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br
Mais um indício de caminho certo
E
m março último Trata-se de um interesse suprir de forma final a busca
iniciamos a distri- compreensível, consideran- daquele tipo de informações
buição de EMBA- do-se a dimensão da eco- por parte de nossos vizi-
LAGEMMARCA na Argentina, nomia nacional, a boa qua- nhos de idioma espanhol.
fato anunciado ao mercado lificação da infra-estrutura Modestamente, queremos
durante a feira Argenplás, produtiva e, no caso especí- levar a eles o mesmo que
recentemente realizada em fico, o reconhecido nível da oferecemos aos nossos lei-
Wilson Palhares Buenos Aires. Esse foi o criação e da produção das tores de língua portuguesa e
passo inicial de um esforço embalagens em nosso país. que de modo geral tem sido
Nos dias imediatos para alcançar outros países Em suma, procuramos levar aprovado. Nos dias imedia-
à colocação da da América Latina, como a esse público o que ele há tos à colocação da versão
está contado na reportagem tempos vinha nos pedindo, de EMBALAGEMMARCA em
versão da revista
da página 45. Tal decisão tanto por escrito quanto, pes- espanhol em nosso site,
em espanhol em
tem o objetivo de atender soalmente, em eventos dos houve expressivo aumento
nosso site, houve
solicitações de leitores de quais a equipe da revista par- do número de acessos ori-
expressivo aumento fora do Brasil interessados ticipa com regularidade. Para ginários de países em que
do número de em tomar conhecimento de completar, amigos no Brasil aquele é o idioma oficial.
acessos originários novidades e tendências regis- sempre reiteravam a impor- Vemos isso como mais um
de países em que tradas em nosso país tanto na tância de fazer este veículo indício de que continua-
aquele é o indústria fornecedora quanto ultrapassar fronteiras. mos no caminho certo. Até
idioma oficial do lado dos usuários. Não temos a pretensão de maio.
nº 80 • abril 2006
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
14 Reportagem de capa:
Consumo de baixa renda
34 Plásticas
Em garrafa de PET, marca da
Coca-Cola quer ampliar consu-
Reportagem
Flávio Palhares
As recentes estratégias mo local de água com sabor flavio@embalagemmarca.com.br
em embalagem Guilherme Kamio
35 Decoração
que visam conquistar guma@embalagemmarca.com.br
o cada vez maior Pela primeira vez no Brasil Leandro Haberli Silva
público de renda potes de margarina usam leandro@embalagemmarca.com.br
apertada no Brasil rotulagem in-mold Livia Deorsola
redacao@embalagemmarca.com.br
Departamento de Arte
Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
arte@embalagemmarca.com.br
José Hiroshi Taniguti (Assistente)
Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
22
Profissional de embalagens do
Celulósicas Pão de Açúcar fala de inovação Departamento Comercial
De olho na Copa, rede varejista na gestão de marcas próprias comercial@embalagemmarca.com.br
acondiciona chocolate numa Karin Trojan
44
“bola” de papel cartão Wagner Ferreira
Higiene e beleza
Avon capricha em pote de novo
46
de vidro na Conservas Olé Rotulagem Assinatura anual: R$ 99,00
Termoencolhível estréia em
28 Mercado
Evolução do segmento gourmet
continua a puxar desenvolvimen-
óleos vegetais e avança em
potes cúbicos e paralelepípedos
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
tos de embalagens para cafés
50
Plásticas e supervisão em empresas integrantes da
CEO de dona de tecnologia de cadeia de embalagem. São profissionais
degradação rápida de plásticos envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
vem ao país em missão didática
cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
56
cosméticos e medicamentos.
Índice de Anunciantes
Relação das empresas Filiada ao
que veiculam peças
publicitárias nesta edição
3 Editorial
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
EMBALAGEMMARCA é uma publicação
6 Display mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
28 Internacional Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Destaques e idéias de mercados estrangeiros
Filiada à
32 Panorama
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
DBOX Design
(11) 3721-4509
www.dboxdesign.com.br
Em novos lenços, um motivo para cada nariz
Klabin Kimberly-Clark lança cartuchos de Kleenex focados na segmentação de públicos
(11) 3046-5800
www.klabin.com.br Disposta a ampliar o con- As embalagens levam papel (inclusive com licenciamen-
sumo brasileiro de lenços cartão da Klabin e são tos da Disney), visa direcio-
de papel, a Kimberly-Clark impressas pela Ibratec em nar cada embalagem a um
acaba de lançar seus lenços off-set em até seis cores. O público: homens, mulheres e
Kleenex em quatro novos projeto visual foi elaborado crianças. Cada caixinha com-
cartuchos de papel cartão, pela DBOX Design e, por porta 100 unidades do pro-
todos em formato de cubo. meio de motivos variados duto na versão extra macio.
Mais destaque em
versões menores
Versões de bolso ampliam mix da Yoki
Força da Yoki
Alimentos, a linha de
snacks de amendoim
B+G designers teve embalagens
(11) 5051-1446 reformuladas pela
www.bmaisg.com.br
agência Zauberas.
Converplast Agora há volumes
(11) 6462-1177 menores, de 40 gra-
www.converplast.com.br
mas e 70 gramas, e
imagens dos pro-
Madrinha mais jovial dutos ganharam
maior destaque
Alimentos Isabela têm visual remoçado
nas flow packs,
Popular na região Sul, a marca Isabela,
para facilitar a identi-
da M Dias Branco, que chancela mais
ficação de cada item
de 40 versões de biscoitos e 30 tipos de
Santa Rosa Embalagens – amendoim salgado
massas, está de cara nova. Seu logotipo (11) 3622-2300 com pele, salgado
e suas embalagens foram redesenhados www.santarosaembalagens.com.br
descascado, descas-
pela B+G designers, ganhando um padrão
Terphane cado temperado,
uniforme. Nos diversos tipos de embala- (11) 6014-3960 doce pralinê e tipo
gens flexíveis utilizados pela marca, todos www.terphane.com.br
japonês. As flow-
produzidos pela Converplast, a B+G desig-
Zauberas packs combinam PET, BOPP e polietileno
ners trabalhou com janelas, linhas retas e
(11) 3884-8208 e são impressas pela própria Yoki, com
ilustrações, para facilitar a visualização dos zauberas@zauberas.com.br material fornecido pela Terphane e pela
produtos e despertar appetite appeal.
Santa Rosa Embalagens.
No embalo da b
Conquistar o consumidor popular tornou-se um imperativo para as
Por Livia Deorsola
J
amais as marcas dependeram
tanto dos menos abonados. Um
consenso entre institutos de pes-
quisas, o de que hoje no Brasil,
por baixo, 70% do consumo de não-duráveis
se dão por uma classe definida como CDE,
formada por indivíduos com renda mensal
inferior aos 1 800 reais, faz piscar a luz de
alerta em um número crescente de indústrias.
