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1º horário
Continuação Poder Constituinte: PC Derivado Decorrente
Ações constitucionais: Mandado de injunção
2º horário
Continuação Ações Constitucionais: Habeas Data, Mandado de segurança
É dado pelo poder constituinte originário aos estados-membros para complementar a ordem
jurídica constitucional com a elaboração das respectivas constituições estaduais. Ele também é
limitado e condicionado. Vide art. 25 da CR/88 e art. 11 do ADCT.
2. Princípios extensíveis: são aqueles princípios que percorrem toda a Constituição (que se
estendem em toda ela), sendo de observância comum à União, Estados, Municípios e DF.
Ex.: art.1º, I/V, art. 3º, art. 5º, CR/88.
Obs.: normas de imitação são aquelas em que é dada a opção ao Estado em repetir ou não as
normas da constituição federal. Ex.: art. 57, § 4º − o STF disse que seria norma de imitação. Da
mesma forma, o mandado de injunção também seria norma de imitação.
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Conceito: ação constitucional de natureza civil e procedimento especial que visa a viabilizar
direitos que estão inviabilizados por falta de regulamentação da Constituição.
1.1 Finalidade:
1ª) Viabilizar direitos;
2ª) Atacar a inércia/inefetividade dos poderes públicos.
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2º) Deve existir a demonstração da inviabilização do exercício do direito. É o que chamamos de
nexo de causalidade entre a falta da norma e inviabilização do exercício de um direito.
1.3 Legitimidade:
Segundo o STF, pessoa jurídica privada não tem legitimidade para figurar no pólo passivo do MI,
porque ela não produz lei. Não figura nem mesmo como litisconsorte passivo.
1.4 Competência:
A competência para julgamento está definida constitucionalmente: art. 102, I, “q” para o STF e art.
150, I, para o STJ. Temos ainda a competência recursal quando houver MI a ser julgado pelo
TSE: art. 121, § 4º.
O Presidente da República pode ser sujeito passivo do MI, tendo em vista que há, na CR/88,
algumas matérias de iniciativa exclusiva do Presidente: art. 61, § 1º. Quem vai julgar é o STF, art.
102, I, “q”, CR/88.
Obs.: Cabe MI estadual desde que haja previsão na respectiva constituição estadual para
assegurar direitos previstos na referida constituição, mas não regulamentados pelo legislador.
1.5 Procedimento:
Como ainda não temos lei especifica, vale a Lei do MS que é a Lei 1.533/51.
Cuidado: segundo o entendimento do STF, não cabe medida liminar em MI, apesar de existir a
previsão da concessão de liminar em caso de MS (Lei 1.533/51).
Legitimado ativo
↓
Órgão do Poder Judiciário
↓
10 dias para pedido de informação ao legitimado passivo
↓
5 dias ao MP
↓
Concluso
↓
Decisão
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Segundo a Lei 8.038 o procedimento do MI precede a qualquer outro procedimento exceto: MS,
HC e HD.
A decisão do MI pode ser não concessiva ou uma decisão concessiva. Da decisão cabe recurso
de apelação, recurso ordinário constitucional (art. 102, II, “a”), recurso especial (art. 105, III) e
recurso extraordinário (art. 102, III).
Efeitos da decisão concessiva: o STF divide os efeitos da decisão concessiva em dois grandes
grupos: tese concretista e tese não concretista. A tese concretista por sua vez pode ser geral ou
individual, sendo que essa última pode ser direita ou intermediária.
Tese concretista é aquela para a qual, uma vez concedida a injunção, implementa-se, viabiliza-se
o exercício de um direito. É claro que a injunção viabiliza direitos até que norma regulamentadora
o implemente. Daí o prof. Bernardo diz que a coisa julgada do MI é coisa julgada temporária.
A tese concretista geral viabiliza direitos para todos. Até outubro de 2007, o STF nunca tinha
trabalhado com essa tese, pois se acreditava que ela feriria a separação de poderes.
A concretista individual implementa apenas para o impetrante. Será direta se for implementada
imediatamente. Será por outro lado concretista individual intermediária quando não houver
implementação de forma imediata. Aqui o órgão do Poder Judiciário irá conceder novo prazo.
Após esse prazo concedido ao Poder Legislativo, o Poder Judiciário irá viabilizar por si só o
direito. Assim, no fundo essa tese é concretista, mas não de forma imediata.
Tese não concretista é aquela para a qual, uma vez concedida a injunção, não se implementa/
viabiliza o direito. Essa tese reconhece a mora do poder público; dá ciência ao mesmo e
recomenda ao poder público que a supra.
Tradicionalmente, o STF, até 2007, sempre adotou a tese não concretista − MI 107 julgado em
1990, relatoria do Min. Moreira Alves.
