Para explicar a origem do universo os cartesianos dirão que ele é simples
matemática. Calcula-se que o nosso planeta existe há aproximadamente 4,6 bilhões de anos e até algumas décadas atrás seria impossível chegar à magnitude desta conclusão. A bem pouco tempo os cientistas descobriram, através de material radioativo, um meio de voltar no tempo e obter respostas aos seus porquês. Porém, nem só de dúvidas sobre a idade de nosso planeta especulava-se, mas do tempo que havia levado para criá-lo. As escavações nas minas de carvão feitas a partir da revolução industrial permitiram encontrar fósseis, camadas sobrepostas de terra, etc... E assim, frente a um mundo escondido sob nossos pés, novos ramos da ciência surgiram: geologia, paleontologia e a arqueologia. No desenvolvimento destas ciências muita coisa foi dita, estudada, debatida e escrita até a sistematização de uma cadeia de eventos (entre estes eventos o aparecimento da espécie humana) explicassem como chegamos aqui (evolucionismo) num confronto direto com a palavra de Deus (criacionismo). Hoje há um pouco mais 6 bilhões de pessoas habitando nosso planeta e é bem provável que muitos homens e mulheres não consigam chegar perto do que isso significa. Mesmo vivendo num mundo permeado por informações que viajam rapidamente pela esfera global, ainda assim, alguns teriam dificuldade para processar esse número. Veja que uma criança não alcançaria entendimento pleno se disséssemos que ela tem 1825 dias ao invés de ter cinco 5 anos de idade. A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa, é o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Foi escrita ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens, culturas e classes sociais. Tal qual a criança mencionada acima, a pelo menos 1200 anos A.C. (o livro de Gênesis foi escrito por Moisés), seria incompreensível, para qualquer um além do Criador, a soma de 4,6 bilhões de anos. É inquestionável a afirmação do apóstolo Paulo quando diz que "toda a Escritura é inspirada por Deus", literalmente "soprada por Deus" (2 Timóteo 3:16). O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21). Para os cristãos Deus é o verdadeiro autor da bíblia, Deus usou as personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suas palavras. Isso me faz crer que cada ferramenta usada pelo Criador refletiu a palavra e a vontade de Deus no formato que permitissem aos seus contemporâneos o entendimento. “No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.” [Genesis 1:1-5]. Para Deus não seria absurdo se do “dia primeiro” fosse dito que "... mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite." (Salmos 90:4). Pode ser que para Deus centenas, milhões ou bilhões de anos sejam equivalentes a um dia, pois o Criador desloca-se no espaço-tempo (passado, presente, futuro), assim como, numa escala infinitamente limitada, dentro de uma casa atravessamos de um cômodo para o outro. Se dividíssemos a história do nosso planeta num período de 24 horas a espécie humana só apareceria às 23h59m59s, ou seja, no “ultimo segundo” deste mesmo dia. No contexto bíblico não é diferente, afinal no sexto e ultimo dia de criação “... formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” [Genesis 2:7]. O sexto dia poderia ser o tal ultimo segundo? Se o universo é matemática, Deus é a Equação da Vida e sem o qual nada existiria.