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APRENDIZAGEM1
RESUMO
Este artigo analisa o papel da tutoria numa perspectiva da avaliação nas situações de
aprendizagem em ambiente virtual ou EAD. A utilização intensa de técnicas eletrônicas nas
atividades docentes é comumente associada a práticas pedagógicas inovadoras, mais
interativas e democráticas. A pergunta condutora da análise é: Como acontecem as relações
pedagógicas (aluno-tutor) em uma modalidade de ensino que pressupõe o rompimento da
relação “face-a-face”, e que se coloca como dimensão de uma pedagogia transformadora?
Sinaliza aspectos que embasam as discussões sobre a avaliação da aprendizagem em EAD,
ilustrando com trechos de entrevistas de dois professores da Universidade Católica de
Brasília Virtual sobre essa temática.
Palavras-chave: EAD; Avaliação da Aprendizagem; Avaliação em EAD;Tutoria.
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Artigo apresentado pela autora no Curso de Extensão Universitária - Formação de Professores para
Atuarem em Ambiente Virtual – da Universidade Católica de Brasília, sob a orientação do Prof. Carlos Lopes,
Brasília, fevereiro-abril, 2007.
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Mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília e docente de História da SEEDF.
noção de espaço é pensada dentro da relação temporal, e ambos – tempo / espaço –
constituem o “evento” do sujeito que faz acontecer, que cria relações.
Sendo assim, a presença do professor deve ser efetiva nas situações de aprendizagem
em ambiente virtual. Estudos têm mostrado que os maiores problemas com as salas de aula
virtuais estão relacionados com a falta de monitoramento e / ou coordenação das atividades
cooperativas. Alguns problemas gerados pela pouca presença do mediador da
aprendizagem, a seguir:
Entre os requisitos básicos exigidos na seleção de tutores para atuarem em EAD estão:
capacidade de desenvolver uma interlocução responsável com o aluno, conhecer o projeto
do curso, do material didático das disciplinas, ter domínio do conteúdo específico de sua
área.
A criatividade é uma ferramenta com que o tutor deve contar nas diversas situações de
aprendizagem. Compreendem-se como situações de aprendizagem estudo individual,
trabalhos em equipe e encontros presenciais. Cabe ao tutor estimular no aluno a aquisição
da autonomia nessas diversas situações de aprendizagem. O tutor deve orientar de tal forma
que o aluno crie sua própria metodologia de estudo e se sinta estimulado a continuar
engajado no processo.
Embora cada situação de aprendizagem tenha suas especificidades, há aquelas funções
básicas que podem caracterizar um processo de tutoria, tais como: estimular, motivar,
indicar ao aluno a necessidade de pesquisar e de aprofundar o conteúdo, mostrar a
importância de desenvolver sua independência no processo e adquirir a autonomia da
aprendizagem. Outro componente que está presente em todas as relações de aprendizagem
é a avaliação. (Apontamentos da aula 4 do Curso de Extensão Formação de Tutores, 2007;
Lima, 2002)
AVALIAÇÃO
Prof. Wollmann: (...) A UCBV, tem um conjunto de regras estabelecidas por especialistas
em "ensino-aprendizagem" que observamos e os direcionamentos vão sendo adequados em
função das respostas do grupo como um todo. Você terá oportunidade de constatar, pelo
menos nas turmas de graduação, e surpreendentemente para mim, que se formam grupos
relativamente homogêneos, e não saberia explicar com precisão se isto ocorre devido a
proximidade virtual entre eles; se em função de propósitos mais bem definidos que em
alunos de cursos presenciais; se há um maior nível de maturidade pessoal, enfim, são
inferências que faço sobre as variáveis que temos que manipular. Portanto Fátima, o tutor
tem liberdade sim para se ajustar às características das turmas.(...).
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O professor Francisco Wollman.é docente da Universidade Católica de Brasília desde 1979. Atualmente
trabalha com a disciplina de Economia, no Curso de Graduação em Administração oferecido a distância. E
trabalha no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Comércio Exterior, também a distância.
Francine: Professor, quando você fala sobre a formação de grupos relativamente
homogêneos, isso não vai de encontro ao princípio da aprendizagem cooperativa, que preza
a formação de grupos heterogêneos?
Sulivan: (...) A dúvida que mais me preocupa: como construir sistemas de avaliação no
contexto da EAD.
