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CONCEITOS BÁSICOS - retirados do Livro de Antropologia Geral – Prof. Armindo dos Santos
(Páginas 17 a 88)
A noção de grupo primário é alusiva a grupos que se baseiam na associação e colaboração íntiima
de homem a homem.
Os grupos elementares sendo considerados elementos fundamentais dos sistemas sociais, consistem
num grupo organizado c/base na existência de relações c/carácter relativamente permanente.
P/que um grupo se possa definir como grupo social, é necessário que se organize na base da
existência de relações c/carácter relativamente permanente.
Os princípios fundamentais que regulam a vida social nas sociedades classicamente estudadas pela
antropologia são o parentesco, o sexo e a idade.
O sexo é um dos princípios fundamentais que regula a vida social na medida em que não divide
unicamente a sociedade em dois grupos no domínio da procriação, nomeadamente, nos cuidados
c/as crianças e tarefas domésticas.
É aceitável definir sociedade como um conjunto de indivíduos de ambos os sexos e idades variadas,
interagindo e submetidos a um mesmo tipo de civilização (cultura).
A tendência actual é a de considerar a etnologia uma etapa de estudo que não pretende a
universalidade ou emitir leis gerais.
Podemos definir o julgamento de carácter etnocêntrico como uma forma de pensar os outros
segundo as nossas normas.
P/Franz Boas é necessário renunciar a fazer História no estudo das culturas do presente e
privilegiar uma análise sincrónica das relações entre os seus respectivos elementos.
O projecto antropológico, não pode corresponder ao exclusivo conhecimento dos outros mas
igualmente ao conhecimento de si.
Não podemos considerar Portugal, como outros países em condições semelhantes, um repositório
de tradições imutáveis.
A anomia traduz-se pela ruptura da solidariedade entre indivíduos e conduz à ausência de laços
inter-individuais, por falta de regras de comportamento social, reconhecíveis e aceites por todos.
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noção de uma continuidade histórica linear.
A questão da História não se põe do mesmo modo nas sociedades c/ escrita e nas sociedades sem
escrita.
O método histórico regressivo (que vai das consequências aos princípios) foi defendido por Marc
Bloch.
P/o antropólogo no terreno a oralidade, como expressão da memória colectiva, revela uma forma
de comunicação cuja função é idêntica à da escrita.
O Minho, o Yorkshire ou o Texas são tão etnológicos como qualquer sociedade africana, sul-
americana, etc.
No trabalho de campo a observação directa dos factos permite relativizar as informações fornecidas
pelos informantes.
O tempo sincrónico corresponde a um tempo mais ou menos efémero, segundo as sociedades mas,
cujo momento, o antropólogo não pode, metodologicamente, dispensar, p/dar conta do
funcionamento (ou disfuncionamento) social. Esta variabilidade temporal deve-se ao movimento
histórico contínuo das sociedades.
A antropologia tendo como objecto final a compreensão do homem social e cultural na sua
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complexidade e variabilidade universal considera que a interdisciplinaridade é metodologicamente
desejável como passo de convergência científica.
A fase etnográfica dos estudos antropológicos passa, necessariamente, pela observação no terreno.
Marcel Mauss considera que o “facto social total” corresponde a um sistema social cujos elementos
estão interligados por determinados tipos de relações.
O antropólogo procura atingir a compreensão das totalidades sociais pelo que a sua atitude se deve
caracterizar pela apreciação meticulosamente e isolada dos elementos a considerar reintroduzindo-
os no seu contexto social p/a compreensão da totalidade.
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interagindo e submetidos a um mesmo tipo de cultura.
Actualmente a tendência é p/considerar a etnologia como uma etapa de estudo que tem por
objectivo a compreensão de totalidades sociais singulares.
O conceito de “facto social total” elaborado por Marcel Mauss corresponde a um sistema social
cujos elementos estão interligados por determinados tipos de relações.
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informações fornecidas pelos informantes.
Um plano de exposição corresponde ao resumo dos temas tratados no estudo, correspondente aos
resultados de uma investigação.
No âmbito das distinções nacionais, a etnologia é para os britânicos o estudo dos povos ou grupos
étnicos no sentido da comparação e da classificação cultural.
No caso de querer elaborar uma monografia sobre a globalidade de uma determinada sociedade, é
corrente partir-se p/o terreno sem grandes à priori, emergindo interrogações mais profundas,
posteriormente.
Em França, o termo etnologia corresponde a uma etapa de estudo que visa, no imediato, o estudo
dos particularismos monográficos ou temáticos.
Tomando Portgal como exemplo, as comunidades aldeãs podem ser interpretadas como ssistemas
sociais dotados de sub-sistemas próprios inter-relacionando-se no seio de um super-sistema
englobante do país.
O método etno-histórico corresponde à aplicação das regras da crítica histórica em elementos ainda
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vivos na memória dos indivíduos.
O debate sobre o inato e o adquirido assim como a sua contínua interacção tem sido um contributo
principal da Antropologia Biológica.
O conjunto de temas tratados na obra correspondente aos resultados de uma investigação alude ao
plano de exposição.
P/Lévi-Strauss a linguagem na sua relação c/a cultura corresponde a um dos aspectos, uma
produção e uma condição da cultura.
Guy Rocher define sociedade como “a multiplicidade das interacções de sujeitos humanos que
compõem o tecido fundamental e elementar da sociedade, conferindo-lhe experiência e vida”.
Por grupo primário entende-se o conjunto de indivíduos que se caracteriza pela associação e
colaboração íntima e sentimento de totalidade descrita pelo uso de “nós”.
Segundo Mendras, uma aldeia ou comunidade ou colectividade de aldeias podem ser interpretadas
como sub-sistemas sociais dotaddos de sistemas próprios inter-relacionando-se no seio de um
super-sistema englobante, o páis.