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SSALTO arte de atuar existe entre os humanos desde tempos primitivos, quando acreditávamos que danças e encenações poderiam nos trazer
benefícios como uma boa colheita, chuva ou até mesmo a cura de doenças.
Por Kaio Miotti A forma de fazer teatro como conhecemos hoje se iniciou na Grécia Antiga, durante as festividades em homenagem à Dionísio, deus do
vinho, do lazer e do prazer. O que começou como um ritual primitivo de homenagem com dança, música e encenações, foi se
Um assassinato. Um assassinato. Foi o ouro. Um altar na calçada. Uma santa. desenvolvendo a cada festa e assim foram se criando hierarquias, regras e formas de expressões até se chegar ao modelo atual.
que disseram sobre o corpo estendido na Nua. No Brasil o teatro chegou junto com a necessidade dos jesuítas de catequizar os indígenas locais. Já que não falavam a mesma língua,
calçada. Caíra do oitavo andar. Estilhaços “Foi injusto! Foi injusto! Foi injusto, meu nada melhor do que atuar as histórias cristãs para converter os nativos.
de vidro e ferro decoravam o corpo lavado amor!” – da janela quebrada do edifício, A evolução do teatro, como a de todas as outras formas de arte, não tem mistério. Cada vez mais especializados, os artistas do teatro se
de sangue. A nuca arrebentada no chão, um homem chora aos berros, embrenharam nas mais diversas linguagens, formatos, filosofias e conceitos. O teatro contemporâneo permite as mais variadas formas de se
tornou vermelho os seus cabelos, que desesperadamente, apoiado em forma colocar o público em contato com a emoção da história contada pelos atores e toda a trupe.
ainda sustentavam nas pontas o amarelo de cruz – “Multidão nenhuma estava E motivado pelos vários eventos teatrais que Umuarama sediará nas próximas duas semanas, fizemos esta página especial sobre teatro.
brilhante de outrora. Ainda olhava fixa pra entre nós! Você é minha! Só minha!” Não perca a chance de participar dos eventos. Vamos ao teatro!
janela de onde caíra, como se tivesse “a tua carne ainda cheira no meu
deixado algo lá, como se tivesse esperança
de voltar àquele apartamento.
corpo!” – deu o último grito, como um
suspiro. Teatro
Umuaramense
Os curiosos, Nada mais que
famílias inteiras, isso. O meu
Faz Bonito
debruçavam-se papel já estava
sobre o fim cumprido. Um
daquela moça. jornalista de
Ainda não haviam quinta, num
bombeiros ou jornal de sexta, Há dois anos despertando atores na cidade
polícia mas, uma tudo bem. Mas de Umuarama, o grupo teatral
pequena multidão não seria capaz “Identidade” fez bonito mais uma vez:
abarcava o de tanta Conquistou um prêmio especial no 23º Festival
desfecho da covardia. Fazer de Teatro de Cascavel. “Fomos apenas
m e n i n a . palco da como convidados para encerrar o festival,
Murmuravam. tragédia, da mas a apresentação foi tão boa, que os
Especulavam. “era amante?” “foi traída?” infelicidade, do ódio, do desprezo... organizadores nos deram o prêmio de
“suicidou-se” “não, assassinato, disseram, Querida Ruthi, já não via seu encanto Pesquisa de Linguagem Popular!” - disse
assassinato.” “nossa.” “terrível.” E uma há muito tempo. Desde aqueles poucos Ana Maria Valério, professora de teatro
onda de pragas - como um enxame de dias... a felicidade pouca que tivemos coordenadora do grupo. Grupo Identidade, de Umuarama, Paraná
abelhas, mas não de abelhas, de bocas, na paixão e nos jogos, na tua cama e Não poderia ser diferente, neste dia 12 de
bocas cheias de dente, lotadas de língua nos meus caprichos pra você. Que agosto (terça-feira) pude conferir, no Centro carioca Jony. Mas o caldo engrossa quando Interessou? Mantenha-se ligado na agenda
– profanavam o silêncio santo do coração liberdade não curtimos, sozinhos Cultural Schubert, a peça premiada em o mineirin-matuto Chico, seu amigo de infância, do Cultura & Arte para conferir a próxima
