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Assuntos Tratados

1º Horário
 Procedimento Comum Ordinário (continuação)
 Seqüencia de atos

2º Horário
 Princípio da Correlação
 Tribunal do Júri: Considerações; Princípios; Características

1º HORÁRIO

PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

Seqüencia de atos (continuação)


Se o juiz pode não decretar absolvição sumária, ele irá intimar as partes para que compareçam à
audiência de instrução e julgamento (encerramento do processo).

1. Primeiro passo é oitiva da vítima.

- Condução coercitiva → se a vítima não comparecer, o juiz pode decretar a condução


coercitiva. No crime de ação privada, se a vítima não comparecer, ocorre à perempção.

- Ambiente Reservado → a vítima ficará em ambiente reservado para que não tenha contato
com o réu e com as pessoas vinculadas a ele.

- Temor justificado → havendo temor justificado da vítima quanto à presença do réu, cabe ao
juiz determinar que este acompanhe o julgamento por vídeo-conferência. Não havendo
aparato tecnológico, o réu é retirado da sala e o ato será acompanhado pelo seu advogado.
Obs.: não se pode usar a vídeo-conferência para fazer interrogatório do réu. O STF declarou
inconstitucional o interrogatório por vídeo-conferência.

- Atendimento multidisciplinar → o juiz pode encaminhar a vítima para atendimento social


psicológico, médico, e determinar o acesso à justiça (defensoria pública) às expensas do
Estado ou do réu. Crítica: o réu só poderia ser onerado depois da sentença transitada em
julgado, devido ao princípio da presunção de inocência.

- Indenização → cabe ao juiz criminal, em toda sentença condenatória, estabelecer o mínimo


de indenização cabível em razão dos danos causados a vítima (materiais e morais).

Observação quanto aos pontos processuais relevantes:


a) Quantitativo da indenização → o juiz estabelece o valor mínimo, título líquido e pode executar
no civil. Quanto ao valor remanescente, a sentença no seu remanescente será liquidada para
que depois seja patrocinada a execução no civil.
b) Legitimidade → nas ações penais privadas, cabe ao querelante requerer a indenização; já nos
crimes de ação pública, se a vítima é pobre e na comarca não há defensor, a legitimidade é do
MP (inconstitucionalidade progressiva − art. 68 do CPP, ou seja, nas comarcas onde há
defensor, esse artigo é inconstitucional), nos demais casos, caberá à vítima habilitar-se como
assistente de acusação.

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2. Oitiva das testemunhas
Primeiro serão ouvidas as testemunhas de acusação e depois as da defesa. A acusação pode
arrolar até oito testemunhas, e a defesa também. Serão oito testemunhas para cada réu e para
cada crime.

Observações
- O sistema presidencialista foi abandonado e passamos adotar o sistema de interpelação direta
(direct examination), sendo que, após as perguntas do juiz, as partes farão as suas e, ao final,
o magistrado ainda poderá realizar alguma pergunta complementares.

- O magistrado pode indeferir pergunta tendenciosa, impertinente ou já respondida, o que a


parte irresignada fará constar em ata para alegação futura de nulidade em preliminar de
recurso de apelação.

3. Interpelações
De peritos (que agora poderão ser ouvidos em audiência); assistente técnico (perito de confiança
da parte que elabora parecer técnico); acareações, reconhecimento de pessoas ou coisas.

4. Interrogatório (ultimo ato da instrução)


A reforma consagrou o princípio do contraditório ao estabelecer como último ato da instrução o
interrogatório.

Debates Orais
Primeiramente fala a acusação que terá 20 minutos prorrogáveis por + 10. Obs.: assistente de
acusação tem 10 minutos improrrogáveis. A defesa terá igualmente 20 minutos + 10 minutos (terá
30 minutos se o MP + assistente falar).

Obs.: substituição dos debates orais por memorais


Em regra, debates orais; haverá exceção em:
- Crime complexo (vários fatores) → cabe ao juiz deliberar;
- Pluralidade de réus (dois ou mais);
- Havendo surgimento de nova prova sobre suja colheita o juiz tenha deliberado favoravelmente,
a audiência será sobestada e, com a nova prova colhida, as partes serão intimadas para
apresentar memoriais (5 dias para cada); na seqüência, o juiz irá sentenciar (10 dias
prorrogáveis por mais 10).

Obs.: fundamentos principiológicos do processo


Princípio da oralidade → de modo a haver celeridade no processo; deste princípio decorre:
- Princípio da concentração → os atos de instrução devem ser concentrados em uma audiência
ou em número menor delas.
- Princípio da Imediatividade → as provas devem ser produzidas imediatamente perante o juiz
que preside o processo.
- Princípio da Identidade física do Juiz → o magistrado que preside a instrução é aquele que irá
proferir sentença.