Prof. Wollmann: No tocante a sua preocupação com a avaliação, você irá gradualmente
evoluindo em um sistema e encontrarás um ponto de equilíbrio. Cabe destacar que se
instituir um Fórum Permanente de Dúvidas é um bom procedimento para se acompanhar os
alunos e, na graduação, uma Portaria ou algo assemelhado, baixado pelo MEC (no ano
passado ou nesse ano) estabelece a obrigatoriedade de provas presenciais escritas com um
mínimo de 40% da avaliação. Não tenha dúvida que esta sua preocupação com a
avaliação, também a tive, mas ela pode ser bem estabelecida tal que se existe alguma
dúvida quanto ao rendimento do aluno, isto é minimizado ou até mesmo desaparece (...).
Lídia: Um dos nossos textos para leitura aborda o estudo individual e o trabalho em
equipe. Considerando que cada um deles tem características e objetivos particulares, na sua
experiência qual dos dois métodos se adequa melhor à EaD e qual promove a melhor
aprendizagem?
Prof. Wollmann: Lidia, as duas formas referidas podem ser utilizadas para promover a
aprendizagem. Quanto a melhor forma, objetivamente não saberia responder, mas diria que
são os próprios alunos que sinalizam para qual dos métodos se adequa melhor à eles(...).
Entrevista com o Prof. Juarez Moreira4
Sulivan: (...) Sou professor de disciplinas como sociologia, antropologia e ética. eu estou
fazendo este curso porque algumas das disciplinas que ministro serão nesta modalidade de
EAD. E resolvi fazer os cursos para tentar, de alguma forma, sanar deficiências e uma visão
negativa que disponho da educação à distância mas que com o curso eu estou
desconstruindo. bom, em relação a este fórum, eu disponho de algumas dúvidas em relação
a própria condução do sistema de tutoria: como conduzir, motivar alunos, etc. mas o que
me deixa mais apreensivo se refere ao processo de AVALIAÇÃO. isto é, como devo
montar? e o processo de mensuração das notas? participação de alunos? creio que ao ser
tutor teria um número grande de alunos e como dar a devida atenção e ser o mais ético
possível nas avaliações?
Fátima: Sobre o tema avaliação, "o nó górdio da educação", como o Sr. enfatizou,
gostaria que comentasse sobre sua experiência na UCBV nos seguintes aspectos: - Quem
avalia a aprendizagem, é o tutor? Quantos professores participam da avaliação? - Sabemos
que a avaliação fornece um feedback ao professor de possíveis falhas no processo de
ensino. Em quais elementos o tutor se apóia para identificar o problema? E qual a
orientação para a sua solução?
Prof. Juarez Moreira: Cada tutor avalia o caminhar de “seus” educandos. Trabalho no
curso das IUS em que o educador apresenta ao final o seu trabalho. Neste, há uma Banca
examinadora. Você abordou bem a questão da avaliação. Avaliamos não para punir; mas,
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O professor Juarez Moreira trabalha com o curso de Aprendizagem Cooperativa e Tecnologia na
Universidade Católica de Brasília desde 2001. Atualmente trabalha com a disciplina Organização da
Educação Brasileira para estudantes do curso de graduação a distância em Filosofia. É, também, docente do
curso de Formação de Professores (PROFORM).
para corrigir rota. A avaliação de pessoas não é um cálculo, frio e burocrático. Decidir se a
pessoa vale dez ou zero, não é um procedimento matemático, envolve muitos fatores
objetivos e subjetivos. Há um árbitro de futebol que diz: quando há regra não é clara a
desordem se instala. Por isso costumo esclarecer ao aprendente os critérios que irei utilizar
na avaliação. Isto torna a relação mais franca e humana (...).
Juliana: Não tenho nenhuma experiência em EAD e tenho muitas dúvidas no assunto, uma
delas é com relação à avaliação, um pouco já discutida anteriormente. Gostaria de saber
qual a sua opinião a respeito das três modalidades enfocadas no material que temos
disponível: a avaliação diagnóstica, a somativa e a formativa. Li que em EAD a avaliação é
principalmente formativa. Qual delas o senhor julga mais interessante para aplicarmos em
ambiente virtual?
Prof. Juarez: Creio que estas etapas da avaliação não podem ocorrer privilegiando uma ou
outra. Por outro lado, no processo educativo não existem fórmulas e nem caminho único.
Com cada turma teremos nova dinâmica. Isto é o bonito na educação. Avançaremos se
soubermos adaptar os programas às necessidades dos educandos, criando conexões com o
cotidiano e com o inesperado. Se aprendermos a equilibrar o planejamento e a criatividade,
a organização e a adaptação a cada situação; a aceitar os imprevistos, a gerenciar o que
podemos prever, a incorporar o novo, o inesperado. Este “quefazer” torna a avaliação um
momento de aprendizado e não um ajuste de contas (...).
Referências
Campos, F.C.A. et al. (2003). Cooperação e aprendizagem on-line. Rio de Janeiro: DP &
A.