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2003 Impactos sociais e instituições culturais, apresentação de François Matarrasso in Alice

Semedo, Álvaro Domingues, Isabel Silva e João Teixeira Lopes (eds.) A Cultura em Acção:
Impactos Sociais e Território, Afrontamento: Porto, pp.63-67. ISBN 972-36-0691-7.

Impactos sociais e instituições culturais


(Apresentação François Matarrasso: palestra integrada no Ciclo de Conferências O Futuro do
Futuro, PORTO 2001)

Alice Semedo

As perturbadoras restrições económicas das últimas décadas levaram instituições


culturais, em geral, e museus, em particular, a tentar justificar-se através do seu
valor económico como catalisadores de desenvolvimento social e económico. Por
volta da década de 80, os centros de definição política estavam conscientes
relativamente à necessidade cada vez maior de planear para objectivos múltiplos.
Actividades e programas que anteriormente eram vistos isoladamente passaram a
ser, cada vez mais, compreendidos em função da sua contribuição para os objectivos
gerais de uma comunidade. Os argumentos baseados no seu valor intrínseco, que
tinham sido os fundamentos de décadas anteriores, perderam terreno e os
argumentos económicos pareciam mais apropriados e atraentes para um período
caracterizado pela redução de despesas públicas.

Neste contexto, o International Council Of Museums (ICOM) comissionou o estudo


Museums: an Investment for Development (Torre 1982) onde se reivindicava uma
função central para os museus no processo de desenvolvimento :”we believe that
museums, beyond their cultural value, can play an active role in development, as
non-formal education institutions, have a potential as propagator of appropriate
technologies, and are useful in helping the population to understand the complexities
of the development processes” (Torre 1982:6). Os museus eram vistos como um
instrumento privilegiado para ajudar a equilibrar – um factor essencial para o
desenvolvimento integrado – por um lado, a necessidade de melhorar a vida das
comunidades e dos indivíduos através da mudança, da introdução de melhor
tecnologia e da evolução das estruturas económicas, e, por outro, a necessidade real
de uma sociedade manter a sua própria identidade apoiada pelas suas raízes
culturais, conhecimentos tradicionais, padrões sociais, técnicas ancestrais, etc.
Defendia-se que estes contributos não só realçavam as razões para manter o apoio a
estas instituições, mas também justificavam investimentos substanciais. Contudo, o
estudo apresentava um discurso museológico global que traía um eurocentrismo
irreflectido, assim como, implicitamente, um conjunto de pressupostos no que diz
respeito à tradição e modernidade, identidade cultural e cultura nacional, etc., que
não estavam de acordo com os princípios anteriormente delineados. A relação entre
o número de museus e o Produto Interno Bruto (PIB), é, por exemplo, proposto como
um indicador de desenvolvimento social, posicionando cada sociedade numa
hierarquia internacional de acordo com o número de museus per capita.

O National Endowement for the Arts (NEA) nos Estados Unidos tinha já encomendado
vários trabalhos de investigação sobre o impacto de museus de arte e outras
instituições culturais na economia que se revelaram extremamente importantes e
que foram apresentados numa conferência co-patrocinada pela NEA e pela John
Hopkins University na Walters Art Gallery em Baltimore (Cwi 1977). Alguns dos
estudos mais relevantes nesta área foram ainda desenvolvidos por um grupo de
investigadores ligados à Cultural Economics Association que tem publicado o Journal
of Cultural Economics desde 1977 e promovido a realização de diversas conferências
internacionais encorajando assim a investigação na área da cultura e economia. Dois
estudos seminais publicados nesta revista merecem destaque neste contexto: um de
David Cwi e Katherine Lyall sobre Baltimore ( Cwi et al 1977 b ) e outro do Port
Authority of New York and New Jersey (Scanlon e Longley 1983). Ambos entendiam
as instituições culturais como sendo extremamente úteis para a economia,
proporcionando benefícios concentrados e imediatos a uma dada área e tendo um
efeito significativo em toda a região. Estas instituições eram vistas como um motor
de actividade e crescimento continuado, funcionando como um factor favorável,
senão mesmo essencial, na indução de desenvolvimento.

