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Assuntos Tratados

1º Horário
 Ato e fato jurídico
 Ato jurídico estrito senso
 Negócio Jurídico: Existência; Validade

2º Horário
 Negócio Jurídico: Validade; Eficácia (continuação)
 Prescrição e Decadência

1º HORÁRIO

ATO E FATO JURÍDICO

Depende de comportamento humano para existir, mas pode ocorrer independentemente da


vontade do sujeito.

Ex.: descoberta, art. 1.233, CC – o Descobridor tem direito ao achádego.

ATO JURÍDICO STRICTO SENSU

Evento da natureza que repercute na ordem jurídica. Não há nenhum ato humano; nenhum
comportamento.

Ex.: tempo, morte.

NEGÓCIO JURÍDICO (NJ)

Tricotomia do negócio jurídico: planos da existência, validade e eficácia.

EXISTÊNCIA

Pressupostos de existência:
- Vontade;
- Agente (pessoa natural ou jurídica);
- Objeto;
- Forma.

Na falta de um deles o negócio jurídico não chega nem a existir.

Ex.: coação absoluta – o negócio jurídico é inexistente, pois a vontade foi extorquida.
(coação vis compulsiva gera a mera anulação)

VALIDADE

É qualificação dos pressupostos de existência (art. 104, CC):

- Vontade – forma livre e consciente.


- Agente – capacidade de fato.

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- Objeto – lícito, possível, determinado ou determinável.
- Forma – prescrita ou não defesa em lei.

Ex.: objeto ilícito – contrato de fornecimento de drogas; existe, mas é inválido em virtude da
ilicitude do objeto.

Ex. 2: impossibilidade – particular vender lote que pertence ao Município.

A invalidação é gênero, dos quais são espécies a nulidade – art. 166, CC (nulidade absoluta) − e
a anulabilidade – art. 171, CC (nulidade relativa).

Diferenças entre ambas (interesse)


a) Nulidade = viola interesses públicos.
b) Anulabilidade = viola interesses privados.

LEGITIMIDADE PARA ALEGAR

Nulidade: interessado, MP ou juiz ex officio (art. 168, CC).

Anulabilidade: somente os interessados diretamente no NJ (art. 173 e 174, CC – interpretação a


contrario sensu)

CONFIRMAÇÃO

Nulidade: NJ nulo não admite convalidação nem mesmo pelo decurso do tempo (art. 169, CC).

Anulabilidade: NJ anulável pode ser convalidado (ratificação, confirmação – art. 172 e 173, CC).

AÇÃO

Nulidade: Ação Declaratória de Nulidade – efeitos ex tunc.

Anulabilidade: Ação Desconstitutiva ou Constitutiva Negativa – efeitos ex nunc – para a maioria da


doutrina (se a ação não for movida, ocorrerá convalidação tácita pela não-propositura).

Observações finais

1) a invalidade de um NJ só será pronunciada se for impossível a sua conservação. Hoje


vigora o princípio da preservação, continuidade ou conservação dos negócios jurídicos. A
norma privada da vontade manifestada tem que ser preservada, tanto quanto possível. Esse
princípio é, segundo a doutrina, uma manifestação da função social dos contratos (art. 421, CC).

Manifestações do princípio da conservação:


a) Conversão Substancial do NJ – art. 170, CC – ex.: conversão da compra e venda em
promessa de compra e venda, quando a primeira for celebrada por instrumento particular e
disser respeito à imóvel de valor superior a 30 salários mínimos.
b) Confirmação ou Ratificação do NJ – art. 172 ao art. 176, CC.
c) Redução do NJ – art. – ex.: declarar a nulidade de apenas uma ou algumas cláusulas do
contrato. Mas não se pode suprimir os elementos essenciais do contrato ou chegar a ponto de
transfigurar a vontade dos sujeitos.

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2) vício do consentimento
a) Estado de Perigo – art. 156, CC – por uma situação de risco, assume-se uma prestação
desproporcional. O juiz é quem analisa no caso concreto se a prestação é desproporcional
(conceito jurídico indeterminado) e se o estado de perigo alcança pessoa que não é da família
(parágrafo único do artigo).

b) Lesão – art. 157, CC –, quando sob premente necessidade ou inexperiência e assume


prestação desproporcional. O juiz é quem analisa, no caso concreto, se a prestação é
desproporcional (conceito jurídico indeterminado). Havendo redução do proveito, não se anula
o NJ (§ 2º).

