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FALSUM COMMITTIT, QUI VERUM TACET

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escrivinhação n. 741
EDUCAÇÃO PARA UMA VIDA SEM SENTIDO
Redigido em 17 de janeiro de 2009, dia de Santo Antão.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"A ignorância é a noite da mente: mas


uma noite sem lua e sem estrelas".
(Confúcio)

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No correr de nossa existência há sempre uma

gama de possibilidades que se apresentam a nossa vista.

Algumas vezes, essas possibilidades se apresentam a nós de

maneira explícita, outras vezes nem tanto. E mesmo quando

essas possibilidades se apresentam de modo claro para o

nosso horizonte, elas, por sua deixa, não possuem apenas um

nível de entendimento. Por essa razão, que na maioria dos

casos acabamos por inverter o significado destes caminhos

em nosso parco entendimento sobre a vida humana e, em

especial, sobre a nossa própria vida, sobre nós mesmos.

Cabe destacar, neste ínterim, que a vida humana

é sempre uma condenação a escolhas sobre o rumo que iremos

adotar para nossos passos e, tais escolhas,

inevitavelmente, já tem implícito as conseqüências que irão

advir delas. Ou seja, isso não quer dizer que se nós

fizermos determinadas opções em nossa vida poderá acontecer

isso ou aquilo conosco, mas sim, que se fizermos

determinadas escolhas será inevitável que determinadas


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conseqüências recaiam sobre nossos ombros. As

possibilidades de escolhas são relativas, porém, o

movimento que advém delas e a realidade, não o são.

As escolhas são similares a queda de uma pedra

do alto do pico de uma montanha gelada. Depois de iniciado

o movimento da queda, não temos como retornar a situação

anterior e tudo o que fizermos no transcurso da queda da

pedra para evitar o seu desfecho será apenas um acidente

diante do propósito inicial que foi desencadeado pela queda

da rocha. Tal qual as escolhas axiológicas que fazemos, dos

valores que irão fundamentar e dar sentido aos dias de

nossa vida.

Ora, dificilmente uma pessoa que valoriza

unicamente a satisfação de seus desejos carnais e

materiais, uma pessoa hedonista, compreenderá questões de

ordem sociológica, ética, e muitíssimo menos de ordem

metafísica, visto que, o valor que dá sentido para a sua

existência não permite que sua capacidade de entendimento

abarque a magnitude das questões que lhe seriam

apresentadas. Seria o mesmo que você tentasse colocar um

litro de água límpida (metafísica) em um copo sujo de

duzentos mililitros (pessoa hedonista).

Cingindo nossas ponderações por este viés,

reflitamos, mesmo que brevemente, sobre o nosso sistema

educacional, sobre as bases que nós escolhemos para dar


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sustentação ao nosso modo de educar instituído socialmente

em nossa sociedade e sobre os valores que dão sustentação

para a escolha que foi eleita pela sociedade.

Isso mesmo, todo projeto educacional implica,

necessariamente, em uma (in)compreensão da natureza humana

e, conseqüentemente, na manutenção, ou na melhoria ou em

uma transformação destas natureza (intenção diabólica,

diga-se de passagem), dependendo das escolhas que são

feitas pela sociedade que servirá de sustentáculo para este

ou aquele sistema educacional.

Estas escolhas poderão servir para dar

sustentação ao indivíduo para compreender e agir na

realidade ou para que este se torne um objeto inerme na mão

daqueles que desejam transmutar a realidade em algo que

seja a sua imagem e semelhança no vil intuito de tornar a

vida em algo hipoteticamente melhor.

Por isso, pergunto ao amigo se você já ponderou

sobre os valores que dão forma ao nosso sistema

educacional. Você já reparou que todo o nosso sistema

educacional é baseado em ideologias materialistas e que, a

todo momento, se nega um elemento basilar da natureza

humana que é a sua transcendência? Você já reparou que

todas as ideologias e demais fantasmagorias políticas são

tratadas como algo real em si sem a menor análise (o

marxismo e o evolucionismo, especialmente) e que a


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transcendência da alma humana é colocada a um reles quesito

de opção pessoal? Você já parou para pensar nisso? Aliás,

meu caro, você já parou para refletir sobre as

conseqüências desta escolha?

Então vejamos: recentemente alardeou-se que uma

das grandes descobertas do Projeto Genoma é que, em termos

genéticos, a diferença que haveria entre nós e um chipanzé

são de apenas 1%. A partir desta constatação, boa parte das

pessoas deseja explicar o que é o ser humano e porque somos

assim ou assado através de nossas determinantes genéticas.

Mas, espere aí, vamos refletir um pouquinho.

Se, em termos genéticos, a diferença que há entre um ser

humano e um chipanzé é de apenas 1%, isso quer dizer que a

genética explica apenas e nada mais que 1% do que é um ser

humano. Ora, a coisa mais obvia do mundo é que não é a

nossa semelhança genética com os chipanzés que explica o

que somos, mas sim, o que nos diferencia deles. Agora, se

nosso sistema educacional (e nós, enquanto sociedade), não

é mais capaz de explicitar isso, devemos, urgentemente,

refletir sobre os valores que dão sustentação a isso que

convencionamos chamar de “educação” e compreensão da

realidade.

É por estas e outras que Chesterton dizia que o

problema das pessoas que não acreditam na existência da

Verdade Absoluta da realidade e de sua transcendência não é


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que elas não acreditam em nada, mas sim, que elas acreditam

em qualquer coisa. Qualquer coisa que seja repetida por

muitos para que o infeliz possa ter aquela sensação de

segurança que advém da ignorância grupal mutuamente

confirmada, que afirma sua tolice como algo real e

confiável não por que ela é um estrato da realidade, mas

sim, porque todos se iludem mutuamente para ter a impressão

de que a ilusão de seu desconhecer é a mais decantada

expressão sapiente. Ou seja: não se sabe isso ou aquilo

porque o seu entendimento é fruto de uma investigação, mas

sim, porque todos dizem e concordam com a mesma coisa, sem

saber exatamente o que é esta coisa.

A isso, meu caro dá-se o nome de educação para

a vida. A isso dá-se a alcunha de educação crítica, mesmo

que o indivíduo não saiba o que é vida, nem como se faz uma

crítica e muito menos como se deve expressar o entendimento

da primeira e a feitura da segunda.

PAX ET BONUM
Site: http://professordartagnan.tk

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