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Escola Secundária Ferreira de Castro

A União Europeia

CURSO TÉCNICO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO – CIDADANIA E MUNDO ACTUAL

• Eduarda Costa nº
10282

• Joana Freitas nº 11281

• Rúben Barreira nº

2008/2009
“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

Índice
• Introdução

• 1. O que é a União europeia?

o 1.1.História

o 1.2. Países membros

o 1.3. Alargamentos

o 1.4. Objectivos

o 1.5. Funcionamento

o 1.6. Símbolos

o 1.7. Tratados e Direito

o 1.8. O que conseguiu até agora?

 1.8.1. Implantação da moeda única

 1.8.2. Mercado único

 1.8.3. Educação e formação dos jovens

• Conclusão

• Bibliografia

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• Introdução

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1. O que é a União europeia?

A União Europeia, (UE), anteriormente


designada por Comunidade Económica
Europeia (CEE), é uma organização
internacional constituída actualmente por 27
estados membros. Foi estabelecida com
este nome pelo Tratado da União Europeia
(normalmente conhecido como Tratado de
Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos
desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em
Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.

Tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado


único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o euro,
adoptado por 16 dos 27 estados membros) e políticas agrícola, de
pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia
desenvolve também várias iniciativas para a coordenação das
actividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.

Trata-se assim de um bloco económico, político e social de 27


países europeus que participam de um projecto de integração política
e económica ou seja, de uma parceria política e económica com
características comuns entre 27 países europeus democráticos
(Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária. Chipre, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia,
Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países
Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República, Roménia e Suécia.
Macedónia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação).

Para o funcionamento de suas funções, a União Europeia conta


com instituições básicas como o Parlamento, a Comissão, o Conselho
e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos possuem representantes
de todos os países membros.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.1. História

1951: A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) é criada pelos seis membros fundadores.
1957: O Tratado de Roma institui um mercado comum.
1973: A Comunidade passa a ter nove Estados-Membros e desenvolve as suas políticas comuns.
1979: Primeiras eleições directas para o Parlamento Europeu.
1981: Primeiro alargamento mediterrânico.
1993: Realização do mercado interno.
1993: O Tratado de Maastricht institui a União Europeia.
1995: A União passa a contar com quinze membros.
2002: Introdução das notas e moedas de euros.
2004: Mais dez países aderem à União.

- 1945-1959 - Uma Europa pacífica – Início da cooperação

A União Europeia foi criada com o


objectivo de pôr termo às frequentes
guerras sangrentas entre países
vizinhos, que culminaram na Segunda
Guerra Mundial. A partir de 1950, a
Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço começa a unir económica e
politicamente os países europeus,
tendo em vista assegurar uma paz
duradoura. Os anos 50 são dominados pela guerra-fria entre o bloco
de Leste e o Ocidente. Em 1956, o movimento de protesto contra o
regime comunista na Hungria é reprimido pelos tanques soviéticos.
No ano seguinte, em 1957, a União Soviética lança o primeiro satélite
artificial (o Sputnik 1), liderando a "corrida espacial". Ainda em 1957,
o Tratado de Roma institui a Comunidade Económica Europeia (CEE)
ou “Mercado Comum”.

-1960-1969- Os anos 60 – Um período de crescimento económico

A década de 60 é caracterizada pela


emergência de uma “cultura jovem”.
Trata-se de um bom período para a
economia, favorecida pelo facto de os
países da União Europeia terem
deixado de cobrar direitos aduaneiros
sobre as trocas comerciais realizadas
entre si. Além disso, decidem também implantar um controlo
conjunto da produção alimentar, de forma a assegurar alimentos
suficientes para todos. Em breve, se passaria a registar, aliás,

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

excedentes de produtos agrícolas. O mês de Maio de 68 tornou-se


famoso pelas manifestações de estudantes em Paris, tendo muitas
mudanças na sociedade e a nível dos comportamentos ficado para
sempre associadas à denominada “geração de 68”.

- 1970-1979- Uma Comunidade em expansão – O primeiro


alargamento

A Dinamarca, a Irlanda e o Reino


Unido aderem à União Europeia em
1 de Janeiro de 1973, elevando
assim o número dos Estados-
Membros para nove. Na sequência
do breve, mas violento, conflito
israelo-árabe em Outubro de 1973, a
Europa debate-se com uma crise
energética e problemas económicos.
A queda do regime de Salazar em
Portugal, em 1974, e a morte do
General Franco em Espanha, em
1975, põem fim às últimas ditaduras
de direita na Europa. No âmbito da
política regional da União Europeia, começam a ser atribuídas
elevadas verbas para fomentar a criação de empregos e de infra-
estruturas nas regiões mais pobres. Em 1979, os cidadãos passam,
pela primeira vez, a poder eleger directamente os seus deputados.

- 1980-1989- A fisionomia da Europa em mutação – A queda do


Muro de Berlim

Em 1981, a Grécia torna-se o


décimo Estado-Membro da UE,
seguindo-se-lhe a Espanha e
Portugal cinco anos mais tarde. Em
1986, é assinado o Acto Único
Europeu, um Tratado que prevê um
vasto programa para seis anos
destinado a eliminar os entraves que
se opõem ao livre fluxo de comércio
na UE, criando assim o “Mercado
Único”. Com a queda do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989,
dá-se uma grande convulsão política: a fronteira entre a Alemanha de
Leste e a Alemanha Ocidental é aberta pela primeira vez em 28 anos
e as duas Alemanhas em breve se reunificarão, formando um único
país.

