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Aplicações empíricas
Modelos de Políticos Modelos de
Veiga, L. e Veiga, F. (2007). Political Business Cycles at the Oportunistas Ideologia
Municipal Level. Public Choice 131: 45-64.
Luísa Benta
Modelos com Nordhaus (1975) Hibbs (1977)
Aidt, T.; Veiga, F. e Veiga, L. (2007). Election Results and expectativas Lindbeck (1976)
Opportunistic Policies: An Integrated Approach. NIPE - WP adaptativas
24/2007. Rogoff e Sibert (1988)
Brender, A. e Drazen, A. (2005). Political budget cycles in new Modelos com Rogoff (1990) Alesina (1987)
expectativas Persson e Tabellini (1990)
versus established democracies. Journal of Monetary Economics
racionais Cukierman e Meltzer (1986)
52(7): 1271–1295.
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Modelo de Políticos Oportunistas Modelo de Políticos Oportunistas
Nordhaus - Principais Hipóteses Nordhaus – Análise gráfica
A economia é caracterizada por uma curva de Phillips aumentada das Taxa de
Inflação
expectativas.
(π)
y = y + γ( π − πe ),
t t t γ>0 ut = u − γ' ( πt − πe
t ), γ' > 0
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Modelo de Políticos Oportunistas Modelos de Políticos Oportunistas
Nordhaus - Principais Ilações com Expectativas Racionais
No curto prazo, verifica-se um ciclo económico associado ao ciclo político. Reformularam o modelo de Nordhaus de forma a nele incluir as expectativas
racionais. Os agentes económicos formam expectativas tendo em conta toda a
Os governantes geram um choque inflacionista antes das eleições, de forma a
estimularem a economia e a aumentarem a probabilidade de serem reeleitos. informação disponível no momento.
Após as eleições são adoptadas políticas anti-inflacionistas.
Enfatizam o papel da competência dos governos, definida como a sua
O ciclo político-económico é claramente sub-óptimo porque gera flutuações capacidade para:
económicas sem ganhos de eficiência. reduzir os desperdícios na política orçamental: Rogoff e Sibert (1988),
No longo prazo, o comportamento oportunista aumentará a inflação média sem Rogoff (1990);
ganhos no crescimento médio ou no desemprego. promover o crescimento sem inflação: Persson e Tabellini (1990);
Os eleitores premeiam este comportamento porque a economia está em isolar a economia de choques assimétricos: Cukierman e Meltzer (1986).
expansão pouco antes das eleições. Os cidadãos desconhecem os objectivos
oportunistas das políticas adoptadas e são sistematicamente enganados antes Assumem que os Governos diferem no seu nível de competência e estão mais
das eleições. informados sobre o mesmo que os restantes cidadãos.
Será razoável admitir que os cidadãos podem ser sistematicamente Os eleitores apenas podem inferir a competência dos governantes através da
enganados? observação dos resultados económicos ou das políticas implementadas.
Mestrado em Economia, Mercados e 9 Mestrado em Economia, Mercados e 10
Políticas Públicas Políticas Públicas
(≠) As expectativas de inflação são racionais (=) Em cada eleição, existem apenas dois candidatos: o que está no poder e
e o que está na oposição.
πt = E( πt | It −1)
(≠) Os eleitores votam no governante que maximizar a sua utilidade esperada. (≠) Os governantes controlam a inflação directamente.
A utilidade esperada do eleitor representativo é dada por:
(=) A data das eleições é exógena.
∞
U = E⎧⎨ ∑ βtu( πt , y t )⎫⎬; 0 <β <1
⎩t = 0 ⎭
1 2
u( πt , y t ) = − ( πt ) + by t ; b>0
2
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Políticas Públicas Políticas Públicas
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Persson e Tabellini (1990) Persson e Tabellini (1990)
Principais hipóteses: Principais ilações
A competência pode assumir apenas 2 valores: (μM) ou (μm).
μt = μM > 0 com probabilidade p ou μt = μm < 0 com probabilidade 1- p O público não conhece a competência do governante.
Logo: E(μt) = pμM + (1-p)μm = 0 Um governante competente (para o qual μt = μM) quer partilhar esta informação
com os eleitores:
Os eleitores conhecem a distribuição de probabilidades de μt e sabem Escolhe uma taxa de inflação superior à esperada de forma a alcançar um nível de
que E(μt) = 0, mas não conseguem observar εt. crescimento que seja inatingível por um governante incompetente.
No período t, os eleitores observam yt e πet mas não observam πt: a Um governante incompetente, porque não consegue atingir essa taxa de
inflação é observada com um período de atraso. crescimento, não gera inflação surpresa.
=> os eleitores conhecem a competência dos governantes com um
período de atraso
ε t = y t − y −( πt − πe
t)
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Políticas Públicas Políticas Públicas
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Ciclos Político-Orçamentais Ciclos Político-Orçamentais
Rogoff e Sibert (1988) desenvolveram um modelo em que a Rogoff (1990) apresenta um modelo semelhante em que enfatiza a
competência dos governantes é vista em função do saldo orçamental composição dos gastos do governo em vez da senhoriagem.
em vez da curva de Phillips.
