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Universidade Anhanguera-Uniderp Rede de Ensino Luiz Flavio Gomes - REDE LFG Curso de Pos-Graduacao Lato Sensu TeleVirtual em DIREITO CONSTITUCIONAL Disciplina Poderes do Estado: Poder Legislativo e Poder Executivo Aula 4 MOMENTO DA JURISPRUDENCIA JURISPRUDENCIA SELECIONADA “Comissio Parlamentar de Inquérito. Interceptagdo telefénica. Sigilo judicial. Segredo de justia, Quebra, Impossibilidade juridica. Requisig0 de cépias das ordens judiciais e dos mandados. Liminar concedida. Admissibilidade de submissio da liminar ao Plenario, pelo Relator, para referendo, Precedentes (MS 24.832-MC, MS 26.307-MS ¢ MS 26.900-MC). Voto vencido, Pode o Relator de mandado de seguranca submeter ao Plendrio, para efeito de referendo, a liminar que haja deferido, Comissio Parlamentar de Inquérito - CPI. Prova, Interceptago telefénica. Decisio judicial. Sigilo judicial. Segredo de justica, Quebra Requisi¢ao, 4s operadoras, de cdpias das ordens judiciais e dos mandados de interceptagio. Inadmissibilidade. Poder que no tem carater instrutério ou de investigacio. Competéncia exclusiva do juizo que ordenou o sigilo. Aparéncia de ofensa a direito liquido e certo. Liminar concedida e referendada. Voto vencido. Inteligéncia dos arts. 5°, X e LX, e 58, § 3°, da CF, art, 325 do CP, e art. 10, c/c art. 1° da Lei federal 9.296/1996. CPI no tem poder juridico de, mediante requisigS0, a operadoras de telefonia, de cépias de decisio nem de mandado judicial de interceptacio telefénica, quebrar sigilo imposto a processo sujeito a segredo de justica, Este 6 oponivel a CPI, representando expressiva limitago aos seus poderes constitucionais." (MS 27.483-REF-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-8-2008, Plenario, DJE de 10-10-2008.) “Quarta preliminar, Prova emprestada. Caso ‘Banestado’. Autorizago de compartilhamento tanto pela Comissio Parlamentar Mista de Inquérito como pelo Supremo Tribunal Federal. Legalidade. Quinta preliminar. Ampliag3o do objeto de investigagio de comissio parlamentar de Inquérito no curso dos trabathos. Possibilidade. Precedentes. Sexta preliminar. Quebra de sigilo pela CPM, Fundamento exclusivo em matéria jornalistica. Alegacio inconsistente. Posterior autorizagio para quebra também pelo Relator, no ambito do inquérito e das agdes cautelares incidentais, Sétima preliminar. Dados de empréstimo fornecidos pelo Banco Central. Pedido direto do Ministério Publico. Ilegalidade. Auséncia, Requisicao feita pela CPMI dos Correios. Posterior autorizacio de compartilhamento com o Ministério Publico para instruc3o do inquérito. Legalidade. (...) Oitava preliminar, Dados fornecidos ao Ministério Publico pelo banco BMG. Existéncia de decisio judicial de quebra de sigilo proferida pelo Presidente do STF e, posteriormente, de modo mais amplo, pelo Relator do inquérito. Auséncia de ilegalidade.” (Inq 2.245, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 28-8-2007, Plenario, DJ de 9-11-2007.) "Nao aparentam caracterizar abuso de exposig#o da imagem pessoal na midia, a transmisséo e a gravacio de sessio em que se toma depoimento de indiciado, em Comissao Parlamentar de Inquérito." (MS 24.832-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 18-3-2004, Plendrio, DJ de 18-8-2006.) A prerrogativa institucional de investigar, deferida ao Parlamento (especialmente aos grupos minoritérios que atuam no ambito dos corpos legislativos), no pode ser comprometida pelo bloco majoritario existente no Congresso Nacional, que nao dispée de qualquer parcela de poder para deslocar, para o Plendrio das Casas legislativas, a decisio final sobre a efetiva criagio de determinada CPI, sob pena de frustrar e nulificar, de modo inaceitavel e arbitrario, 0 exercicio, pelo Legislative (e pelas minorias que o integram), do poder constitucional de fiscalizar e de investigar 0 comportamento dos drgéos, agentes e instituigdes do Estado, notadamente daqueles que se estruturam na esfera orgénica do Poder Executivo, A rejeic¢ao de ato de criagio de CPI, pelo Plenario da Camara dos Deputados, ainda que por expressiva votago majoritaria, proferida em sede de recurso interposto por Lider de partido politico que compée a maioria congressual, nio tem o condao de justificar a frustragao do direito de investigar que a prdpria Constituigo da Republica outorga as minorias que atuam nas Casas do Congresso Nacional.” (MS 26.441, Rel. Min, Celso de Mello, julgamento em 25-4-2007, Plenario, DJE de 18-12-2009.) Vide: MS 