No ano passado, o consumo realizado pelo
chamado mercado popular brasileiro evoluiu
7%, segundo leitura do instituto de pesquisas
LatinPanel. Assim é fácil entender por que
dez entre dez executivos por trás de grandes
nomes em alimentos, bebidas, produtos de
higiene e outros itens rotineiros esforçam-se
para entender os gostos e hábitos das massas
e criar modelos de venda dirigidos, com pre-
cisão cirúrgica. Não bastasse a já conhecida
tubainização, o avanço das marcas regionais
disparado nos anos 90, as marcas fortes
agora vêem, às vésperas de um aumento do
salário mínimo, a renda do trabalhador dis-
putada também por novos sonhos de consu-
mo – celular, DVD player, toca-MP3, TV de
tela plana (é ano de Copa...). O quadro todo
é favorável às marcas B, e até aos produtos
genéricos, sem marca.
Pressionadas a encontrar o caminho do
eldorado situado na base da pirâmide social,
as empresas de bens de altíssimo giro têm
investido em pesquisas de campo, em revisão
de seus métodos de distribuição e, especial-
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
49%
que nem todas as empresas tenham acorda-
do para ela: embalagens podem ser aliadas
eficazes dos modelos para cativar a baixa
renda e torná-la consumidora fiel. Por isso
dos gastos das
a Procter & Gamble aplica 30% de seu fatu-
classes CDE
ramento global anual – nada menos que 1,9
são feitos no
bilhão de dólares – na criação de produtos
pequeno varejo
para o povão. Por isso a Unilever gasta alto,
7%
produto, produzido pela Emibra, traz apenas
dez unidades e tem preço sugerido (1,10
real) estampado em seu frontal. Outra força
da J&J, o absorvente Sempre Livre, ganhou
uma embalagem popular, uma flexível da
Bola dentro
Copa inspira Pão de Açúcar
a lançar chocolate em
“bola” de papel cartão
Drible certeiro
Por maiores margens, Olé amplia adoção de
potes de vidro em conservas e atomatados
U
m dos maiores regozijos se concentra o público mais exigente,
do setor vidreiro em 2005 mais afeito ao vidro e que, em função
foi a retomada de clientes de suas rotinas atribuladas, mais neces-
em vegetais em conserva, sita de praticidade”, entende o executi-
mercado que vinha escapando de seus vo. A menção à conveniência tem expli-
potes para as latas de aço. As recon- cação: os potes de vidro de 310 gramas
quistas incluíram uma importante for- da Olé, supridos pela Owens-Illinois do
madora de opinião desse segmento, a Brasil e decorados com rótulos auto-
Conservas Olé, com distribuição em adesivos da Mack Color, são selados
todo o território nacional alimentada com as afamadas tampas abre-fácil da
por fábricas no Rio Grande do Sul e em Metalgráfica Rojek.
Goiás. A volta ao vidro permitiu à Olé A readoção do vidro implicou na
fintar o problema das margens compri- descontinuidade da abre-fácil nas latas
midas. Daí o fato de a empresa prosse- que permanecem sendo utilizadas pela
guir com a estratégia, lançando agora Olé. Assim, a indústria de conser-
novos itens em potes de vidro: uma vas circunscreve cada material a um
seleta de Ervilha e Cenoura e Molhos nicho de preço. O vidro fica encarre-
de Tomate nas versões Tradicional, gado das vendas nas faixas premium.
Manjericão e Azeitonas. “A transparência, a maior adaptação
Segundo o gerente de marketing da ao armazenamento na geladeira e o
Olé, Odilon Roberto Oliviéri, as emba- aproveitamento de 100% do conteúdo
lagens de vidro têm a missão de ampliar contam pontos a favor do vidro para
a base consumidora da marca nos gran- o consumidor mais abonado”, explica
des centros urbanos brasileiros. “É onde Oliviéri.
P
or mais de três décadas a sigla PPFP, ce. “É um significativo benefício econômico se
definidora da estrutura papel/polieti- pensarmos na selagem de centenas de milhões de
leno/foil de alumínio/polietileno, sus- pouches”, lembra Hughes. Noves fora, a cons-
tentou-se na Unilever americana como trução modificada também se adaptou aos equi-
construção paradigmática para embalagens flexí- pamentos form-fill-seal que a Unilever Foods
veis de alimentos desidratados – misturas em pó já possuía. Havia um temor de que os ritmos
para molhos, lámens e outros pré-preparados. variáveis de trabalho da linha de embalagem da
Agora, avanços tecnológicos da área de filmes companhia causassem stress à nova estrutura,
começam a abalar essa tradição. A companhia mas isso não se verificou.
está promovendo a substituição da camada de American Packaging Numa mudança que poderá ser notada pelo
alumínio por um filme de polipropileno biorien- +1 (800) 551-8801 trade e pelo público, o filme plástico solucio-
www.ampkcorp.com
tado (BOPP) metalizado e de alta barreira da nou o problema estético das rugas e vincos que
Toray Plastics. A troca envolve os pouches dos Toray Plastics as embalagens anteriores adquiriam durante as
alimentos secos das bandeiras Knorr e Lipton e, +1 (401) 294-4511 etapas de distribuição e com o manuseio pelo
www.torayfilms.com
diz a Unilever, resulta em ganhos em custos de consumidor no ponto-de-venda. Tirado o alumí-
produção, proteção e imagem do produto. nio e colocado o filme plástico, com memória
Michael Hughes, gerente de tecnologia de (a capacidade de os plásticos retornarem ao
embalagem da Unilever Foods, conta que o estado inicial após torções), as marcações são
REVIRAVOLTA – Flexíveis
filme metalizado substituto, da linha Torayfan, agora temporárias, sem resultar em pacotes rotos
das marcas Knorr e
provou garantir barreiras superiores ao oxigê- Lipton: vantagens na nas lojas. Na Unilever, as vantagens da troca já
nio e à umidade em testes de benchmarking. troca do alumínio por atiçam sua adoção em nível global, como padrão
Mais importante ainda foi a demonstração de BOPP metalizado para flexíveis de alimentos secos. Sucursais
resistência superior ao rasgo. Ocorre que os européias e a australiana da Unilever já esta-
grânulos e massas dos produ- riam prestes a testar a novidade. “Tudo leva
tos secos muitas vezes apre- a crer que a adoção mundial acontecerá”,
sentam bordas pontiagudas, opina Hughes.
arriscando furar as embala-
gens, especialmente durante
o processo de acomodação
nas caixas de despacho. Com
a película de alumínio eram
recorrentes puncturas microscó-
picas, imperceptíveis a olho nu,
mas que acabavam por reduzir a
vida dos produtos.
