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Superior Tribunal de Justiça

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.042.478 - SP (2008/0092645-5)

RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE DO STJ


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO BANCOOP
ADVOGADOS : DANIEL DE LIMA CABRERA E OUTRO(S)
LUCIANA SOUSA CÉSAR
AGRAVADO : FRANCISCO ADEILTON DE OLIVEIRA
ADVOGADO : GERSON OLIVEIRA JUSTINO

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA:

Trata-se de agravo regimental interposto por COOPERATIVA HABITACIONAL


DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO em face de decisão que não conheceu do agravo de
instrumento sob o fundamento de encontrar-se o protocolo da cópia do recurso especial ilegível.

Ao pretender a reforma do ato decisório ora hostilizado, a agravante aduz que o recurso
fora interposto devidamente instruído, com todas as peças processuais obrigatórias. Invoca o
enunciado da Súmula n. 235 do extinto Tribunal Federal de Recursos, colacionando ainda julgado
deste Tribunal a respeito.

Afirma que:
"Ponto importante a se ressaltar é a patente ofensa da r. decisão monocrática
proferida aos princípios basilares da Carta Política, pois ao obstar a possibilidade de
apreciação da demanda pelo Superior Tribunal de Justiça, o amplo direito de defesa
da parte agravante, que é constitucionalmente amplo, restou limitado, impedido de
guindar sua irresignação perante esta Corte Especial" (fl. 242).

Aduz que a decisão ora impugnada, diante do princípio do devido processo legal,
assenta-se em premissa processual ultrapassada, sendo de rigor sua integral reforma.

Requer a apresentação do feito em mesa, para que a Turma se pronuncie e reforme a


decisão monocrática integralmente, determinando o conhecimento e recebimento do recurso de
agravo de iInstrumento.

É o relatório.

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.042.478 - SP (2008/0092645-5)

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EMENTA

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


PROCESSUAL CIVIL. CÓPIA DA PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO ESPECIAL. PROTOCOLO ILEGÍVEL. TEMPESTIVIDADE.
AFERIÇÃO INVIÁVEL. TRASLADO POSTERIOR. DILIGÊNCIA NA
INSTÂNCIA ESPECIAL. DESCABIMENTO. PRECLUSÃO CONSUMATIVA.
PRECEDENTES DO STJ.
1. O agravo de instrumento mostra-se deficientemente instruído quando o
carimbo de protocolo constante na cópia da petição de interposição do recurso especial
encontra-se ausente ou ilegível.
2. A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o momento oportuno
de juntada das peças obrigatórias em agravo de instrumento é o do ato de sua
interposição, não sendo admitido o posterior traslado, nem a determinação de diligência
na instância especial, em razão da ocorrência da preclusão consumativa.
3. Agravo regimental desprovido.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA (Relator):

A postulação não reúne condições de êxito.

Em que pesem as razões expendidas pela parte ora recorrente, não vejo como
reconhecer que a interposição do apelo extremo, diante a ilegibilidade de seu protocolo (fl. 167),
tenha ocorrido no prazo regulamentar, devendo, pois, a decisão agravada ser mantida por seus
próprios fundamentos.

A correta formação do instrumento constitui ônus do agravante, incumbindo à parte


fiscalizar para que os atos sejam praticados com respeito às formalidades exigidas ou diligenciar no
sentido de obter as informações necessárias à formulação da pretensão recursal, inclusive por meio
de requerimento de certidões aos cartórios. Logo, deve também prezar pela conferência do
protocolo de recebimento do recurso especial para fins de aferição de sua tempestividade, a qual se
faz nesta Corte de Uniformização mediante o reexame dos elementos constantes nos autos.

Ressalte-se que a jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o momento


oportuno de juntada das peças obrigatórias em agravo de instrumento é o do ato de sua interposição,
não sendo admitido o posterior traslado, nem a determinação de diligência na instância especial, em
razão da ocorrência da preclusão consumativa.

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Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:

"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO


ESPECIAL. PROTOCOLO ILEGÍVEL.
I - É entendimento consolidado neste Superior Tribunal de Justiça ser
essencial a clareza do protocolo, para que se possa aferir a tempestividade do
recurso, sendo admitida a flexibilização da regra apenas quando a tempestividade do
recurso especial puder ser inequivocamente aferida - e não presumida - por outros
elementos constantes do próprio instrumento. Aplicação da Súmula 639 do Supremo
Tribunal Federal.
II – A formação do agravo é responsabilidade do agravante, que deve
providenciar os traslados, conferi-los e, só então, interpor o recurso, devendo-se
ressaltar a impossibilidade da conversão do julgamento em diligência, para que
eventual deficiência possa ser sanada.
Agravo improvido" (Terceira Turma, AgRg no Ag n. 807.080-SP, relator
Ministro Sidnei Beneti, DJ de 3.3.2008).

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DATA DO


PROTOCOLO ILEGÍVEL. ÔNUS DA AGRAVANTE. COMPETÊNCIA DO STJ
PARA ANÁLISE DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. AGRAVO
IMPROVIDO.
1. É ônus da agravante a correta formação do instrumento, não sendo
permitida a juntada posterior de novos documentos.
2. O exame da admissibilidade do recurso especial compete também ao
Superior Tribunal de Justiça.
3. (...).
4. Agravo regimental improvido" (Quarta Turma, AgRg no Ag n.
716.652-MG, relator Ministro Hélio Quaglia Barbosa, DJ de 29.10.2007).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

É como voto.

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