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Seção VII D

e entre 2% a 4% destes pacientes apresentam tumores de indústrias químicas, petroquímicas e de tinta


bilaterais. Amplo trabalho realizado por Hall e colegas, apresentam um risco relativo de 4 a 5,5 vezes;
analisando 252 pacientes em um período de 30 anos, 6. Infecção urinária crônica associada à litíase e
evidenciando as características do CCT-TUS, é repre- obstrução predispõem ao carcinoma epidermóide
sentado na Tabela 2. e menos freqüentemente ao adenocarcinoma;
7. A ingestão de ervas chinesas utilizadas para redu-
ção de peso, contaminadas pelo fungo Aristo-
Fatores de risco lochia Fangchi, cujo efeito cumulativo associa-se
à nefropatia crônica e falência renal por fibrose
1. O hábito de fumar é o fator mais fortemente intersticial, demonstrou que 90% apresentam tu-
associado, com um risco de três a sete vezes mor urotelial, quando submetidos à nefroure-
maior de desenvolver CCT-TUS; terectomia profilática. Apesar desta conduta
2. O uso excessivo de analgésicos como a fena- agressiva, 18% destes tumores do trato urinário
cetina e a sua associação com necrose papilar renal superior apresentavam-se invasivos no mo-
têm sido consideradas como fatores de risco inde- mento da cirurgia;
pendentes e sinérgicos, com riscos relativos de 8. Há uma associação entre o câncer da pelve renal
3,6 e 6,9 respectivamente, quando analisados e a nefropatia familiar endêmica do Danúbio,
separadamente, e de um aumento de cerca de prevalente nos países dos Balcãs (Iugoslávia, Ro-
20 vezes quando analisados de forma conjunta; mênia, Bulgária e Grécia). Esta se caracteriza
3. O consumo exagerado de cafeína promove ris- por uma nefropatia intersticial degenerativa,
co relativo de 1,3 vezes; levando à insuficiência renal em 45% dos casos.
4. O tratamento com o agente quimioterápico A incidência em região endêmica é de 68%,
ciclofosfamida, cujo efeito do metabólito acro- ocorrendo na proporção de 1,2 mulheres: um
leína induz tumores agressivos, é de alto grau; homem, com tumores bilaterais em 13% dos
5. Fatores ocupacionais como exposição a carvão casos. Caracteriza-se por tumores superficiais
vegetal, cocaína, asfalto, piche ou trabalhadores da pelve renal, multifocais, de crescimento lento
e de baixo grau. Sua etiologia é incerta, porém
há um número de agentes etiológicos potenciais
Tabela 2: Dados demográficos do CCT-TUS estudados como toxinas fúngicas, vírus, silicatos
e metais pesados.
9. O CCT-TUS tem sido relacionado a síndromes
cancerosas familiares como a síndrome de Lynch
II, que pode apresentar CCT-TUS geralmente
em mulheres jovens.

Leitura recomendada
1. Petkovic, SD. Epidemiology and treatment of renal pelvic
and ureteral tumors. J Urol 1975; 114: p. 858.
2. Hall MC et al. Prognostic factors, recurrence, and survival in
transitional cell carcinoma of the upper urinary tract: a 30-
year experience in 252 patients. Urology 1998; 52: p. 594.
3. Djokic M et al. Comparison of upper urinary tract tumors in
the region of Balkan nephropathy with those of other regions
of Yugoslavia. Prog Urol 1999; 9: p. 61.
4. Munoz JJ, Ellison LM. Upper tract urothelial neoplasms: incidence
and survival during the last 2 decades J Urol 2000; 164: p. 1523.
5. Hafner C et al. Clonality of multifocal urothelial carcinomas:
10 years of molecular genetic studies. Int J Cancer 2002;
101: pp. 1-6.