Outras vantagens de proces-
so saltaram aos olhos da Unilever
Foods e da convertedora das fle-
xíveis, a American Packaging, de
Rochester, Nova Iorque. Por receber
FOTOS: DIVULGAÇÃO
O
café vive um bom momento no
Brasil. Segundo números do EXTENSÃO – Café Santa Lúcia agora
setor, a safra 2006/2007 renderá aposta também em cartuchos sofisticados
42 milhões de sacas, ante 32,9
milhões de sacas em 2005/2006. O consumo
interno deve aumentar 5,5% em 2006, ou
quatro vezes a média de crescimento mun-
dial, dado que deve ter atiçado a rede de
cafeterias Starbucks a anunciar o ingresso no
GAÇÃO
país. Vendem-se máquinas de torrefação num
FOTOS: DIVUL
volume sem par nos últimos anos. As expor-
tações também evoluem – e de produto com
maior valor, já embalado, saída consensual
para fazer daquele que é o maior exportador
mundial de grão verde há 300 anos melhorar
a imagem de marca e ampliar sua rentabili-
dade. “O segmento de cafés especiais con-
tinua crescendo a taxas próximas de 10% e
o Brasil ainda participa pouco desse nicho,
cerca de 5%”, alerta o economista José
Roberto Mendonça de Barros em recente
artigo do diário O Estado de S. Paulo.
Não se pode negar, contudo, que cada
vez mais empresas do setor fazem sua lição
de casa. Ao fim do ano passado, o preço
médio do quilo de café, indicador de agre-
gação de valor, apresentava um crescimento sua fronte a ilustração estilizada de um
de 33,91%. O viés positivo se sustenta. No bispo tomando cafezinho, criada pelo artis-
entender da Abic – Associação Brasileira ta plástico Gustavo Rosa. Outra marca de
da Indústria de Café, o quadro espelha o cafés gourmet que já vinha investindo em
estouro dos cafés gourmet, acondicionados embalagens buriladas e possui novidades é
em nobres embalagens. Quase um ano atrás, a Café do Centro. A empresa está lançando
EMBALAGEMMARCA abordava casos de mer- uma linha de cappuccinos gourmet, nas ver-
cado desse gênero (edição nº 69, maio de sões regular e light, em latas da Metalúrgica
2005). A tendência mantém-se em alta, a Mococa, com sistema de fechamento da
partir de ações eloqüentes de cafeicultores. mineira Tecnoplast e da Sonoco For-Plas.
“As vendas de cappuccino têm crescido
Cartão e metal no vácuo tanto quanto as de café expresso”, comenta
Veja-se o caso do café gourmet em pó Santa Alexandre Petroni, gerente de vendas do
Lúcia. A marca acaba de ampliar seu port- Café do Centro. Os cappuccinos da empresa
fólio de embalagens com três cartuchos de são distribuídos no varejo mais sofisticado,
papel cartão, produzidos pela Cartonagem como o Supermercado Santa Luzia e o
São Luiz, de Franca (SP). Como nas emba- Empório Santa Maria, e já foram
INOVAÇÃO
lagens flexíveis de alta barreira já utilizadas exportados para o Japão no fim Nova Ploc Off, com vácuo,
pela torrefadora, as caixas estampam em do ano passado. foi projetada pela Brasilata
para exportar marca
de torrefadora
28 >>> EmbalagemMarca >>> abril 2006
Latas, aliás, podem aproveitar ainda mais
a carona do vácuo no segmento premium de
cafés. De olho nisso, a Brasilata coloca no
segmento uma nova embalagem metálica
ideal para café torrado e moído, a Ploc Off
VP – Vacuum Packaging. Como o nome
denuncia, a lata conserva o conteúdo com
vácuo, da mesma forma que certas embala-
gens flexíveis. O desenvolvimento da Ploc
Off VP foi motivado pelo interesse de um
cliente da Brasilata, o Café Toleno, em
exportar para os Estados Unidos.
ESTEIRA – Café do Centro
Para criar a condição de vácuo no sistema lança Cappuccinos em
de fechamento da lata, a solução encontrada latas da Mococa. Alta
do produto ajuda
pela equipe técnica da Brasilata foi recobrir
o anel com plastissol, um vedante largamente
utilizado em embalagens de alimentos e bebi-
das. O perfil da tampa plástica também foi
modificado para garantir a vedação perfeita
e manter o vácuo residual. “Trata-se de uma no fim de 2005. “A ampliação das opções Brasilata
inovação que une a resistência, a segurança de fornecimento deve acelerar os avanços (11) 3871-8500
www.brasilata.com.br
e a beleza da litografia da lata de aço com técnicos em embalagem de café”, entende
Cartonagem São Luiz
a flexibilidade e o fácil manuseio da tampa Sérgio Hamilton Angelucci, diretor comer- (16) 3727-3466
plástica”, diz o diretor-superintendente da cial da Embalagens Diadema, líder em emba- www.cartonagemsaoluiz.com.br
Brasilata, Antonio Carlos Teixeira Álvares. lagens flexíveis para café no Brasil. Segundo Embalagens Flexíveis Diadema
A Ploc Off VP seria apresentada oficialmente ele, um dos principais efeitos pode ser a (11) 4066-7833
www.embalagensdiadema.com.br
na feira Cannex ’2006, no início de abril, em maior velocidade da adoção do trilaminado
Cingapura, com fechamentos nos diâmetros poliéster/alumínio/polietileno nas embala- Metalúrgica Mococa
(19) 3656-9300
99 milímetros e 73 milímetros. gens do setor, construção mais sofisticada www.metalurgicamococa.com.br
e com maiores propriedades de barreira que Polo Films
Flexíveis aguçam o faro a poliéster/poli comum nas almofadas. “É o (11) 3707-8270
Naturalmente, o bom cenário dos cafés gour- caminho aguardado, uma vez que o mercado www.polofilms.com.br
met resulta num quadro sintomático no setor felizmente está cada vez mais nivelado por Sonoco For-Plas
de flexíveis, o maior supridor de embalagens cima, tanto em produto quanto em apresenta- (11) 5097-2750
www.sonocoforplas.com.br
do mercado de cafés. ção”, diz Angelucci.