Exceções:
1ª) Art. 8º, § 3º da ADCT, caso não haja regulamentação em 6 meses o STF permite o
ajuizamento de ações cíveis de reparação de dano em virtude de prejuízos causados pelo
legislador;
2ª) Art. 195, § 7º o STF;
3ª) O STF em 2007 externaliza uma ruptura no instituto do MI (ver MI 670, 708 e 712), pois o STF
adotou a tese concretista direta: caso do direito de greve do servidor público. Ler informativo 485
do STF e MS 721
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Mandado de Injunção e Direito de Greve - 8
No MI 670/ES e no MI 708/DF prevaleceu o voto do Min. Gilmar Mendes. Nele,
inicialmente, teceram-se considerações a respeito da questão da conformação
constitucional do mandado de injunção no Direito Brasileiro e da evolução da
interpretação que o Supremo lhe tem conferido. Ressaltou-se que a Corte,
afastando-se da orientação inicialmente perfilhada no sentido de estar limitada à
declaração da existência da mora legislativa para a edição de norma
regulamentadora específica, passou, sem assumir compromisso com o exercício
de uma típica função legislativa, a aceitar a possibilidade de uma regulação
provisória pelo próprio Judiciário. Registrou-se, ademais, o quadro de omissão que
se desenhou, não obstante as sucessivas decisões proferidas nos mandados de
injunção. Entendeu-se que, diante disso, talvez se devesse refletir sobre a adoção,
como alternativa provisória, para esse impasse, de uma moderada sentença de
perfil aditivo. Aduziu-se, no ponto, no que concerne à aceitação das sentenças
aditivas ou modificativas, que elas são em geral aceitas quando integram ou
completam um regime previamente adotado pelo legislador ou, ainda, quando a
solução adotada pelo Tribunal incorpora “solução constitucionalmente obrigatória”.
Salientou-se que a disciplina do direito de greve para os trabalhadores em geral,
no que tange às denominadas atividades essenciais, é especificamente delineada
nos artigos 9 a 11 da Lei 7.783/89 e que, no caso de aplicação dessa legislação à
hipótese do direito de greve dos servidores públicos, afigurar-se-ia inegável o
conflito existente entre as necessidades mínimas de legislação para o exercício do
direito de greve dos servidores públicos, de um lado, com o direito a serviços
públicos adequados e prestados de forma contínua, de outro. Assim, tendo em
conta que ao legislador não seria dado escolher se concede ou não o direito de
greve, podendo tão-somente dispor sobre a adequada configuração da sua
disciplina, reconheceu-se a necessidade de uma solução obrigatória da
perspectiva constitucional.
2º HORÁRIO
2.1 Conceito:
Ação constitucional de natureza civil, procedimento especial, que visa viabilizar o acesso
(conhecimento) ou retificação de dados da pessoa do impetrante constante em Banco de dados
públicos ou privados de caráter público.
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Banco de dados privado de caráter público: art.1º, Lei nº 9.507/97
2.2 Requisitos:
Súmula nº 02 do STJ perdeu um pouco de sua eficácia por conta da Lei nº 9.507/97.
2.3 Legitimidade:
b) Passiva: tanto o banco de dado público quanto banco de dados privado de caráter público.
A rigor, tem delimitação constitucional: art. 102, I, “d”, art. 105, I, “b”, art. 108, I, “c” 109, VIII, art.
114, IV, art. 102, I, “r”, art. 121, § 4º, V, CR/88
2.5 Procedimento:
Art. 8° − A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285
do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos
que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.
Parágrafo único − A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem
decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem
decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do
decurso de mais de quinze dias sem decisão.
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A fase administrativa existe porque a lei determina que primeiro, o interessado tem que se dirigir
ao banco de dados (seja banco de dados público ou privado de caráter público) e requerer o
acesso, retificação ou anotação.
- Recursos: recurso ordinário constitucional (art. 102, II, “a”), recurso especial (art. 105, III), RE
(art. 102, III).
Observações:
- No HD não existe reexame necessário ou recurso de ofício.
- A ação de HD é uma ação gratuita.
- Embora não haja previsão na Lei 9.507/97 existe a possibilidade da concessão de liminar.
- Diferenciar o HD (art. 5º, LXXII) do chamado direito geral de informação (art. 5, XXXIII) e
também do direito de certidão (art. 5º, XXXIV, b) − (caiu no concurso da magistratura de MG
2007 e da magistratura federal 5ª região).
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HD Direito geral de informação Direito de certidão
-Ter acesso a... Interesse particular, coletivo ou Caberá MS (apesar
- Retificação de dados geral – caberá aqui MS e não de serem dados
pessoais HD. Ex.: quando a pessoais, o direito é
- Anotar em... administração nega um de certidão).
depoimento testemunhal, uma
pericia, um parecer.
3 Mandado de Segurança
É uma ação constitucional de natureza civil e de procedimento especial que visa a proteger direito
líquido e certo lesionado ou ameaçado de lesão em virtude de ilegalidade ou abuso de poder
praticado por autoridade pública ou por agente jurídico privado no uso de atribuições públicas.
3.2 Cabimento:
Preenchido os requisitos, há casos que não terá cabimento de MS. Casos previstos no art. 3º da
Lei nº 1.533/51, que foram todos relativizados ante o texto constitucional de 1988.
3.3 Legitimidade:
a) ativa: (impetrante): qualquer pessoa natural (nacional ou estrangeira) ou jurídica (de direito
privado ou público) e universalidade de bens (espólio, massa falida) e órgãos públicos
despersonalizados.
b) passiva: autoridade coatora (representa a pessoa jurídica) que pratica ou ordena a execução ou
inexecução do ato a ser impugnado. É aquela capaz de corrigir a ilegalidade e detém a
responsabilidade administrativa.
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Obs.: não cabe impetração de MS contra meros executores do ato. Ex.: não cabe MS contra
fiscais da ANATEL e sim contra o diretor, por exemplo.
Obs.: a pessoa jurídica pode ser legitimada passiva? O STF e o STJ vêm entendendo que a
pessoa jurídica pode ser legitimada passiva, devido a, dentre outros fundamentos, o fato de ser
ela que suporta o ônus da decisão (HLM não entende assim).