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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ROCHA PEIXOTO

TOMADA DE POSIÇÃO
Os professores abaixo-assinados, a exercer a sua actividade profissional na Escola
Secundária de Rocha Peixoto, considerando que:
· A nova versão do modelo de avaliação do Ministério da Educação, sob a capa de um
pretenso processo de simplificação, mantém no essencial o que de mais negativo o
caracteriza desde o início;
· O objectivo da publicação desta nova versão é, tão só, fazer desvanecer a justa
indignação e oposição de toda a classe docente, de modo a tentar rodear o
obstáculo e voltar ao ataque quando encontrar as defesas baixas, já que é bem
claro no novo diploma que o seu horizonte temporal termina no final do ano civil
de 2009, correndo a classe docente o risco de lhe ver ser servida a versão
inicial, novamente, em 2010;
· É significativo sinal desta manobra traiçoeira o facto deste novo diploma deixar
bem claro que os resultados escolares e as taxas de abandono escolar só não serão
critérios a utilizar na avaliação do desempenho docente durante o ano de 2009;
· A teimosia cega do Ministério da Educação em manter o essencial deste modelo tem
objectivos económicos bem definidos que nada têm a ver com a definição de uma
justa avaliação do desempenho docente, visto que em menos de um ano se passa de um
modelo burocraticamente minucioso para uma versão com contornos visivelmente
laxistas;
· Uma das provas mais evidentes desse laxismo e de que os objectivos essenciais
destas medidas não são uma séria avaliação do desempenho é a facultada dispensa da
avaliação das componentes científica e pedagógica que não é considerada relevante
para a atribuição da menção de Bom, podendo, por absurdo, à sombra desta versão do
modelo, um professor avaliado nestas componentes ter uma avaliação inferior ao
professor que dispensou esta avaliação;
· Uma outra prova de evidência do laxismo e da falta de coerência e rigor do
Ministério da Educação é evidenciada pela contradição gritante entre o
encorajamento da expansão dos cursos profissionais em todas as escolas públicas
como forma de dignificar as formações qualificantes de grau intermédio e a
dispensa de avaliação, nesta versão, dos professores contratados que leccionam
disciplinas de áreas profissionais, tecnológicas, vocacionais ou artísticas;
· As provas de laxismo são acompanhadas também de ilusionismo verbal pouco sério,
pois quando o Ministério da Educação fala da dispensa de avaliação de todos os
docentes que reúnam condições para a aposentação até ao final do ano escolar de
2010-2011 está a vender “um saco cheio de nada”, visto que, tendo a avaliação
efeito apenas passados dois anos, estes professores, mesmo avaliados, nunca iriam
sentir os efeitos dessa avaliação;
· A implementação da nova versão vai continuar a ocupar horas e horas de trabalho
de todos os professores envolvidos, com evidente prejuízo no tempo que devia ser
destinado às componentes científica, didáctica e pedagógica e à coordenação e
planificação de actividades tendo em vista o processo de aprendizagem dos alunos,
o desenvolvimento de actividades de complemento e extra-curriculares, o
desenvolvimento de projectos, os apoios educativos necessários, etc.;
· A aplicação da nova versão se continua a basear numa divisão artificial e
desprovida de qualquer lógica e justiça profissional da carreira docente entre
“professores” e “professores titulares”, potencialmente geradora de conflitos e
injustiças, pois avaliadores e avaliados se encontram igualmente envolvidos no
mesmo processo de progressão na carreira;
· A divisão artificial anteriormente referida vai ter reflexos negativos no
desenvolvimento do trabalho em equipa e nas relações de partilha e cooperação, com
reflexos imediatos no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e no
desenvolvimento das actividades relevantes para o Projecto Educativo de Escola;
· A definição de objectivos individuais no contexto do modelo que se pretende
implementar é contraditória com a persecução dos objectivos definidos no Projecto
Educativo de Escola;
· A nova versão do modelo de avaliação do desempenho entrega a avaliação dos
presidentes dos conselhos executivos nas mãos dos directores regionais de
educação, como forma capciosa de tentar controlar toda a classe, através da
pressão exercida sobre os órgãos de gestão das escolas, mais uma vez mandando às
malvas os princípios democráticos e de autonomia e fazendo lembrar métodos
utilizados há algumas décadas atrás;
· Continua a haver completa disponibilidade para estudar e discutir um novo modelo
de avaliação de desempenho sério e credível.
Decidem:
Manter a suspensão de todo o tipo de actividades que tenham a ver com a
implementação do modelo regulado pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008 de 10 de
Janeiro e pela nova versão simplificada regulada pelo Decreto Regulamentar nº 1-
A/2009 de 5 de Janeiro

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