-1990-1999- Uma Europa sem fronteiras

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

Em 1993, é concluído o Mercado


Único com as “quatro liberdades”:
livre circulação de mercadorias,
de serviços, de pessoas e de
capitais. A década de 90 é
também marcada por mais dois
Tratados, o Tratado da União
Europeia ou Tratado de
Maastricht, de 1993, e o Tratado
de Amesterdão, de 1999. A
opinião pública mostra-se preocupada com a protecção do ambiente e
com a forma como os europeus poderão colaborar entre si em
matéria de defesa e segurança. Em 1995, a União Europeia passa a
incluir três novos Estados-Membros, a Áustria, a Finlândia e a Suécia.
Milhões de jovens estudam noutros países com o apoio da UE. A
comunicação é facilitada à medida que cada vez mais pessoas
começam a utilizar o telemóvel e a Internet.

- A partir de 2000- Uma década de expansão

O euro é a nova moeda de muitos


europeus. O 11 de Setembro de
2001 torna-se sinónimo de
“Guerra contra o terrorismo”
depois de terem sido desviados
aviões para embaterem em
edifícios de Nova Iorque e
Washington. Os Estados-Membros
da União Europeia começam a
trabalhar cada vez mais em
conjunto para lutar contra a
criminalidade. As divisões
políticas entre a Europa Ocidental
e a Europa Oriental são
finalmente declaradas sanadas
quando dez novos países aderem
à União Europeia em 2004. Muitos consideram que é altura de a
Europa ter uma constituição. Mas a questão de saber qual o tipo de
constituição mais adequada está longe de ser consensual, pelo que o
debate sobre o futuro da Europa continua.

1.2. Países membros

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• Em 1957 Os seis países da CECA formam a Comunidade Económica

Europeia que mais tarde tornou-se na Comunidade Europeia e atual

União Europeia.

• Em 1973, a Dinamarca, Irlanda e Reino Unido, juntam-se aos 6.

• Em 1981, a Grécia junta-se.

• Em 1986, a Espanha e Portugal juntam-se.

• Em 1990, a Alemanha de Leste é anexada pela Alemanha (ocidental) na

Reunificação alemã, o que aumenta a união em área e população, mas

não em número de estados membros.

• Em 1995, a Áustria, a Finlândia e Suécia juntam-se aos 12.

• Em 2004, o Chipre, a Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia,

Lituânia, Malta, Polónia e República Checa aderem à União Europeia,

aumentando o número de estados para 25.

• Em 2007 dá-se o último alargamento da comunidade com a entrada da

Roménia e Bulgária.

Bélgica Bulgária República Checa

Dinamarca Alemanha Estónia

Irlanda Grécia Espanha

França Itália Chipre

Letónia Lituânia Luxemburgo

Hungria Malta Países Baixos

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Áustria Polónia Portugal

Roménia Eslovénia Eslováquia

Finlândia Suécia Reino Unido

Países Candidatos

Turquia
Pedido de adesão: 14 de Abril de 1987

Croácia
Pedido de adesão: 1 de Fevereiro de 2003

Antiga República Jugoslava da Macedónia


Pedido de adesão: 22 de Março de 2004

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

1.3. Alargamentos

Os alargamentos da UE foram todos diferentes no que respeita quer


ao número de países a aderir, quer à sua dimensão, população, e
riqueza (medida em termos de PIB), quer também ao contexto e
situação política em que aconteceram. Consideremos, por exemplo o
ano 2005, como referência para medirmos em termos de população,
superfície e PIB a preços de mercado os vários alargamentos da UE. E
por curiosidade, vejamos também essas diferenças com os actuais
candidatos à UE. Os quadros seguintes pretendem ilustrar essas
diferenças:

Δ Área Δ População Δ PIB a Preços Mercado 2005


Alargamentos
(1.000 km²) (milhões) (em mil milhões de Euros)
UE6 1.277 231 6.203
Δ UE9 357 70 2.159
Δ UE9 (%) 28,0% 30,3% 34,8%
Δ UE12 730 66 1.232
Δ UE12 (%) 44,7% 21,9% 14,7%
Δ UE15 863 23 688
Δ UE15 (%) 36,5% 6,3% 7,2%
Δ UE25 733 74 556
Δ UE25 (%) 22,7% 19,0% 5,4%
Δ UE27 349 29 100
Δ UE27 (%) 8,8% 6,3% 0,9%

Δ PIB a Preços
Δ Área Δ
Mercado 2005
Candidatos (1.000 População
(em mil milhões
km²) (milhões)
de Euros)
Antiga República Jugoslava
21.713 2 4
da Macedónia (FYROM)
Antiga República Jugoslava
0,6% 0,4% 0,04%
da Macedónia (FYROM) (%)
Croácia 57.000 4 31
Croácia (%) 1,3% 0,9% 0,3%
Turquia 775.000 70 291
Turquia (%) 18% 14,2% 2,7%

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

Dados: Os dados para os 27 Estados-Membros referem-se ao ano de 2005, bem como para a

Croácia e para a Turquia. Os dados para a Antiga República Jugoslava da Macedónia referem-

se ao ano de 2004.