Tecnoplast
Tome-se o caso da Polo Films. Uma (35) 3422-5233
semana depois de informar a injeção de 100 TENDÊNCIA – Leque maior de tecnoplastminas@tcnet.com.br
produtores locais de filmes
milhões de reais em uma nova linha de Terphane
pode acelerar adoção de
polipropileno biorientado (BOPP) flexíveis mais protetoras
(11) 6014-3951
www.terphane.com.br
(veja a seção Panorama desta
edição), a empresa anunciou
mais 90 milhões de reais de
investimentos em uma fábrica
de filmes de poliéster bio-
rientado (BOPET), muitís-
simo utilizados na produção de
almofadas (pillow packs) e emba-
lagens a vácuo para cafés. Atualmente,
o mercado interno contava com apenas
um fornecedor, a Terphane – que,
a propósito, também investiu em
ampliação de capacidade instalada
FONTE: ACNIELSEN
tradoras do varejo fazem supor um des-
colamento entre discurso e prática. Um
recém-divulgado estudo da ACNielsen
mostra que o consumo de massa no
Brasil evoluiu em 2005. Em 157 catego-
rias de produto monitoradas, 63% delas
cresceram mais de 3% em volume no
ano passado, e apenas 11% caíram.
Outro dado do estudo: o segmento de 2003 2004 2005
alto preço vem recuperando importân- Preço alto
cia no grupo de marcas líderes. Veja o
Preço médio
posicionamento de preço das marcas
Preço baixo
líderes no Brasil nos últimos três anos.
S
ucesso no Japão, nos com as useiras e vezeiras do mercado
Estados Unidos, na Europa de águas. O design da embalagem é
e até aqui ao lado, na da própria Coca-Cola. As garrafas
Argentina, onde já responde são produzidas pela Amcor PET
por 30% das vendas de águas engarrafa- Packaging, pela Engepack e tam-
das, a água com sabor é a nova aposta bém pela divisão de embalagens
da Coca-Cola para o Brasil, mercado do grupo chileno Andina, contro-
em que tal bebida vive quase na clan- lador da Rio de Janeiro Refrescos,
destinidade. Confiante na decolagem grande engarrafadora de Coca-Cola
do produto por aqui, a Coca-Cola acaba para o Sudeste. Não foram infor-
de nacionalizar sua marca Aquarius de mados os fornecedores dos rótulos
águas “diferentes”. Nos sabores limão e nem das tampas.
laranja, a novidade apareceu em março, De acordo com a fabrican-
em garrafas de PET de 510 mililitros, no te, a Aquarius terá a missão de
interior paulista – região em que 70% sacudir o mercado de água engar-
das vendas de águas se devem às classes rafada no Brasil, caracterizado
A e B, alvos primários da marca. por pouca diferenciação e baixa
Lá fora, as águas Aquarius têm per- percepção de valor – aspectos
fil diferente. Também são enriqueci- refletidos no cotidiano, confor-
O
AÇÃ
das com sabores, mas têm proprieda- me assinala a diretora de marke-
ULG
des isotônicas. Por isso, as garrafas do ting da Coca-Cola Brasil, Andréa
DIV
tipo caramanhola, típicas das bebidas Mota. “Quando nos perguntam o
esportivas, são suas principais emba- que queremos beber, muitas vezes
lagens internacionais (veja o quadro). respondemos ‘nada – só água’”, reflete
Transposta para cá sem o apelo isotôni- a executiva. “Nossa intenção é quebrar
co, a Aquarius ganhou garrafas de PET esse estigma de que a água não tem
identificadas em formato e cor (azul) graça nem sabor”.
CARONA
Garrafas da
Lá fora, roupa com bônus ambiental Aquarius: equities
das embalagens
Na Europa, onde tem prestígio européias de reciclagem conse- de água mineral
Enfim, chegou
ÃO
DIVULGAÇ
Aguardada, estréia do rótulo in-mold em pote
de margarina ocorre em tacada da Dixie Toga
T
endência mundial, o uso do in-mold (IML) para
a decoração de potes plásticos de margarinas
vinha sendo aguardado no mercado brasileiro.
Pois bem. A estréia acaba de acontecer, a rebo-
que de uma parceria entre a Dixie Toga e a Sadia, dona da
Qualy, marca líder do mercado de margarinas, com cerca
de 24% de share. Três SKUs da família de margarinas
Qualy Light com sabor (Mel, Queijo Tipo Suíço e Peito de
NO MOLDE – Potes de parede fina recebem o rótulo durante a injeção
Peru) agora têm potes com in-mold – rótulos aplicados às
embalagens plásticas rígidas no momento de seu sopro ou planta industrial da Dixie Toga de Votorantim (SP). “Os
injeção, no interior dos moldes. itens estão sendo lançados em março e devem estar nas
A novidade em decoração passa a concorrer no seg- gôndolas já no início de abril”, disse a EMBALAGEMMARCA
mento de margarinas com o dry off-set – a tradicional Régis Sá, coordenador de marketing da divisão de emba-
impressão direta no corpo e na tampa das embalagens –, lagens industriais da Dixie Toga. O in-mold labeling ainda
com os auto-adesivos e com os rótulos termoencolhíveis. é pouco utilizado no Brasil. Projetos como o da Sadia
Os novos rótulos das versões saborizadas de Qualy Light prometem ampliar a acessibilidade à tecnologia.
são aplicadas em potes de polipropileno de 250 gramas,
produzidos por injeção de ciclo rápido e parede fina na Dixie Toga: (11) 5516-2096 • www.dixietoga.com.br
entrevista >>> Iorley Lisboa
Um modelo para
muitas indústrias
A
última virada de século marcou tam- e necessidades do público. Os dados foram tabulados e
bém uma guinada no negócio de marcas concluímos que nossos consumidores tinham mudado.
próprias do Pão de Açúcar. Até então, o Eles estavam mais críticos e mais exigentes em todas as
maior grupo varejista brasileiro seguia classes sociais. A empresa percebeu que era necessário
o mercado, isto é, delegava seu aval a se alinhar aos anseios desse novo comprador para ganhar
produtos de primeiro preço com embalagens insossas. rentabilidade com marca própria. Por isso, resolveu-se
Sucedeu-se a reciclagem. Cabeças-de-ponte de um novo criar toda uma estrutura interna de indústria dentro do
modelo de vendas, calcado em qualidade, as marcas da varejo para desenvolver produtos e embalagens. Hoje,
casa passaram a ganhar embalagens requintadas, mira- contamos com gerentes de produto, engenheiros de
das no giro. Deu certo. Além de maior caixa, os itens, alimentos, nutricionistas, enfim, pessoas de indústria.
melhor apresentados, até renderam prêmios de emba- Temos gente egressa da Johnson & Johnson, da Natura,
lagem ao conglomerado criado pelos Diniz. Como uma da Unilever, da Nestlé... A única diferença real para uma
companhia de distribuição atingiu o status de formadora grande indústria é que não há produção.
de opinião em embalagem, posição almejada por várias
das suas indústrias abastecedoras? Boa parte do mérito Outras redes varejistas também têm investido mais
cabe ao departamento técnico criado à época da revisão em suas marcas próprias, mas não ao ponto de terem
de estratégia. Seu gerente, Iorley Lisboa, ex-projetista uma área de criação de embalagens. Por que o Pão de
de embalagens da Johnson & Johnson brasileira, deu a Açúcar formou uma equipe interna desse gênero?
seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA no Centro de Porque ficou claro que a embalagem seria nossa princi-
Inovação de Marcas Próprias do Pão de Açúcar – um pal aliada nas vendas, uma vez que não somos líderes.
anexo da sede da corporação, na região paulistana dos Aonde podemos buscar seduzir e encantar o consumi-
Jardins –, que ajuda a entender o sucesso. dor? Na embalagem. O produto dá o suporte de quali-
dade, claro, pois só uma roupagem bonita não garante
O que motivou o Grupo Pão de Açúcar/Companhia vendas continuadas. Um departamento de garantia de
Brasileira de Distribuição a rever seu modelo de negó- qualidade nos dá aval, realizando testes internos ou
cios de marcas próprias? As vendas iam mal? terceirizando outros para o Cetea (Centro de Tecnologia
Na verdade, o povo comprava, mas tendia a não recom- de Embalagens do Ital – Instituto de Tecnologia de
prar. Caiu a ficha. Focar somente preço, ofertando produ- Alimentos). Aqui, no nosso Centro de Inovação de
tos genéricos, comprometia a imagem da corporação. O Marcas Próprias, fazemos estudos com o consumidor,
consumidor constrangia-se ao adquirir marcas próprias. testes cegos, palestras, tudo para chegarmos a produtos
Ele as escondia em seus carrinhos, colocando por cima com benchmarking. Nossa filosofia é empatar com as
delas as marcas líderes. Decidiu-se pausar o negócio. marcas líderes ou até superá-las, não só em performance
Houve revisão de fornecedores e pesquisas sobre gostos de produto, mas em apresentação. A embalagem vende!
da lata, e com a Packing Design. Sem negociações inovações em embalagem acabam chegando primeiro
estratégicas, ganha-ganha, eu teria um negócio inviá- a nós. Sempre costumo avisar: se você tem uma inova-
vel na ponta do lápis. Só que os parceiros entenderam ção em embalagem na gaveta que outras empresas se
que formar uma categoria não é só do nosso interesse. recusaram a ouvir, converse conosco. Temos agilidade,
Temos uma ferramenta para fazer disso realidade, o e isso é um tremendo diferencial. Numa indústria, um
ponto-de-venda, e queremos inovação com saídas boas projeto de embalagem passa por diversos poderes de
para todos em médio prazo. Business é isso. Logo, vale decisão. Aqui as decisões estão delegadas a equipes, que
negociar com transparência e visão, têm confiança da presidência e do
buscando uma oportunidade única: “Por investirmos conselho. Enquanto uma indústria
transformar o mercado propondo tradicional demora um ano, um ano
inovação, até formando categorias. e meio para lançar um produto, nós
O retorno é um diferencial de ima-
em diferenciação, levamos quatro meses.
gem coletivo. Em óleos, vemos a
lata perdendo espaço para o PET. muitas inovações em A ousadia em embalagem não pro-
Por que isso ocorre? voca melindres dos fornecedores
embalagem acabam do Grupo? Já houve chiadeira em
Basicamente por custos... relação a algum projeto da casa?
Custos, tudo bem, mas eu acho que chegando primeiro a Não há rivalidade. Os fornecedores
faltou pensar em sentar, conversar. são nossos parceiros e suas marcas
Que norte eu busco? Qual meu clássicas também são vitais para os
objetivo? O que vai ser do meu
nós. Enquanto uma negócios do Pão de Açúcar. Uma
negócio daqui a “x” anos? Na hora vez aconteceu um conflito com a
em que você começa a buscar essas indústria demora um Nestlé, pois ela considerou o visual
respostas, os conceitos e sua meto- da embalagem de um achocolata-
dologia de trabalho mudam. Essa é ano, um ano e meio do nosso conflitante com o dela.
a cultura, esse é o DNA que temos Houve um acordo de cavalheiros
aqui: evitar ao máximo que o ime- para lançar um e mexemos na nossa embalagem.
diatismo contamine o incentivo ao Não é de nosso interesse ser “me
lado criativo, aos modelos de venda
com visão.
produto, nós levamos too” (“eu também”, em inglês)
de ninguém, nós queremos formar
opinião. Ética é básica. Se ocor-
A proposta mais sinérgica de agre- quatro meses” rer insatisfação com alguma das
gar os elos de valor da embalagem nossas embalagens, e constatarmos
para criar inovações já garante vantagens competitivas que o outro lado tem razão, nós nos retratamos sem pro-
em relação ao setor produtivo? blema. Mas também há casos de designs nossos que...
Sem dúvida. Por investirmos em diferenciação, muitas Bom, não vale a pena comentar. (risos)
Rugas, rusgas
e apuro visual
O
AÇÃLG
DIVU
Em novo creme anti-sinais, Avon busca
OS:
FOT
ainda maior sofisticação em embalagem
para distanciar-se da concorrência
C
inco anos atrás, a linha de cosmé- O pote do produto, produzido pela maior DE LÁ – Pote de vidro, da
mexicana Vitro, segue o
ticos antiidade Renew, da Avon, vidraria mexicana de embalagens, a Vitro, teve
mesmo design da versão
vendia 140 000 unidades por ano design desenvolvido pela própria Avon, com americana do creme
no Brasil. Em 2005, as vendas base nas cores e no layout do mesmo creme
unitárias fecharam em 4 milhões. A linha de lançado recentemente nos Estados Unidos. A
combate aos sinais do tempo tornou-se uma contribuição brasileira se dá na embalagem
menina-dos-olhos da empresa, mas também secundária do produto. O cartucho de papel
atraiu o interesse de rivais, especialmente da cartão do Renew Alternative é produzido pela
Natura. Naturalmente, a concorrência mais gráfica paulistana Congraf. “As características
renhida exige embalagens com maior apelo da embalagem comunicam ao público que o
vendedor. Por isso, a líder do mercado de produto é de alta tecnologia e oferece ao consu-
cosméticos rejuvenescedores dedicou extrema midor o que há de mais inovador no tratamento
atenção à criação do visual de seu novo Creme antiidade”, diz o diretor de pesquisa e desen-
Facial Intensivo Antiidade Renew Alternative, volvimento da Avon para a América Latina,
produto resultante de cinco anos de pesquisas João Hansen. “Temos o desafio de estar sem-
e que une o poder medicinal de plantas orien- pre atentos aos anseios de nosso público e às
tais com a alta tecnologia americana. novidades que possam ser desenvolvidas, para
que a embalagem continue a ser uma aliada na Congraf
conquista dos consumidores”. (11) 5563-3466
www.congraf.com.br
Para divulgar o Renew Alternative, a Avon
investiu 21 milhões de reais em ações que Embalarte
envolvem campanha publicitária na mídia (11) 4138-8080
www.embalarte.com.br
impressa e eletrônica, patrocínios de progra-
mas de TV, catálogos, displays e guias de Mappel
orientação às revendedoras, entre outras. Outra (11) 4346-6377
www.mappel.com.br
ação de vulto tem a ver com embalagens.