Obs.: art. 157, § 2º – segundo a doutrina pode ser aplicado ao estado de perigo (enunciado 148,
CJF).

Obs. 2: atenção para o Enunciado 149, CJF.

Obs. 3: lesão, CC, não exige o dolo de aproveitamento, que é a malicia que conduziria a pessoa à
contratação desproporcional (não precisa ser comprovado – Enunciado 150, CJF).

3) simulação
Hoje é causa de nulidade do NJ (CC/16, era causa de anulabilidade) – art. 167, CC.

2º HORÁRIO

Obs.: as nulidades podem ser textuais ou virtuais. Já as causas de anulabilidade sempre serão
textuais. Textual é aquela assim declarada expressamente pelo texto legal (toda causa de
anulabilidade vem expressa na lei – ex: art. 496, CC). Virtual  a lei proíbe a prática de um ato
sem, no entanto, cominar sanção (ex: é defeso, fica proibido, não prevalece – art. 2035) – art. 166,
VII, CC.

EFICÁCIA

Refere-se à produção de efeitos jurídicos. Pode ser:

Ineficácia simples – são convencionados alguns dos elementos acidentais do NJ (termo,


condição ou encargo). Enquanto os elementos não se realizarem, o NJ ficará com os efeitos
contidos, suspensos.

Ineficácia relativa ou inoponibilidade – ocorre quando um NJ produz efeitos jurídicos


excetuando determinadas pessoas (ex.: art. 290, art. 662, CC).

Obs.: finalizando NJ – diante dessa tricotomia podemos traçar quatro hipóteses:


1) O NJ pode ser existente, válido e eficaz.
2) O NJ pode ser existente, válido e ineficaz.
3) O NJ pode ser existente, inválido e ineficaz (ex.: compra e venda de maconha).
4) O NJ pode ser existente, inválido e eficaz (ex.: ato anulável enquanto não se promover a sua
anulação – a anulação só ocorre com a desconstituição do NJ).

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

PRESCRIÇÃO

Diante de um direito subjetivo a uma prestação, há o dever de se adimplir o que fora


convencionado. Caso a prestação não seja cumprida, ocorrerá a violação ao direito subjetivo
do credor. Face a esse inadimplemento, nascerá para o credor um poder de exigibilidade da
prestação ajustada, poder esse que foi denominado de pretensão.

Porém, para fazer valer a pretensão, que se traduzirá na possibilidade de invasão ao patrimônio
do devedor, o credor deverá provocar o Estado que, através de coerção, irá procurar satisfazer a
prestação voluntariamente inadimplida. Isso é uma conseqüência do monopólio estatal da
jurisdição, através do qual se veda o exercício de uma pretensão através uma atividade
exclusivamente do particular (justiça privada).

A condução da pretensão até o Estado Juiz será efetivada por meio do direito de ação (que não
se condiciona, portanto, ao conteúdo da pretensão). Essa ação veiculadora da pretensão terá um
nítido caráter condenatório.

Conclusão: para o exercício da pretensão, por razões de segurança jurídica, o legislador fixou
prazos denominados prazos prescricionais (art. 205 e 206, CC). Pela leitura do art. 189, CC,
observa-se que, com o transcurso desses prazos, aquela pretensão estará extinta. Por tudo isso
as ações condenatórias submetem-se a prazos prescricionais.

DECADÊNCIA

Direitos Potestativos
O titular pode alterar a situação jurídica de outrem independentemente da concordância dessa
outra pessoa (estado de sujeição). Não há qualquer prestação a ser cumprida. Logo, o seu
exercício não depende da colaboração de quem quer que seja. Ao exercer o direito potestativo o
seu titular altera unilateralmente a situação jurídica de uma terceira pessoa. Esta estará sob um
estado de sujeição.

Para o exercício desse direito potestativo o titular por vezes terá que se utilizar de uma ação; terá
que provocar o Estado. Essas ações visarão a constituição ou desconstituição de relações
jurídicas. Esse exercício, por razões de segurança jurídica, poderá (às vezes) se submeter a
prazos legais. Caso o direito não seja exercido dentro desse prazo, ocorrerá a sua própria
extinção. Essa extinção também é conhecida por caducidade ou decadência. Assim, as ações
constitutivas ou desconstitutivas que se submetem a prazos de exercícios estarão sujeitas à
decadência. Já aquelas que não possuem tal prazo serão perpétuas.

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