Fonte: Eurostat yearbook 2006-2007 e Pocketbook on Candidate and Potential Candidate

countries, Eurostat 2007.

Qualquer país que formalize a sua candidatura à UE tem de respeitar


as condições impostas pelo artigo 49.º e os princípios do artigo 6.º do
Tratado da União Europeia. Tem de respeitar os valores comuns aos
Estados-Membros e nos quais a UE assenta: a liberdade, a
democracia, o respeito pelos direitos do Homem e pelas liberdades
fundamentais, bem como o Estado de Direito.
O Conselho Europeu de Copenhaga, em 1993, formulou três critérios
que foram reforçados aquando do Conselho Europeu de Madrid, em
1995:

- Critério político: existência de instituições estáveis que garantam


a democracia, o Estado de Direito, o respeito pelos direitos humanos,
pelas minorias e sua protecção;

- Critério económico: existência de uma economia de mercado que


funcione efectivamente, com capacidade para responder à pressão da
concorrência dentro da União;

- Critério da adopção do acervo comunitário: capacidade para


assumir as obrigações decorrentes da adesão, incluindo a partilha dos
objectivos da união política, económica e monetária.
Para que o Conselho Europeu decida a abertura das negociações,
deve ser cumprido o critério político.
Um país só pode entrar para a UE quando cumprir os critérios
estabelecidos. Assim, este tempo é variável. Depende da situação
inicial do país, do seu desempenho e capacidade de adaptação.

Podemos ver, como exemplo, o tempo decorrido entre cada pedido e


a respectiva adesão dos Estados-Membros:

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

País Pedido de adesão Entrada oficial


Irlanda 1961 1973
Reino Unido 1961 1973
Dinamarca 1961 1973
Grécia 1975 1981
Portugal 1977 1986
Espanha 1977 1986
Áustria 1989 1995
Suécia 1991 1995
Finlândia 1992 1995
Chipre 1990 2004
República Checa 1995 2004
Estónia 1995 2004
Hungria 1994 2004
Letónia 1995 2004
Lituânia 1995 2004
Malta 1990 2004
Polónia 1994 2004
Eslováquia 1995 2004
Eslovénia 1996 2004

Os países candidatos fizeram os seus pedidos de adesão em 1987


(Turquia), 2003 (Croácia) e em 2005 (Antiga República Jugoslava da
Macedónia).

A adesão à UE implica deveres, obrigações e direitos. Durante as


negociações de adesão os países têm de adoptar a legislação em
vigor da União (o acervo comunitário) e executá-la. A principal
vantagem é a estabilidade. A UE é garantia do Estado de Direito, da
Paz e do crescimento económico.

Os alargamentos prendem-se com a capacidade da UE poder integrar


novos membros, continuando a funcionar eficazmente. Trata-se de
um conceito funcional e não geográfico.

Em Novembro de 2005, a Comissão definiu o conceito de capacidade


de absorção: "O ritmo do alargamento deve ter em consideração a
capacidade de absorção da UE. O alargamento consiste na partilha de

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

um projecto baseado em princípios, políticas e instituições comuns. A


União tem de garantir que pode manter a sua capacidade de acção e
de decisão, assegurando o justo equilíbrio entre instituições, que pode
respeitar os limites orçamentais e que pode aplicar políticas comuns
que funcionam correctamente e que alcançam os seus objectivos".

A capacidade de absorção foi um dos critérios estabelecidos nas


conclusões do Conselho Europeu de Copenhaga de 1993, que
afirmavam: "a capacidade da União para absorver novas adesões,
mantendo simultaneamente a dinâmica da integração europeia,
constitui também um importante factor de interesse geral tanto para
a União como para os países candidatos". Estes princípios foram
concretizados na prática pelo documento da Comissão de 1997
"Agenda 2000" que propunha soluções para as reformas das
instituições, políticas e orçamento da UE, tendo aberto o caminho
para a adopção das decisões de 1999-2003 que prepararam a União
para a adesão harmoniosa de 12 novos Estados-Membros em Maio de
2004 e Janeiro de 2007. Embora a capacidade de absorção constitua
um factor importante, não se pode, no interesse da Europa de hoje,
esperar que futuros alargamentos melhorem a capacidade de
funcionamento da UE. Melhorar o funcionamento da actual UE reforça
o crescimento económico e a competitividade, a criação de emprego e
a prosperidade social, servindo melhor os cidadãos.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.4. Objectivos

- Paz e estabilidade

A ideia de uma Europa unida começou


por ser apenas um sonho de filósofos
e visionários antes de se tornar um
verdadeiro projecto político. Victor
Hugo, por exemplo, imaginou uns
"Estados Unidos da Europa" pacíficos e
inspirados num ideal humanitário. O
sonho foi desfeito pelos trágicos
conflitos que assolaram o continente
na primeira metade do século XX.
No entanto, foi das cinzas da Segunda Guerra Mundial que nasceu
uma nova esperança. Os que haviam resistido ao totalitarismo
durante a guerra estavam determinados a pôr fim aos antagonismos
nacionais e a criar condições para uma paz duradoura. Entre 1945 e
1950, novas estruturas, baseadas em interesses comuns e assentes
em tratados que garantissem o primado da lei e a igualdade das
nações, iriam ser criadas na Europa Ocidental.
Robert Schuman retomou uma ideia originalmente lançada por Jean
Monnet e, em 9 de Maio de 1950, propôs a fundação de uma
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Colocar sob uma
autoridade comum - a Alta Autoridade - a produção de carvão e de
aço de países outrora inimigos era um acto pragmático mas
simultaneamente de elevado valor simbólico. Com ele, as matérias
primas da guerra transformavam se em instrumentos de reconciliação
e de paz.