24.831, Rel. Min, Celso de Mello, julgamento em 22-6-2005, Plenario, DJ de 4-8-2006 “Comisséo Parlamentar de Inquérito: conforme o . <5B>, 5 3°, da Constituigo, as comissdes parlamentares de inquérito detém o poder instrutorio das autoridades judiciais - ¢ no maior que o dessas - de modo que a elas se poderdo opor os mesmos limites formais e substanciais oponiveis aos juizes, dentre os quais os derivados de direitos e garantias constitucionais." (HC 80.240, Rel. Min, Septilveda Pertence, julgamento em 20-6-2001, Plenario, DJ de 14-10-2005.) "A quebra do sigilo inerente aos registros bancarios, fiscais e telefdnicos, por traduzir medida de carater excepcional, revela-se incompativel com 0 ordenamento constitucional, quando fundada em deliberagdes emanadas de Comisséo Parlamentar de Inquérito cujo suporte decisério apdia-se em formulages genéricas, destituidas da necessaria e especifica indicag3o de causa provavel, que se qualifica como pressuposto legitimador da ruptura, por parte do Estado, da esfera de intimidade a todos garantida pela Constituigio da Republica, Precedentes, Doutrina. 0 controle jurisdicional de abusos praticados por CPI no ofende o principio da separacio de poderes. 0 Supremo Tribunal Federal, quando intervém para assegurar_as franquias constitucionais e para garantir a integridade e a supremacia da Constituigo, neutralizando, desse modo, abusos cometidos por CPI, desempenha, de maneira plenamente legitima, as atribuigdes que the conferiu a prdpria Carta da Republica. O regular exercicio da fung3o jurisdicional, nesse contexto, porque vocacionado a fazer prevalecer a autoridade da Constituic#0, no transgride o principio da separagao de poderes. Doutrina, Precedentes." (MS 25.668, Rel, Min. Celso de Mello, julgamento em 23-3-2006, Plenario, DJ "cio direta de inconstitucionalidade. Arts. 34, § 1°, e 170, |, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Séo Paulo. Comissio Parlamentar de Inquérito. Criagéo. Deliberago do Plenério da Assembleia Legislativa. Requisito que nao encontra respaldo no texto da Constituigao do Brasil. Simetria. Observancia compulsdria pelos Estados-membros. Violagao do . <58>, § 3°, da Constituicfo do Brasil. A Constitui¢o do Brasil assegura a um tergo dos membros da Cémara dos Deputados e a um terco dos membros do Senado Federal a criagao da CPI, deixando porém ao prdprio parlamento o seu destino, A garantia assegurada a um terco dos membros da Camara ou do Senado estende-se aos membros das Assembleias Legislativas estaduais - garantia das minorias. 0 modelo federal de criagio e instaurag3o das comissées parlamentares de inquérito constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais. A garantia da instalagao da CPI independe de deliberacio plendria, seja da Camara, do Senado ou da Assembleia Legislativa. Precedentes, Nio ha razio para a submissio do requerimento de constituigo de CPI a qualquer drgio da Assembleia Legislativa. Os requisitos indispensaveis a criagao das comissdes parlamentares de inquérito esto dispostos, estritamente, no , da CB/1988. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucionais o trecho ‘sé sera submetido a discusséo e votag3o decorridas 24 horas de sua apresentago, e’, constante do § 1° do art. 34, € 0 inciso | do art. 170, ambos da Consolidagio do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Séo Paulo." (ADI 3.619, Rel. Min, Eros Grau, julgamento em 1-8-2006, Plenario, DJ de 20-4-2007.) “AeGo civel originéria. Mandado de seguranca, Quebra de sigilo de dados bancérios determinada por CPI de Assembleia Legislativa, Recusa de seu cumprimento pelo Banco Central do Brasil. LC 105/2001, Potencial conflito federativo (cf.ACO 730-Q0). Federacio. Inteligéncia. Observancia obrigatoria, pelos Estados-membros, de aspectos fundamentais decorrentes do principio da separacso de poderes previsto na CF de 1988. Fungo fiscalizadora exercida pelo Poder Legislativo. Mecanismo essencial do sistema de checks-and- counterchecks adotado pela CF de 1988. Vedacio da utilizacio desse mecanismo de controle pelos drgios legislativos dos Estados-membros. Impossibilidade. Violagio do equilibrio federativo e da separacio de Poderes. Poderes de CPI estadual: ainda que seja omissa a LC 105/2001, podem essas comissées estaduais requerer quebra de sigilo de dados bancérios, com base no . <58>, § 3°, da Constituicao.” (ACO 730, Rel. Min, Joaquim Barbosa, julgamento em 22-9-2004, Plenario, DJ de 11-11-2005.)

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