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Capítulo 108
Patologia, classificação e
estadiamento

Rodolfo Borges dos Reis


Adauto Cologna

Patologia Metástases também são freqüentes e acometem


principalmente os linfonodos, ossos e pulmões.
Tumores uroteliais Tumores não-uroteliais
Carcinoma de células uroteliais, carcinoma de célu- Os tumores não-uroteliais da pelve renal e do ure-
las escamosas e papiloma invertido são os principais ter são raros e correspondem a aproximadamente 0,5%
tumores uroteliais observados na pelve renal e no de todos os tumores dessas regiões. Os mais freqüentes
ureter. O tipo histológico mais freqüente é o carci- são os sarcomas, leiomiomas, carcinoma de células
noma de células transicionais, correspondendo a 90% pequenas e pólipos fibroepiteliais. Esses tumores apre-
dos tumores uroteliais altos. Os achados histopatoló- sentam comportamento semelhante tanto na bexiga
gicos são semelhantes aos dos tumores de células quanto na pelve renal e no ureter.
transicionais vesicais.
O carcinoma de células escamosas corresponde
de 0,7% a 7% dos tumores do trato urinário superior. Investigação e estadiamento
Ocorre mais freqüentemente na pelve renal e geral-
mente está associado à infecção crônica (cálculos As queixas clínicas, assim como o exame físico,
coraliformes) ou a calcificações papilares relacionadas comumente não revelam anormalidades importantes.
ao abuso de antiinflamatórios. O padrão histológico A urografia excretora geralmente evidencia uma falha
deste tumor é geralmente indiferenciado e comu- de enchimento no sistema coletor ou obstrução ao
mente o paciente já apresenta doença avançada na fluxo contraste. O diagnóstico diferencial inclui bolha
época do diagnóstico. A aparência macroscópica e de gases intestinais, compressão externa por vaso polar
microscópica do papiloma invertido é semelhante a aberrante, coágulo, cálculo radiotransparente, ureterite
dos tumores vesicais do mesmo tipo e, apesar do cística, pólipos benignos, hemangiomas e tuberculose.
comportamento “benigno”, alguns autores relataram A tomografia computadorizada é de grande valia na
a ocorrência de transformações malignas e a asso- investigação etiológica, na avaliação do rim contra-
ciação com outros carcinomas uroteliais. lateral e no estadiamento. A ressonância magnética não
Devemos lembrar que a multicentricidade dos apresenta nenhuma vantagem em relação à tomografia
tumores uroteliais do trato urinário superior ocorre computadorizada no diagnóstico e estadiamento dos
em 30% dos casos e varia de acordo com o grau de tumores de pelve renal e ureter. A cistoscopia deve ser
diferenciação tumoral, sendo 37% nos tumores indife- rotineira devido à alta incidência de tumores vesicais
renciados e 21% nos tumores bem-diferenciados. associados aos tumores de pelve renal e ureter. A urete-

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roscopia, semi-rígida ou flexível está indicada na ava- O estadiamento segue o sistema TNM.
liação das falhas de enchimento observadas na uro-
grafia excretora ou na tomografia, nos quadros de Tumor primário
hematúria importante unilateral e na presença de cito- Tx tumor primário, não pode ser avaliado
logia maligna unilateral (Figura 1). A visualização direta T0 não há evidência de tumor primário
por meio da ureteroscopia, associada à biópsia, nos Ta tumor papilar não-invasivo
fornece informações precisas em relação ao tipo histo- Tiscarcinoma in situ
lógico e ao grau de diferenciação tumoral. Entretanto, T1 tumor invade a lâmina própria
devemos lembrar que limitações anatômicas, assim T2 tumor invade muscularis própria
como a presença de hematúria importante, podem T3 pelve renal – tumor invade além da muscularis,
dificultar ou mesmo impossibilitar a visualização e o e alcança a gordura peripélvica ou parênquima
tratamento endoscópico. renal
T4 tumor invade outros órgãos adjacentes ou,
através do rim, a gordura perirrenal

Linfonodos
Nx linfonodos não podem ser avaliados
N0 sem evidência de comprometimento dos
linfonodos
N1 metástase somente em um linfonodo e menor
de 2 cm
N2 metástase em um ou mais linfonodos todas
menores que 5 cm
N3 metástase em um ou mais linfonodos maiores
que 5 cm

Metástase
Mx metástase à distância não pode ser avaliada
M0 ausência de metástase à distância
M1 presença de metástase à distância

Figura 1: Avaliação e estadiamento dos tumores de pelve renal e ureter


Leitura recomendada
Classificação 1. Morrison AS. Advances in the etiology of urothelial cancer.
Urol Clin North Am, 1984; 11: p. 557.
O sistema de graduação dos tumores uroteliais 2. Tawfiek ER, Bagley DH. Upper tract transitional cell
de pelve renal e ureter é semelhante ao utilizado carcinoma. Urology 1997; 50: pp. 321-9.
3. Sagalowsky AI and Jarret TW. Management of urothelial
para os tumores vesicais. Os tumores de alto grau tumors of the renal pelvis and ureter. In. Walsh PC, Retik
são indiferenciados e os tumores de baixo grau são AB, Stamey TA, Vaughan ED, eds. Campbell’s Urology.
bem-diferenciados. Philadelphia: W.B. Saunders, 2002: pp. 2845-75.