Outros Estados nos EUA (Wiener 1980; Hendon 1979; Shanahan 1980; Throsby 1982;
Cuciti 1984; Chartrand 1984; Grant 1984; Wall & Roberts 1984) desenvolveram
também estes argumentos, discutindo o potencial dos recursos culturais como uma
indústria base criando o tipo de vitalidade que conduzia à revitalização económica:
“take a relatively forlorn redevelopment area, infuse cultural activity, and around
that activity create a kind of economic vitality and desirability that is really second
to none “ (Wiener 1980:60). Por essa altura, museus e outras instituições culturais
tinham começado a produzir declarações de impacto económico (Wiener 1980) onde
pretendiam provar que mais do que uma causa meritória podiam funcionar como
fomentadores económicos, como parceiros e, como tal, deveriam apresentar-se como
um verdadeiro e importante recurso. O trabalho de Shanahan em The Arts and Urban
Development (1980) demonstrava claramente que a questão já não incidia sobre o
que a economia podia fazer pelo sector cultural mas exactamente o contrário. O seu
trabalho também chamava atenção para outros benefícios sociais, tais como a
reciclagem de desempregados e a revitalização local que afectava algumas zonas
mais carenciadas. No Canadá, os relatórios de avaliação da década de 80 colocavam
estas instituições em quarto lugar, no âmbito do emprego a tempo inteiro, em
comparação com as vinte maiores indústrias fabris do país (Chartrand 1984),
revelando este sector como um sector chave da economia contemporânea e futura.
Contudo, a pesquisa de Cwi e Lyell (1977) em Baltimore já sugeria que os efeitos
multiplicadores directos e indirectos das actividades culturais eram relativamente
modestos no contexto da totalidade das actividades económicas. Sugeria-se sim que
o principal valor destas instituições podia provir essencialmente de efeitos
particularmente importantes para cidades centrais, porque envolviam a revitalização
urbana e a reorientação e estímulo do investimento e crescimento regional.

Do outro lado do Atlântico, na Grã-Bretanha, tal como em outros países europeus, ao


reduzir ou congelar o subsídio público para a área cultural, o governo pretendia
forçar as instituições culturais a desenvolver novos argumentos de defesa. O conceito
utilitário de value for money abrangeu todas as instituições financiadas por fundos
públicos e a década de 80 conheceu, também na Grã Bretanha, um aumento de
eatudos que marcou uma significativa mudança de atitudes ao defender as
instituições culturais mais por motivos económicos do que morais ou sociais (ver por
ex. Arts Council 1985 e 1988). O primeiro destes documentos – A Great British
Success Story – foi escrito segundo o estilo de um prospecto comercial,
explicitamente identificando a função potencial das instituições culturais na
revitalização económica das cidades interiores, na atracção de turistas e divisas e
ainda na criação de postos de trabalho. Esta tradição de estudos foi certamente
crucial para trazer para a ribalta as políticas culturais e para defender um maior
investimento dos sectores público e privado. Argumentos económicos que apoiavam a
política cultural funcionavam como uma resposta aos objectivos políticos do governo
central que visava reduzir o peso e poderes do sector público, incluindo o sector
cultural apoiado por fundos públicos. A reavaliação das instituições culturais como
um sector económico que contribuía significativamente para a prosperidade nacional
fez com que deixassem de ser vistas como algo que esgotava os recursos públicos
para passarem a ser encaradas como um bem potencial.

Um dos estudos mais importantes desta década para esta temática é talvez aquele
que foi conduzido por John Myerscough para a Policy Studies Institute e para a
Fundação Calouste Gulbenkian, publicado em 1988 – The Economic Importance of the
Arts in Britain. O estudo tinha como objectivos proporcionar uma avaliação do
contributo económico das Artesi em relação à economia britânica, examinando-as
como uma forma de actividade produtiva, em termos de níveis de emprego, criação
de rendimento e padrões de organização económica. Pretendia também avaliar a sua
relação com outras indústrias (ex. hotelaria) e ainda comparar o impacto dos diversos
sectores (ex. Museus / Teatros). Dentro do grande grupo de instituições estudadas os
museus mereceram especial destaque pela sua importância em relação às conclusões
apresentadas. Os números apresentados provavam que na Grã-Bretanha as Artes
eram um sector importante da economia “comparable in their importance to the
national economy with such giants as vehicles or fuel and power; they were vital
export earners, na important source of employement and a power for good and
regional regeneration” (Rodgers 1988: i). O estudo calculava que aproximadamente
500 000 pessoas se encontravam empregadas nesta área, criando um movimento de
cerca de 10 biliões de libras. Foi reconhecido como um sector da economia em
expansão e de alto valor acrescentado, representando um papel importante como
catalisador de revitalização urbana, melhorando a imagem de uma região e
transformando-a num lugar melhor para se viver e trabalhar.