Mais de 10 milhões de amostras grátis do Vitro
+1 (800) 766-0600
produto serão distribuídas ao público, em
www.vitro.com
sachês de 1,1 grama. As embalagens
flexíveis promocionais são das brasi-
leiras Mappel e Embalarte. Quanto
aos próximos passos em produtos
e embalagens da linha Renew, a
Avon avisa: metrossexuais, pre-
parem-se. “Temos um projeto de
DAQUI – Embalagens
antiidade masculino para o ano que
secundárias de papel vem”, afirma Silvana Cassol, vice-
cartão são impressas presidente de marketing da Avon
pela Congraf
brasileira.
Sem fronteiras
EMBALAGEMMARCA inicia distribuição
para outros países da América Latina
P
ara quem continua acreditando no mercado exter-
no, mesmo com a atual política cambial, uma velha
máxima continua válida: para vender, é preciso que
os compradores estejam cientes de que a oferta existe.
Por isso, em meados de 2005 a Bloco de Comunicação,
editora responsável por EMBALAGEMMARCA, tomou uma
decisão ousada, anunciada ao mercado durante a Argenplás,
feira do setor de plásticos que ocorreu em Buenos Aires entre
20 e 24 de março. Com a edição nº 79, de março de 2006, a
revista ganhou uma versão em espanhol, iniciando um pro-
cesso de expansão da distribuição pela América Latina.
“O mercado brasileiro é muito importante para os
demais países da região, e por isso há grande interesse em
se saber o que ocorre por aqui”, explica Marcos Palhares,
diretor de marketing de EMBALAGEMMARCA. “As revistas
locais priorizam informações dos países em que são produ-
zidas, o que gera uma carência de notícias vindas do Brasil.”
É essa lacuna que EMBALAGEMMARCA vai suprir, ajudando
a promover o setor brasileiro de embalagens em países que
constituem mercados importantes.
A editora, preocupada manter a mesma qualidade grá-
fica e editorial que consolidou EMBALAGEMMARCA como
referência no mercado brasileiro, optou por ampliar a tira-
gem da revista com os textos em português, e distribuí-la
dessa forma nos países vizinhos. “Desde seu lançamen-
to, a revista veicula ações especiais de amostragem que
seriam difíceis de replicar numa versão traduzida”, explica
Palhares. “Nesse estágio, por questões industriais, produzir
uma revista em espanhol seria economicamente inviável,
mas pensando no conforto do leitor disponibilizamos em
nosso site a versão integral das reportagens em castelhano.”
Os interessados podem, inclusive, “folhear” a revista virtual
com os textos traduzidos. www.embalagemmarca.com.br
T
inha-se a sensação, não um perfil slim e mais ergonômico.
muito tempo atrás, de que De PVC, o filme empregado no
o rótulo termoencolhível rótulo do novo óleo é importado
permaneceria por anos de variadas fontes ligadas ao grupo
e anos circunscrito à decoração de americano ITW e suporta contra-
produtos como cosméticos e bebidas ção de até 62%. Baterias de testes
com algum valor agregado. Aos pou- de encolhimento foram conduzidas
cos aquela noção cai por terra, liqui- para que a arte do rótulo, criada pela
dada por casos como o agora mos- agência Pande e impressa em sete
trado pela Bunge. Seu novo Cyclus cores em flexografia, não distorcesse
Saúde pinta como o primeiro óleo e se adaptasse às ranhuras da garrafa,
vegetal brasileiro a trajar o filme projetadas para evitar colapsos estru-
plástico aplicado sob calor. Para a turais durante o ciclo de vida do pro-
fabricante, o rótulo inusitado na cate- duto. Obtido o resultado satisfatório,
goria irá comunicar de modo claro a a Bunge instalou um túnel de enco-
fórmula nobre e o atributo funcional lhimento na sua unidade de Gaspar
da novidade. (SC), a responsável pela produção de
Composto por sementes de soja, óleos, margarinas e maioneses.
canola e girassol, o Cyclus Saúde Partiu da Bunge a opção por dei-
garante reduzir riscos cardiovascula- xar a parte superior da garrafa des-
res com doses de ômega 3 e ômega coberta, permitindo ao consumidor
6, a um preço médio de 5 reais no visualizar o conteúdo da embalagem,
varejo. O posicionamento em faixa num jogo de contraste com o rótu-
premium favoreceu o uso do termo- lo opaco. Mais que isso, a cabeça
encolhível, mais caro que o rótulo transparente destaca, através de duas
plástico mais popular da seção de gravações em relevo, o logotipo de
óleos, a banda de polipropileno bio- Cyclus, marca guarda-chuva de pro-
rientado (BOPP). “A contrapartida dutos funcionais e de apelo saudável
ao custo é a adaptação ao design (o detalhe não aparece no ângulo
arrojado, pois o termoencolhível da foto ao lado, de divulgação). Na
conforma-se a superfícies curvas e interpretação de Ubaldo Mota, geren-
complexas, cada vez mais exigidas te de marketing da Bunge, o investi-
nas embalagens”, coloca Armando mento em diferenciação de embala-
Luís Monteiro, gerente de vendas sul- gem rendeu à empresa “o único óleo
DIVULGAÇÃO
O
avanço dos termoencolhí- consumidor, à guisa de um Tupperware.
veis no mercado brasileiro Para tanto, a STM propôs a aplicação de
deve muito aos projetos de um termoencolhível da Zanniello com
máquinas para a adaptação uma linha micro-serrilhada, para facilitar
desses rótulos às embalagens de formato a retirada do rótulo após o término do
cubado e paralelepípedo. Afinal, a gran- produto.
de difusão inicial dos filmes contráteis Também para a Vigor, a STM recen-
ocorreu nos recipientes cilíndricos, que, temente participou da estréia da nova
por não terem frente e verso definidos, linha de margarinas Leco com sabores.
facilitam a aplicação. Já os potes com A aplicação dos rótulos é feita pelo
faces planas exigem centralização do equipamento EPET AB 140 COP, de
rótulo e deformações exatas da impres- fabricação nacional. No fim de 2005, a
são, a fim de se obter a apresentação empresa entregou uma segunda máquina
desejada na contração da decoração. aplicadora para a Fibrasa, no Espírito
Uma das principais contribuintes para Santo, destinada à colocação de rótulos
a superação desses obstáculos é a STM, da Zanniello nos potes das margarinas
produtora de equipamentos automáti- Leco de 250 gramas e 500 gramas.
cos para inserção de termoencolhíveis e “Nossas máquinas possuem alimenta-
representante local dos rótulos da argen- dor de potes e descarga com empilha-
tina Zanniello, hoje aplicados numa série dor automático e podem decorar até
de produtos nacionais. 150 potes por minuto”, destaca Ricardo
Os projetos de decoração de potes Chorovicz, do departamento comercial
cubados remontam ao fim de 2004, da STM/Zanniello. “Já os nossos rótulos
quando a STM envolveu-se no lança- podem assimilar os mehores processos
mento da maionese Vigor. O objetivo de impressão e aplicações como metali-
da cliente era fazer seu pote, produzido zação, tratamento fosco e sistema ultra-
pela Huhtamaki, ser reutilizado pelo violeta, entre outros”.
