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PROVA 123/8 Págs.

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO


12.º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto)
Cursos de Carácter Geral – Agrupamentos 3 e 4
Curso Tecnológico de Animação Social

Duração da prova: 120 minutos PROVA MODELO


2001

PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA

A prova inclui dois grupos.

• O Grupo I inclui quatro itens que exigem resposta sucinta.

• O Grupo II inclui quatro itens que exigem resposta desenvolvida.

Em qualquer dos Grupos deve ser respeitada a instrução relativa


ao número e ao tipo de itens a responder.

123/1 v.s.f.f.
GRUPO I

• Responda apenas a três itens deste grupo.

Se responder a todos os itens, serão classificadas apenas as


três primeiras respostas.

• Considere na sua resposta os dados apresentados.

1.

O número de «colarinhos brancos» no Reino Unido passou de 141 000, em meados do


século XIX, para 918 000, em 1911.

Enuncie as razões do crescimento deste grupo social, na Europa, no período considerado.

2.

Cartaz português dos anos 30

Enuncie os princípios doutrinários contidos na mensagem do cartaz.

123/2
3.

Participação feminina nos Jogos Olímpicos (1920-1928)

4000 antes
e particip
3000
Total d

2000

1000
900
800
700
600
500

400

300

200 es
nt
icipa
t
ar
sp
ere
lh
100 Mu
90
80
70
60
50

40

30

20
1920 1924 1928

Justifique a evolução da participação feminina nos Jogos Olímpicos, no período


considerado.

4.

Nos termos da Constituição de 1976, o Movimento das Forças Armadas,


«participa, em aliança com o povo, no exercício da soberania».

Mencione as razões que levaram a incluir, nos princípios constitucionais fundamentais, a


participação do MFA no exercício da soberania.

123/3 v.s.f.f.
GRUPO II

• Responda apenas a dois itens deste grupo:


– um em que lhe seja dado para análise um texto (assinalado por );
– um em que lhe seja dado outro material de análise (assinalado por );

Se responder a dois itens do mesmo tipo, será classificada apenas a primeira


resposta.

• Integre a análise do documento na resposta.

1.

Comércio externo português (1896)

Importações e exportações Origem das importações portuguesas

Importação Exportação Colónias portuguesas


Mercadorias (valor em mil % (valor em mil % em África
réis) réis) Brasil

Matérias-primas Estados
para as artes 14 884 838 37,7 5 242 957 20,1 Unidos 3%
4%
e as indústrias

• Fios, tecidos, 12%


feltros e seus 5 263 631
derivados Inglaterra
33%
• Aparelhos,
1 827 973 25,4 2 919 846 11,2
instrumentos e
máquinas
Outros países
• Objectos 2 956 471 da Europa
manufacturados 22%

Outros Alemanha
(animais vivos, França 15%
substâncias 14 597 705 36,9 17 975 874 68,7
alimentares e 11%
embalagens)

Total 39 530 618 100 26 138 677 100

J. A. Mendes, «Sobre as relações entre a indústria portuguesa e o estrangeiro no século XIX»,


in O século XIX em Portugal, Lisboa, Análise Social, 1980 (adaptado)

Partindo da análise dos documentos, explique a situação da economia portuguesa nos finais
do século XIX.

123/4
2.

Programa do Partido Nacional Fascista Italiano (1921)

