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NO ANO DE DARWIN
Alas abertas para Júlio Henriques, minhoto de
nascença, brotado ao mundo no ano da graça de
1838 em Arco de Baúlhe (Cabeceiras de Basto),
que foi seguramente o primeiro evolucionista
português assumido, numa altura de maior pecado
e apontar de dedo dizer-se que o Homem e o
Macaco eram parentes, do que agora dizer-se que
dois homens (ou duas mulheres) também têm o
direito de se parentar e gostar de macacadas.
Ávido de conhecimento científico, Júlio Henriques
não fez por menos. Iniciando os estudos em
Direito, curso que no séc. XIX, em boa hora, incluía
cadeiras como Botânica, Zoologia ou Mineralogia;
termina o Bacharel que lhe deu pernas para arranjar
botas e umas modestas bordas. O edifício do futuro Centro Cívico ( nome bem mais pomposo para
antiga Casa do Povo) de Arco de Baúlhe foi da sua pertença. No entanto, não satisfeito, junta no
currículo uma matrícula em Matemática saltando pouco tempo depois, para Filosofia onde consegue
o Grau de Doutor em 30 de Julho de 1865, com a tese “As espécies são mutáveis?”. Anos depois, é
Publicada por Marco Gomes em www.remisso.blogspot.com convidado como lente substituto em várias cadeiras (da Agricultura à Mineralogia) e finalmente
Quinta-feira, 5 de Março de 2009 torna-se Lente Catedrático de Botânica e Agricultura, cargo onde faz carreira, fundando e aderindo a
Sociedades Científicas, cá e lá fora.
Caretas ao Carnaval A Júlio Henriques está associado o reflorescimento do Jardim Botânico de Coimbra, do qual foi
director, o que ladeia a Alameda com o seu nome que finda, ou começa, no aqueduto junto da acrópole
Já sei que não ganho amigos com comentários universitária. Nem só de ultramontanos vive o Norte.
destes, e muito facilmente me atiram com a Publicada por Vitor Pimenta em www.malmaior.blogspot.com
habitual “falta de moral para criticar”. Não
nego que este ano, como no ano anterior, me
Quinta-feira, Fevereiro 26, 2009
descurei de participar no corso carnavalesco
de Arco de Baúlhe. Reserva-se-me, no entanto, Recuperação de pequenos e
o direito de me indignar (como alguns) com a
mediocridade em agravamento de uma festa de
Carnaval já com pouco que faça diferença.
médios centros urbanos
Como valor acrescentado, então, o Corso do Ao longo dos últimos anos (penso que dois anos -
Arco não é tem nada que se aponte, nem mínimo 2006/07!) Mondim, garantiu a existência do GTL
que seja, em relação a muitos outros dos (Gabinete Técnico Local) para o levantamento e
vulgarezinhos que se fazem por aí. Chega até a realização de uma proposta de recuperação do
ser ridículo quer na imitação do trajecto da centro histórico.
Procissão da Senhora dos Remédios, quer na forma gratuita com que se contrata gente de alterne para Segundo a Lusa, a Comissão de Coordenação e
açucarar, de um burlesco paliativo, uma desapontada marcha de entrudo - que nas temperaturas, Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)
mesmo com o aquecimento global, ainda está muito longe do Rio de Janeiro. aprovou o investimento de 118,5 milhões de euros
Mais se acrescenta que a instituição de um concurso de grupos com direito a prémio monetário só na recuperação de vilas e cidades do Norte de
veio deturpar o sentido espontâneo e livre do Corso Carnavalesco do Arco. Se olharmos com olhos de Portugal, numa iniciativa de reabilitação inédita no
ver, há uma clara associação entre o decréscimo de qualidade e participação no cortejo e o início da país, que abrange 44 concelhos.
deriva competitiva nos últimos anos. É lamentável porque as “injustiças” na apreciação acumulam-se “Esta é a operação de reabilitação urbana mais vasta
de ano para ano e desmotivam da mesma maneira. Mas isto tem solução? - tem: e mais ambiciosa que jamais se fez em Portugal ao
Primeiro, a A.R.C.A. não tem de se sentir obrigada a organizar o Carnaval, nem pedinchar por apoios nível dos centros urbanos de pequena e média
camarários ou oficiais que enviesam muitas vezes o sentido crítico, quer nos mascarados, quer no dimensão”, anunciou hoje Carlos Lage, presidente da CCDR-N, em conferência de imprensa.
julgamento do juri contratado para distribuir subsídios de refeição fora-de-casa. Como empresa Este “mini-programa Polis” abrange 49 projectos e mais de metade dos concelhos da região (44),
privada que é, se entender que não vale o esforço, escusa de insistir e largar vinagre a torto e a direito. contando com o apoio de 83 milhões de euros (70 por cento) de fundos estruturais disponíveis no
E segundo, em alternativa, a Rua de Arco de Baúlhe e o Largo Justino de Sousa (Serra) são lugares Programa Operacional Regional do Norte.
óptimos e os bastantes (nem atrapalham o trânsito) para um desfile acima e abaixo de gente mascarada Este programa vai abranger os concelhos de Arcos de Valdevez, Alfândega da Fé, Alijó, Armamar,
nos 3 dias gordos, com uma Celebração das Carnes - quem sabe com vinho de bica aberta e mesas Arouca, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Caminha, Celorico de Basto, Felgueiras, Freixo de
montadas com churrasco do bísaro e orelha cozida. Domingo e Segunda à Noite, então, deviam ser Espada à Cinta, Lousada, Macedo de Cavaleiros, Melgaço, Mesão Frio, Miranda do Douro, Mogadouro,
ponderados como bons momentos para também se fazer festa. Basta haver vontade. Se não houver, Moimenta da Beira, Monção, Mondim de Basto, Murça, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de
paciência: a eutanásia está na ordem do dia. Lima, Póvoa de Lanhoso, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da
Publicada por Vitor Pimenta em www.malmaior.blogspot.com Pesqueira, Tabuaço, Tarouca, Terras de Bouro, Torre de Moncorvo, Valença, Valpaços, Vieira do
Minho, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Pouca de Aguiar, Vila Verde, Vimioso e
Quarta-Feira, 18 de fevereiro de 2009 Vinhais.
20 de Março de 2009 13