideia de legitimidade corresponde ao poder que se faz aceitar ou
que não seja contestado pela maioria dos cidadãos, seja qual for a razão em que esse facto se
fundamente.
Legitimidade são as razões que são apresentadas pelo poder político para levar a que seja
aceite e que a sua vontade seja acatada.
A análise da sede efectiva do poder do ponto de vista da sua repartição horizontal reserva-se
o conceito de Sede do Poder.
Para Freidrich Koja, os deputados que representam o partido político no Parlamento “estão
dependentes dos seus partidos de múltiplas facções e encontram-se subordinados senão a uma
disciplina de voto, pelo menos a uma estrita solidariedade”.
Para Adriano Moreira “o grupo parlamentar deixou de ser a expressão de uma opinião
individual (...) para ser com frequência a expressão do acordo que as negociações entre os
partidos, fora do Parlamento, conduziram (...) a disciplina de voto pode ser rígida ou flexível,
mas é geral”.
Segundo Maria Rosa Rippollés Serrano, a realidade e o poder dos Grupos Parlamentares
nos Parlamentos vão colocar-nos perante “a existência de deputados “empresários” e
deputados “peões (...) senhores e vassalos”.
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Introdução à Ciência Política
O termo “política” (politics) refere-se ao processo de competição pelo poder político, ao seu
exercício e à sua manutenção.
“Político” (Policy) – conjunto de medidas levadas a cabo para atingir objectivos declarados e
considerados de interesse comum (Ex: política de educação, saúde, etc.).
A expressão “política” designa a competição entre partidos ou candidatos para obterem votos
numa eleição e através dela o poder ou o exercício deste, na perspectiva de manter ou
conquistar apoios e desse modo não o perder.
De acordo com Adriano Moreira, os partidos políticos são organizações que lutam pela
aquisição, manutenção e exercício do poder.
A perspectiva sociológica do Estado destaca um facto social e que está no centro dos factos
sociais.
Regime político é um conceito que diz respeito aos métodos com que o poder é exercido, a
forma de dominação do Estado e o modo como este manifesta a sua força.
O conceito de forma de governo refere-se à forma como se organiza a selecção dos poderes,
a sua repartição e modo de relação no plano jurídico.
Para Jorge Miranda, forma de governo “é a forma de uma comunidade organizar o seu
poder, o seu governo ou estabelecer a diferenciação entre governantes e governados.
Encontra-se a partir da resposta a 4 problemas fundamentais: o da legitimidade, o da
participação dos cidadãos (representação política), o do pluralismo ou da liberdade política e
o da unidade ou divisão do poder”.
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Introdução à Ciência Política
gabinete de ministros, escolhidos entre os membros do partido ou da coligação que conquista
a maioria no Parlamento.
Nação, tem carácter tipicamente sociológico. Não se confunde com Estado, já que este
envolve um conceito eminentemente jurídico.
Em sentido restrito, a noção de sistema eleitoral respeita aos métodos de conversão de votos
em mandatos.
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Introdução à Ciência Política
Região – “pessoa colectiva pública de população e território cujos orgãos são legitimados
pelo sufrágio universal, cujo âmbito territorial corresponde ao maior espaço de exercício de
poder abaixo do estado-administração central e cujos poderes e meios financeiros não
resultam essencialmente de um poder de auto-organização, mas sim de normas e deliberações
emanadas dos orgãos de soberania”.
Regiões políticas – têm poderes legislativos e uma identidade forte subjacente (natureza
próxima de nacionalidades).
São os estados de maior dimensão a terem a última palavra quanto “ao exercício do poder
internacional, quer se trate da paz ou da guerra, das relações com os indivíduos, do
acolhimento aos investimentos estrangeiros ou das relações diplomáticas”.
Entende-se por regime político os métodos com que o poder político é exercido, a forma de
dominação do Estado e o modo como este manifesta a sua força.
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Introdução à Ciência Política
“modelo de Westminster” designa os 3 orgãos legislativos: a Câmara dos Comuns, a
Câmara dos Lordes e a Coroa.
Por direitos fundamentais entende-se direitos vigentes numa ordem jurídica concreta.
Os direitos fundamentais podem ser considerados como direitos dos cidadãos face ao
Estado e ao poder público limitando e condicionando a acção destes.
Em sentido amplo, a noção de sistema eleitoral tem em vista todas as normas jurídicas que
regulam a eleição de representantes do povo.
Sistemas eleitorais maioritários – é eleito o candidato com maior número de votos (ex:
presidente da república, é um orgão uninominal e necessita de maioria absoluta.
Todos os grupos de pressão são grupos de interesse mas nem todos os grupos de interesse
são grupos de pressão.
Para João Bettencourt da Câmara, elites “são grupos ou agregados sociais que, por
deterem o poder e/ou autoridade, exercem influência criando, conservando, modificando ou
extinguindo condutas sociais relevantes e/ou alterando as suas posições relativas no sistema
de poder em que participam”.
Guy Roche diz que a elite “compreende as pessoas e os grupos que, graças ao poder que
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Introdução à Ciência Política
detêm ou à influência que exercem, contribuem para a acção histórica de uma colectividade
seja pelas decisões tomadas, seja pelos ideais, sentimentos ou emoções que exprimem ou
simbolizam”.
A ideia de elite tem a ver com a superioridade dentro de um determinado grupo, um critério
defendido por Pareto, para quem a elite define-se pelo poder/autoridade e a influência que
daí resulta.
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