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Leitura recomendada
1. Petkovic, SD. Epidemiology and treatment of renal pelvic
and ureteral tumors. J Urol 1975; 114: p. 858.
2. Hall MC et al. Prognostic factors, recurrence, and survival in
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year experience in 252 patients. Urology 1998; 52: p. 594.
3. Djokic M et al. Comparison of upper urinary tract tumors in
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of Yugoslavia. Prog Urol 1999; 9: p. 61.
4. Munoz JJ, Ellison LM. Upper tract urothelial neoplasms: incidence
and survival during the last 2 decades J Urol 2000; 164: p. 1523.
5. Hafner C et al. Clonality of multifocal urothelial carcinomas:
10 years of molecular genetic studies. Int J Cancer 2002;
101: pp. 1-6.
368
Capítulo 108
Patologia, classificação e
estadiamento
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roscopia, semi-rígida ou flexível está indicada na ava- O estadiamento segue o sistema TNM.
liação das falhas de enchimento observadas na uro-
grafia excretora ou na tomografia, nos quadros de Tumor primário
hematúria importante unilateral e na presença de cito- Tx tumor primário, não pode ser avaliado
logia maligna unilateral (Figura 1). A visualização direta T0 não há evidência de tumor primário
por meio da ureteroscopia, associada à biópsia, nos Ta tumor papilar não-invasivo
fornece informações precisas em relação ao tipo histo- Tiscarcinoma in situ
lógico e ao grau de diferenciação tumoral. Entretanto, T1 tumor invade a lâmina própria
devemos lembrar que limitações anatômicas, assim T2 tumor invade muscularis própria
como a presença de hematúria importante, podem T3 pelve renal – tumor invade além da muscularis,
dificultar ou mesmo impossibilitar a visualização e o e alcança a gordura peripélvica ou parênquima
tratamento endoscópico. renal
T4 tumor invade outros órgãos adjacentes ou,
através do rim, a gordura perirrenal
Linfonodos
Nx linfonodos não podem ser avaliados
N0 sem evidência de comprometimento dos
linfonodos
N1 metástase somente em um linfonodo e menor
de 2 cm
N2 metástase em um ou mais linfonodos todas
menores que 5 cm
N3 metástase em um ou mais linfonodos maiores
que 5 cm
Metástase
Mx metástase à distância não pode ser avaliada
M0 ausência de metástase à distância
M1 presença de metástase à distância
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Capítulo 109
Quadro clínico e diagnóstico
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Capítulo 110
Opções terapêuticas no
tumor de pelve e ureter
O carcinoma de células transicionais (CCT) do em pacientes com rim contralateral normal, onde a
trato urinário superior representa cerca de 10% dos doença ocorre de modo assincrônico em somente
tumores uroteliais. Seu tratamento e vigilância são 3% dos casos. Pode ser realizada por via aberta ou
fundamentais em razão dos significativos índices de laparoscópica. Nesta última, a nefrectomia radical é
multifocalidade e recorrência unilateral. A nefrourete- realizada por via laparoscópica (transperitoneal ou
rectomia com excisão de um adequado cuff vesical é retroperitoneal) e o cuff vesical é excisado por técnicas
o tratamento padrão dessa doença nos diversos está- endourológicas (também por laparoscopia ou por
gios, reservando-se procedimentos endourológicos via transuretral) ou por incisão abdominal baixa.
minimamente invasivos ou ressecções parciais a céu Ainda assim mantém-se a necessidade de seguimento
aberto a pacientes de elevado risco cirúrgico ou em (cistoscopias para avaliação de recidiva vesical).
situações em que o tratamento cirúrgico radical impli- Importante citar que para muitos autores é conside-
ca a necessidade absoluta de métodos de diálise per- rada uma cirurgia “mutilante”, pois, em aproxima-
manentes: rim único, doença bilateral ou déficit damente dois terços dos casos, a doença tratada é
significativo de função renal. de baixo grau e pequeno volume tumoral, com chance
Os recentes avanços tecnológicos em endourologia extremamente reduzida de progressão.
associados a resultados comparáveis em determinadas
situações entre nefroureterectomia radical e técnicas
endourológicas propiciaram uma forte tendência ao Tratamento endourológico
emprego destas últimas, também em pacientes com (transureteral e percutâneo)
rim contralateral normal, relegando cirurgias parciais
a céu aberto a situações excepcionais. A seguir, apresen- São as estratégias terapêuticas de escolha em paci-
taremos sucintamente as principais formas de trata- entes com as contra-indicações anteriormente citadas
mento do CCT do trato urinário superior. para a nefroureterectomia radical e opção em indi-
víduos com doença superficial passível de ressecção
completa, comprometidos em submeter-se rigorosa-
Nefroureterectomia radical mente aos exames de follow-up por longos períodos,
e que preencham as seguintes condições: doença
É a maneira clássica de tratamento, com eficácia superficial graus I e II (Ta, T1), sendo importante
inequívoca em prevenir multifocalidade e recorrência observar que em lesões T1 grau II a vigilância deve
unilateral. Sua indicação é indiscutível em doença inva- ser ainda mais rigorosa; doença superficial Ta grau
siva localizada ressecável, realizada com segurança III com critérios de bom prognóstico (ausência de
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carcinoma in situ (CIS), diploidia, baixa expressão de devem ser colocados e retirados em duas a três
p53 e tumor único). Pacientes com lesão Ta grau III semanas, ou retirados ao término das aplicações
sem critérios de bom prognóstico ou T1 grau III intravesicais de doença superficial imunoterápicos
não devem ser submetidos a estes tratamentos conser- (BCG), se indicado.
vadores (maiores chances de recidiva e progressão),
exceto se houver contra-indicação para a nefrourete- Tratamento percutâneo anterógrado
rectomia radical. Importante lembrar que a qualquer É indicado para o tratamento de tumores maio-
momento a evidência de doença invasiva ou a impos- res em pelve renal ou tumores múltiplos de pelve.
sibilidade de ressecção completa implicam a indi- O trajeto pode ser mantido pelo tempo que for
cação de nefroureterectomia, se houver condições necessário, permitindo reavaliação endoscópica e
clínicas para tal. Abaixo as recomendações para a instilação de imunoterápicos ou quimioterápicos.
escolha entre os dois métodos.
Estudos recentes indicam que implantes tumorais
Tratamento ureteroscópico retrógrado no trajeto são raros.
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Leitura recomendada 3. Elliot DS, Segura JW, Lightner D, Petterson DE, Blute ML.
Is nephroureterectomy necessary in all cases of upper tract
1. Jabbour ME, Smith AD. Primary percutaneous approach to transitional cell carcinoma? Long-term results of conservative
upper urinary tract transitional cell carcinoma. Urologic endourologic management of upper tract transitional cell
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