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1º Horário
ATOS ADMINISTRATIVOS (continuação)
Conceito: Sentido Amplo; Sentido Estrito
O Silêncio da Administração
Perfeição, Validade e Eficácia
Atributos: Presunção de Legitimidade e Veracidade; Imperatividade ou Coercitividade
ou Poder Extroverso
2º Horário
ATOS ADMINISTRATIVOS (continuação)
Atributos (continuação): Tipicidade; Auto-executoriedade
Elementos (requisitos ou pressupostos): Sujeito-competência; Forma; Objeto; Motivo;
Finalidade
Vinculação e Discricionariedade
1º HORÁRIO
CONCEITO
a) sentido amplo
É toda declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes), subjacente à lei e a título de
cumpri-la, regida pelo direito público e sujeita à apreciação do órgão jurisdicional.
b) sentido estrito
É a declaração unilateral do Estado (ou de quem lhe faça as vezes) que produz efeitos jurídicos
imediatos, subjacente à lei e a título de cumpri-la, regida pelo direito público e sujeita à
apreciação do Órgão Jurisdicional.
Outras pessoas, que não o Estado, podem praticar atos Administração Pública: concessionários,
permissionários, empresas públicas e sociedades de economia mista.
O ato administrativo não pode contrariar a lei, existe para dar aplicabilidade a ela.
O Poder Judiciário pode apreciar qualquer ato administrativo, mesmo que seja discricionário.
O SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO
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Efeitos do silêncio
1) A lei atribui efeitos ao silêncio: deve-se aplicar a lei.
a) perfeição
Diz respeito à formação do ato administrativo. Significa que ele completou todas as etapas
necessárias para sua existência; completou o seu ciclo de formação. Ato imperfeito é aquele que
não existe.
b) validade
Diz respeito à conformidade do ato com o Ordenamento Jurídico.
c) eficácia
Diz respeito à aptidão para produzir efeitos jurídicos típicos.
a) Preliminares/Prodrômicos: são aqueles efeitos que o ato produz durante seu estado de
pendência (ex.: ato sujeito à homologação – com a prática do ato surge a obrigação de
análise do ato pelo superior).
b) Reflexos: são aqueles que refluem sobre a esfera jurídica de terceiros não destinatários do
ato (ex.: desapropriação – efeito típico é expropriar uma propriedade privada; efeito reflexo
é extinção de eventual contrato de locação sobre o imóvel).
Obs.: José Santos Carvalho Filho – além da perfeição, da validade e da eficácia, há também a
exeqüibilidade, que significa a efetiva produção de efeitos do ato (operatividade). Mas, para a
maioria, eficácia e exeqüibilidade são coisas inseparáveis.
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ATRIBUTOS
Todo ato administrativo tem essa característica (para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, todo ato da
Administração Pública tem essa característica).
Nem todo ato administrativo tem este atributo (ex.: ato de nomeação).
2º HORÁRIO
ATRIBUTOS (continuação)
Tipicidade
O ato administrativo corresponde a figuras jurídicas pré-definidas pelo Ordenamento, isto é, para
cada finalidade que a Administração Pública pretende alcançar, existe um ato administrativo
típico.
Nem todo ato administrativo possui esse atributo – só ato administrativo unilateral o possui (ex.:
contrato – em sentido amplo é ato administrativo bilateral).
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Auto-executoriedade
Significa que a Administração Pública pode desde já praticar o ato administrativo sem a
necessidade de recorrer ao Poder Judiciário.
a) sujeito – competência
É a pessoa a quem a lei atribui a prática de ato administrativo. O sujeito tem que ser capaz
(normas do CC) e competente (regras de Direito Administrativo).
Vícios de competência: 1) excesso de poder; 2) função de fato (ato praticado por agente público
de fato, que é aquele que tem vício em sua investidura; seus atos são válido perante terceiros de
boa-fé); 3) usurpação de função pública (é crime – art. 328 do CP).
b) forma
1) Sentido Amplo: é o conjunto de todas as formalidades necessárias para a formação do ato.
2) Sentido Estrito: é o meio pelo qual o ato se exterioriza. A regra é que a forma seja escrita, mas
pode haver outras formas. Aplica-se o Princípio da Instrumentalidade das Formas (art. 22 da
Lei 9.784/99).
Observações
- Formalização é uma solenidade especial exigida pela lei. Nesse caso aplica-se o Princípio da
Solenidade.
- 1ª corrente (Hely Lopes) – a motivação é obrigatória para atos vinculados, e facultativa para
atos discricionários.
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- 2ª corrente (Celso Antônio Bandeira de Melo e Maria Sylvia Zanella Di Pietro) – motivação
sempre é obrigatória. No Estado Democrático de Direito é dever da Administração Pública
motivar seus atos.
c) objeto
d) motivo
e) finalidade
Obs.: vide art. 2º, p.u. da Lei 4.717/65 para definição dos vícios dos elementos de ato
administrativo.
VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE
Localização da discricionariedade
1) No tempo – quando a lei fixa prazo para agir; dentro desse prazo, a Administração Pública
pode escolher o melhor momento para agir.