O Fascismo é constituído em partido político para solidificar a sua disciplina e


individualizar o seu «credo».
O Estado é a encarnação jurídica da Nação. As instituições políticas são formas
eficazes na medida em que os valores nacionais nelas encontrarão expressão e tutela.
Os valores autónomos do indivíduo e os comuns a mais indivíduos, expressos em
pessoas colectivas organizadas (famílias, comunas, corporações, etc.), são promovidos,
desenvolvidos e defendidos sempre no âmbito da Nação a que estão subordinados.
O Estado deve investir de capacidade e responsabilidade as Associações, conferindo
também às corporações profissionais e económicas direito de eleitorado [...].
Consequentemente, devem ser limitados os poderes e as funções actualmente
atribuídos ao Parlamento [...].
O Partido Nacional Fascista entende elevar à plena dignidade os costumes políticos,
de maneira que a moral pública e a privada deixem de estar em antítese na vida da Nação.
Ele aspira à honra suprema do governo do País, a restaurar o conceito ético de que os
governos devem administrar a coisa pública, não já no interesse dos partidos e das
clientelas, mas no supremo interesse da Nação.
É restaurado o prestígio do Estado Nacional, ou seja, do Estado que não assista
indiferente ao desencadeamento e à prepotência das forças que atentem ou de qualquer
modo ameacem enfraquecer material ou espiritualmente o conjunto, mas antes seja zeloso
guarda, defensor e propagador da tradição nacional, do sentimento nacional, da vontade
nacional.
In M. Bartolotti, O Fascismo, Origens e Análise Crítica, Lisboa,
Edições 70, 1975 (adaptado)

Comente o ideário expresso no documento, face ao processo de regressão das


democracias liberais ocorrido entre as duas guerras.

123/5 v.s.f.f.
3.

Hollywood capital das imagens (1930)

Mal cheguei a Los Angeles, pedi-lhes, supliquei-lhes que me dessem asas, um


automóvel, para me levar a Hollywood, ao sonho da América, ao sonho branco de todo o
mundo [...]. Atravessei, numa dúvida, no despertar impreciso de um sonho, as ruas
impossíveis de Hollywood, ruas que parecem criadas pela nossa imaginação, [...] ruas que
são os contos de fadas da nossa época.[...]
Cheguei finalmente ao meu destino, Hollywood Bowl*.
Quando cheguei [...] tive uma impressão que nunca esquecerei [...]. Aquelas setenta mil
pessoas formadas, alinhadas, comandadas pelo chairman**, que anunciava o programa
sobre o tablado, focaram-se para mim como o exército imenso do cinema [...]. De facto,
cada uma daquelas setenta mil pessoas era um soldado do cinema: maquinistas,
carpinteiros, operadores, comparsas, artistas, directores, jornalistas, espectadores,
simples admiradores das estrelas, que também servem o cinema, que lhe alimentam o
fogo, que são capazes de se matar para fazerem a publicidade das grandes stars [...].
E foi assim que eu vi pela primeira vez a corte de Hollywood...
– Gloria Swanson! – gritou o chairman – [...] Dolores del Rio [...]
– Shirley Manson – A garota pobre, humilde e romântica levantou-se com vivacidade,
vestida de rainha, a mesma Shirley Manson dos filmes, mas depois da aventura, depois do
casamento feliz que fecha sempre as suas histórias!
– Tom Mix! [...] Um cow-boy mais cow-boy do que todos os cow-boys!
– Luiza Fazenda – A raça portuguesa em Hollywood! [...] descendente de portugueses,
é a alegria, o carnaval, a mocidade do ecrã! [...]
– Douglas Fairbanks! [...] A um gesto seu, toda a multidão o seguiria [...].
– Mary Pickford! Então foi o delírio, a paixão irresistível.
António Ferro, «Uma noite no Hollywood Bowl», in Magazine Bertrand, Lisboa, 1930

* nome de um grande anfiteatro ao ar livre


** apresentador do espectáculo

Explique, recorrendo à análise do documento, a importância assumida pelo cinema como


elemento fundamental na cultura de massas.

123/6
4.

Fases da descolonização entre 1945 e 1975

Coreia

Cuba
Vietname

C. Verde

Guiné

S. Tomé
e Príncipe
Angola

Legenda:

Potências coloniais
Descolonizações:

anteriores a 1945

de 1945 a 1954
de 1957 a 1965
a partir de 1975
Focos de tensão internacional num mundo bipolar

Promotores do Movimento dos Não-Alinhados

In M. Nouschi, O Século XX, Lisboa, Instituto Piaget, 1996 (adaptado)

A partir da análise do mapa, esclareça as condições em que se desenvolveu o processo de


descolonização no período considerado.

FIM

123/7 v.s.f.f.
COTAÇÕES

Grupo Questões Pontuação Total

1.
2.
I 3 × 28 84
3.
4.

1.
2.
II 2 × 58 116
3.
4.