Obs.: prazo para o encerramento da Instrução


Quanto à sua instrução, o procedimento comum ordinário se encerra no prazo de 60 dias,
contados do recebimento da denúncia; ele passa a ser o termômetro da prisão cautelar quanto a
sua extensão no tempo, à luz, segundo o STF e STJ, do princípio da proporcionalidade.

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2º HORÁRIO

PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO

Conceito: por esse princípio, cabe ao juiz, no momento em que vai proferir sentença
condenatória, elaborá-la como reflexo da inicial acusatória, já que ele não pode julgar extra, citra
ou ultra petita.

Obs. Institutos que materializam a correlação

1. Emendatio Libelli
Por esse instituto, cabe ao juiz, no momento da sentença, corrigir os equívocos de
enquadramento típicos existentes na inicial acusatória, aplicando aos fatos narrados e provados, o
artigo de lei adequado, afinal é o juiz que conhece o direito.

Conseqüências processuais:
- ex officio “sem nenhuma formalidade pretérita”;
- cabida nos crimes de ação pública ou privada;
- pode ser aplicada na fase recursal, salvo se imprimir refomatio in pejus (só a defesa recorre);
- se o juiz, ao aplicar a ementatio, verificar que é incompetente, remeterá para juiz competente;
- ao se aplicar a ementatio e se verificar que o crime tem pena mínima até um ano, cabe ao MP
oferecer a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95).

2. Mutatio Libelli:
É o instituto que permite ao juiz oportunizar ao titular da ação o devido enquadramento da
imputação (fatos) atribuída ao réu, já que a instrução revela que o que realmente ocorreu é
distinto daquilo que foi narrado na denúncia.

Procedimento da Mutatio:
Juiz → abre vista ao MP para que esse faça Aditamento da Denúncia em 5 dias, podendo arrolar
até 3 testemunhas → abre vista para a Defesa se manifestar em 5 dias e indicar até 3
testemunhas. Cabe ao Juiz retomar a audiência para: oitiva das testemunhas; interrogatório,
debates orais e sentença.

Conclusões processuais:
- recusa ao aditamento pelo MP → art. 28 do CPP;
- só cabe nos crimes de ação pública e ação privada subsidiaria da pública;
- não cabe na fase recursal, pois ocorreria supressão de instâncias;
- se houve o aditamento, o juiz está adstrito a ele, de sorte que não é mais possível a imputação
alternativa, que era a possibilidade de o juiz também condenar por fato que anteriormente
tinha sido narrado na denúncia;
- se houve a mutatio e o juiz percebeu que é incompetente, os autos serão remetidos ao juízo
competente;
- se foi aplicado a mutatio e o crime tiver pena mínima menor de 1 ano, terá cabimento a
suspensão condicional do processo.

JÚRI

1. Considerações
A base estrutural do júri é constitucional; está positivado no art. 5º, XXXVII, da CR. Segundo Nucci
o júri não é só um direito, mas também uma garantia fundamental. O júri está no patamar de
cláusula pétrea, portanto não pode ser suprimido do ordenamento nem mesmo por emenda.

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2. Princípios
- Princípio da plenitude de defesa, que é a possibilidade de se utilizar de argumentos técnicos e
extrajurídicos (argumentos sentimentais, econômicos etc.).

- Princípio do sigilo das votações: ele é reconhecido como a utilização da sala secreta na
expectativa de que não se saiba o teor da votação de cada jurado (com a reforma não é mais
possível a unanimidade na votação, preservando-se, assim, o teor da deliberação do corpo de
jurados).

- Princípio da soberania dos veredictos. Obs.: é possível que a soberania dos veredictos seja
flexibilizada no âmbito da ação de revisão criminal, a partir da qual o tribunal pode de pronto
absolver réu injustamente condenado pelo júri.

- Princípio da competência mínima para crimes dolosos contra vida: o legislador ordinário pode
ampliar a competência do júri; ele não pode é reduzir. O júri julga os crimes dolosos contra a
vida e todos que sejam conexos.

3. Características
a) Composição → o tribunal do Júri é composto por um juiz-presidente e 25 jurados, portanto é
um órgão heterogêneo na sua composição.

- Decisões subjetivamente simples são aquelas proferidas por órgão monocrático (juiz
singular).
- Decisão subjetivamente plúrima é aquela proferida por órgão colegiado homogêneo
(decisão do pleno).
- Decisão subjetivamente complexa é aquela proferida por um órgão colegiado heterogêneo
(júri).

b) órgão Horizontal → não existe subordinação entre jurados e juiz-presidente, cada um tem sua
função.

c) Temporariedade → funciona por alguns períodos determinados do ano, determinados pela lei
de Organização Judiciária, chamado período de reunião do júri. Sessão do júri é o dia do
trabalho do tribunal do júri.

d) voto por maioria → o tribunal do júri vota por maioria, mas está vedada a unanimidade: quatro
votos são suficientes.

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