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Capítulo 109
Quadro clínico e diagnóstico

Paulo Ricardo Monti


Daniel Damião Seabra

Quadro clínico Diagnóstico


Os tumores de pelve renal e cálices equivalem a
5% dos tumores uroteliais e os de ureter, a 1,25%. Citologia urinária
As ocorrências nos terços inferior, médio e superior Colhe-se toda a urina de uma micção, contanto
do ureter são, respectivamente, 73%, 24% e 3%. O que não seja a primeira da manhã e, sim, a do paciente
carcinoma de células transicionais corresponde a bem-hidratado, preservando a aparência das células
90% dos tumores, o carcinoma epidermóide a 7% tumorais. Como na bexiga, há correlação entre grau
e o adenocarcinoma a 1%. Tumores bilaterais tumoral e resultados da citologia: o índice de positi-
ocorrem em 2% a 5% dos casos, podendo ou não vidade varia de 20% a 83% para tumores de baixo e
ser simultâneos. Dos pacientes com tumores de be- alto graus, respectivamente. O cateterismo ureteral
xiga, 2% a 4% terão tumores de via excretora alta
com turbilhonamento de soro fisiológico no trato
(TVEA), exceto os portadores de carcinoma in situ,
alto aumenta estes índices.
em que a incidência chega a 25% dos casos.
Entretanto, 25% a 75% dos pacientes com TVEA Urografia excretora
terão câncer de bexiga.
Hematúria macroscópica ocorre em 70% a 90% Método preferido no início da investigação, após
dos casos; a cólica renal entre 8% a 50% devido à suspeita clínica. Tumores de pelve renal e cálices mos-
obstrução ureteral por tumor ou coágulo. Massa pal- tram falha de enchimento (50% a 75%) ou exclusão
pável no flanco devido à hidronefrose ou ao próprio de segmento renal (10% a 30%); tumores ureterais
tumor aparece em 10% a 20%. Sintomas gerais como causam falha de enchimento, hidronefrose ou exclu-
emagrecimento, anorexia e dores ósseas decorrem são renal. O diagnóstico diferencial é feito com coá-
de tumor metastático. Em 10% a 15%, os TVEA gulos, cálculo radiotransparente, inflamações (tuber-
são assintomáticos. culose, pielite ou ureterite císticas e candidíase), com-
Na evolução natural, os TVEA invadem estruturas pressão extrínseca por vasos e gás intestinal. A urografia
adjacentes: parênquima renal e veias, no caso de oferece poucas informações sobre o estadiamento. É
tumores altos e estruturas periureterais. Metástases indicada, anualmente, no seguimento de câncer de bexiga,
linfáticas ocorrem em linfonodos de retroperitôneo com as seguintes características: tumores múltiplos,
e pélvicos e as hematogênicas em fígado, ossos e recorrentes, próximos dos meatos ureterais e carcinoma
pulmões. O estadiamento (TNM) é semelhante ao in situ. O tempo médio de aparecimento de TVEA
dos tumores de bexiga. após tumor de bexiga varia de quatro a 11 anos.

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Pielografia retrógrada ciência renal, alergia a contraste, exclusão renal e