TOTAL ........................................... 200 pontos

123/8
PROVA 123/C/5 Págs.

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO


12.º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto)
Cursos de Carácter Geral – Agrupamentos 3 e 4
Curso Tecnológico de Animação Social

Duração da prova: 120 minutos PROVA MODELO


2001

PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

1. Capacidades/Competências

Na correcção da prova deve ter-se em conta a avaliação das capacidades/competências


que constam do quadro seguinte, às quais deverá ser atribuído, em cada questão, o peso
percentual indicado.

Itens do Itens do
Capacidades/Competências
Grupo I Grupo II

Identificar eventos, agentes, instituições, concepções


e quadros espácio-temporais referentes à realidade his-
tórica.
Estabelecer relações entre factores condicionantes e 50%
diversos aspectos da realidade histórica. 90%
Utilizar correctamente o vocabulário da disciplina.

Interpretar o conteúdo de documentos, situando-os


30%
em contextos históricos específicos.

Distinguir continuidades, mudanças e ritmos de


desenvolvimento.
10% 20%
Elaborar, com correcção linguística, sínteses
logicamente organizadas.

Total ................................................. 100% 100%

2. Tópicos de conteúdo

Com o objectivo de possibilitar aos professores correctores uma maior uniformidade na


correcção/classificação das respostas, indicam-se seguidamente tópicos de conteúdo consi-
derados relevantes, os quais deverão sempre ser referidos às capacidades/competências
indicadas em 1.
Assim, as respostas dos examinandos serão avaliadas relativamente àquelas capacida-
des/competências, devendo as formulações dos tópicos de conteúdo ser entendidas de forma
flexível.

123/C/1 v.s.f.f.
GRUPO I

Resposta obrigatória apenas a três itens.


Caso o examinando responda a todos os itens deste grupo, devem ser classificadas apenas as
três primeiras respostas.

1. Aumento da população urbana. Expansão do terciário: burocratização das empresas e dos serviços
públicos; complexidade crescente das funções económicas e sociais do Estado.

2. Primado do Estado, tutor e árbitro entre interesses não convergentes; subordinação das actividades
económicas e sociais e uma estrutura corporativa; o corporativismo como superação da luta de
classes.

3. Na viragem do século e com a Primeira Grande Guerra, transformações económico-sociais


determinando mudanças de mentalidade; reivindicação, por parte da mulher, individualmente ou em
movimentos organizados – feminismo – de um estatuto de igualdade, nomeadamente na
participação no trabalho, na vida pública e em competições desportivas.

4. Papel das Forças Armadas em 25 de Abril de 1974; necessidade de consolidação da democracia e


defesa das conquistas revolucionárias; influência política do MFA no período constituinte.

GRUPO II

Resposta obrigatória apenas a dois itens:


– um de análise de texto;
– um de análise de outro material.
Caso o examinando responda a dois itens do mesmo tipo, deve ser classificado apenas o que
tiver sido respondido em primeiro lugar.

1. Documentos – Desequilíbrio entre os valores totais referentes a mercadorias importadas e


exportadas – défice da balança comercial, denunciando uma situação de dependência. Nas
exportações, reduzido valor dos produtos transformados e elevado valor no que se refere a produtos
alimentares e a animais vivos; nas importações, algum peso de matérias-primas e maquinaria – o
conjunto indiciando uma economia ainda pouco industrializada. Importações preferencialmente de
países europeus, com predomínio da Inglaterra; escasso peso dos recursos coloniais.

Persistência de uma estrutura económica marcadamente rural, comercial e especulativa e


consequente dificuldade na afirmação e desenvolvimento do sector industrial, resultantes
nomeadamente de: carência de matérias-primas, tecnologia e capitais; ausência de iniciativa e de
espírito de risco; política de tendência livre-cambista. Condições de arranque a partir da década de
70, na sequência da progressiva estruturação do mercado nacional, em articulação com o sector
dos transportes. Incremento económico nos finais do século (tabaco, cerâmica, vidros, cimento);
dependência do capital estrangeiro; aumento da dívida pública; medidas proteccionistas na década
de 90.