… Restrição orçamental do governo: gt + kt+1 = τt + εt
Onde
Os cidadãos observam o nível de competência dos governos com atraso de
um período e fazem inferências quanto à competência dos mesmos com gt = gastos do governo em bens e serviços e em transferências;
base no nível de impostos no início do período. kt+1 = investimento público gerado em t (torna-se produtivo em t+1)
Todos os governantes, à excepção dos menos competentes, distorcem a
política orçamental antes das eleições. A competência (εt) comporta-se tal como anteriormente.
Os governantes escolhem um nível de senhoriagem que não permita ao Assimetria de informação:
menos competente esconder a sua incompetência.
Os eleitores observam gt e kt no momento t mas não conhecem kt+1.
Antes das eleições o nível de impostos é inferior ao eficiente e a inflação é
Assim, quando votam em t não conhecem εt nem kt+1.
superior ao óptimo.
Mestrado em Economia, Mercados e 17 Mestrado em Economia, Mercados e 18
Políticas Públicas Políticas Públicas
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Modelos de Políticos Oportunistas Modelo de Ideologia
com Expectativas Racionais Hibbs – Principais Hipóteses
Será razoável admitir assimetria de informação entre governantes e A economia caracteriza-se pela existência de uma curva de Phillips
eleitores? aumentada das expectativas.
No modelo de P&T a hipótese de que os eleitores observam a inflação com As expectativas de inflação são formuladas de forma adaptativa.
um atraso significativo parece irrealista. Os eleitores têm preferências diferentes quanto à inflação e ao
A assimetria de informação requerida nos modelos orçamentais é mais desemprego e escolhem os Governos em função das suas
preferências.
razoável.
A inflação e o desemprego afectam de forma diferente os vários
estratos sociais.
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Modelo de Ideologia Modelo de Ideologia
Hibbs – Principais Ilações com Expectativas Racionais
Uma vez no poder, os partidos adoptam medidas que favorecem os seus As hipóteses de base são semelhantes às do modelo de Hibbs, mas admitem que
eleitores. os agentes económicos formulam as expectativas de inflação racionalmente.
Ambos os partidos conseguem atingir e manter, com inflação estável, os níveis
de desemprego que pretendem. Os governantes controlam a inflação.
Os resultados macroeconómicos estão sistematicamente relacionados com a Existe rigidez salarial: os contratos salariais são assinados no início de cada
ideologia dos partidos no poder: período e duram até ao final do mesmo.
Aos governos de esquerda estão associadas taxas de desemprego (inflação)
mais baixas (elevadas) que aos de direita. Partidos de direita (D) e de esquerda (E) têm as seguintes funções utilidade:
Esquerda: uE = ∑ β t [− ( π t − π E ) 2 + b E y t ]
∞
Curva de Phillips de l.p.
Inflação
Esq. t =0
[ ]
∞
Direita: uD = ∑ β t − ( π t − π D ) 2 + b D y t
t =0
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4.3. Extensões aos modelos de 4.3. Extensões dos modelos de
base base
Modelos que combinam efeitos oportunistas e partidários Manipulação oportunista da composição da despesa pública
Nova hipótese comportamental para o Governo: qualquer partido no poder que receie
perder as eleições induz de forma oportunista um choque na economia, mas no caso Evidência de CPE no défice é reduzida
de estar seguro da sua reeleição segue uma política económica mais ideológica.
Manipulação das componentes da despesa pública
Oportunismo na fixação das datas das eleições
Em diversas democracias as datas das eleições são parcialmente endógenas (≠ Sistemas multipartidários
modelos originais) , dado que o executivo pode convocar eleições antes do período
máximo do mandato terminar. Os primeiros estudos de CPE incidiram sobre os E.U.A. e o R.U. que
O oportunismo não se reflecte numa manipulação da economia mas sim na escolha constituem democracias estáveis, com dois partidos fortes a alternarem no
da data da eleição, de forma a que esta se realize numa fase expansiva da economia. poder.
Modelos de restrição da margem de manobra do sucessor Governos de coligação ou minoritários:
Sendo reduzida a probabilidade de reeleição, o governante tem um incentivo para menor responsabilidade política pela evolução da economia,
adoptar medidas que reduzam a margem de manobra do seu sucessor.
menor capacidade para implementar medidas partidárias, atrasos
Estes modelos são analisados no cap. 6.3. Modelos de gestão estratégica da dívida
na adopção de políticas impopulares.
Mestrado em Economia, Mercados e 29 Mestrado em Economia, Mercados e 30
Políticas Públicas Políticas Públicas
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Testes aos CPE Testes aos CPE
Principais conclusões quanto às variáveis macroeconómicas: Conclusões no que diz respeito aos instrumentos de política
Não existe evidência de ciclos eleitoralistas no desemprego, nem no económica:
crescimento económico. Ciclos eleitorais na inflação, com um aumento da
mesma depois das eleições. Ciclos eleitorais na política monetária ocorrem frequentemente, mas a sua
dimensão é pequena.
A evidência no desemprego e na taxa de crescimento do produto é
consistente com as implicações da teoria partidária racional. A política orçamental é um pouco relaxada em anos de eleições.
A evidência a favor da teoria partidária racional é particularmente forte em Diferenças partidárias sistemáticas na política monetária entre partidos de
países com 2 partidos fortes e com ideologias vincadas.
Direita/Esquerda.
Existem diferenças sistemáticas nas taxas de inflação de governos de
Direita/Esquerda, o que está de acordo com o modelo partidário. Nenhuma evidência de efeitos partidários no défices orçamentais.
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Principais Resultados Empíricos
da Literatura sobre CPE
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