Este relatório ajudou, indubitavelmente, a dar mais credibilidade ao argumento de


impacto económico advogado cada vez mais por estas instituições, tornando os
políticos mais conscientes relativamente aos benefícios de emprego e de imagem que
as indústrias culturais poderiam desencadear. O dinheiro gasto nesta área foi
redefinido como investimento e os argumentos sobre o seu valor social foram
calmamente abandonados em favor de outros que procuravam provar o seu poder de
gerar riqueza.
Muitos centros de tomada de decisão viam agora o desenvolvimento de projectos
culturais, nomeadamente a criação de museus, como um instrumento importante na
diversificação da base da economia local, prestando uma renovada atenção a
sectores económicos em expansão como o lazer e o turismo (Vaughan 1982 e Vaughan
e Booth 1989; Prentice 1993). As actividades culturais atraíam o turismo e este
proporcionava-lhe mais público fomentando-se assim uma relação complementar. Foi
também defendido que o turismo que promovia as instituições culturais, tendia a
angariar novos recursos para a causa da preservação e a uma exploração criteriosa do
Património, diminuindo assim os riscos da sua degradação. Por outro lado, os
habitantes locais estavam certamente interessados no desenvolvimento de
instalações de que pudessem desfrutar. Além disso, uma vida cultural cosmopolita e
estimulante era vista como um ingrediente crucial de marketing da cidade /região e
das estratégias de internacionalização, criadas para atrair capital internacional
móvel bem como o pessoal altamente qualificado, nomeadamente das indústrias de
alta tecnologia e sectores de serviços superiores. A disponibilidade de actividades
culturais era cada vez mais interpretada como um indicador de sofisticação, riqueza,
disponibilidade e investimento em recursos humanos qualificados. No espaço de
alguns anos, a discussão transferia-se para níveis diferentes, relacionando a função
destas instituições com o facto de vivermos numa época de reestruturação industrial,
caracterizada pela importância crescente das indústrias de serviço e das indústrias
assentes em novas tecnologias, explorando a informação e os media. De acordo com
esta perspectiva o sucesso dos centros urbanos na era pós-industrial depende
sobretudo do seu sucesso em atrair as indústrias de serviços. As denominadas
indústrias culturais enquadravam-se nesta estrutura, especialmente quando qualquer
provável aumento na disponibilidade de tempo livre e a intensificação do seu uso
lhes colocasse mais e novas exigências.

As fragilidades destes argumentos foram, todavia, rapidamente apontadas. O


economista Gordon Hughes emitiu uma crítica séria ao estudo de Myerscough, (1988),
argumentando que a sua definição de Arts era demasiado abrangente e que portanto
as suas conclusões não podiam ser consideradas fiáveis (Hughes citado por Hewinson
1995:277). As limitações dos métodos utilizados pelos diversos estudos eram também
frequentemente apontadas. Entre outros aspectos salientavam-se os problemas que
se relacionavam com a aplicação do princípio geral de monetarização e com os
consequentes problemas de avaliação de bens e serviços desta natureza. Eram ainda
acusados de serem tendenciosos, concentrando-se nos presumíveis aspectos positivos
e não explorando outras vertentes menos atractivas: as tentativas de revitalização da
economia local implicam necessariamente a competição com outras economias locais
e portanto o desenvolvimento económico de uma cidade pode relacionar-se com o
declínio económico de outra. Sem organização e infra-estruturas nacionais, ou
mesmo internacionais, as iniciativas locais parecem ser desprovidas de qualquer
sentido em termos globais. O recurso a instituições culturais como forma de atrair
turistas, comércio ou outros tipos de actividade económica pode, então, em termos
globais, só fazer sentido a nível local. Por outro lado, as conclusões apresentadas por
diversos estudos, como por exemplo aquele realizado por Johnson e Thomas (1992)
que procurava avaliar o impacto económico do museu de Beamish, implantado numa
das zonas mais deprimidas do nordeste de Inglaterra, indicam um impacto
relativamente modesto. O desenvolvimento de projectos de outra natureza poderia
então ter sido mais apropriado para atingir os objectivos de impacto económico que
o museu pretendia alcançar. Não se pretende negar a dimensão económica e a
importância da avaliação desta vertente mas as suas restrições devem ser também
apreciadas. As limitações de uma abordagem economicista tornavam-se por demais
evidentes reconhecendo-se como inadequada para justificar os contributos de
museus e outras instituições culturais para o bem estar de uma comunidade. As
metodologias de investigação (ver por ex. Graves 1986) são deficientes no que se
refere à avaliação de benefícios de nível terciário e quaternário discutidos por
Chartrand (1984) e que se têm de se reconhecer como os que verdadeiramente
diferenciam as actividades destas instituições de quaisquer outras. São estes
contributos que são a sua verdadeira esfera de acção e que as tornam relevantes e
insubstituíveis nos processos que envolvem a regeneração de uma comunidade.