- A reunificação do continente europeu


A União Europeia apoiou a reunificação
da Alemanha, depois da queda do Muro
de Berlim, em 1989. Em 1991, os
antigos países comunistas da Europa
Central e Oriental, submetidos durante
décadas ao autoritarismo do Pacto de
Varsóvia, decidiram que o seu futuro
residia na família das nações
democráticas europeias.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

- Segurança
A União Europeia tem de
trabalhar activamente para
preservar a segurança dos
seus membros. Deve
trabalhar de forma
construtiva com as regiões
com as quais tem fronteiras e
também proteger os seus
interesses militares e
estratégicos, colaborando
com os seus aliados e
desenvolvendo uma autêntica Política Europeia de Segurança e de
Defesa (PESD) comum.
A luta contra o terrorismo e a criminalidade organizada exige um
trabalho conjunto das forças da ordem de todos os Estados-Membros.
Tornar a União Europeia um espaço de liberdade, de segurança e de
justiça é um novo desafio que requer estreita cooperação entre
governos.

-Solidariedade económica e social


A população da União
Europeia constitui uma
percentagem cada vez menor
da população mundial. Por
isso, é necessário que os
países que a compõem
continuem a trabalhar em
conjunto, para assegurarem
o seu crescimento económico
e serem capazes de concorrer
a nível mundial com outras
grandes economias.
Os cidadãos europeus quando são vítimas de inundações ou de outras
catástrofes naturais, podem contar com o apoio do orçamento
comunitário.
Com dinheiro do orçamento comunitário e empréstimos do Banco
Europeu de Investimento (BEI), a União contribui para a melhoria das
infra estruturas europeias de transportes (auto estradas e comboios
de alta velocidade, por exemplo), proporcionando melhores acessos
às regiões periféricas e estimulando o comércio transeuropeu

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- Identidade e diversidade num mundo globalizado


Os níveis de vida têm registado uma constante melhoria, mas ainda
existem desigualdades significativas entre
ricos e pobres. O alargamento veio
acentuar essas desigualdades, já que
aderiram países com níveis de vida
abaixo da média da União Europeia. É,
pois, importante que os Estados-
Membros trabalhem em conjunto para as
reduzir.
O velho adágio "a união faz a força"
mantém toda a sua actualidade para os europeus de hoje, embora o
processo de integração europeia não tenha acabado com os
diferentes modos de vida, tradições e culturas dos povos nele
envolvidos. Na verdade, a União Europeia faz da diversidade um dos
seus valores essenciais.

- Valores
A União defendeu ma visão da humanidade e um modelo de
sociedade apoiados pela grande maioria dos seus cidadãos. Os
direitos humanos, a solidariedade social, a livre iniciativa, a justa
distribuição dos frutos do crescimento económico, o direito a um
ambiente protegido, o respeito pela diversidade cultural, linguística e
religiosa e uma síntese harmoniosa entre a tradição e o progresso
constituem para os europeus um precioso património de valores.
A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, proclamada em
Nice, em 7 de Dezembro de 2000, enuncia todos os direitos
actualmente reconhecidos pelos seus Estados-Membros e respectivos
cidadãos.

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• 1.5. Funcionamento

A União Europeia não é um Estado Federal. É uma organização de


uma base historicamente única que foi evoluindo imenso ao longo
destes largos anos.

Está formada em variadas instituições. O poder legistativo está sob


comando de um "triângulo institucional" formado por quatro
instituições:

1. Conselho da União Europeia (que representa os Estados


Membros). Tem variadas funções entre as quais:

- o poder legislativo da UE;

- Assegurar a coordenação das políticas


económicas gerais dos Estados-Membros e
a coordenação dos Estados-Membros
adoptando medidas no domínio judicial e
penal;

- Celebra, em nome da Comunidade, os


tratados intenacionais;

- Partilha a autoridade orçamental com o Parlamento Europeu;

- Aprova as decisões necessárias à definição e à execução da política


externa e de segurança comum apoiadas nas medidas do Conselho
Europeu;

A grande diferença entre o Conselho da União Europeia e o Conselho


Europeu é que o Conselho da União Europeia possui poderes
legislativos tais não existentes no Conselho Europeu embora seja lá
que as decisões mais importantes sejam tomadas.

2. Conselho Europeu que reúne os


Chefes de Estado e de Governo de
todos os Estados Membros e o
Presidente da Comissão Europeia. O
Presidente do Parlamento Europeu
também intervém em cada Conselho
Europeu. A sua função é a de ser
o centro impulsionador das principais
iniciativas políticas comunitárias

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

e deve ser o árbitro para decidir o futuro de questões mais difíceis,


sobre as quais os ministros (reunidos no Conselho da União
Europeia) não tenham chegado a acordo.

3. Parlamento Europeu que representa os cidadãos é eleito de


cinco em cinco anos pelos
cidadãos Europeus, tendo
sido o Parlamento actual,
eleito em Junho de 2004.