contra-indicações ao uso de raios X.
Indicada nos casos de exclusão renal ou achados
urográficos inconclusivos e também nas contra-indi- Ultra-sonografia
cações à urografia (alergia a contraste iodado, diabete
e insuficiência renal). O diagnóstico é feito em 75% De pequeno valor no diagnóstico e estadiamento.
dos casos. Deve-se coletar urina para citologia antes Pode mostrar massa, hidronefrose e diagnosticar
da injeção de contraste, pois este, por ser hiperosmótico, cálculos de ácido úrico e de indinavir.
pode alterar as células tumorais. Os principais achados Ureteroscopia
são: o sinal da taça de vinho (tumores polipóides
pedunculados) e o sinal de Bergmann (enovelamento Aumenta significativamente a precisão diagnóstica.
do cateter ureteral ao tocar tumor obstrutivo). Evita- Tem como vantagens a visão direta e a obtenção de
se a pielografia anterógrada devido ao risco de biópsia. Os riscos são a perfuração e lesões da mu-
implante tumoral no trajeto da punção. cosa ureteral com possibilidade de implante tumoral.
Outro problema é o exame falso-negativo. Devido
Tomografia computadorizada aos riscos, só está indicada nos casos de dúvida, após
o emprego dos métodos tradicionais.
Considerado o melhor método para estadiar os
TVEA, é mais sensível do que a urografia, pois Cistoscopia
detecta menores concentrações de contraste e delineia
a via excretora alta mais precisamente. Identifica Devido à alta incidência de tumores de bexiga em
cálculos de ácido úrico, mas não os de indinavir, droga portadores de TVEA, a cistoscopia é obrigatória para
utilizada no controle de aids. Os tumores aparecem afastar lesões vesicais. Quando feita na vigência de
como massa intraluminal, espessamento de parede hematúria, pode identificar o meato ureteral respon-
ou infiltração de parênquima renal. Avanço recente sável por ela. Um fato importante é a possível conco-
do método é a avaliação endoscópica virtual do trato mitância entre tumor ureteral, exteriorizando-se pelo
urinário superior, a partir de dados colhidos na CT meato, e lesões mais altas, gerando conflitos tanto
axial, tratados por um software adequado. Apesar de diagnósticos quanto terapêuticos.
inicial, a técnica tem se mostrado mais sensível para
diagnóstico de TVEA que as imagens axiais.
Leitura recomendada
Ressonância magnética
1. Campbell’s Urology; 8th ed., 2002; 4, 76, pp. 2765-85.
Não apresenta vantagens sobre a CT tanto em 2. Vogelzang NJ, et al. Comprehensive Textbook of
Genitourinary Oncology. 1996; 25, pp. 388-404.
relação ao diagnóstico quanto ao estadiamento. A 3. Gillenwater JY et al. Adult and Pediatric Urology.4th ed.,
urorressonância pode ser usada nos casos de insufi- 2002; 1: 17, pp. 641-58.

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Capítulo 110
Opções terapêuticas no
tumor de pelve e ureter

Marcos Tobias Machado


Mário Henrique Elias de Mattos

O carcinoma de células transicionais (CCT) do em pacientes com rim contralateral normal, onde a
trato urinário superior representa cerca de 10% dos doença ocorre de modo assincrônico em somente
tumores uroteliais. Seu tratamento e vigilância são 3% dos casos. Pode ser realizada por via aberta ou
fundamentais em razão dos significativos índices de laparoscópica. Nesta última, a nefrectomia radical é
multifocalidade e recorrência unilateral. A nefrourete- realizada por via laparoscópica (transperitoneal ou
rectomia com excisão de um adequado cuff vesical é retroperitoneal) e o cuff vesical é excisado por técnicas
o tratamento padrão dessa doença nos diversos está- endourológicas (também por laparoscopia ou por
gios, reservando-se procedimentos endourológicos via transuretral) ou por incisão abdominal baixa.
minimamente invasivos ou ressecções parciais a céu Ainda assim mantém-se a necessidade de seguimento
aberto a pacientes de elevado risco cirúrgico ou em (cistoscopias para avaliação de recidiva vesical).
situações em que o tratamento cirúrgico radical impli- Importante citar que para muitos autores é conside-
ca a necessidade absoluta de métodos de diálise per- rada uma cirurgia “mutilante”, pois, em aproxima-
manentes: rim único, doença bilateral ou déficit damente dois terços dos casos, a doença tratada é
significativo de função renal. de baixo grau e pequeno volume tumoral, com chance
Os recentes avanços tecnológicos em endourologia extremamente reduzida de progressão.
associados a resultados comparáveis em determinadas
situações entre nefroureterectomia radical e técnicas
endourológicas propiciaram uma forte tendência ao Tratamento endourológico
emprego destas últimas, também em pacientes com (transureteral e percutâneo)
rim contralateral normal, relegando cirurgias parciais
a céu aberto a situações excepcionais. A seguir, apresen- São as estratégias terapêuticas de escolha em paci-
taremos sucintamente as principais formas de trata- entes com as contra-indicações anteriormente citadas
mento do CCT do trato urinário superior. para a nefroureterectomia radical e opção em indi-
víduos com doença superficial passível de ressecção
completa, comprometidos em submeter-se rigorosa-
Nefroureterectomia radical mente aos exames de follow-up por longos períodos,
e que preencham as seguintes condições: doença
É a maneira clássica de tratamento, com eficácia superficial graus I e II (Ta, T1), sendo importante
inequívoca em prevenir multifocalidade e recorrência observar que em lesões T1 grau II a vigilância deve
unilateral. Sua indicação é indiscutível em doença inva- ser ainda mais rigorosa; doença superficial Ta grau
siva localizada ressecável, realizada com segurança III com critérios de bom prognóstico (ausência de