daquela mulher. A pobre, singela, comungando gritos, paixão sem redes Cascavel: “A Joaninha”, com o texto de Ana aparece para declarar o seu amor. O ritmo apresentação do “Grupo Identidade”. Só
impotente na brancura de sua pele. Alva, ou valas. Dez ou doze anos não me Maria Valério e Carla Donadoni – também dos diálogos, a presença de palco dos atores assistir a peça não basta? Então entre em
tão bela que banhava-se apenas à luz da fizeram te esquecer. Doze anos, e você atrizes do grupo. É um espetáculo infantil de e da banda que sonoriza o espetáculo, mantém contado com a Fundação Cultural de
lua. Contornada quase por inteira por um aqui, assim. Se eu tivesse ligado, ou não rua, adaptável a qualquer local, com duração adultos e crianças apreensivos pelo próximo Umuarama, participe das oficinas e ensaios
véu vermelho de morte. Exposta sobre o sei... ficado, talvez. de 35 minutos muito bem utilizados. evento mirabolante da peça. E é assim que do grupo, todas as Terças e Quintas das 16h
mosaico da calçada, à meia luz de mercúrio. O telefone toca: “PEREIRA, ASSALTO Joaninha, rica solteirona feiosa, filha da minuto após minuto essa comedia-romântica às 18h. Quem sabe você esteja junto para o
Cintilante, uma dobradura laminada de NA 15, ASSALTO NA 15, COBRE LÁ!” mulher barbada com um rico fazendeiro (mais comedia do que romântica) se desenrola próximo prêmio!
espanhol, na tentativa de encontrar o amor com reviravoltas e cantoria, para que no final Os telefones da Fundação Cultural de
de sua vida, se coloca numa enrascada ao reste a cada espectador um belo e sincero Umuarama são: 3621-4112 (ramal 151) ou
A crônica desta semana fica à cargo de Kaio Miotti Ribeiro, jovem escritor da minha
se interessar pelo malandro-emo-pagodeiro- sorriso de satisfação. 3906-1120.
cidade natal - Cruzeiro do Oeste e leitor do Cultura & Arte. Kaio também publica
Agenda culturaearte.ilustrado@gmail.com Ibiúna, com 700 estudantes presos, inclusive compostas especialmente para o
Umuarama, de 17 à 23 de agosto de 2008 José Dirceu, José Mentor e o próprio José de espetáculo dão o clima certo em cada cena.
Abreu), o uso indiscriminado de drogas em A peça foi escrita por Angel Palomero e
Arembepe (na Bahia) e na Europa – Walter Daguerre a partir de improvisações
Oficina de Teatro com o ator Paulo principalmente em Londres e Amsterdã - no do ator, o que resultou em um texto que
MÚSICA início dos anos 70, a orientalização filosófica até o governo atual, passeando pelas vivências mistura a realidade com fatos ficcionais,
21, Ton [MPB, Bossa Nova], 22h - 24h, Braz, 10h, local a confirmar, entrada franca.
substituindo o marxismo – a macrobiótica, a políticas, afetivas e estéticas dessa geração. criando uma comédia popular e que, além
Tio Salim. 22, João Costa e Renato 23, Hangar 14 (com Paulo Braz), 20h, yoga, meditação -, à volta dos exilados políticos, A forma de interpretação e interação de levar arte e cultura para o público, o fará
[Sertanejo - Vários], 21h - 24h30, Teatro da Unipar, entrada franca com a formação dos partidos de esquerda, chegando entre os personagens da peça é um rir e se emocionar com as estórias do Zé.
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Variado] + Dj Flúvio Mais informações: 3621-2828.
(residente)[Eletrônica], 23h, By Night. 23,
João Costa e Renato [Sertanejo - Vários],
21h - 24h30, Choppatinhas; Mariachis
CINEMA
17 a 21, Kung Fu Panda [Animação,
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(Maringá-PR)[Pop Variado] + Dj Flúvio
(residente)[Eletrônica], 23h, By Night.
92min],19h; Batman – O Cavaleiro das
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Abreu)[Comédia], 20h30, Centro Cultural Dança, Poesia], 20h, Centro Cultural contado pelo e-mail: culturaearte.ilustrado@gmail.com
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