As funções do Parlamento são


as de aprovar legislação
europeia. Partilha esta
responsabilidade com o
Conselho da União Europeia,
sendo as propostas de nova
legislação apresentadas pela Comissão Europeia.

O Parlamento tem o poder de demitir a Comissão Europeia. Os


deputados do Parlamento Europeu estão organizados em sete
grupos políticos de dimensão europeia. O mais importante é o
Grupo do Partido Popular Europeu (Democrata-Cristão), seguido
pelos Socialistas, os Liberais e os Verdes.

As reuniões principais do Parlamento realizam-se em Estrasburgo


e Bruxelas. Como todas as outras instituições da UE, funciona nas
20 línguas oficiais da UE.

O Parlamento elege o Provedor de Justiça Europeu, que analisa


queixas dos cidadãos sobre problemas de administração na UE.

4. Comissão Europeia (um órgão


politicamente independente que
representa o interesse geral dos
europeus) representa e defende os
interesses da Europa no seu
conjunto. Elabora as propostas da
nova legislação europeia. Assume
a gestão quotidiana da aplicação
das políticas e dos fundos da UE. A
Comissão também está atenta à
forma como os Tratados e a
legislação europeia são
observados. Actua contra os infractores recorrendo, se necessário,

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

ao Tribunal de Justiça.
Esta é composta por 25 mulheres e homens.
O Presidente da Comissão é escolhido pelos governos da UE e
aprovado pelo Parlamento Europeu. Os outros Comissários são
nomeados pelos seus governos nacionais em consulta com o novo
Presidente e devem ser aprovados pelo Parlamento Europeu e não
representam os governos dos seus países de origem. Cada um
deles é responsável por uma área política específica da UE.
O Presidente e os Membros da Comissão têm um mandato de
cinco anos, coincidente com o período para o qual o Parlamento
Europeu é eleito. Neste momento o actual presidente da Comissão
Europeia é um Português de nome Durão Barroso.

O poder judicial está sobre o comando do Tribunal de Justiça que


tem funções vigilantes e judiciais.

O poder económico está sobre o comando do Banco Central


Europeu que é responsável pela gestão do euro e por fixar as taxas
de juro. A sua principal preocupação é garantir a estabilidade dos
preços, por forma que a economia europeia não seja afectada pela
inflação. O Banco toma decisões com independência em relação aos
governos e outros organismos. Possui como presidente Jean-Claude
Trichet.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.6. Símbolos

- Bandeira europeia

Símbolo não só da União Europeia, mas


também da unidade e da identidade da
Europa em sentido mais lato. O círculo de
estrelas douradas representa a solidariedade
e a harmonia entre os povos da Europa.

O número de estrelas não tem nada a ver


com o número de Estados-Membros. As
estrelas são doze porque tradicionalmente este número constitui um
símbolo de perfeição, plenitude e unidade. Assim, a bandeira
mantém-se inalterada, independentemente dos alargamentos da UE.

- Hino europeu

Não é apenas o hino da União Europeia,


mas de toda a Europa num sentido mais
lato. A música é extraída da 9ª Sinfonia de
Ludwig Van Beethoven, composta em 1823.

No último andamento desta sinfonia,


Beethoven pôs em música a "Ode à
Alegria", que Friedrich von Schiller escreveu em 1785. O poema
exprime a visão idealista de Schiller, que era partilhada por
Beethoven, em que a humanidade se une pela fraternidade.

Em 1972, o Conselho da Europa (organismo que concebeu também a


bandeira europeia) adoptou o "Hino à Alegria" de Beethoven para
hino. Solicitou?se ao célebre maestro Herbert Von Karajan que
compusesse três arranjos instrumentais - para piano, para
instrumentos de sopro e para orquestra. Sem palavras, na linguagem
universal da música, o hino exprime os ideais de liberdade, paz e
solidariedade que constituem o estandarte da Europa.

Em 1985, foi adoptado pelos chefes de Estado e de Governo da UE


como hino oficial da União Europeia. Não se pretende que substitua
os hinos nacionais dos Estados Membros, mas sim que celebre os
valores por todos partilhados de unidade e diversidade.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

- Dia da Europa, 9 de Maio

Em 9 de Maio de 1950, Robert Schuman


apresentou uma proposta de criação de
uma Europa organizada, requisito
indispensável para a manutenção de
relações pacíficas. Esta proposta,
conhecida como "Declaração Schuman", é
considerada o começo da criação do que é
hoje a União Europeia. Actualmente o dia
9 de Maio tornou-se um símbolo europeu
(Dia da Europa) que, juntamente com a bandeira, o hino, a divisa e a
moeda única (o euro), identifica a identidade política da União
Europeia. O Dia da Europa constitui uma oportunidade para
desenvolver actividades e festejos que aproximam a Europa dos seus
cidadãos e os povos da União entre si. ~

- Lema da União europeia

“Unida na diversidade” é o lema da União


Europeia.

Este lema significa que na UE os europeus


estão unidos, trabalhando em conjunto
pela paz e pela prosperidade, e que o
facto de existirem diferentes culturas,
tradições e línguas na Europa é algo de
positivo para o continente.