STM: (11) 6191 6344 • www.stm.ind.br
DIVULGAÇÃO
D
entre os expositores mão você não tem um câmbio
brasileiros na Argen- CONTRA-SENSO favorável, incentivador.
Para Maristela, não
plás, feira dirigida adianta incentivar
ao setor plástico que exportações com Em que extensão a atual situ-
ocorreu em Buenos Aires entre real valorizado ação está afetando o setor de
20 e 24 de março último, os que bens de capital no Brasil?
mais tinham a lamentar eram O problema não se restringe
os fabricantes de equipamentos. apenas à entrada de máquinas.
As críticas centravam-se num Hoje entram também os produ-
alvo comum: o real sobrevalo- tos acabados. Com isso, temos
rizado. Numa entrevista exclu- máquinas paradas, e não há a
siva concedida a EMBALAGEMMARCA, bem o caso do Brasil. A Abimaq tem necessidade de investimento em equi-
Maristela Simões de Miranda, da Dire- feito vários pleitos para sensibilizar o pamentos. O mercado interno, dessa
toria Estratégica de Financiamentos governo de que essa perda de com- forma, não consegue absorver o que
da Abimaq – Associação Brasileira da petitividade dos equipamentos é um se deixa de exportar. No decorrer do
Indústria de Máquinas e Equipamen- problema sério, na medida em que não tempo, isso pode levar a um proces-
tos e diretora comercial da fabricante é só o fabricante de bens de capital so de desindustrialização do país. O
de máquinas Maqplas, alerta para os que está sendo abalado. Toda a cadeia governo tem de tomar muito cuidado
riscos que a atual política cambial traz produtiva está sendo afetada pela atual com o que está acontecendo. Hoje
para o setor industrial brasileiro. taxa cambial. Nós deixamos de fabricar vemos fábricas multinacionais mudan-
equipamentos, mas toda a nossa cadeia do alguns centros de produção do
Quais são os maiores desafios que o também deixa de fabricar. Com o Brasil para outros países. Em multina-
fabricante brasileiro de equipamentos passar do tempo, perde-se essa cadeia, cionais, a análise é simples: se o Brasil
enfrenta para exportar para outros porque ela acaba saindo do país. Os está dando prejuízo, vai-se embora do
países da América Latina? primeiros a perder são os nossos forne- Brasil. Não existe sentimento nacio-
O grande problema hoje é a taxa de cedores, que acabam saindo do Brasil nalista. Na Abimaq temos visto vários
câmbio, o real valorizado. Isso torna para se instalar em outras regiões, em exemplos de empresas fazendo isso. O
o valor de nossos equipamentos muito outros países. Formar novamente essa que também se vê é empresa maquian-
ruim para a exportação. Estamos per- cadeia é muito difícil. E o governo não do equipamento importado para pas-
dendo não só para os equipamentos está se dando conta disso. sar por produto nacional e conseguir
asiáticos. Hoje já estamos perdendo financiamento. Tudo isso vai levar a
também para equipamentos america- Mas o governo alega estar incentivan- uma desindustrialização do Brasil, e
nos e europeus. Os equipamentos euro- do as exportações... nós vamos exportar só commodities,
peus estão chegando com preço muito Na Maqplas, estamos investindo há sem nenhum valor agregado.
similar aos nossos, às vezes cerca de vários anos em uma estrutura para
15% mais caros que os brasileiros, exportação, acreditando naquilo que o Isso não seria perder as conquistas
mas, como eles têm mais tradição, nós governo falou, e ainda fala, de que as dos últimos anos?
acabamos perdendo a concorrência. empresas devem investir em exporta- É uma pena, pois nos últimos anos as
ção. Estamos aqui na Argenplás junto máquinas brasileiras cresceram muito
Há algum tipo de financiamento que com outras empresas, com o apoio da em tecnologia, ganharam credibilidade
possa minimizar o impacto da super- Apex, que é um programa governa- internacional. Existem hoje, por exem-
valorização? mental destinado a promover as expor- plo, fabricantes brasileiros que expor-
Não temos como fazer mágica. Para tações. É um contra-senso. Numa mão tam máquinas já com o logotipo de
compensar o câmbio forte, precisa- você tem um incentivo para divulgar o fabricantes europeus, que as vendem
ríamos ter juros baixos. E esse não é seu produto para exportar, e na outra como se fossem fabricadas por eles.
Encontros e desencontros
Confusão acerca dos plásticos oxi-biodegradáveis faz inglês bisar visita ao país
T
razida ao Brasil menos casos houve migração, por exemplo, garrafas para leite e água mineral. A
de cinco anos atrás, a tec- do polietileno para o papel, aumentan- maioria dos produtos oxi-biodegradá-
nologia d2w, da inglesa do custos e os volumes de resíduos, veis ainda é de descarte em curto prazo,
Symphony, vem sendo o ou então a manutenção dos plásticos como sacolas de varejo, envoltórios
principal catalisador da difusão no país comuns, que podem levar até 400 anos para alimentos e sacos para lixo.
das embalagens plásticas de degrada- para se degradar na natureza. Esclarecer
ção acelerada – ou oxi-biodegradáveis, dúvidas do mercado foi a principal Já existem mais de 60 convertedores
na expressão que define a decomposi- intenção de minhas visitas ao Brasil. brasileiros testando ou já produzin-
ção mais veloz desses materiais sob a do embalagens com os aditivos da
ação de agentes naturais como água, Há uma série de pressões governa- Symphony. O senhor esperava esse
raios solares e microorganismos. Mais mentais e de leis severas relativas ao desempenho em tão pouco tempo?
de 60 transformadores nacionais de impacto ambiental das embalagens na Ficamos impressionados, mas não sur-
embalagens já trabalham com a d2W, Europa. Por aqui as indústrias não presos, porque os transformadores não
avalizados pela RES Brasil, sua licen- enfrentam o mesmo rigor. Essa situação alteram seus processos produtivos e o
ciadora no país. Em março, o CEO da enfraquece o apelo das embalagens custo da tecnologia é bastante acessível.