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Guia Prático de Urologia

carcinoma in situ (CIS), diploidia, baixa expressão de devem ser colocados e retirados em duas a três
p53 e tumor único). Pacientes com lesão Ta grau III semanas, ou retirados ao término das aplicações
sem critérios de bom prognóstico ou T1 grau III intravesicais de doença superficial imunoterápicos
não devem ser submetidos a estes tratamentos conser- (BCG), se indicado.
vadores (maiores chances de recidiva e progressão),
exceto se houver contra-indicação para a nefrourete- Tratamento percutâneo anterógrado
rectomia radical. Importante lembrar que a qualquer É indicado para o tratamento de tumores maio-
momento a evidência de doença invasiva ou a impos- res em pelve renal ou tumores múltiplos de pelve.
sibilidade de ressecção completa implicam a indi- O trajeto pode ser mantido pelo tempo que for
cação de nefroureterectomia, se houver condições necessário, permitindo reavaliação endoscópica e
clínicas para tal. Abaixo as recomendações para a instilação de imunoterápicos ou quimioterápicos.
escolha entre os dois métodos.
Estudos recentes indicam que implantes tumorais
Tratamento ureteroscópico retrógrado no trajeto são raros.

É indicado em tumores ureterais menores que 1,5 Tratamento complementar


cm e em tumores na pelve renal únicos, menores que
1 cm. A abordagem retrógrada é de baixa morbidade, Para reduzir a incidência de recidivas na BCG ou
mantendo intacto o trato urinário. No entanto, utili- quimioterápicos (mitomicina C, tiotepa) têm sido
zamos instrumentos menores, com reduzidos diâ- administrados no pós-operatório via nefrostomia,
metros de canais de trabalho, com qualidade de ima- cateter ureteral externo ou por administração intra-
gem prejudicada pela irrigação de baixo fluxo e pe- vesical em paciente com duplo J. Maior experiência
queno campo de visão. Podemos utilizar ureteroscópios vem sendo adquirida com o uso do BCG, onde
rígidos, semi-rígidos ou flexíveis, realizando ressecção, alguns trabalhos começam a mostrar diminuição nos
coagulação ou fulguração das lesões. Deve-se evitar o índices de recidiva, quando estes são utilizados.
tratamento circunferencial quando utilizados laser ou Ainda não há consenso sobre as reais indicações e
eletrocautério, pelo risco de estenose. Cateteres ureterais a posologia a ser empregada.

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Guia Prático de Urologia

Fluxograma de Conduta nos CCT de trato urinário superior

Leitura recomendada 3. Elliot DS, Segura JW, Lightner D, Petterson DE, Blute ML.
Is nephroureterectomy necessary in all cases of upper tract
1. Jabbour ME, Smith AD. Primary percutaneous approach to transitional cell carcinoma? Long-term results of conservative
upper urinary tract transitional cell carcinoma. Urologic endourologic management of upper tract transitional cell
Clinics of North America, 27 (4): pp. 739-50, 2000. carcinoma in individuals with a normal contralateral kidney.
2. Assimos DG, Hall MC, Martin JH. Ureteroscopic mana- Urology, 58 (2): pp. 174-9, 2001.
gement of patients with upper urinary tract transitional cell 4. Tobias-Machado M, Pinto MA, Juliano RV, Mattos MHE,
carcinoma. Urologic Clinics of North America, 27 (4): Wroclawski ER. Alternatives for distal ureter resection in
pp. 750-9, 2000. laparoscopic nesphroureterectomy. Int Braz J Urol, 28 (2):
pp. 109-15, 2002.

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