Reproduzimos alguns cartazes nas 23 línguas da UE que utilizam este


lema.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.7. Tratados e Direito

A União Europeia assenta no primado do direito. Isto significa que


todas as suas acções são fundadas nos Tratados, os quais são
voluntária e democraticamente aprovados por todos os Estados-
Membros. Os Tratados já assinados foram alterados e actualizados
para acompanhar a evolução da sociedade.

- Tratado de Lisboa

O Tratado de Lisboa foi assinado em 13 de Dezembro de


2007. Os seus principais objectivos são aumentar a
democracia na UE - em resposta às grandes expectativas
dos cidadãos europeus em matéria de responsabilidade,
de abertura, de transparência e de participação - e
aumentar a eficácia da actuação da UE e a sua capacidade para
enfrentar os actuais desafios globais.

- Tratado de Nice

O Tratado de Nice foi assinado em 26 de Fevereiro de 2001 e entrou


em vigor em 1 de Fevereiro de 2003. Incidiu
principalmente na reforma das Instituições a fim de
assegurar o funcionamento eficaz da União Europeia
na sequência do seu alargamento em 2004 para 25
Estados-Membros e em 2007 para 27 Estados-
Membros.

- Tratado de Amesterdão

O Tratado de Amesterdão foi assinado em 2 de


Outubro de 1997 e entrou em vigor em 1 de Maio de
1999. Alterou os artigos do Tratado da União Europeia,
que, em vez de serem identificados pelas letras A a S,
passaram a ser numerados.

- Tratado da União Europeia

O Tratado da União Europeia foi assinado em


Maastricht em 7 de Fevereiro de 1992 e entrou em
vigor em 1 de Novembro de 1993. Este Tratado
alterou a designação da Comunidade Económica

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

Europeia, que passou a denominar-se «Comunidade Europeia».


Também introduziu novas formas de cooperação entre os governos
dos Estados-Membros em domínios como a defesa e a justiça e
assuntos internos.

- Acto Único Europeu (AUE)

O Acto Único Europeu (AUE) foi assinado no


Luxemburgo e em Haia e entrou em vigor em 1
de Julho de 1987. Estabeleceu as adaptações
necessárias para realizar o Mercado Interno.

- Tratado de Fusão

O Tratado de Fusão foi assinado em Bruxelas em


8 de Abril de 1965 e está em vigor desde 1 de
Julho de 1967. Instituiu uma Comissão e um
Conselho únicos para as três Comunidades
Europeias então existentes.

-Tratado de Roma

O Tratado de Roma , que instituiu a Comunidade


Económica Europeia (CEE), foi assinado em Roma
em 25 de Março de 1957 e entrou em vigor em 1
de Janeiro de 1958. O Tratado que institui a
Comunidade Europeia da Energia Atómica
(Euratom) foi assinado na mesma altura, o que
levou a que estes dois tratados passassem a ser conjuntamente
designados por Tratados de Roma.

-Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

O Tratado que institui a Comunidade Europeia do


Carvão e do Aço (CECA) foi assinado em 18 de
Abril de 1951 em Paris, entrou em vigor em 23 de
Julho de 1952 e chegou ao seu termo em 23 de
Julho de 2002.

Com base nos Tratados, as Instituições da União Europeia podem


adoptar legislação, que é aplicada pelos Estados-Membros.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.8. O que conseguiu até agora?

• Viagens e comércio sem fronteiras

• O euro (a moeda única europeia)

• Produtos alimentares mais seguros

• Ambiente mais limpo

• Melhores níveis de vida nas regiões mais


desfavorecidas

• Acção conjunta na luta contra a criminalidade


e o terrorismo

• Políticas de solidariedade

• Chamadas telefónicas e viagens aéreas mais


baratas

• Milhões de oportunidades para estudar no estrangeiro

• Estabilidade e crescimento económico

• Maior competitividade entre indústrias

• Melhor aproveitamento das fontes de energia


renováveis

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• Maior segurança pelo reforço do policiamento

• Carta dos Direitos Fundamentais

• Maior mobilidade

• 1.8.1. Implantação da moeda única

Quando, em 1971, os Estados


Unidos decidiram abolir a
relação fixa entre o dólar e o
preço oficial do ouro, que
assegurava a estabilidade
monetária mundial desde a
Segunda Guerra Mundial, pôs
se termo ao sistema de taxas
de câmbio fixas. Tendo em
vista a concretização da sua
própria união monetária, os
Estados-Membros da UE
decidiram evitar margens de
flutuação superiores a 2,25%
entre as moedas europeias, através de uma intervenção concertada
nos mercados cambiais, o que levou à criação do Sistema Monetário
Europeu (SME).

Entrado em vigor em Março de 1979, o sistema assentava em três


elementos principais:

• Uma moeda de referência chamada ecu, que era um "cabaz"


constituído pelas moedas de todos os Estados-Membros;
• Um mecanismo de taxas de câmbio, em que cada moeda tinha
uma taxa de câmbio central associada ao ecu e eram permitidas
margens de flutuação de 2,25% nas taxas de câmbio bilaterais;
• Um mecanismo de crédito, em que cada país transferia para um
fundo comum 20% das respectivas reservas em divisas e em
ouro.