Symphony, o inglês Michael Laurier, oxi-biodegradáveis no Brasil? Numa época em que crescem a preo-
veio pela segunda vez ao Brasil, a fim A situação na Europa também é con- cupação ambiental e a necessidade por
de acompanhar os negócios e dar pros- fusa e sujeita a pesados debates, como plásticos para carregar bens e protegê-
seguimento a uma missão que consi- em outros países. Em alguns meses a los, os oxi-biodegradáveis são soluções
dera crucial: esclarecer o empresariado posição européia a respeito das emba- imediatas para a indústria e para o
local sobre a tecnologia de oxi-biode- lagens oxi-biodegradáveis deverá ficar consumidor defenderem uma posição
gradação e suas conformidades legais. mais clara, e o Brasil poderá seguir a pró-ambiental sustentável.
EMBALAGEMMARCA aproveitou a oca- mesma linha. Até lá, entretanto, não há
sião para conversar com o executivo. motivo para o processo afetar a difusão
de tecnologias como a nossa, uma vez
O senhor visitou o Brasil duas vezes que o FDA e padrões europeus deter-
nos últimos meses. Que fatores chama- minam que ela é segura para o solo e
ram sua atenção quanto à divulgação para o contato com alimentos. Diversas
dos plásticos de degradação acelerada corporações de grande porte já utilizam
no país? a tecnologia d2w em mais de 35 países
A confusão causada por algumas asso- ao redor do mundo.
ciações representantes da indústria de
plásticos. Houve confusões na inter- A tecnologia d2w da Symphony inicial-
pretação de regras internacionais sobre mente se difundiu no negócio de emba-
embalagens compostáveis. Algumas lagens plásticas flexíveis no Brasil. O
pessoas acharam que elas abarcariam senhor vê potencial para embalagens
também as embalagens oxi-biodegradá- rígidas também? Como se encontra o
veis. Mas são coisas diferentes. Por isso, cenário europeu no tocante aos tipos
associações tomaram uma posição con- de embalagens oxi-biodegradáveis que
denatória quanto aos plásticos oxi-bio- já são utilizadas?
degradáveis, divulgando informações Aplicações da tecnologia em embala-
desencontradas ou não recomendando gens rígidas são possíveis e na Europa
o seu uso entre as indústrias. Muitas alguns trabalhos já foram feitos com
FOTO: DIVULGAÇÃO
C
anivete suíço para a pré-produção
de embalagens, a suíte de softwares
Scope chega à sua terceira versão
em abril. O pacote de programas
da belga Esko vem conquistando adeptos ao
redor do mundo com uma abordagem atraente:
transformar todas as etapas que antecedem a
impressão de embalagens num processo colabo-
rativo, aberto à participação de todos os elos da
ÃO
DIVULGAÇ
cadeia produtiva, para a obtenção do tripé maior
qualidade, prazos menores e racionalização de
custos. Em resumo, a proposta é de sinergia, e o
Scope 3 promete tornar mais fácil obtê-la.
Para as etapas de design estrutural e gráfico, GERAL – Pacote do
Scope 3 abrange
o Scope 3 afina os métodos de visualização
dos rascunhos às
3D de projetos, para tornar testes e provas saídas de máquina
os mais realísticos possíveis. A versão 7.0 do de embalagens dade. Essa função é coberta
ArtiosCAD, o componente de design estrutu- pelo 3-dX, plug-in para o Adobe
ral do Scope, vem na suíte com mais opções Illustrator que integra o produto DeskPack.
de formatos para a importação de arquivos de O 3-dX deixa um canal aberto entre a criação
modelos CAD, bem como uma gama expandida bidimensional e a visualização 3D, facilitando o
de aspectos de substratos, que cobrem todos os trabalho dos designers e a compreensão dos pro-
materiais de embalagem – papelão, papel cartão, jetos. Segundo Jan De Roeck, diretor de marke-
plásticos etc. ting da Esko, a adição do plug-in é resultado de
Uma aposta da Esko no Scope 3 é mostrar um sinal do mercado. “Mais de 90% dos proje-
como o design de embalagens pode se tornar tos de embalagens são preparados no Illustrator,
um processo tridimensional com alta interativi- o programa preferido dos designers”.
instalarem os módulos de
acordo com sua conveniên-
cia e necessidade em cada
fase de produção. Assim
como os gerenciadores de
HEIDELBERG DRUCKMASCHINEN AG
...Mas suscetíveis
Segundo o estudo, os vírus, a partir
de uma só etiqueta, podem corrom-
per estoques inteiros. Indústrias não
gostaram do estudo. Mas os pesqui-
sadores envolvidos demonstraram na
prática a eficácia de sua tese, “conta-
minando” uma etiqueta inteligente.
Komori, nova
Duas vias de promoção com adesivos
estrela da Estrela Soluções da Novelprint valorizam embalagens de cereais
Off-set dará competitividade a
gráfica catarinense de rótulos A gaúcha Cerealista Albaruska
encontrou uma maneira criativa de
destacar seus arrozes Natural Ser e
Arroz de Pilão nas seções de grãos.
Os frontais da sacaria dessas mar-
cas recebem a aplicação de etique-
tas auto-adesivas do tipo bula, da
Novelprint. Com informações sobre
PLUS – Melhor
off-set na Estrela
o produto e seu modo de preparo,
a peça pode ser destacada e guar-
Com vocação para a conversão de dada pelo consumidor. “Já somos
rótulos e etiquetas adesivas, a cata- conhecidos como ‘o arroz do seli-
rinense Gráfica Estrela quer ver sua nho’”, conta Nelson Londero, diretor
produção em off-set – que, ao lado da da Albaruska. Cerca de 600 000
flexográfica, corresponde a 50% dos etiquetas são consumidas por mês
serviços da empresa – dobrada em pela cerealista. Outra solução da
pouco tempo. Para tanto, a empresa Novelprint, stickers promocionais
acaba de adquirir uma impressora auto-adesivos, ganharam o verso
japonesa Komori, modelo Lithrone S do rótulo do Neston 3 Cereais, da
640+C. A máquina, comercializada Nestlé. As figurinhas, para colecio-
no Brasil pela Gutenberg Máquinas e nar, destacam temas da animação SOLUÇÕES – Arrozes da Albaruska adotaram
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Materiais Gráficos, tem capacidade A Era do Gelo 2. bula (acima); Neston 3 Cereais, da Nestlé,
para impressão em até seis cores, (11) 3768-4111 figurinhas colecionáveis (abaixo)