De qualquer forma estes estudos lançaram os alicerces de estratégias de


revitalização e reabilitação urbana onde as instituições culturais desempenhavam um
papel central (ver Bianchini et al 1991; Landry et al 1996; Lorente 1996). Glasgow,
Bradford, Liverpool, Marselha ou Frankfurt são alguns dos exemplos bem conhecidos
da utilização de museus no desenvolvimento destes planos. Porém, estes projectos
foram frequentemente criticados por não conseguirem integrar objectivos de
desenvolvimento económico e reabilitação física com outros de ordem social (Landry
et al 1996; Lorente 1996). Não se envolvem genuinamente com os problemas reais
dos habitantes e a sua função é criticada por ser meramente simbólica. Harvey
(1989) vai mais longe e acusa mesmo este tipo de estratégia de fazer parte de uma
ilusão, criando uma forma de diversão em relação aos problemas sociais de uma
comunidade, a carnival mask que esconde as desigualdades sociais, a polarização
social da dual city de Manuel Castells (1994) e os verdadeiros conflitos entre as
cidades.

A tendência actual é a de reconhecer que há uma necessidade de equilibrar as


diferentes dimensões envolvidas nestes processos. Se num primeiro momento estas
estratégias se concentraram sobretudo no desenvolvimento de projectos
emblemáticos, no âmbito da mobilização da cultura do espectáculo (Harvey 1989) e
que pouco tinham a ver com a realidade que os circundava, procura-se agora
equilibrar os diversos âmbitos. Relacionando-se os processos de reabilitação física e
revitalização económica com um processo mais amplo em que os habitantes locais
são entendidos como o principal recurso através do qual essa renovação acontece.

É neste modo de actuação mais abrangente, a que Crish Couch se refere como de
regeneração (Couch 1990:2-3), que os museus desempenham um papel insubstituível.
Pela sua própria natureza, de curadores do património cultural e natural da
humanidade, têm demonstrado ser instrumentos privilegiados de intervenção nestas
áreas complexas de renovação social das quais a própria regeneração depende.

Os estudos recentes de François Matarasso sobre o impacto social de instituições de


natureza cultural (Matarrasso 1997) e de Richard Sandell sobre museus (Sandell 1998;
Sandell 1999:26-29), ou o trabalho inovador que tem sido desenvolvido pela Walsall’s
New Art Gallery (ver por ex. Carrington 1999 a e b) ou ainda o projecto Art
Icebreaker promovido pela Dulwich Picture Gallery no sul de Londres, são alguns
exemplos indicativos desta crescente preocupação em participar no processo de
regeneração de uma comunidade e da recuperação do seu campo de acção mais
relacionado com valores pós-materialistas (MacIntosh 1998). Estes projectos
pretendem assumir as suas responsabilidades em termos de serviço público utilizando
o que têm de único: as suas colecções e o seu know-how. Os conceitos de
desescolarização, democratização e acesso, não só físico mas importantemente
intelectual, aos seus recursos, são fundamentos essenciais destes projectos que
partem do princípio de que a produção de riqueza, coesão social e qualidade de vida
dependem ultimamente de cidadãos imaginativos, confiantes, que se sentem capazes
de realizar o seu potencial. Assim, a interpretação e construção de cartografias
cognitivas e afectivas, tais como preconizadas por autores contemporâneos (Jameson
1984; Walsh 1994), assumem-se como o contributo mais precioso de museus. Já não
se trata de desenvolver projectos emblemáticos, orientados e justificados por
imperativos económicos, mas sim de fazer parte da comunidade discursiva (Bird et al
1993), intervindo, participando activamente na construção do lugar e
instrumentalizando a política museológica. Ao envolver-se em acções que, se é
verdade que não estão isentas de riscos, afirmam-se como verdadeiros artefactos
capazes de reinventar o seu papel no mundo contemporâneo.

1
O conceito de Artes adoptado por este estudo inclui: museums and galleries, theatres and concerts,
creative artists, community arts, the crafts, the screen industries, broadcasting, the art trade,
publishing and the music industries.” (Myerscough, 1988:5).

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