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LIBERTAR A DIGNIDADE, ZELAR PELA QUALIDADE

Manifesto dos Professores da Escola Carlos Amarante (Braga)


A Escola Secundária Carlos Amarante é uma das escolas de Braga com tradição de
qualidade e todos os que nela hoje trabalham têm como objectivo manter e melhorar
essa imagem de qualidade, para que não seja apenas uma saudade de tempos já
passados.
Os sucessivos rankings das escolas, baseados nos exames nacionais, provam que esta
instituição continua a ser uma escola de excelência a nível concelhio e distrital
e uma referência nacional entre aquelas que não estão sedeadas nos distritos de
Lisboa, Porto e Coimbra.
Além do sucesso nos exames nacionais e na taxa de colocação nas Universidades, é
uma honra ver premiado o esforço dos alunos em concursos escolares nacionais e
internacionais da Física, da Matemática e do Português.
Outros factores comprovam a qualidade do ensino e da aprendizagem na nossa Escola:
formação contínua e pós‐graduada credíveis, projectos inovadores nas áreas das
tecnologias educativas, intercâmbios internacionais de reconhecida qualidade,
prémios atribuídos a trabalhos de professores, títulos dos atletas do Desporto
Escolar.
Por último, mas não menos importante, a Escola Secundária Carlos Amarante tem
feito tudo isto sem trair a sua vocação de escola pública: acolhe alunos de todas
as condições e consegue ainda ser uma escola de referência na educação de alunos
portadores de deficiência auditiva e visual, abraçar decididamente o desafio do
ensino profissional e apostar na educação e formação de adultos.
Um corpo docente estável, uma equipa directora colaborante, a dedicação e
cooperação de professores, alunos e funcionários são a chave deste sucesso: há a
preocupação em cumprir com zelo as tarefas escolares mas também de formar os
alunos, de preencher e alargar as suas expectativas e de lhes dar as condições
para que se sintam bem na escola e na sociedade.
Herdeiros e co‐autores deste património agradável aos alunos e às suas famílias,
os professores desta instituição consideram importante a sua avaliação. Contudo
também não deixam que o espírito do saber autêntico e do humanismo libertador ou a
sua dignidade pessoal e profissional sejam reféns do autoritarismo político ou do
calculismo individualista.
Simplificar a avaliação não foi um progresso, só tornou menos visível a
mediocridade essencial de um modelo transformado em Lei:
1.
Cria procedimentos sem rigor, competência, imparcialidade ou equidade;
2.
Ameaça tornar conflituoso o clima na escola, em vez de estimular a cooperação
entre professores para se criar uma escola mais estimulante;
3.
Rouba tempo precioso para o que é essencial: ensinar e aprender;
4.
Não resulta, na prática, em melhorias do ensino, das aprendizagens ou da formação
da maioria dos professores;
5.
É um modelo incoerente: promove a mediania e é incapaz de distinguir bons e fracos
desempenhos;
6.
É um modelo preconceituoso e pessimista tendo o professor como alguém negligente,
que só muda se tiver prémios ou castigos.
A tradição, o presente e o futuro da Escola Secundária Carlos Amarante nascem de
um realismo com ideais e alimentam‐se de objectivos pessoais e colectivos
incompatíveis com este modelo de avaliação medíocre, pois ele confunde ensinar e
aprender com embelezar estatísticas, reduz educar a fabricar mão‐de‐obra, resume
tudo à actuação individual do professor, ignorando que, desta forma, sacrifica o
bem maior dos alunos e das alunas e o futuro técnico e cultural do país a
critérios economicistas e/ou ao egoísmo político.
No absoluto respeito pela liberdade de decisão de todos os colegas, solidários com
o trabalho sério das outras escolas e sabendo da eventual perda de vantagens
pessoais a curto prazo, é por imperativo de consciência que recusam submeter os
seus objectivos a este modelo. Seria uma aceitação implícita de um Estatuto da
Carreira Docente e de um Modelo de Avaliação de Desempenho iníquos, contra os
quais têm lutado e continuarão a lutar.
Os professores da Escola Secundária Carlos Amarante renovam total disponibilidade
para colaborar institucionalmente na construção de um modelo verdadeiramente
alternativo que seja fiável, justo, imparcial, coerente e promotor das mudanças
necessárias para consolidar e melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.

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