O SME teve uma história contrastada. Em 1992, na sequência da


reunificação da Alemanha e de novas tensões monetárias na Europa,

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

a lira italiana e a libra esterlina abandonaram o SME. Em Agosto de


1993, os países do SME decidiram alargar temporariamente as
margens de flutuação a 15%. Entretanto, para impedir que se
verificassem flutuações importantes das taxas de câmbio entre as
moedas europeias e para eliminar desvalorizações competitivas, os
governos dos Estados-Membros decidiram relançar o projecto de uma
verdadeira união monetária e introduzir uma moeda única.

No Conselho Europeu de Madrid, em Junho de 1989, os dirigentes da


União adoptaram um plano em três etapas para uma união económica
e monetária. Este plano foi integrado no Tratado de Maastricht sobre
a União Europeia, adoptado pelo Conselho Europeu em Dezembro de
1991.

A primeira etapa, que teve início em 1 de Julho de 1990, implicou:

• Total liberdade de circulação de capitais na UE (supressão dos


controlos cambiais);

• Aumento dos recursos destinados a corrigir desequilíbrios entre


regiões europeias (fundos estruturais);

• Convergência económica, através da supervisão multilateral das


políticas económicas dos Estados-Membros.

A segunda etapa começou em 1 de Janeiro de 1994 e implicou:

• Criação do Instituto Monetário Europeu (IME) em Frankfurt,


composto pelos governadores dos bancos centrais dos países da
União;

• Independência dos bancos centrais nacionais;

• Regulamentação sobre a redução dos défices orçamentais.

A terceira etapa foi o nascimento do euro. Em 1 de Janeiro de 1999,


11 países adoptaram o euro, que passou assim a ser a moeda comum
da Áustria, da Bélgica, da Finlândia, da França, da Alemanha, da
Irlanda, da Itália, do Luxemburgo, dos Países Baixos, de Portugal e de
Espanha (aos quais se juntou a Grécia em 1 de Janeiro de 2001). A
partir deste momento, o Banco Central Europeu substituiu o IME e
passou a ser responsável pela política monetária, que é definida e
executada em euros.

Em 1 de Janeiro de 2002, entraram em circulação nos 12 países da


área do euro as notas e moedas de euros. Dois meses depois, as
notas e moedas nacionais tinham sido retiradas. A partir daí, só o

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

euro passou a ter curso legal nos países da área do euro, que
representam mais de dois terços da população da UE.

Cada Estado-Membro deve cumprir cinco critérios de convergência


para poder passar à terceira etapa. São eles:

• Estabilidade dos preços: a taxa de inflação não pode ultrapassar


em mais de 1,5% a média dos três Estados que tenham a
inflação mais baixa;
• Taxas de juro: as taxas de juro a longo prazo não podem variar
mais de 2% em relação à média das taxas dos três Estados
com taxas mais baixas;

• Défices: os défices públicos nacionais devem ser inferiores a


3% do PIB;

• Dívida pública: a dívida pública não pode exceder 60% do PIB;

• Estabilidade das taxas de câmbio: as taxas de câmbio deverão


ter se mantido dentro da margem de flutuação autorizada
durante os dois anos anteriores.

A zona Euro é o conjunto de países da União Europeia que


adoptaram o Euro como moeda nacional.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.8.2. Mercado único

A União Europeia quer dar um novo rumo ao mercado único


europeu, atribuindo prioridade aos consumidores e às pequenas e
médias empresas.

Preços reduzidos, maior escolha


para os consumidores, empresas
competitivas e uma Europa mais
atractiva para os investidores:
estas são algumas das conquistas
do mercado único europeu até à
data. Com o conjunto de medidas
apresentado hoje, a Comissão quer
ir mais longe e para tal continuar a
modernizar o mercado único europeu.
Das medidas propostas, a Comissão já adoptou o pacote de reforma
das telecomunicações. As propostas apresentadas hoje têm os
seguintes objectivos:

• Dar mais direitos aos consumidores – a Comissão pretende


que os consumidores possam anular uma conta bancária sem
encargos adicionais e associar-se para interpor recursos
colectivos contra as empresas;

• Proporcionar mais oportunidades às pequenas e médias


empresas através da introdução de um pacto para as PME na
Europa, a fim de reduzir as formalidades administrativas,
melhorar o acesso aos programas europeus e promover a
cooperação transfronteiras;

• Promover a mobilidade dos investigadores graças ao


“passaporte do investigador”.

• Informar melhor os consumidores, as empresas e os


trabalhadores – um balcão único ajudá-los-á a tirar partido
do direito à livre circulação e à informação, contribuindo para
garantir o respeito generalizado das regras do mercado único.

Um mercado único moderno tirará não só partido das vantagens da


globalização, mas contribuirá também para manter normas sociais e
ambientais elevadas. Estas novas medidas irão clarificar a aplicação
das regras da União Europeia aos serviços públicos e sociais,
sublinhar a necessidade de serviços públicos de grande qualidade e
promover bens e serviços amigos do ambiente.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

As últimas previsões económicas apontam para um abrandamento do


crescimento económico nos próximos anos na Europa, mas a reforma
do mercado único é uma oportunidade de estimular a competitividade
europeia e gerar mais crescimento e emprego. Na Cimeira da
Primavera de 2008, os líderes da União Europeia deverão decidir
novas prioridades para o mercado único.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• 1.8.3. Educação e formação dos jovens

Para a Europa se desenvolver como


sociedade do conhecimento e ser
competitiva no âmbito de uma economia
mundial cada vez mais globalizada, é
essencial que o ensino e a formação sejam
de elevada qualidade. A política de
educação propriamente dita é decidida
separadamente por cada país da União
Europeia, mas os países estabelecem em
conjunto objectivos comuns e partilham boas práticas. Além disso, a
União Europeia financia um grande número de programas que
permitem aos cidadãos tirar o melhor partido das suas capacidades e
do potencial económico da UE, realizando estudos, beneficiando de
acções de formação ou fazendo trabalho de voluntariado noutros
países.

