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outras duas, ao mesmo tempo, sem jamais se solteira passe a conviver com outras duas, ao mesmo tempo, sem jamais se casar. Indo alm, necessrio mencionar situaes ainda mais drsticas aos olhos da nossa cultura. H algum tempo foi divulgado que dois irmos alemes, aps terem crescido em lares diversos, optaram por se unir, e da relao advieram quatro filhos. Nossa resistncia cultural a esse tipo de unio bem exemplificada por Claude-Levi Strauss, que considera a proibio do incesto regra universal, presente em todas as sociedades. A vedao ao incesto tem suas razes morais, mas tambm biolgicas, pois h alta probabilidade de m formao dos filhos. No caso do casal alemo, trs crianas vieram ao mundo com necessidades especiais. O Tribunal Constitucional daquele pas manteve a proibio do incesto. Tal como no caso da famlia homoafetiva, os filhos podem ser adotados ou advindos de fertilizao artificial. Assim, no poderiam ser utilizados, em favor dessa famlia homoafetiva, os mesmos argumentos de laciedade, pluralismo, dignidade e necessidade de tutela do afeto? No se quer, com esses argumentos, defender como opo pessoal ou moral cada uma dessas situaes, mas testar o limite das ideias de pluralismo, de afetividade como fator determinante nas relaes familiares e do prprio conceito de dignidade humana. Se h liberdade de famlia, devemos conhecer os seus limites, para poder repensar o direito de famlia. Autor: Atal Correia Professor do Instituto Brasiliense de Direito Pblico, mestre em direito civil e Juiz de Direito no Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios TJDFT