123/C/2
2. Documento – Constituição do Partido Nacional Fascista Italiano, assumindo-se como partido de
poder, defensor supremo dos interesses do Estado e da coesão social e económica da Nação.
Princípios norteadores: identificação do Estado com a Nação; defesa e promoção dos valores
nacionais através de instituições tuteladas pelo Estado; submissão dos indivíduos, dos grupos e das
formações partidárias aos interesses da Nação. Princípios de actuação: limitação do poder
parlamentar e atribuição de representatividade política aos organismos corporativos.

Crise das democracias liberais resultante das fragilidades do pós-guerra: dificuldades


económicas e financeiras; convulsões e temores sociais; descrença das classes médias e do
operariado em relação aos partidos liberais; ameaça da expansão bolchevique.
Afirmação das ideologias fascistas como resposta à necessidade de institucionalização de uma
nova ordem. O fascismo, regime antiparlamentar, anti-socialista e antidemocrático. Exaltação do
Estado forte, controlador da vida política, económica, social e cultural da Nação, munido de um
aparelho repressivo e apoiado num partido único.

3. Documento – Deslumbramento de António Ferro pelo contacto directo com Hollywood e com as
mais famosas estrelas de cinema. Referências explícitas às virtualidades do cinema como criador
de mundos fictícios e à sua dimensão técnica e industrial; apresentação das «estrelas» e evocação
da diversidade de géneros cinematográficos – filme romântico, filme de aventuras, filme cómico –
que elas corporizam; indispensabilidade da adesão do público.

Afirmação do espectáculo cinematográfico como uma nova forma de lazer, durante a primeira
metade do século XX; sucesso no contexto da cultura de massas – facilidade de compreensão pela
criação de estereótipos; mobilização pelo recurso a efeitos especiais; envolvimento do espectador
através da dimensão emotiva e do «star system».
Investimento de capitais – formação de grandes companhias e preponderância de Hollywood;
interesse político dos Estados, contribuindo para a afirmação da indústria cinematográfica.
Adesão ao cinema em Portugal, mas carência de meios financeiros e técnicos para competir
internacionalmente.

4. Documento – Intensificação do movimento de independência dos povos colonizados a partir de


1945. Precocidade dos países asiáticos na conquista da independência; descolonização da maioria
dos países africanos na década de 60; lentidão do processo de independência das colónias
portuguesas. Conflitos localizados em zonas estratégicas. Constituição do movimento de não-
alinhamento com os blocos geopolíticos existentes.

No segundo pós-guerra, em sequência dos compromissos assumidos durante os conflitos


mundiais, consagração pelas instâncias internacionais do direito à autodeterminação dos povos –
resoluções das Nações Unidas; apoio das superpotências aos movimentos de libertação colonial.
Interferência das dissenções ideológicas e políticas internacionais na evolução interna de ex-colónias
localizadas em zonas de interesse geoestratégico – períodos da Guerra Fria e da Coexistência Pacífica.
A partir dos meados da década de 50, estímulo à luta terceiro-mundista contra o colonialismo pelo
Movimento dos Não-Alinhados.
No caso português, resistência do regime aos movimentos de independência desencadeados nas
colónias africanas – guerra colonial, desde o início da década de 60, na Guiné, em Angola e em
Moçambique.

123/C/3 v.s.f.f.
2. COTAÇÕES

Itens Grupo I Grupo II Total


em
1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. pontos
Capacidades/
/Competências * ** –

Identificar eventos, agentes,


instituições, concepções e qua-
dros espácio-temporais refe-
rentes à realidade histórica.
Estabelecer relações entre fac- 2 × 29
tores condicionantes e diversos
aspectos da realidade histórica.
Utilizar correctamente o voca- 3 × 25 169
bulário da disciplina.

Interpretar o conteúdo de docu-


mentos, situando-os em contex- 2 × 18
tos históricos específicos.

Distinguir continuidades, mu-


danças e ritmos de desenvolvi-
mento. 3×3 2 × 11 31
Elaborar, com correcção linguís-
tica, sínteses logicamente orga-
nizadas.

3 × 28 2 × 58
TOTAL = = 200
84 116

_________________
* Resposta a três itens.
** Resposta a dois itens.

123/C/4

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