O nome do programa da UE que permite


aos jovens estudar no estrangeiro vem de
Erasmo, um humanista do século XVI.

No período de 2007-2013, a União


Europeia afectou cerca de 7 mil milhões de
euros à aprendizagem ao longo da vida,
principalmente através dos seguintes
programas:

• Leonardo da Vinci: programa que apoia financeiramente


acções de formação profissional, sobretudo estágios de jovens
trabalhadores e formadores em empresas situadas fora do país
de origem, e projectos de cooperação que associam
estabelecimentos de formação profissional e empresas;

• Erasmus: programa que financia acções de mobilidade e de


cooperação entre universidades. Desde que foi criado em 1987,
o programa Erasmus contou com a participação de um milhão e
meio de estudantes. Um programa mais recente, denominado
Erasmus Mundus, permite a jovens licenciados e
universitários de todo o mundo fazerem um mestrado em
cursos que envolvem consórcios de, pelo menos, três
universidades europeias.

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“A União Europeia” – Cidadania e Mundo Actual

• Grundtvig, que financia programas de educação para adultos,


especialmente sob a forma de parcerias, redes e acções de
mobilidade transnacionais.
• Comenius: programa que financia a cooperação entre
estabelecimentos de ensino e respectivos professores.

Existem igualmente verbas destinadas a promover a cooperação


política, a aprendizagem de línguas e a aprendizagem em linha, bem
como a divulgação e o intercâmbio de boas práticas.

Muitos destes programas estão abertos à participação de estudantes,


professores e estabelecimentos de ensino de outros países,
nomeadamente de países vizinhos da União Europeia ou de países
que tencionam aderir à União Europeia. Através de outros programas
e de acordos de cooperação, a União Europeia também incentiva
intercâmbios e cursos sobre a integração europeia, bem como
intercâmbios com cerca de 80 países de todo mundo, da Mongólia ao
México e da Argélia à Austrália.

Além disso, a União Europeia apoia a formação profissional através do


Cedefop (Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação
Profissional), com sede em Salónica. A Fundação Europeia para a
Formação, localizada em Turim, é uma agência da União Europeia que
apoia o ensino e a formação em países vizinhos dos países da União
Europeia.

Para facilitar a comparação das qualificações de trabalhadores


potenciais e para os cidadãos poderem tirar pleno partido das
oportunidades resultantes da mobilidade transfronteiras, a União
Europeia criou os documentos Europass, que registam as
competências e qualificações adquiridas num formato único,
nomeadamente:

• O CV Europass;

• O passaporte linguístico Europass;

• O Europass-Mobilidade;

• O Suplemento ao Diploma Europass (ensino superior);

• O Suplemento ao Certificado Europass (formação profissional).

Um quadro europeu de qualificações (QEQ) para a aprendizagem ao


longo da vida deverá futuramente ajudar os empregadores e os
estabelecimentos de ensino de toda a Europa a comparar e a
perceber melhor as qualificações no domínio da formação.

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A UE está a trabalhar com 19 outros países, no âmbito do «Processo


de Bolonha», no sentido de criar um Espaço Europeu de Ensino
Superior até 2010, destinado a promover o reconhecimento mútuo de
períodos de estudo, qualificações comparáveis e normas de qualidade
uniformes.

Está a ser criado um Instituto Europeu de Investigação e Tecnologia,


que será um novo símbolo da excelência pan-europeia no ensino
superior, na investigação e na inovação. Dotado de um orçamento de
309 milhões de euros para o período de 2008-2013, o instituto porá
em prática projectos de investigação através da criação de
comunidades de conhecimento e inovação. Trata-se de um novo
modelo de parceria que envolve universidades, organismos de
investigação, empresas, fundações e outras entidades. Entre as
prioridades iniciais, contam-se as alterações climáticas, as fontes de
energia renováveis e a próxima geração de tecnologias da informação
e da comunicação.

As políticas relativas aos jovens não se restringem ao domínio da


educação. O Pacto Europeu para a Juventude estabelece princípios
comuns relativamente à criação de oportunidades para os jovens,
reconhecendo o seu direito à igualdade de oportunidades no que diz
respeito à participação em todos os aspectos da sociedade: educação
e formação de qualidade, procura de emprego, emprego adequado às
qualificações, prestações de segurança social e uma habitação.

Por último, o programa comunitário Juventude para a Europa


promove a participação activa na comunidade, assim como vários
projectos destinados a reforçar o sentimento de cidadania europeia
dos jovens, nomeadamente através do Serviço Voluntário Europeu. A
União Europeia atribuiu a estas actividades cerca de 900 milhões de
euros para o período de 2007 a 2013.

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• Conclusão

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• Bibliografia

- europa.eu/index_pt.htm
- pt.wikipedia.org/wiki/União_Europeia
- europa.eu/pol/educ/index_pt.htm
- www.google.com- pesquisa de imagens

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